Buscar

Prévia do material em texto

Economia Institucional e das Organizações 
Docente: Roldan Muradian 
Discente: Daniel Cruz da Matta
Ensaio 3 - A nova economia institucional: custos de transação 
A Nova Economia Institucional (NEI) é uma abordagem teórica que procura explicar o papel das instituições na economia, destacando a importância das transações econômicas e seus custos. Nessa abordagem, o conceito de custo de transação é fundamental para entender como as instituições afetam a atividade econômica. 
O custo de transação refere-se aos custos incorridos por indivíduos e empresas para realizar uma transação econômica, incluindo os custos de busca de informações, negociação, monitoramento, execução e aplicação de contratos. Esses custos podem ser elevados em algumas situações, tornando a transação inviável ou menos eficiente do que seria desejável. 
Na NEI, a análise dos custos de transação é feita em relação a duas alternativas institucionais: o mercado e a firma. O mercado é uma forma de organização econômica em que as transações são realizadas através de preços e contratos, enquanto a firma é uma forma de organização em que as transações são realizadas através de uma hierarquia de comando e controle. 
De acordo com a NEI, a escolha entre o mercado e a firma depende dos custos de transação envolvidos em cada opção. Em geral, se os custos de transação do mercado são baixos, é mais eficiente realizar a transação através dele. Por outro lado, se os custos de transação do mercado são elevados, pode ser mais eficiente realizar a transação através da firma. 
Os custos de transação são influenciados por diversos fatores, como a complexidade da transação, a incerteza sobre o futuro, a existência de externalidades e a capacidade de aplicação dos contratos. Por exemplo, em transações complexas, como a construção de uma fábrica, os custos de transação do mercado podem ser elevados, devido à necessidade de negociar muitos contratos e coordenar diversas atividades. Nesse caso, a firma pode ser mais eficiente, pois a coordenação é realizada internamente, sem a necessidade de negociações complexas. 
Outro fator que influencia os custos de transação é a existência de externalidades, que são efeitos de uma atividade econômica sobre terceiros que não 
participam diretamente da transação. Por exemplo, a poluição gerada por uma fábrica pode afetar a saúde das pessoas que moram nas proximidades. Se os custos de monitoramento e aplicação dos contratos para lidar com as externalidades forem elevados, a firma pode ser mais eficiente, pois pode internalizar esses custos, reduzindo a poluição. 
Além disso, os avanços tecnológicos têm um papel importante na redução dos custos de transação. Por exemplo, a internet e as plataformas digitais permitem que as transações sejam realizadas de forma mais rápida, barata e segura, reduzindo os custos de busca de informações e negociação. Essas tecnologias têm impulsionado o surgimento de novos modelos de negócios baseados em plataformas digitais, como o Uber e o Airbnb, que têm como objetivo reduzir os custos de transação no mercado. 
Em conclusão, os custos de transação desempenham um papel importante na Nova Economia Institucional, pois influenciam a escolha entre o mercado e a firma como formas de organização econômica. A análise desses custos leva em consideração diversos fatores, como a complexidade da transação, a existência de externalidades e os avanços tecnológicos. Com a redução dos custos de transação proporcionada pelas novas tecnologias, surgem novas oportunidades para negócios baseados em plataformas digitais, que buscam reduzir ainda mais esses custos. Em suma, entender os custos de transação é fundamental para compreender as instituições econômicas e como elas afetam a atividade econômica.

Mais conteúdos dessa disciplina