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Aula 8
Publicações científicas
Kelly Alonso Costa
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Meta
Apresentar as principais formas de comunicação e publicação de traba-
lhos científicos; introduzir o aluno no universo da publicação científica 
na área da Engenharia.
Objetivos
Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de:
1. descrever os principais tipos de trabalhos para publicação científica;
2. reconhecer a relevância da comunicação da pesquisa para os meios 
acadêmico e científico, a avaliação de periódicos e os principais 
eventos da Engenharia;
3. identificar as principais regras para a publicação de um 
artigo científico.
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Metodologia Científica
Introdução
A importância da comunicação da pesquisa para a comunidade acadê-
mica está relacionada à difusão de conhecimento e de novas descober-
tas desenvolvidas ao longo de estudos. A democratização da ciência e a 
disseminação de conhecimento têm grande impacto para o crescimento 
intelectual da sociedade, pois abre espaço para outras pessoas aplica-
rem ou analisarem por outras perspectivas tais informações.
A publicação científica fornece, principalmente, os resultados relevan-
tes das pesquisas desenvolvidas através de revistas, periódicos (eletrô-
nicos ou impressos) e eventos científicos, como congressos, simpó-
sios, conferências, palestras e feiras. Nos últimos anos, o Brasil tem 
aumentado a participação tanto em periódicos, como em eventos onde 
a informação científica é compartilhada. As publicações científicas são 
qualificadas, por sua relevância, pela Capes, que organiza o sistema de 
mapeamento das áreas de pesquisa no Brasil, principalmente a avalia-
ção de periódicos que publicam artigos científicos.
Nesta aula vamos conhecer os principais tipos de trabalhos apresenta-
dos para publicações científicas e, também, os principais eventos que 
compõem o calendário na área de Engenharia de Produção. Vamos tam-
bém conhecer as principais regras para a construção de um artigo cien-
tífico, que atualmente é o meio mais utilizado pelos pesquisadores para 
transmitir sua produção.
Publicações científicas
A comunicação da pesquisa através das publicações científicas re-
presenta uma importante ação para a divulgação dos resultados de es-
tudos desenvolvidos por pesquisadores em diversos campos da ciência. 
Muitos desses resultados poderão ser utilizados no progresso de tec-
nologias e teorias para o bem da sociedade. Uma alternativa para esse 
conhecimento compartilhado será a continuação de estudos ou de sa-
beres tomados como pontos de partida para novas perspectivas para 
pesquisadores e alunos.
A comunicação científica geralmente é realizada de forma oral du-
rante congressos, simpósios, entre outros eventos acadêmicos. Esses 
eventos geralmente possuem mesas, que costumam ser constituídas por 
um presidente, um secretário e um orador.
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Segundo Lakatos e Marconi (2010), a comunicação científica é um 
informe delimitado em sua extensão pelo seu local de divulgação (po-
dendo este ser um seminário, simpósio, reunião, jornada, congresso, 
semana de eventos científicos, revista), que exige normas para apre-
sentação. Seu teor compõe-se dos resultados das pesquisas científicas 
originárias, inéditas, que serão posteriormente veiculadas nos anais de 
publicações científicas ou periódicos.
A forma escrita mais comum de publicação científica é o artigo cien-
tífico. Porém, o pesquisador não publica só por meio de eventos, ele 
também pode enviar seu trabalho diretamente para uma revista ou pe-
riódico, indexado dentro das normas estabelecidas de formatação, para 
ser avaliado e então, se aceito, publicado.
Um periódico, em termos acadêmicos, pode ser entendido como 
uma revista acadêmica e científica para divulgar a ciência. Conforme 
o próprio nome aponta, trata-se de uma publicação eletrônica e/ou im-
pressa que possui edições periódicas, ou seja, em tempo previsto e/ou 
constante, como edições mensais, trimestrais, semestrais ou até anuais, 
podendo estas conter artigos, resenhas, resumos, entre outros.
