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[Livro] Extensão: diretrizes, tipos de atividades e áreas temáticas Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ifes Curso: Pesquisa e extensão tecnológicas na Educação Profissional e Tecnológica Livro: [Livro] Extensão: diretrizes, tipos de atividades e áreas temáticas Impresso por: Alessandra Santana Pereira Data: quinta, 9 mai 2024, 23:32 https://ava3.cefor.ifes.edu.br/ Descrição EXTENSÃO: DIRETRIZES,TIPOS DE ATIVIDADES E ÁREAS TEMÁTICAS Índice 1. Extensão: diretrizes, tipos de atividades e áreas temáticas 1.1. Diretrizes 1.2. Tipos de atividades de extensão 1.3. Áreas temáticas da extensão 2. Referências 3. Ficha técnica 1. Extensão: diretrizes, tipos de atividades e áreas temáticas Capítulo 1 Antes de iniciar o texto sobre esse assunto, convidamos a assistir ao vídeo abaixo, que trata de um bate- papo com o Diretor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Ifes, Campus Colatina (2017-2022), Prof. Dr. Julio Cesar Nardi, com o tema: “Por que fazer extensão”? Pesquisa e extensão tecnológicas - S2 - Entrevista Diretor Pesquisa e extensão tecnológicas - S2 - Entrevista Diretor …… AUDIODESCRIÇÃO DA ENTREVISTA Pesquisa e extensão tecnológicas - S2 - Entrevista Diretor Pesquisa e extensão tecnológicas - S2 - Entrevista Diretor …… https://www.youtube.com/watch?v=oXRlaC6aVdw https://www.youtube.com/watch?v=htyIx9uNvLQ 1.1. Diretrizes Capítulo 1 A extensão é contemplada a partir de seus cinco princípios básicos: a interação dialógica; a interdisciplinaridade e interprofissionalidade; a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão; o impacto na formação do estudante e o impacto e a transformação social. Interação dialógica: uma ação/atividade de extensão deve surgir do diálogo com a comunidade que, por sua vez, apontará as demandas e necessidades. É importante que haja uma relação próxima e construção de vínculos com esse público-alvo e que a demanda esteja claramente identificada na proposta. Algumas perguntas são importantes nessa etapa: Quem é essa comunidade/setor produtivo/sociedade a que a proposta propõe atender? O proponente conhece essas necessidades? Em qual contexto essa comunidade (público-alvo) está inserida? Como chegou essa demanda até o proponente (aquele que propõe a proposta)? Interdisciplinaridade e interprofissionalidade: contrapõe-se à visão fragmentada do conhecimento, considerando a articulação dos saberes e fazeres. Busca superar essa dicotomia, combinando especialização e consideração da complexidade inerente às comunidades, setores e grupos sociais com os quais se desenvolvem as ações de Extensão ou os próprios objetivos e objetos dessas ações. O suposto dessa diretriz é que a combinação de especialização e visão holística pode ser materializada pela interação de modelos, conceitos e metodologias oriundos de várias disciplinas e áreas do conhecimento, assim como pela construção de alianças intersetoriais, interorganizacionais e interprofissionais. (Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Ensino Superior Brasileiras) Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão: refere-se à articulação desses 3 pilares claramente apresentados na proposta de extensão. O estudante, assim como a comunidade com a qual se desenvolve a ação de Extensão, deixa de ser mero receptáculo de um conhecimento validado pelo professor para se tornar participante do processo. Assim, no âmbito da relação entre Pesquisa e Ensino, a diretriz indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão inaugura possibilidades importantes na trajetória acadêmica do estudante e do professor. Visando à produção de conhecimento, a Extensão Universitária sustenta-se principalmente em metodologias participativas, no formato investigação-ação (ou pesquisa-ação), que priorizam métodos de análise inovadores, a participação dos atores sociais e o diálogo. (Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Ensino Superior Brasileiras) Impacto na formação do estudante: constitui aportes decisivos à formação do estudante, seja pela ampliação do universo de referência que ensejam, seja pelo contato direto com as grandes questões contemporâneas. Esses resultados permitem o enriquecimento da experiência discente em termos teóricos e metodológicos, ao mesmo tempo em que abrem espaços para reafirmação e materialização dos compromissos éticos e solidários da Universidade Pública brasileira. As ações extensionistas devem possuir um projeto pedagógico que explicite três elementos essenciais: (i) a designação do professor orientador; (ii) os objetivos da ação e as competências dos atores nela envolvidos; (iii) a metodologia de avaliação da participação do estudante. (Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Ensino Superior Brasileiras) FIQUE ATENTO: nas propostas de extensão, é preciso constar como será a participação dos estudantes da instituição como membros das equipes executoras e quais atividades serão desempenhadas por estudantes de cursos regulares ou de extensão na condição de protagonistas, sob orientação. Impacto e