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Aula 1 - A proclamação da República e o povo: bestializados ou bilontras? Habilidade: (EM13CHS602) A Proclamação da República ● Golpe militar: a Primeira República (ou República da Espada, pelo caráter militar) começou com um golpe militar liderado por Deodoro da Fonseca, que culminou com a derrubada do Império. ● Centralização do poder: durante o contexto, houve uma forte centralização do poder nas mãos dos militares, com a criação de um governo autoritário e centralizador. ● Fortalecimento do exército: com o objetivo de consolidar o poder militar, houve a modernização e o fortalecimento do exército, criando uma estrutura militar mais profissional e organizada. ● Perseguição política: marcada pela perseguição política aos opositores do regime, especialmente aos antigos membros do Império e aos republicanos que defendiam uma república mais democrática. ● Intervenção na economia: promoção da industrialização do país, atraindo investimentos estrangeiros para o Brasil. ● Imposição do voto: criada uma nova, Constituição (1891) , que impôs o voto obrigatório e a criação de um sistema eleitoral que restringia o acesso das camadas populares ao poder político. Características: ● República Federativa: composta por estados que detinham ampla autonomia (forças militares próprias, fazer leis, eleger governador, criar e cobrar impostos etc.). ● Sufrágio: masculino, reservado aos maiores de 21 anos alfabetizados. O voto não era secreto e não foi instituída a Justiça Eleitoral. Promulgada a 1a Constituição Republicana, assumem o poder os marechais Manuel Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Juramento da Constituição, c. 1891. Obra de Aurélio de Figueiredo. Museu da República, Rio de Janeiro. ● Três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário (o Poder Executivo, no plano federal, era exercido por um presidente eleito para um mandato de quatro anos, com vice- presidente, não havendo direito de reeleição. Os estados eram governados por “presidentes”, também eleitos em cada uma das unidades da federação. O Poder Legislativo era bicameral: Senado – três senadores por estado – e Câmara dos Deputados –um deputado para cada 70 mil habitantes que o estado possuísse, o que garantiu maior representação política aos estados mais populosos, destacando-se Minas Gerais, com 37 deputados). ● Economia: determinação de que o subsolo pertencia ao proprietário do solo, característica acentuadamente liberal, mas sem ações no sentido social. ● Laicização do Estado: por meio da separação entre Estado e Igreja Católica. Instituiu- se o casamento civil e deixou de existir uma religião oficial. Constituição Republicana de 1891 Constituição de 1891. Documento sob guarda do Arquivo Nacional. Infográfico elaborado para este material. Exercícios 1 - Sobre a participação dos militares na Proclamação da República, é correto afirmar que: a) o Partido Republicano foi influenciado pelos imigrantes anarquistas a desenvolver a consciência política no seio do exército. b) a proibição de debates políticos e militares pela imprensa, a influência das ideias de Augusto Comte e o descaso do Imperador para com o exército favoreceram a derrubada do Império. c) o descaso de membros do Partido Republicano, como Sena Madureira e Cunha Matos, em relação ao exército, expresso por meio da imprensa, levou os "casacas" a proclamarem a República. d) o Gabinete do Visconde de Ouro Preto formalizou uma aliança pró-republicana com os militares positivistas no Baile da Ilha Fiscal. e) a aliança dos militares com a Igreja acirrou as divergências entre militares e republicanos, culminando na Questão Militar. 2 - Sobre o principal personagem da Proclamação da República, o marechal Deodoro da Fonseca, é correto dizer que: a) nunca havia se envolvido em assuntos políticos até o dia 15 de novembro de 1889. b) não era monarquista, haja vista que se recusou a lutar na Guerra do Paraguai. c) não era republicano, mas era contrário ao gabinete imperial da época. d) sempre teve convicções republicanas. e) tinha também o plano de assassinar a família real. 3 - A República foi proclamada em 15 de novembro de 1889. Contudo, sua consolidação se fez pela violência de duas revoluções. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: a) No plano ideológico, defendiam os federalistas a necessidade de um poder central forte e limitada autonomia aos Estados. b) Floriano Peixoto assumiu o cargo de Presidente da República na condição de vice-presidente eleito indiretamente pelo Congresso Nacional e se posicionou favoravelmente aos federalistas. c) Desde o início, os rebeldes federalistas lutaram ao lado da Revolta da Armada, que se desenvolvia na Baía da Guanabara. d) Esquadras estrangeiras penetraram na Baía da Guanabara, buscando tardiamente apoiar a marinha de guerra do Brasil. e) Embora Floriano Peixoto tenha sido alcunhado de "Consolidador da República", os choques armados continuaram na Presidência de Prudente de Morais e somente terminaram no Governo de Campos Sales. 4 - Leia o trecho e, em seguida, assinale a alternativa correta. “Aconteceu, porém, que era difícil viver D. Pedro II a vida dupla que parece ter pretendido levar, indo piedosamente à missa no Brasil e fazendo o pelo sinal aos olhos das multidões brasileiras e, na Europa, ostentando espírito voltairiano; de modo que o Pedro II de feitio europeu – que talvez fosse dos dois o mais autêntico – terminou superando, dentro do próprio Brasil, o de algum modo antieuropeu e antiprogressista. Daí em crises como a dos bispos e a militar ter se comportado exatamente como qualquer político ou liberal, ou republicano e até anticlerical – empenhado em fazer valer o princípio da autoridade legítima sobre o da insubordinação.” (FREYRE, Gilberto. Ordem e Progresso. São Paulo: Global, 2004. p. 217.) No trecho acima, é correto dizer que Gilberto Freyre: a) nega que D. Pedro II tenha tido qualquer tipo de responsabilidade na crise que levou o Império ao seu fim. b) deixa claro que não era de bom tom o Imperador mostrar sua postura religiosa aos brasileiros. c) ressalta que a ambiguidade política de D. Pedro II acabou por colocá-lo em litígio com algumas camadas da sociedade. d) afirma que Dom Pedro II sempre gostou mais da Europa do que do Brasil. e) afirma que Dom Pedro II não tinha habilidade política nem como conservador e nem como progressista.