Um periódico indexado é caracterizado por fazer parte de uma base 
de dados reconhecida internacionalmente (como Scopus, Springer, 
Emerald, Web of Science, Scielo, entre outras), possuir um corpo edito-
rial com revisores qualificados, que credenciam os artigos para publica-
ção, e ter critérios rigorosos de avaliação. Os artigos publicados nesses 
periódicos possuem ISSN (International Standard Serial Number), códi-
go numérico que constitui um identificador unívoco para cada título de 
publicação em série. No Brasil, nosso maior portal de periódicos na área 
acadêmico-científica é o Portal de Periódicos da Capes (http://www.pe-
riodicos.capes.gov.br).
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Metodologia Científica
Figura 8.1: Portal de Periódicos Capes.
Fonte: http://www.periodicos.capes.gov.br/
O Portal de Periódicos Capes disponibiliza acesso a diversas bases de 
dados e publicações. Há vários periódicos de acesso gratuito na internet. 
A pesquisa neles contribui para monografias, dissertações, teses, estu-
dos temáticos e também para conhecer como está o panorama de deter-
minado assunto nas discussões mundiais, auxiliando, assim, inclusive, 
a definição de temas para uma pesquisa. Visite os Periódicos Capes e 
descubra muitas outras oportunidades de pesquisas no site. Esse portal 
fará parte da sua vida acadêmica.
Para não termos dúvidas na hora de classificar uma comunicação 
realmente científica, Lakatos e Marconi (2010) consideram alguns as-
pectos importantes, como:
•	 finalidade: capacidade de levar as pessoas a fazerem questionamentos;
•	 informações: apresentação ou divulgação de temas originais, inédi-
tos e/ou especializados;
•	 estrutura: desenvolvimento de partes orgânicas: introdução, desen-
volvimento e conclusão;
•	 linguagem: redação clara e precisa;
•	 abordagem: forma como o pesquisador interpreta o problema e o 
passa para o leitor.
http://www.periodicos.capes.gov.br/
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A qualificação da Capes nas publicações científicas
A Capes é responsável pela classificação de periódicos segundo os 
critérios estabelecidos no Brasil. Para conhecer essa classificação, ini-
cialmente precisamos determinar a nossa área de conhecimento estabe-
lecida pela Capes.
No caso da engenharia de produção, a área de conhecimento cor-
respondente é Engenharias e a área de avaliação é Engenharias III. De 
posse dessa informação, podemos entrar no sistema WebQualis (http://
qualis.capes.gov.br). Trata-se de um sistema de avaliação da Capes que 
classifica diversos artigos em categorias: A, B e C. A classificação de pe-
riódicos é realizada pelas áreas de avaliação (no nosso caso, Engenharias 
III) e passa por um processo anual de atualização. Esses veículos são 
enquadrados em estratos indicativos de qualidade: A1, o mais elevado; 
A2; B1; B2; B3; B4; B5; C, com peso zero, atualmente.
Essa avaliação é muito importante para podermos publicar em pe-
riódicos que contribuirão com o nosso desempenho curricular acadê-
mico, principalmente se aspiramos fazer um mestrado e um doutorado.
Para saber mais sobre a classificação dos periódicos pela Capes 
e sobre a divisão das áreas de conhecimento, acesse: http://www.
capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-apoio/tabela-de-areas-
-do-conhecimento-avaliacao.
O currículo Lattes
Já está na hora de você conhecer a forma do currículo reconhecido 
no mundo acadêmico, para uma possível avaliação de mérito e compe-
tência. Estamos falando do currículo Lattes, que faz parte da Plataforma 
Lattes (www.cnpq.br), em que podemos conhecer os pesquisadores bra-
sileiros e suas especialidades.
http://www.cnpq.br
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Metodologia Científica
Figura 8.3: Plataforma Lattes do CNPq.
Fonte: http://www.periodicos.capes.gov.br/
A plataforma Lattes é de grande importância, pois representa o co-
nhecimento do CNPq na integração de bases de dados de currículos 
e de instituiçõesda área de ciência e tecnologia situado em um único 
sistema de informações. A importância atual desse sistema se esten-
de às atividades operacionais de fomento do CNPq, como também às 
ações de fomento de outras agências federais e estaduais (TURRIONI; 
MELLO, 2012, p. 12).