transformação social: estabelece a inter-relação da instituição com os outros setores da sociedade, com vistas a uma atuação transformadora, voltada para os interesses e necessidades da sociedade propiciando o desenvolvimento social e regional, assim como para o aprimoramento das políticas públicas. É preciso evidenciar quais serão os impactos sociais, apontando as atividades a serem desenvolvidas para a superação de problemas sociais, com ênfase para a inclusão da instituição nos demais setores da sociedade. Podem ser caracterizados a partir da construção e aplicação de conhecimentos, bem como por outras atividades acadêmicas e sociais. de grupos sociais externos à instituição e no desenvolvimento de meios e processos de produção, inovação e transferência de conhecimento e tecnologias em resposta a demandas explicitadas por organizações e grupos sociais externos à instituição, devidamente identificados na proposta. 1.2. Tipos de atividades de extensão Capítulo 1 Produção: Anna Luisa Reis Becevelli (EMEF “Dr. Octávio Manhães de Andrade”) A Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, estabelece em seu Art. 8º que “As atividades extensionistas, segundo sua caracterização nos projetos políticos pedagógicos dos cursos, se inserem nas seguintes modalidades: I - programas; II - projetos; III - cursos e oficinas; IV - eventos; V - prestação de serviços. Vejamos a definição de cada uma de acordo com a Orientação Normativa 01/2020 da Coordenadora de Ações de Extensão do Instituto Federal do Espírito Santo: Programa: entende-se como programa de extensão o conjunto articulado de ações e atividades de ensino, pesquisa e extensão, de caráter multidisciplinar. Tem caráter contínuo, orgânico-institucional, integração no território ou em grupos populacionais, clareza de diretrizes e orientação para um objetivo comum, sendo executado a médio e longo prazo por estudantes orientados por um ou mais servidores da instituição. Projeto: entende-se como projeto de extensão o conjunto de ações processuais contínuas, de caráter educativo, social, cultural ou tecnológico, com objetivo específico e prazo determinado, desenvolvido de forma sistematizada e com período de vigência igual ou superior a 3 (três) meses ou igual ou inferior a 36 meses. Curso: é um conjunto articulado de ações pedagógicas, de caráter teórico ou prático, presencial, semipresencial ou a distância, planejadas e organizadas de modo sistemático, com carga horária mínima de 8 (oito) horas e processo de avaliação. Para que um curso do Ifes seja reconhecido como curso de extensão, deverá ser concebido por servidores do Ifes em função de demandas resultantes do relacionamento da comunidade interna do Ifes, especialmente dos proponentes, com: grupos sociais externos ao Ifes, que tenham perfil caracterizado de forma específica em função de suas vulnerabilidades ou dos impactos sociais pretendidos; ou com organizações externas ao Ifes, sejam estas organizaçõesconsideradas demandantes ou coexecutoras. Além dos requisitos de motivação da oferta do curso de extensão, a participação de grupos sociais externos ou organizações externas, seja como parte do corpo docente, ou como responsável(is) pela organização ou execução de atividades ou então como público-alvo, deverá ser condição imprescindível para o atingimento de seu objetivo geral. Evento: são ações que implicam a apresentação e exibição pública e livre, ou, também, com clientela específica do conhecimento ou produto desenvolvido, conservado ou reconhecido pelo Ifes, devendo estar classificados nos seguintes grupos: Congresso; Fórum; Seminário; Semana; Exposição; Mostra; Oficina; Espetáculo; Evento esportivo; Festival; ou outros tipos de evento. Atividades como palestras, oficinas e minicursos de curta duração, em vez de serem cadastradas individualmente como eventos de extensão, poderão ser propostas, cadastradas e certificadas como atividades compreendidas em ações de Extensão dos seguintes tipos: Programa; Projeto; Curso ou Evento. Para que um evento institucional seja reconhecido como evento de extensão, deverá ser concebido em função de demandas identificadas na interação do Ifes com grupos sociais ou organizações externas ao Ifes, cuja participação no evento, seja como parte da comissão organizadora, como corresponsável(is) pela execução de atividades ou como público-alvo, deverá ser condição imprescindível para o atingimento de seu objetivo geral. Prestação de Serviços: é uma atividade de transferência ou aplicação do conhecimento gerado no Ifes a grupos sociais e organizações externas ao Ifes, incluindo-se nesse conceito assessorias e consultorias, pesquisas encomendadas, elaboração de projetos e outras atividades demandadas por terceiros. Agora, após apresentarmos os tipos de extensão e suas definições, vamos falar um pouco sobre as áreas temáticas da extensão. 