Educação a Distância: Benefícios e Desafios

Introdução à Educação a Distância

•

UNISA

Miercio Martins

16/05/2024

Prévia do material em texto

Artigo Cientifico apresentado ao Instituto Evolução Educacional-IEFE como requisito para a conclusão do curso de Graduação em Licenciatura
em Pedagogia.
Edinalda da Silva Ferreira1: Email:edinaldabjs@gmail.com2/ Instituto Evolução Educacional-IEFE curso de Graduação em Licenciatura em
Pedagogia.

ENSINO A DISTÂNCIA: UMA NOVA MODALIDADE DE APRENDIZAGEM
Edinalda da Silva Ferreira1
Email:edinaldabjs@gmail.com2

RESUMO

Este artigo objetiva analisar os principais aspectos associados a educação a
distância, no referente ao seu modelo sócio-econômico, bem como aos benefícios
ofertados por essa modalidade de aprendizagem como acesso ao ensino superior,
formação de profissionais que podem atuar de uma maneira contextualizada com a
realidade atual da educação, fazendo uso da tecnologia e mídias que facilitam o
processo de ensino-aprendizagem. Desta forma o professor pode melhor preparar o
educando para vida adulta e acadêmica de uma maneira mais dinâmica e coerente
com as realidades educacionais vigentes, com o meio social e histórico dos quais o
discente faz parte. Assim, devido as exigências impostas pelo mercado de trabalho,
que necessita de indivíduos cada vez mais capacitados, críticos e autossuficientes, e
que possa realizar várias tarefas simultaneamente, e que sejam capazes de
continuar aprendendo, inovando, criando, e fazendo dessa forma uma melhoria
significativa na sua qualidade de vida tanto pessoal quanto profissional e os autores
Barreto (2018), Bates (2019), Bellini (2020), Belloni (2020), Garrocini (2020),
Moran (2017), Seabra (2019), Setogutti (2018), Toffler (2020) entre outros aqui
presente embasam a análise desse modelo de ensino.
Palavras-Chave: Ensino a Distância. Educação livre. Tecnologia educacional.

ABSTRACT

This article aims to analyze the main aspects associated with distance education, in
terms of its socio-economic model, as well as the benefits offered by this type of
learning, such as access to higher education, training of professionals who can act in
a contextualized way with the current reality of education, making use of technology
and media that facilitate the teaching-learning process. In this way, the teacher can
better prepare the student for adult and academic life in a more dynamic and
coherent way with the current educational realities, with the social and historical
environment of which the student is a part. Thus, due to the demands imposed by
the labor market, which needs increasingly capable, critical and self-sufficient
individuals, who can perform several tasks simultaneously, and who are able to
continue learning, innovating, creating, and thus making an improvement
significant in their quality of life, both personal and professional, and the authors
Barreto (2018), Bates (2019), Bellini (2020), Belloni (2020), Garrocini 2020), Moran
(2017), Seabra (2019), Setogutti (2018), Toffler (2020) among others present here
support the analysis of this teaching model.
Keywords: Distance Learning. Free education. Educational technology.
INTRODUÇÃO
2

Em vários momentos históricos encontramos inúmeros obstáculos
educacionais, em que os mesmos apresentam novas concepções, paradigmas e
necessidades a serem superadas, sendo assim, esses eventos têm incentivado as
pessoas a procurarem outras maneiras de aprender, conviver e ser em sociedade.
Tendo como embasamento essas transformações que aparecem e especificamente
no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem proposto pela educação a
distância. Este trabalho propõe uma análise desta metodologia de ensino, que nos
faça refletir sobre os questionamentos relevantes a este modelo de aprendizagem
(TOFFLER, 2020).
Os crescentes aumentos das desigualdades sociais e populacionais, e o
aumento expressivo de discentes que terminam o Ensino Médio em todo o território
brasileiro, ligados a pequena quantidade de vagas ofertadas pelas universidades
para suprir essa necessidade, a educação a distância entra como uma modalidade de
aprendizagem que pode fomentar, essa ausência de vagas nas instituições de ensino,
pois, esta supre as logísticas relacionadas a espaço, recursos e tempo (TOFFLER,
2020).
Essa analise apresenta como embasamento os estudos dos autores Barreto
(2018), Bates (2019), Belloni (2020), Moran (2017), Setogutti (2018), Toffler
(2020) entre outros aqui presente embasam a análise desse modelo de ensino.
Desta forma, busca-se com este estudo expor os benefícios trazidos pela educação á
distancia, como uma forma de superar a falta de conclusão de estudos dos discentes
brasileiros.

TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS TRAZIDAS COM O ENSINO A DISTANCIA

Os inúmeros paradigmas presentes na vida social do indivíduo e em especial
no que está relacionado a busca pelo conhecimento traz um desafio enorme, para o
sistema educacional como um todo. Isso ocorre, pois, em cada momento histórico
educacional o mesmo apresenta uma valorização de concepções diferentes das
anteriores. Essa situação causa uma confusão na mente dos docentes e discentes,
3

devido ao grande número de informações sem embasamento teórico especifico para
cada processo de ensino-aprendizagem vigente (BELLONI, 2020).
Para (Bates, 2019), o mesmo diz que:
“Era possível que alguém conseguisse ensinar alguma coisa antes da época
da inteligência artificial, discos-laser, hipertexto, CD ROMS, satélites e
assim por diante, pois, isso era uma tecnologia muito à frente de seu
tempo, e que levaria décadas até esse tipo de tecnologia ser acessível a
sociedade como um todo, o seria viável o ser humano esperar u
surgimento de uma metodologia de ensino mais viável e disponível a
todos? Bates (2019, p. 38).

Desta maneira, destaca-se que as necessidades educacionais são dispares em
cada época histórica da humanidade, com isso sempre aparecem novas demandas
para uma convivência harmônica em sociedade e com ênfase no mercado de
trabalho, assim, é de suam importância que a educação acompanhe e supra essa
necessidade que a sociedade possui de indivíduos críticos, capacitados e aptos a
aprender sempre (BARRETO, 2018).
A sociedade já vivenciou duas transformações enormes, e nesse momento se
encontra no meio de uma terceira transformação. De acordo com a história quando
a sociedade saiu de uma civilização nômade e se transformou em uma agrícola essa
e considerada como a 1ª transformação (BATES, 2019).
Enquanto a segunda transformação é considerada quando a civilização
agrícola passa a ser quase que totalmente industrial. Já a terceira é a contemporânea
onde, a sociedade é conhecida como pós-industrial. Esse período também é
conhecido como sociedade da informação ou sociedade do conhecimento
tecnológico.
Ultimamente nunca se valorizou tanto a aprendizagemcomo agora e a
educação a distância tem contribuído demasiadamente com esse processo, isso,
devido as mídias educacionais seguidas de mecanismos operacionais e de grande
alcance como os computadores e internet, que fazem com que o ensino chegue a
todas as regiões do globo que possuem esses mecanismos disponíveis (TOFFLER,
2020).
A EAD (Educação a Distância), é um modelo de ensino usado pelos sistemas
de ensino como uma forma de levar o ensino aos mais variados grupos de indivíduos
4

sociais, e que por inúmeros motivos não tiveram acesso a uma educação mais
completa (MORAN, 2017).
Desta forma essa metodologia de ensino é uma forma encontrada para
minimizar ou solucionar os problemas ligados a economia, distância geográfica e de
profissionais que não conseguem chegar as localidades mais distantes para prestar
seus serviços educacionais (BARRETO, 2018).
Para exemplificar as revoluções significativas ocorridas no processo de
ensino-aprendizagem, temos duas enormes transformações provocadas pelo uso da
tecnologia, além de uma terceira que faz parte da sociedade contemporânea atual
(BELLONI, 2020).
Assim, a 1º foi oriunda com a invenção da escrita, o que provocou um grande
impacto para o mundo como um todo, pois, foi possível se registrar a fala, e
consequentemente um menor uso da memória, além de melhorar o raciocínio, o que
possibilitou o homem criticar e argumentar de forma mais dinâmica e direta, e a
mudança de modos apenas auditivos para o visual. Desta forma o processo de ensino
não presencial ou a distância é uma forma de autoaprendizado a disposição do aluno
na sociedade atual (MORAN,2017).
No referente a segunda transformação compreende-se que antes do uso da
impressa existia uma quantidade reduzida de livros e a utilização dos mesmos era
muito difícil, pois, o índice de analfabetos era muito elevado, mesmo sendo rico, um
nobre necessitava contratar os trabalhos de alguém, porque alguns não possuíam o
domínio da leitura e escrita, usando apensa a própria língua como forma de
comunicação, por causa da dificuldade de acesso ao sistema educacional muitos
indivíduos não imaginavam que o conhecimento pudesse se transformar em um
elemento universal (BELLINI, 2020).
Contudo o impacto causado pela criação da impressa foi enorme, isso devido
ao impulsionamento dado a educação universal durante a reforma protestante.
Assim, com a expansão do conhecimento, deu-se início ao surgimento das escolas
modernas, que apresentavam um currículo próprio e organizado por disciplinas e
series distintas. Com o passar dos anos tornou-se mais comum o ensino a distância
e a autoaprendizagem como acompanhamento de livros (SETOGUTTI, 2018).
5

Todos os elementos aqui expostos confirmam que o sistema educacional está
sempre passando por transformações tecnológicas criadas pela sociedade em prol
de uma aprendizagem continua e contribua com o desenvolvimento e
aperfeiçoamento da mesma, um dos mecanismos físicos que comtemplam essa
afirmação é o computador, e os ambientes que o mesmo ocupa na sociedade atual, o
que possibilita que a mesma se torne cada vez mais informatizada e abrangente no
mundo contemporâneo (BELLINI, 2020).
Desta maneira é cada vez mais evidente que todas as áreas da sociedade
devem se informatizar, para melhor adquirir conhecimento e fazendo do mesmo
objeto de desenvolvimento e conhecimento em seu próprio benefício e de outrem
(BATES, 2019).
Segundo as diferenças históricas, a convivência nas sociedades orientais e
ocidentais era mais preocupada em preparar indivíduos que desempenhassem
funções sociais especificas de cada uma como, a de um cozinheiro, escriba, guerreiro
ou sacerdote, para que dessa maneira fosse suprida as necessidades sociais
contemporâneas, onde o que é exigido é uma formação em grupo (BARRETO,2018).
Assim, a educação formal é muito diversificada e complexa, sendo a mesma
feita por escolas oficiais e não-oficiais. Com isso podemos dizer que a sociedade
conhecida como pós-industrial a sociedade do conhecimento, observa-se um
aumento da educação empírica, o que faz com que as instituições de ensino sejam
interessantes para o indivíduo adquirir conhecimento e obtenha uma educação
propriamente dita (MORAN, 2017).
Destaca-se que em conformidade com a realidade global, e com as mudanças
céleres dos conceitos de convivência em sociedade, exigem o aperfeiçoamento dos
sistemas de ensino para suprir as novas mudanças educacionais. Fazendo-se
necessário redefinir as finalidades e princípios da educação, isso em conformidade
com uma educação intercultural, direcionada para o aperfeiçoamento e edificação
da cidadania da sociedade contemporânea (BELLONI, 2020).
Ainda de acordo com Belloni (2020), a expansão do ensino básico, é um
benefício das classes sociais mais ricas do XX, e a aprendizagem inicial para a prática
de um determinado trabalho, não atenderam mais as necessidades constantes do
6

mercado de trabalho nas sociedades ainda por vim, o ensino na sequência da vida,
ou seja na formação profissional atual, acessível e diversificada aberta para todas as
classes sociais, e, portanto, um dever e obrigação do estado.
Em conformidade com (Belloni, 2020), o mesmo afirma que:

“A única forma de ser evitado o despreparo do indivíduo para o mercado
de trabalho cada vez mais exigente, e como um meio licito e digno para a
extinção das desiguales socias, presentes na maior parte da sociedade
brasileira é fazer com que o estado tome conta da educação como um
direito universal inerente a todo cidadão que dele precise Belloni (2020,
p. 48).

Fica claro as indagações que são expostas aos sistemas de ensino de todo o
globo no referente a sua capacidade de superar os obstáculos impostos pela
economia global. E existe razões para essas indagações, pois, para qualquer grupo
social um sistema de ensino competente é um dos requisitos fundamentas para o
desenvolvimento e aperfeiçoamento de qualquer sociedade (BATES, 2019).
Iniciando com a compreensão das habilidades que os indivíduos irão
precisar, neste período, para que possam atuar ativamente em sua conivência em
sociedade, é a necessidade de um sistema educacional superior composto por
programas de ensino que abracem uma grade parcela da massa estudantil deste
nível de ensino (SETOGUTTI, 2018).
Estes programas devem ser convenientes, flexíveis e variáveis para os mais
diversos tipos de discentes e trabalhadores das mais variadas profissões, tudo isto
deve ser colocado por meio de novos programas de ensino-aprendizagem, com o uso
de mídias de comunicaçãoe informação atuais, dando ênfase a metodologia de
ensino que transpassem o tempo e espaço destinados a esse modelo de ensino
(BARRETO, 2018).
Sendo assim, é de suma importância que essa metodologia esteja adequada a
real necessidade de aprendizagem e aquisição de conhecimento que o aluno tanto
necessita para interagir em sociedade e no mercado de trabalho altamente
competitivo (TOFFLER, 2020).
O ensino a distância tem sido muito aceito como um método de
aprendizagem, fundamental para que as metas de políticas públicas sejam atingidas
7

de forma coerente e correta, e em especial nos países da américa latina como o
Brasil, isso ocorre devido as suas dimensões geográficas continentais, e as distâncias
entre os centros de ensino e os alunos (MORAN, 2017).
Mesmo esse método sendo novo no Brasil, destacam-se ações ou movimentos
que possibilitaram a sua atuação no país, de forma expressiva e que esse processo
de ensino-aprendizagem seja trabalhado em todas as regiões brasileiras, levando
conhecimento e melhoria da qualidade de vida de todos os seus utilizadores. Essa
modalidade de aprendizagem vem comprovando que o ciberespaço, será a base
fundamental no desenvolvimento cada vez mais significativo do conhecimento que
beneficiara o indivíduo e a sociedade da qual o mesmo faz parte. Essas atitudes
confirmaram os compromissos firmados nas conferências internacionais de ensino,
ou seja, “o direito de aprender ininterruptamente a vida inteira” (SETOGUTTI,
2018).
É certo em que há inúmeras ações que colaboram de maneira significativa
com a utilização do ensino a distância pelo sistema educacional brasileiro. Mas vale
destacar que criação, pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura), do modelo
Nacional Brasileiro de Educação a Distância e em conjunto com a LDB (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional) em que o capítulo 16 diz que: “da educação
a Distância e da Educação Continuada”, e do decreto nº 2494 de 10 de fevereiro de
1998 e da Portaria nº 293, de 07 de abril de 1998, que regem e tratam diretamente
com as instituições de ensino a distância, essas são expressões jurídicas que
comprovam a veracidade deste tipo de modalidade de ensino perante as leis
brasileiras (BRASIL, 1998).
De acordo com LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) - Lei
9394/96, uma de suas maiores criações é o título VIII, no artigo 80, que se refere
pela primeira vez, de maneira formal e direta do ensino a distância. Este artigo diz
que “O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas
de ensino a distância em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada (BRASIL, 1998).
De acordo com a LDB/1998, a mesma diz que:

O decreto de nº 2.494 de 10/02/98, regulamenta o artigo citado
anteriormente definindo o Art: 1º que a educação a distância é “... uma
forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem com a mediação dos
recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em
diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou
combinados, e veiculados pelos meios de comunicação” (Brasil, 1998 p.
37).

No ano de 1998, ocorreu um crescente aumento nas solicitações de
credenciamentos e autorizações de cursos de nível superior na modalidade a
distância, com ênfase na área de formação de docentes, sendo esses pedidos
representam mais de 80% dessa totalidade. Isso ocorreu devido as exigências da
LDB 9394/96, que exigiu a graduação em nível superior como requisito mínimo
para o professor atuar no ensino fundamental da 1ª a 4ª series respectivamente.
Essa primeira fase foi definida para os profissionais que já trabalhavam na educação,
e que havia adquirido uma formação empírica ao longo de sua vida docente (BRASIL,
1998).
Em conformidade com as políticas públicas realizadas pelo MEC que buscam
pelo aperfeiçoamento do sistema educacional brasileiro, sempre com o intuito de
promover o qualitativo antes do quantitativo, para que assim ocorra uma educação
de qualidade. Por isso, esse órgão procura sempre valorizar as ações que promovam
o desenvolvimento do conhecimento do educando (BATES, 2019).
No referente ao ensino superior à distância no território nacional, observa-
se que varias universidades federais e estaduais, têm buscado nos últimos anos o
cadastramento e reconhecimento de cursos Superiores e de Pós-Graduação,
Mestrado e Doutorado a distância nos seus respectivos sistemas de ensino junto ao
MEC (Ministério da Educação). Mas uma das maiores conquistas desse sistema de
ensino foi a criação da Universidade Aberta do Brasil pelo MEC no ano de 2005, esse
avanço teve início no Fórum das Estatais pela Educação, para a elaboração e
desenvolvimento de um sistema educacional superior a distância de qualidade
(SETOGUTTI, 2018).
Destaca-se que a Universidade Aberta do Brasil é um projeto de ação
subjetiva, que busca sistematizar as ações, programas, projetos e as atividades que
fazem parte das políticas públicas, e que se direciona ao desenvolvimento e
9

ampliação das ofertas de cursos superiores e suas complementações, abrangendo e
ofertando ensino gratuito e de qualidade em todas as áreas geográficas do território
brasileiro (BRASIL, 1998).
Esse modelo educacional é formado pela união de consórcios públicos –
Fóruns das Estatais e ANDIFES e a colaboração atuante das universidades públicas
e outros órgãos de interesse educacional. A Universidade Aberta do Brasil tem
qualificação representativa generalizada, pois, a mesma pode atuar em toda a rede
nacional de educação e desenvolver pesquisas e novos métodos voltados para o
desenvolvimento do ensino superior, sempre partindo da primeira formação
superior e suas complementações, amparada pelo Decreto nº 5.800, de 08 de junho
de 2006 (BRASIL, 1998).

ENSINO A DISTANCIA E APRENDIZAGEM LIVRE

A educação a distância é um processo de ensino-aprendizagem, em que
docentes e educandos, não se encontram fisicamente em um mesmo espaço (sala),
no entanto se encontram interligados ou conectados por mídias tecnológicas da
internet que facilitam a sua comunicação e trocas de conhecimento entre aluno e
professor, por meio de ferramentas físicas como o computador, tablet, celular,
notebook, correios, rádio, televisão, CD-ROM, telefone, fax e outros mecanismos
físicos (MORAN, 2017).
O mesmo autor ainda enfatiza que na frase “ensino a distância” o destaque é
dirigido a atuação do educador (como a pessoa que ensina a distância). Entretanto
este termo se refere a palavra “educação”, pois, a mesma é mais inclusiva, desta
forma observa-se,o espaço que essa modalidade de ensino vem ocupando no
sistema educacional do Brasil, e sua importância para que a educação alcance os
rincões do nosso país (MORAN, 2017).
Ainda neste contexto há um debate fiel sobre a seguinte dúvida: Até quando
o ensino presencial vai atuar? Com o expressivo crescimento do ensino a distância e
seu ganho de adeptos cada vez maior, isso leva os sistemas de ensino como um todo
a se adequarem a esse tipo de sistema educacional, que será daqui mais algumas
10