Hoje mesmo você pode entrar na plataforma Lattes e cadastrar seu 
currículo. Como você é um iniciante nesse mundo, seu currículo terá 
poucas informações, mas não deixe de ler as orientações para inserir 
qualquer informação que contribuirá para a qualidade dele. Você tam-
bém pode pesquisar pelo currículo de seus professores!
A publicação científica no Brasil
Nos últimos anos, a publicação científica teve grande aumento 
no Brasil. Subimos no ranking mundial da área e houve grande 
avanço no desenvolvimento da pesquisa.
Para te introduzir no cenário atual do Brasil, sugerimos dois víde-
os interessantes sobre o assunto. O primeiro foi feito pela repór-
http://www.periodicos.capes.gov.br/
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ter Daniele Major e mostra o posicionamento do presidente da 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
(Capes), professor Jorge Almeida Guimarães, sobre a pesquisa 
e a publicação científicas no Brasil (https://www.youtube.com/
watch?v=VxWHU9uBro0). O segundo vídeo trata do lançamento, 
pela Capes, do aplicativo que permite acesso a conteúdos científi-
cos de alto nível. A ferramenta pode ser baixada nos sistemas iOS 
e Android (https://www.youtube.com/watch?v=k4EivcCtghc). 
Esperamos que você aproveite a informação!
Principais tipos de trabalhos 
para publicação científica
Há diferentes tipos de trabalhos científicos utilizados em publica-
ções, sejam de eventos e/ou periódicos, sejam impressas e/ou eletrô-
nicas. Apresentaremos os principais tipos de trabalhos e também suas 
características básicas em relação a objetivos, estrutura e conteúdo.
A comissão organizadora de um evento e a comissão editorial de um 
periódico ou revista são responsáveis pelas regras conforme as quais os 
trabalhos científicos serão apresentados pelos autores e submetidos para 
avaliação. As regras são estipuladas e publicadas com antecedência para 
que o autor prepare o tipo de trabalho com as suas especificações.
Para as informações sobre os requisitos de normas, a NBR 6021/2003 
(Informação e documentação – Publicação periódica científica impres-
sa) apresenta as regras gerais para publicações científicas, como vimos 
na Aula 7.
Podemos citar como principais tipos de trabalhos em publicações 
científicas: artigo científico, informe científico, resenha crítica, pôster e 
apresentação oral, com ou sem auxílio de projeção, em forma de pales-
tra ou fazendo parte de um workshop.
Artigo científico
O artigo científico é o tipo de publicação mais comum entre os even-
tos acadêmicos e, também, em periódicos. Ele possui uma estrutura bá-
sica, que apresenta uma versão sintética de um estudo. Muitas vezes, seu 
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Metodologia Científica
tema é originado de um trabalho acadêmico, como uma monografia, 
uma dissertação ou uma tese. O artigo também pode vir de uma pes-
quisa científica em um ambiente acadêmico, de laboratório ou, ainda, de 
um centro de pesquisas.
Os artigos costumam dar ênfase aos resultados e conclusões do estu-
do, pois ressaltam a importância da comunicação de novas descobertas 
ou conhecimentos. A disseminação dessas informações pode impactar 
áreas e dar início a novas pesquisas. E se houver maior interesse, o tra-
balho completo original pode estar disponível para toda a comunidade. 
O autor decide sobre a disponibilidade do estudo.
O autor de um artigo deve escrevê-lo de forma clara, precisa e impes-
soal, para que não haja interferência na leitura do trabalho, principal-
mente em relação às evidências que levaram aos resultados. Isso benefi-
cia o leitor para uma análise baseada nos métodos e dados apresentados.
Um artigo científico para publicação internacional geralmente é es-
crito em inglês, exceto para revistas que aceitem mais de um idioma. As 
normas de formatação dos artigos, inclusive de citações e referências, 
obedecem às regras do país de origem ou ao sistema adotado pelo even-
to e/ou periódico. Existem alguns softwares que auxiliam na formatação 
da norma adotada, mesmo que esta seja internacional, principalmen-
te nas citações e referências. Alguns desses softwares estão citados na 
Aula 7.
Uma dica interessante para você publicar um artigo em um periódi-
co é, primeiro, escolher a revista científica, entender suas linhas de atu-
ação de temas e conhecer suas orientações para estrutura e formatação 
de artigos. Não existe um tamanho fixado para a extensão destes. Essa 
característica depende das regras dos eventos e periódicos. A quantida-
de de páginas de um artigo pode variar entre dez e 40, dependendo das 
normas editoriais e das áreas de estudo. A forma e a estrutura de um 
artigo possuem regras principais e serão detalhadas na próxima seção.
Alguns artigos podem ser originados de pesquisas de iniciação cien-
tífica realizadas pelos alunos e orientadas por seus professores ao longo 
da graduação. Outra oportunidade para você publicar uma possível pes-
quisa é ao final da graduação, pois você fará um trabalho de conclusão 
de curso que pode fornecer material interessante para ser publicado em 
algum evento ou periódico. Vale a pena tentar!
Que tal conhecer alguns artigos internacionais e observar suas di-
ferentes formatações? Comece agora, através de uma pesquisa no site 
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de periódicos da Capes! Quanto mais cedo você se acostumar com esse 
tipo de orientação, mais facilidade terá em planejar a publicação de 
um artigo.
Para que você possa se familiarizar mais com esse tipo de trabalho 
científico, indicamos o artigo “Modelo de gerenciamento da logís-
tica reversa”, que pode ser acessado através do link http://www.scie-
lo.br/scielo.php?pid=S0104-530X2012000300001&script=sci_arttext.
Durante a leitura, procure observar as características discutidas 
nesta aula e em aulas anteriores, como o tema da pesquisa, seus 
resultados e a formatação utilizada.
Resumos
Alguns eventos trabalham com resumo e/ou resumo expandido. O 
resumo, de forma geral, tem o objetivo de sintetizar um texto, manten-
do os pontos principais do estudo desenvolvido pelo autor. O resumo 
simples acadêmico deve conter, em forma de texto corrido e curto, em 
média, 400 palavras. É utilizado em monografias, dissertações, teses 
e publicações.
Para todos os casos, um resumo acadêmico simples deve apresentar 
informações relevantes sobre o estudo. Ele deve iniciar informando o 
leitor sobre o tema tratado e sua relevância no meio acadêmico. Tam-
bém deve conter o objetivo do trabalho, a metodologia utilizada e, prin-
cipalmente, os resultados alcançados. Tudo em um bloco único de texto 
corrido. Dessa forma, o leitor, durante uma pesquisa, pode ter uma ideia 
da abrangência do trabalho completo e verificar se vale a pena buscá-lo.
Já o resumo expandido não é um resumo alongado, mas um resumo 
que deve conter, através de formatação especificada pelo evento ou pe-
riódico, os objetivos do estudo, a metodologia utilizada nele, sua funda-
mentação, sua relação com outros trabalhos, os detalhes de seus resulta-
dos, suas possíveis comparações e as referências bibliográficas utilizadas 
durante sua realização. O resumo expandido requer habilidade do autor, 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-530X2012000300001&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-530X2012000300001&script=sci_arttext
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Metodologia Científica
pois, de forma condensada, o texto precisa comunicar a relevância do 
estudo e seus principais resultados, demonstrando sua validação. Mui-
tas vezes é mais fácil estruturar um artigo completo com todo o de-
senvolvimento do estudo do que construir um resumo expandido que 
alcance clareza e precisão para comunicar o seu conteúdo.
Alguns eventos costumam publicarum livro de resumos dos tra-
balhos apresentados. Indicamos para você o livro do 26th Europe-
an Conference on Operational Research, um evento internacional 
da área de Engenharia de Produção, que pode ser acessado em 
http://www.euro-online.org/media_site/reports/EURO26_AB.pdf.
Procure analisar alguns dos resumos contidos no link. Eles indi-
cam claramente os temas tratados nos trabalhos? Incluem objeti-
vos, metodologia e resultados alcançados?
Resenha crítica
Enquanto a resenha é o resumo de uma obra, distinguindo uma su-
cessão de fatos, a resenha crítica é o resumo de uma obra após uma 
leitura rebuscada, levantando críticas e formulando conceitos de valor 
na visão de seu autor.
Em regra, a resenha é uma atividade para pessoas que detêm alto 
conhecimento do assunto e enorme senso de juízo crítico. Quando essa 
atividade é exercida por estudantes, deve passar, antes, por uma série de 
exercícios de compreensão e crítica, e também por um professor e/ou 
pesquisador. Conforme Lakatos e Marconi (2010, p. 248), “No campo 
da comunicação técnica e científica, a resenha é de grande utilidade, 
porque facilita o trabalho profissional ao trazer um breve comentário 
sobre a obra e uma avaliação da mesma”.
Segundo Silva e Tafner (2004, p. 13), “A resenha crítica combina re-
sumo e julgamento de valor. Seu objetivo é oferecer informações para 
que o leitor possa decidir quanto à consulta ou não do original”. Então, 
de forma geral, a resenha crítica deve sintetizar as ideias e principais ca-
http://www.euro-online.org/media_site/reports/EURO26_AB.pdf
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racterísticas de uma obra, avaliar as informações contidas nela, a forma 
como elas foram expostas e justificar a avaliação realizada.
A resenha nos revela uma síntese dos assuntos mais importantes de 
uma obra. É claro que, lendo-a, estaremos diante de uma visão parti-
cular do autor, pois ele a estará fundamentando segundo o seu senso 
crítico. De qualquer forma, esse autor terá a obrigação de repassar, em 
seu texto, todo o conteúdo de uma obra, sendo bem objetivo ao apresen-
tar os novos conhecimentos e teorias presentes nela. Tudo isso engloba 
aspectos bons (elogios, merecimentos) e ruins (falhas, incompreensões, 
informações equivocadas) encontrados, segundo o seu julgamento, des-
de que não ultrapasse os limites da crítica, desmerecendo ou merecendo 
em demasia o pensamento do autor da obra.
A ética na construção de uma resenha crítica pode ser entendi-
da no sentido de caracterizar a perspectiva de seu autor e suas 
opiniões. O importante é respeitar a ideia presente na obra e ape-
nas descrever seus pontos positivos e negativos, respeitando o 
contexto em que foi escrita. Por exemplo, no caso de uma obra 
cujo conteúdo já esteja desatualizado, mesmo que recentemente, 
a resenha crítica deve ressaltar a importância desse conteúdo na 
época oportuna publicada, mas precisa esclarecer a necessidade 
de atualização do tema com possíveis novas ferramentas, ou mé-
todos, ou teorias, entre outras possibilidades.
A estrutura com os itens principais de uma resenha foi detalhada por 
Lakatos e Marconi (2010, p. 249):
1. Referência bibliográfica
2. Credenciais do autor
3. Conhecimento
4. Conclusão do autor
5. Quadro de referências do autor
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Metodologia Científica
6. Apreciação
6.1. Julgamento da obra
6.2. Mérito da obra
6.3. Estilo
6.4. Forma
6.5. Indicação da obra
Pôster
O pôster é uma forma de comunicação para eventos científicos que 
inclui documento gráfico e explanação oral do autor. Um pôster apre-
senta, de forma condensada, a pesquisa realizada e seus resultados atra-
vés de texto, gráficos e imagens que comunicam seu conteúdo.
Esse tipo de trabalho transmite de modo rápido os objetivos do es-
tudo e ainda tem a atração estética da informação apresentada. Muitas 
vezes um autor apresenta um pôster para apreciação da comunidade 
acadêmica sobre um estudo em andamento, esperando receber contri-
buição em forma de críticas e sugestões para o desenvolvimento dos ex-
perimentos e, futuramente, a construção de um artigo completo. Outro 
ponto positivo do pôster, principalmente para estudantes, é o fato de a 
via de comunicação oral ser menos formal, variando de acordo com o 
evento, sua abrangência (local, regional ou nacional) e sua classificação 
(se existe reconhecimento pela Capes e CNPq), favorecendo o amadu-
recimento do autor.
