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Curso Técnico em Transações Imobiliárias REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO 2 Este material didático do Curso Técnico em Transações Imobiliárias, modalidade EaD foi elaborado especialmente por professores do Centro Paula Souza para as Escolas Técnicas Estaduais – ETECs. O material foi elaborado para servir de apoio aos estudos dos discentes para que estes atinjam as competências e as habilidades profissionais necessárias para a sua plena formação como Técnicos em Transações Imobiliárias. Esperamos que este livro possa contribuir para uma melhor formação e apefeiçoamento dos futuros Técnicos. APRESENTAÇÃO REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO GEEaD - Grupo de Estudo de Educação a Distância Centro de Educação Tecnológica Paula Souza São Paulo – SP, 2020 Expediente GEEaD – CETEC GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO EIXO TECNOLÓGICO DE GESTÃO E NEGÓCIO CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS Autora: Luciana Palermo dos Reis Revisão Gramatical: Juçara Maria Montenegro Simonsen Santos Editoração e Diagramação: Flávio Biazim AGENDA 1 REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO 5 Legislação Urbana - uma necessidade Com o crescimento e evolução das cidades, a necessidade de ordenar, orientar e planejar o espaço urbano torna-se cada vez mais evidente. O objetivo não é meramente a organi- zação ou embelezamento, mas também a salubridade e a higiene das cidades. É importante destacar que, a Constituição Federal de 1988 foi a primeira Constituição brasileira a dispor sobre questões urbanísticas, inserindo um Capítulo exclusivo para o tema, o qual foi intitulado “Da Política Urbana”. Já o Estatuto da Cidade visa consolidar a gestão do desenvolvimento urbano e a política habitacional como políticas públicas destinadas a assegurar o direito à cidade e à mora- dia como direitos universais, definindo as ferramentas que o Poder Público deve utilizar para enfrentar os problemas e conflitos gerados pela desigualdade social e territorial nas cidades. Im ag em 0 1 - f re ep ic k 6 O Plano Diretor é uma lei municipal que descreve como queremos que a nossa cidade seja organizada e se desenvolva nos próximos anos po meio de metas e planos de ações. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos moradores. O Plano Diretor deve ser regulamentado por meio de lei municipal e conforme disposição do Estatuto da Cidade tendo a Prefeitura, juntamente com toda a comunidade, a responsabilidade de seguir tudo o que foi aprovado. A obrigatoriedade do Plano Diretor passou a vigorar com a vigência do Estatuto da Cidade, porém a grande maioria dos Municípios escapa dessa obrigatoriedade, pois não se encaixa em nenhuma das hipóteses do artigo 41 do Estatuto da Cidade. O plano diretor é obrigatório para cidades: I – com mais de vinte mil habitantes; II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4º do art. 182 da Constituição Federal; IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico; V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. (Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade) O conteúdo mínimo do Plano Diretor foi estabelecido pelo artigo 42 do Estatuto da Cidade e especificado através da Resolução nº 34 do Conselho Nacional das Cidades. O plano diretor deverá conter no mínimo: I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5º desta Lei; II – disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei (macrozoneamento e índices urbanísticos relativos às áreas mínimas e máximas de lotes, taxa de ocupação, recuos frontais, laterais e de fundos para edificações, faixas não edificáveis, delimitação das áreas verdes, traçado do sistema viário existente e projetado, entre outros); III – sistema de acompanhamento e controle. Mas por que o Técnico em Transações Imobiliárias deve conhecer esse tipo de legislação? Isso será utilizado na sua vida profissional? No plano diretor, a cidade é dividi- da em zonas que se diferenciam pelo uso e ocupações por elas permitidos. Por exemplo, somente residencial, re- sidencial e comércio local, estritamente comercial. Assim, se tem como garantir o desenvolvimento do munícipio conforme objetivos previamente estabelecidos. PLANO DIRETOR E SUA IMPLANTAÇÃO NOS MUNICÍPIOS A resposta é REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO 7 A consulta a toda legislação urbana é pública. Hoje, a maioria das prefeituras disponibili- zam toda a Legislação Urbana em seus sites ou de forma física na própria prefeitura, onde não só a legislação pode ser consultada como, tam- bém, os mapas e anexos que a acompanham. No Plano Diretor, há uma lei complementar que disciplina o ordenamento do uso, da ocupação e do parcelamento do solo. Nela, encontramos os Índices Urbanísticos que indicam o tamanho mínimo e máximo de lote de cada zona, os recuos permi- tidos, as alturas máximas das edificações e vários outros indicativos que norteiam, principalmente, a forma de construir nas cidades. Vamos mostrar um exemplo de Plano Diretor e sua aplicação: O Acesso é público Onde podemos consultar essa legislação Todo Plano Diretor vem com um anexo do mapa do município, onde identificamos a divisão e localização de cada zona que é representada por cores. Cada cor representa a atividade prin- cipal permitida na zona e sua leitura pode ser fei- ta por meio da legenda, conforme mostrado no detalhe. O mapa de zoneamento, por exemplo, é uma representação adotada para as cidades. É um desenho técnico que segue normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). As representações para as construções seguem os mesmos parâmetros. Interpretar tecnicamente as principais normas e convenções do desenho técnico e arquitetôni- co será o tema abordado em nossa próxima aula. Até lá! REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO