Prévia do material em texto
Podcast Disciplina: PIS, COFINS e Impostos do Comércio Exterior Título do tema: Definições e conceitos específicos a respeito do PIS e da COFINS Autoria: João Paulo Carniato Genta Leitura crítica: João Alfredo Lopes Nyegray Abertura: Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar um pouco dos modelos de integração econômica existentes. A integração econômica, realizada em vários países ao redor do mundo, não consiste apenas em simples acordos comerciais entre nações, mas sim em um mecanismo que atua de maneiras e intensidades diferentes. Existem quatro tipos de integração econômica sendo eles: Área de livre- comércio: onde as tarifas comerciais entre membros são eliminadas, mas cada país pode ter tarifas comerciais próprias com terceiros; União aduaneira: Igual a área de livre comércio, porém com tarifa comum para terceiros; Mercado comum: possui as características da União Aduaneira, porém busca harmonizar a política comercial e livre circulação de serviços, capitais e pessoas; União monetária: é o mercado comum, acrescentado de uma moeda comum e unificação da política monetária. Verifica-se então que esses tipos de integração podem ser considerados como etapas, haja vista que o grau de comprometimento entre os países vai aumentando de acordo com o tipo de integração. Na área de livre-comércio o único ponto em comum é a eliminação das tarifas entre os países, passando para a eliminação de tarifas conjuntamente com uma tarifa externa comum na união aduaneira, no mercado comum as características da união aduaneira são acrescidas a políticas comerciais harmonizadas e livre circulação dos fatores de produção, e por fim, a união monetária une todas as medidas anteriores, utilizando-se de uma única moeda (e política monetária) para o bloco econômico. A partir dessa evolução, verifica-se que o nível de integração econômica é inversamente proporcional ao poder do Estado, ou seja, quanto mais forte integração mais os Estados terão que abdicar de controles que anteriormente eram seus, como: taxas alfandegárias, controles de imigração, e até a política monetária. A questão monetária é altamente relevante, pois quando se alcança a união monetária, qualquer intervenção monetária afetaria diretamente todos os países da união, criando instabilidades no âmbito monetário e cambial, haja vista que mudanças na oferta ou demanda de moeda doméstica não somente atinge o nível de preços da economia internamente, mas também altera os preços no V er sã o mercado cambial. Sendo assim, a única saída é a política fiscal, o que geralmente em países de regimes democráticos costuma ser um processo mais lento, tornando os Estados de certa forma mais “ineficientes” em oferecer soluções para alguns problemas econômicos. No entanto, a integração econômica ainda oferece diversos benefícios comerciais, gerando mais riqueza a ser distribuída entre os países que compõem o bloco econômico. Um exemplo recente da importância da integração econômica pode ser visto com a saída do Reino Unido da União Europeia, onde milhares de pessoas perderam seus empregos e o comércio foi fortemente prejudicado, devido ao aumento das taxas tanto para importação de produtos quanto de serviços. Ainda é valido notar que neste caso, apesar do Reino Unido ter feito parte da União Europeia, o Euro não era uma moeda comum aos dois, pois o primeiro possuía a permissão de utilizar sua própria moeda, a Libra Esterlina. Já em nossa região, o Mercosul é uma integração do tipo “Área de livre comércio”, onde em tese não deveriam existir tarifas para bens e serviços dentro do bloco. Contudo, o Mercosul não pode ser considerado um caso de sucesso, pois falta empenho por parte dos países membros em estender os benefícios comerciais de maneira a gerar resultados realmente consistentes como em na América do Norte com o Nafta. Fechamento: Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!