A forma e o material usados para a confecção do pôster são sempre 
especificados pela organização do evento. Contudo, de forma geral, a 
distribuição dos elementos no documento, inclusive o texto, deve ser 
equilibrada. A informação apresentada deve ser objetiva, seja em textos 
ou em elementos gráficos. Não se esqueça também de manter as normas 
básicas para trabalhos científicos em relação às citações e referências.
Prodanov e Freitas (2013, p. 166) sugerem algumas especificações e 
orientações importantes para pôsteres:
- resuma o trabalho em frases/parágrafos que especifiquem objeti-
vos, amostra, procedimentos metodológicos e conclusões;
- inclua figuras, fotografias, tabelas, gráficos pertinentes;
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- o título deve ser escrito em letras maiores (3 cm) e que sejam 
legíveis a uma distância de 1,20 m;
- os nomes dos autores devem estar próximos ao título e com 
letras menores;
- disponha o material escrito e o visual de forma sequencial, porém 
de maneira agradável, completa e concisa;
- se necessário, recorra aos serviços de um especialista em artes 
gráficas para disposição das partes; de um especialista para a ver-
são do que foi escrito na língua estrangeira exigida (quando neces-
sário); lembre-se de que isso acarretará um custo maior para você;
- utilize cores variadas, porém sem exagero;
- avalie o seu pôster quanto às exigências do evento, no que se re-
fere ao tamanho e à disposição das partes (geralmente ele deve ser 
preparado como “retrato” e não “paisagem”);
- idealize a forma correta para o transporte. Existem à venda peças 
adequadas (do tipo canudo) para o transporte, se ele for inteiro e 
não dividido para cada parte do trabalho;
- caso viaje, não coloque seu material em bagagem a ser despa-
chada; seu pôster somente deve ser levado como bagagem de mão;
- leve também material adequado para fixá-lo e em quantidade 
além da necessária, a fim de suprir eventualidades.
Há muitos eventos científicos nacionais que aceitam trabalhos em 
pôster. Essa é uma ótima oportunidade de entrar nesse universo.
Informe científico
 O informe científico divulga resultados de pesquisas, estejam elas 
em andamento ou finalizadas. É um trabalho bem sucinto e se propõe a 
descrever os resultados alcançados em pesquisas de campo, documen-
tais ou de outros tipos.
O pesquisador pretende fazer com que o leitor compreenda e, se pos-
sível, aproveite o relato nele presente. Essa preocupação se dá pois uma 
das diferenças entre esse tipo de trabalho e a comunicação científica é 
que o informe tem o objetivo de fazer com que o leitor, se interessado, 
utilize, de forma adequada e fundamentada, as técnicas e resultados ob-
tidos em um estudo, já que a sua edição possibilita a comprovação dos 
métodos e procedimentos utilizados na pesquisa.
197
Metodologia Científica
Atividade 1
Atende ao Objetivo 2
1. Escreva V se a alternativa for verdadeira e F se for falsa:
a) ( ) A resenha é um resumo crítico que permite comentários e 
juízos de valor a partir da comparação de um texto com mais obras da 
mesma área.
b) ( ) O resumo é utilizado para condensar um conteúdo, procu-
rando reproduzir grande parte do texto original na sua construção.
c) ( ) O pôster é um documento em que o pesquisador pode desen-
volver seu ponto de vista sobre determinado tema, tomando posição e 
expressando pensamentos de forma original. É impessoal e escrito com 
imparcialidade, não deixando transparecer as crenças e preferências 
do escritor.
d) ( ) No artigo científico, o leitor conseguecaptar toda a essência 
do trabalho, incluindo a metodologia, os experimentos e os resultados 
obtidos nele, devido a sua estrutura completa de informações.
Resposta Comentada
1. 
a) (V)
b) (F) O resumo condensa o conteúdo de um estudo, de forma a rela-
tar apenas seus pontos principais de forma sintética.
c) (F) O pôster utiliza as formas gráfica e oral para a comunicação 
científica; o autor não emite opinião.
d) (V)
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A estrutura de um artigo científico
Como já vimos, os artigos científicos são publicações que interagem 
com estudos já abordados em teses, monografias ou outros trabalhos 
científicos, acrescentando-lhes mais informações, conhecimentos, ou 
mesmo outros modos de interpretar assuntos já abordados.