décadas o sistema de ensino-aprendizagem dominante no mundo globalizado
(TOFFLER, 2020).
As principais qualidades desse modelo de aprendizagem é a utilização da
tecnologia para o desenvolvimento de suas vocações e ações educacionais. Assim,
a primeira vocação refere-se a democratização do ensino superior e gratuito, e que
possa abranger a maioria da população educacional, fazendo uso das técnicas
metodológicas modernas da ciências da comunicação e informação, na confecção de
materiais instrucionais. Essa ação corresponde a um papel importante no
desenvolvimento da autoaprendizagem do educando, para que o mesmo possa se
tornar independente e participar diretamente do seu processo de ensino-
aprendizagem (BARRETO, 2018).
O interesse pela aprendizagem independente teve início na década 70 em
todo o globo, com o intuito de elaborar um método de organização educacional mais
acessível para todos que buscassem concluir um ensino superior, e que não fosse
apenas destinado a apenas uma área acadêmica, mas a outras de interesse do
educando e com mais possibilidade de se adequar a esse model de ensino. Desta
forma observa-se que a EAD não afasta educador de educando, mas sim aumenta o
poder de alcance do ensino em todas as suas formas sociais (BARRETO, 2018).
Destaca-se que as crianças para se socializarem necessitam do contato físico
para formar a sua compreensão de mundo, assim, o ensino EAD se torna impróprio
nesse primeiro momento. No entanto nos ensinos médios e superiores, por não
necessitarem de contato físico para que a aprendizagem ocorra o ensino EAD irá
ultrapassar o presencial. Com o passar dos anos haverá uma reorganização
educacional, com prédios, salas de aula menores, e até mesmo com o número de
professores em menor quantidade, dando origem a mais salas ambientes e de
pesquisa para alguns encontros presenciais todas interconectadas com internet de
alta qualidade. A residência e os escritórios se tornarão os principais ambientes de
ensino-aprendizagem a distância (MORAN, 2017).
Todas essas transformações pelas estamos passando nos diz que estamos por
um período de mudanças educacionais. A aprendizagem é um dos primeiros
processos que o indivíduo deve passar para poder viver e se relacionar em
11

sociedade, mesmo que essa aprendizagem seja empírica ou culta. Com isso a
aprendizagem a qual no referimos neste momento é a aprendizagem culta, por isso,
é de responsabilidade das instituições de ensino preparar os seus educados para
esse fato educacional, desta maneira os discentes terão que se reorganizar o seu
processo de ensino-aprendizagem ou seja, os mesmos terão que aprender o sistema
de autoaprendizagem ofertado pelo sistema EAD (SEABRA, 2019).
As tecnologias aparecem com o intuito de promover o conforto humano, mas
no referente as novas tecnologias, o professor deve se adequar as mesmas para que
possa tornar a sua metodologia coerente com esse novo modelo de ensino, mesmo
sendo benéficas o uso dessas tecnologias. Deve-se destacar que uma formação de
qualidade do educador faz com que ele domine as mídias e se torne um excelente
profissional (SEABRA, 2019).
Conforme (Seabra, 2019), o mesmo afirma que:

“O professor do final do século deve saber orientar os educandos sobre
onde colher a informação, como tratar essa informação, como utilizar a
informação obtida. Esse educador será o encaminhador da autoformação
e o conselheiro da aprendizagem dos alunos, ora estimulando ou trabalho
individual., ora apoiando o trabalho de pequenos grupos reunidos por
áreas de interesses.” (SEABRA, 2019, p.3)

O educador caracterizado acima tem colaborado significativamente com a
formação e autonomia do discente. Entretanto há algumas questões que
impossibilitam a edificação de um conhecimento mais complexo por parte dos
educandos. Existem alguns obstáculos que levam os discentes a evadirem dos cursos
superiores EAD, mesmo essa sendo uma modalidade em que o indivíduo pode
aprender a qualquer tempo e lugar (SEABRA, 2019).
Mas os educandos desconhecem que esse modelo de estudo requer mais
afinco, pois, o mesmo exige que o educando estude mais, para que esse contato físico
seja superado por dedicação e consciência que esse modelo de aprendizagem exige,
não somente empenho das universidades em acompanhar seus alunos
adequadamente, mas conta com a habilidade indispensável dos mesmos em utilizar
mecanismos físicos como computadores, notebooks, celulares e principalmente a
internet para poderem estudar. Uma das outras questões tratadas pelo autor, é que
12