1.3. Áreas temáticas da extensão Capítulo 1 Produção: Anna Luisa Reis Becevelli (EMEF “Dr. Octávio Manhães de Andrade”) A organização da extensão segue as referências nacionais com a classificação de todas as ações de extensão em Áreas Temáticas que especificam e detalham os temas, permitindo o diálogo com outras experiências extensionistas no país. Vejamos: Comunicação: comunicação social; mídia comunitária; comunicação escrita e eletrônica; produção e difusão de material educativo; televisão universitária; rádio universitária; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de comunicação social; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área. Cultura: desenvolvimento de cultura; cultura, memória e patrimônio; cultura e memória social; cultura e sociedade; folclore, artesanato e tradições culturais; produção cultural e artística na área de fotografia, cinema e vídeo; produção cultural e artística na área de música e dança; produção teatral e circense; rádio universitária; capacitação de gestores de políticas públicas do setor cultural; cooperação interinstitucional. Meio Ambiente: preservação e sustentabilidade do meio ambiente; meio ambiente e desenvolvimento sustentável; desenvolvimento regional sustentável; aspectos de meio ambiente e sustentabilidade do desenvolvimento urbano e do desenvolvimento rural; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de meio ambiente; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; educação ambiental; gestão de recursos naturais, sistemas integrados para bacias regionais. Saúde: promoção à saúde e qualidade de vida; atenção a grupos de pessoas com necessidades especiais; atenção integral à mulher; atenção integral à criança; atenção integral à saúde de adultos; atenção integral à terceira idade; atenção integral ao adolescente e ao jovem; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de saúde; cooperação http://www.unochapeco.edu.br/static/data/portal/downloads/2578.pdf interinstitucional e cooperação internacional na área; desenvolvimento do sistema de saúde; saúde e segurança no trabalho; esporte, lazer e saúde; hospitais e clínicas universitárias; novas endemias e epidemias; saúde da família; uso e dependência de drogas. Direitos Humanos e Justiça: assistência jurídica; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de direitos humanos; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; direitos de grupos sociais; organizações populares; questão agrária. Educação: educação básica; educação e cidadania; educação à distância; educação continuada; educação de jovens e adultos; educação especial; educação infantil; ensino fundamental; ensino médio; incentivo à leitura; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de educação; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área. Tecnologias e Produção: transferência de tecnologias apropriadas; empreendedorismo; empresas juniores; inovação tecnológica; polos tecnológicos; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de ciências e tecnologia; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; direitos de propriedade e patentes. Trabalho: reforma agrária e trabalho rural; trabalho e inclusão social; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas do trabalho; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; educação profissional; organizações populares para o trabalho; cooperativas populares; questão agrária; saúde e segurança no trabalho; trabalho infantil; turismo e oportunidades de trabalho. Fonte: http://www.ufrgs.br/prorext-siteantigo/registros/areas-tematicas 2. Referências BRASIL, Ministério da Educação. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. Disponível em https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/55877808. Acesso em: 10/07/2020. Fórum de Pró-Reitores das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus: 2012. Disponível em: https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica- Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso em 10/05/2021. INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Orientação Normativa CAEX 01/2020. Disponível em https://proex.ifes.edu.br/images/stories/Regulamento_de_A%C3%A7%C3%B5s_de_Extens%C3%A3o_- _Orienta%C3%A7%C3%A3o_Normativa._ON_2020_.pdf Acesso em 28/08/2020. INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Por que fazer extensão? Entrevista com o Diretor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Ifes, Campus Colatina, 2021. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Áreas temáticas da extensão. Disponível em: http://www.ufrgs.br/prorext-siteantigo/registros/areas-tematicas. Acesso em 20/05/2021. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/55877808 https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf http://www.ufrgs.br/prorext-siteantigo/registros/areas-tematicas 3. Ficha técnica Título Extensão: diretrizes, tipos de atividades e áreas temáticas Autoria Emilene Côco dos Santos (2021) Indiana Reis da Silva Becevelli (2021) Design gráfico Camila Karoline Justino Marques Luiza Fonseca de Souza Design instrucional Michele Silva da Mata Revisão textual Cláuberson Correa Carvalho Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. https://ava3.cefor.ifes.edu.br/mod/book/view.php?id=317986 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BR