O artigo científico é o meio de publicação mais utilizado internacio-
nalmente para comunicar a pesquisa científica. Por isso, neste tópico, 
vamos aprofundar nossos conhecimentos apresentando as principais 
características de sua estrutura. Os artigos também possuem caráter 
inovador e, embora tenham conteúdo menor em relação aos trabalhos 
que lhes serviram de embasamento, eles tendem a adentrar mais a fun-
do em áreas específicas. Exemplificando, seria uma matéria específica 
derivada de uma matéria específica originária informando ao leitor so-
bre um conteúdo principal.
Conforme a NBR 6022 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2003), que estabelece as regras e orientações para artigos 
científicos em publicações periódicas impressas, e os teóricos Prodanov 
e Freitas (2013, p. 159), artigo científico é a parte de uma publicação, 
com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técni-
cas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Ao ela-
borá-lo, podemos seguir as regras de editoração do periódico escolhido 
e, quando não houver essa orientação, as normas da ABNT.
Dado que o artigo científico é um trabalho muito peculiar, deve-se 
atentar para que nele estejam presentes as seguintes características: lin-
guagem adequada, coesa, de acordo com as normas gramaticais do idio-
ma a ser editado; argumentação coerente, dispondo as ideias de forma 
objetiva e sucinta; fidedignidade quanto às fontes consultadas e veraci-
dade na transcrição dos resultados das pesquisas realizadas.
Alguns autores sugerem estruturas básicas para artigos científi-
cos, mas lembre-se de que estamos apresentando as regras principais 
e mais comuns na construção de um artigo. Assim, é importante que 
você sempre verifique as regras editoriais adotadas pelo evento ou 
periódico pretendido.
Para Koche (2007, p. 148-149), a estrutura básica de um artigo cien-
tífico pode ser descrita como segue no quadro:
199
Metodologia Científica
Quadro 8.1: Estrutura básica de um artigo
Estrutura Características
a) Identificação Título, nome e qualificação do autor
b) Resumo
Texto autoexplicativo, uso da 3ª pessoa do 
singular, preferencialmente verbo na voz ativa, 
parágrafo único, não enumeração de tópicos, 
mas frases concisas dispostas com coerência.
c) Palavras-chave
Palavras ou frases curtas indicando o conteúdo 
do artigo em português e em idiomas estrangeiros
d) Artigo
É o artigo propriamente dito, contém as três 
partes redacionais de um trabalho científico: 
introdução, desenvolvimento e conclusão
e)
Referências 
bibliográficas
Referências relativas às citações feitas, conforme 
dispõem as normas da ABNT
f) Apêndices
Materiais ilustrativos criados pelo próprio autor 
do artigo
g) Anexos
Materiais ilustrativos não elaborados pelo autor 
do artigo
h) Data do artigo
Especificar local e nome do evento quando se 
tratar de comunicação apresentada em simpó-
sio, congresso ou encontro
Fonte: Adaptado de Koche, 2007.
Ainda, outras dicas sobre os elementos estruturais dos artigos ver-
sam sobre o título, que deve ser curto e atrativo, ou seja, despertar a 
curiosidade do leitor; o resumo, que deve ser conciso e interessante, 
de forma a influenciá-lo na decisão de ler o trabalho completo e, em 
relação ao desenvolvimento do texto, vale relembrar as características 
apresentadas na Aula 6, segundo as quais o texto é formal e baseado na 
norma culta.
Quanto às referências, existe uma recomendação importante sobre 
seu tempo de publicação: este deve ser inferior aos últimos dez anos, 
aproximadamente. Entenda que o artigo pode conter referências mais 
antigas, porém, o ideal é que sejam em minoria. A presença de referên-
cias atualizadas e de periódicos indexados demonstra erudição do autor 
e adequação do trabalho às últimas tendências sobre o tema apresenta-
das à comunidade científica.
