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LLPT_LiteraturaPortuguesaI_impresso-9


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Do ponto de vista político-administrativo, vale lembrar que a Lusitânia 
foi estabelecida pelo imperador Augusto, ainda no século I a.C. A autonomia 
jurídica desse território romano tem um marco importante em 74 da era 
cristão, quando o imperador Vespasiano estendeu à Lusitânia os privilégios 
do direito romano. 
No início do século V, bárbaros germânicos (suevos, vândalos e 
visigodos) e alanos ocuparam diversas regiões da Península Ibérica. 
Parceiros dos romanos, os visigodos dividiriam boa parte desse território do 
século V com os suevos. Onde hoje é Portugal, dominaram os visigodos. 
Em 711, inicia-se a ocupação muçulmana, que duraria cinco séculos. A 
influência muçulmana somar-se-ia às contribuições étnicas e culturais dos 
bárbaros e romanos, consolidando as características peculiares dos atuais 
povos ibéricos. Os muçulmanos chamaram a península de Al-Andalus, que 
foi emirato (756–929), califado (929–1031) e depois a dispersão em reinos 
(taifas). 
Em oposição à presença muçulmana, a partir das Astúrias, região ao 
norte da península que se manteve fora do poder islâmico, organizou-se uma 
demorada resistência cristã. Conforme avançava o poder cristão, formavam-
se novos reinos. Esse processo culminaria com a tomada de Granada em 
1492 pelos chamados Reis Católicos. Vale ressaltar que, bem antes dessa 
data, Portugal já alcançara sua autonomia como reino. Em 1249, D. Afonso 
III consolidava o domínio português ao sul do país, ocupando os últimos 
redutos muçulmanos (Albufeira, Faro, Loulé, Aljezur e Porches).
DO CONDADO PORTUCALENSE AO REINO DE PORTUGAL
Em 1096, D. Henrique de Borgonha recebeu de D. Afonso VI, rei de 
Leão, a mão de sua filha bastarda D. Teresa e o Condado Portucalense, cujo 
território correspondia à metade ao norte do atual território de Portugal. O 
presente de casamento também se explica pelo fato de D. Henrique ter 
ajudado D. Afonso VI na reconquista da Galiza. Além disso, teria em seu 
vassalo um aliado contra seus inimigos políticos cristãos e islâmicos.
Dos filhos de D. Henrique, D. Afonso Henriques o sucedeu, tornando-se 
o segundo conde de Portucale em 1112. Como discordasse da mãe, que 
desejava unir o condado à Galiza, Afonso Henriques iniciou uma guerra pela 
independência do reino de Leão, vindo a ser o primeiro soberano de 
Portugal. O reconhecimento da soberania portuguesa ocorreria em 1143 por 
Leão e Castela, e em 1179 pelo papa. 
Vêm desse mesmo período os primeiros documentos do Trovadorismo 
português, com textos preservados nos cancioneiros. 
FONTES DAS IMAGENS
1. http://www.denso-wave.com/en/
Responsável: Prof. José Leite Júnior
Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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