como não ocorre o contato físico com o professor e o aluno, oriundo da educação
tradicional, isso, pode causar um certo desestimulo ao educando, fazendo com o
mesmo não se sinta realmente inserido no sistema educacional vigente
(GARROCINI, 2020).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todo o conteúdo aqui exposto, nos remete ao seguinte pensamento: Será que
o Ensino Presencial vai conseguir superar o crescente desenvolvimento do Ensino a
Distância? O crescimento da EAD é algo real e que a sociedade vem se adaptando
ano após ano, mas que vem inserindo todos os indivíduos no ensino superior de
forma constante e fixa, pois, muitos que ingressam no ensino superior EAD
concluem o curso.
Alguns poucos acham que a educação EAD, é um sistema de fabricar
diplomas, mas estão enganados, pois, este é comprovadamente um sistema que
auxilia na formação de profissionais capacitados, porque exige deste mais afinco nos
estudos, autoconfiança e praticidade nos usos de compactadores, notebooks, e
mídias digitais, que são muitas vezes um tabu, até para alunos de curso normais, e
com a presença física do educador.
O sistema educacional brasileiro tende a se adequar as exigências do ensino
a distância. Essa modalidade é direta no quesito aprendizagem, o aluno deve ser
atuante e não estático, o mesmo deve participar do seu ensino e fazer uso constante
da sua autoaprendizagem, como uma maneira de interagir com os mecanismos físico
de estudos, internet, computador e outros, além de interagir com o professor e os
demaisestudantes de curso.
Compreende-se que os obstáculos a serem superados são muitos, mas que
não são impossíveis, e que sabemos que com adequação, empenho, e acesso aos seus
mecanismos de utilização a EAD, será o modelo de ensino-aprendizagem, que será
mais utilizado em todo mundo.
Isso ocorre devido a sua versatilidade, abrangência e inclusão humana, pois,
o mesmo chega a todos os lugares possíveis e as vezes impossíveis do globo, e que
para que isso é necessário dedicação e interesse pelo próximo.
13

Espera-se com este estudo que o mesmo servir de referência para estudo
futuros, além de fonte de informação para os órgãos educacionais vigentes no Brasil,
para que politicas publicas sejam tomadas, para fortalecer o ensino a distância
brasileiro e que este possa chegar a todos os seus rincões, trazendo consigo,
cidadania, esperança e conhecimento de todos os direitos e deveres de uma pessoa
letrada e alfabetizada.

REFERÊNCIAS

BARRETO, Lina Sandra. Educação a Distância: perspectiva histórica ed. 2018.
Disponível em: www.abmes.org.br/Publicacoes/26/lina.htm. Acesso em 04
jun.2022.

BATES, Luzia Marta. O que é metodologia. In: SILVA, Ana C. T. daSilva; BELLINI,
Luzia Marta. (Org.). Métodos e técnicas de pesquisa em educação: subsídios
metodológicos.
Maringá: Eduem, 2019. p. 83- 92.

BELLINI, Luzia Marta. O que é metodologia. In: SILVA, Ana C. T. da Silva; BELLINI,
Luzia Marta. (Org.). Métodos e técnicas de pesquisa em educação: subsídios
metodológicos. Maringá: Eduem, 2020. p. 83-92.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. – 2. ed – Campinas, SP: Autores
Associados, 2020. – (Coleção educação contemporânea)

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1998. Disponível em:
http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 14 jul. 2022.

GARROCINI, André. A Informática na Educação a Distância ed. 2020. Disponível
em http://www.assespropr.org.br/uploadAddress. Acesso em 12 jun.2022.

MORAN, José Manuel. O que é educação a distância ed. 2017. Disponível
emhttp://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm. Acesso em 13 jun.2022.

SEABRA, Carlos, Uma nova educação para uma nova era. In: “A Revolução
Tecnológica e os Novos Paradigmas da Sociedade”, Edição IPSO e Oficina de Livros,
São Paulo/Belo Horizonte, 2019.

SETOGUTI, Ruth I. Objeto e Método da História da Educação. In: SETOGUTI, Ruth
I. (Org.) Fundamentos da Educação. Maringá: EDUEM, 2018.

http://www.abmes.org.br/Publicacoes/26/lina.htm.%20Acesso%20em%2004%20jun.2022
http://www.abmes.org.br/Publicacoes/26/lina.htm.%20Acesso%20em%2004%20jun.2022

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