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diferente do aramaico que falavam com Jesus, aprendido sob os caldeus. (Você estudou história, não é?) O hebraico, nessa língua ivrit, veio a ser falado, reaprendido, somente no Israel instalado a partir de 1948. Mudamos, nesta aula, a direção em que vínhamos seguindo. Vamos nos deslocar das pequenas unidades que são os fonemas, vistos na aula passada, em direção a outras camadas da língua e ao que há em torno do código linguístico. Nossa finalidade é conseguir que, quando a última aula da disciplina terminar, você se sinta pronto para ingressar em outra “região” da língua portuguesa. Durante algum tempo, fingimos que as unidades fonológicas segmentais existiam por si, para si, sozinhas. Agora, nesta quarta aula, caminhamos com você olhando de perto algumas conjunções (não no sentido da classe de palavras; veja um dicionário). Quer saber por que um elemento prosódico é também chamado “SUPRASSEGMENTAL”? Você já entendeu a ilusão humana em pensar que uma cadeia sonora é dividida em SEGMENTOS, certo? Pois veja, em “ENTRA?”, dito pelo porteiro de um edifício, o acento é percebido como estando não depois de alguma coisa, mas sobre um segmento, a vogal nasalizada. Mais: a entoação ascendente também é posta "sobre" a sílaba acentuada. Pense, e tente responder logo mais: ● Que diferenças há entre os “elementos segmentais”, pesquisados quase com exclusividade nas teorias linguísticas mais comuns, e os elementos prosódicos ou suprassegmentais? ● Como deve um profissional da linguagem posicionar-se quanto às relações entre os itens fonológicos, segmentais ou prosódicos, e os itens gráficos correspondentes? ● Veja que, se não são bastante discutidos, são discutíveis os problemas ocorrentes no ensino por conta dessa relação. Atente para a palavra-chave contida na expressão-título, Tís hê prosôdía estín, que lembra o adjetivo grego “prosôdos”, que significou “que se canta com acompanhamento” (Pereira, 1984, p. 499). NÃO DISSERAM PARA VOCÊ, MAS A ESCRITA TEM A VER COM FONOLOGIA E OUTRAS COISAS... No próprio texto que você vem lendo, está o que queremos observar. São elementos gráficos: espaços, vírgulas e pontos (imprescindíveis, hoje), parênteses, “bolinha” chamando a atenção para início de tópico, itálico e hífen. São todos sinais de pontuação lato sensu. Stricto sensu, designamos como sinal de pontuação vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, pontos final, de interrogação e “de 57