Koche (2007, p. 149) acrescenta, ainda, mais observações, como po-
demos ver a seguir:
200
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Artigo (corpo):
– introdução: apresenta e delimita a dúvida investigada (problema 
de estudo – o quê), os objetivos (para que serviu o estudo), a me-
todologia usada no estudo (como) e que autores, obras ou teorias 
serviram de base teórica para construir a análise do problema;
– desenvolvimento e demonstração dos resultados: esta parte do 
artigo serve para o autor:
a) fazer uma exposição e uma discussão das teorias que foram uti-
lizadas para entender e esclarecer o problema, apresentando-as e 
relacionando-as com a dúvida investigada;
b) apresentar as conclusões alcançadas, com as respectivas de-
monstrações dos argumentos teóricos e/ou de resultados de provas 
experimentais que as sustentam;
– conclusão: comentários finais avaliando o alcance e limites do 
estudo desenvolvido.
O corpo do artigo pode ser dividido em tantos itens quantos forem 
necessários, de acordo com a natureza do trabalho elaborado.
Já para Lakatos e Marconi (2010, p. 243), o artigo científico possui a 
mesma estrutura orgânica de outros trabalhos científicos, que é forma-
da pelas seguintes partes:
1. PRELIMINARES
a) Cabeçalho – título (e subtítulo) do trabalho;
b) autor(es);
c) credenciais do(s) autor(es);
d) local de atividades.
2. SINOPSE
3. CORPO DO ARTIGO
a) Introdução – apresentação do assunto, objetivo, metodologia, limi-
tações e proposição;
b) texto – exposição, explicação e demonstração do material; avaliação 
dos resultados e comparação com obras anteriores;
c) comentários e conclusões – dedução lógica, baseada e fundamentada 
no texto, de forma resumida.
201
Metodologia Científica
4. PARTE REFERENCIAL
a) Bibliografia;
b) apêndices ou anexos (quando houver necessidade);
c) agradecimentos;
d) data (importante para salvaguardar a responsabilidade de quem es-
creve um artigo científico, em face da rápida evolução da ciência e da 
tecnologia e da demora de certas editoras na publicação de trabalhos).
A divisão do corpo do artigo pode sofrer alterações, de acordo 
com o texto, fazendo com que seja subdividido em mais itens. 
Por exemplo:
a) introdução;
b) material e método;
c) resultados;
d) discussão;
e) conclusões.
Lembre-se de que as estruturas apresentadas aqui têm o intuito de 
orientar, de forma inicial e básica, o processo de escrever um artigo 
científico. Na verdade, você poderá progredir muito mais através da lei-
tura de artigos científicos indexados atuais, inclusive em outro idioma.
Existem também outros dois aspectos importantes para um artigo 
científico de boa qualidade: a originalidade dos resultados e a perspec-
tiva do autor em relação ao futuro da pesquisa. Este último desperta no 
leitor uma possível observação contínua da publicação do autor, fazen-
do com que este, possivelmente, seja citado em trabalhos futuros.
Atividade 2
Atende ao Objetivo 3
1. Responda às questões a seguir.
a) Que finalidade tem um artigo científico?
202
Aula 8 • Publicações científicas
Aula 8 • 
Aula 8 • 
b) Quais são as divisões/seções do corpo de um artigo científico?
c) Descreva as funções das seções do corpo principal de um artigo 
científico (introdução, desenvolvimento e conclusão).
Resposta Comentada
1. 
a) Embora esta seja uma respostaampla, podendo conter diversas 
combinações escolhidas por você, indicamos algumas das caracterís-
ticas fundamentais para que um artigo científico alcance seu objetivo 
acadêmico: ele tem como finalidade principal disseminar informação 
científica e inovadora, através de publicação em que serão apresentados 
novos resultados de estudos ou esclarecimentos sobre questões do meio 
científico em discussão.
b) Você deve ter lido na aula que as divisões principais do artigo são:
 ӹ título, autores, local de apresentação, resumo e palavras-chave – 
antes do texto principal;
 ӹ introdução, desenvolvimento e conclusão – texto principal;
 ӹ agradecimento, referências bibliográficas e anexos – após o 
texto principal.
c) Assim como na letra a), esta é uma resposta ampla, podendo conter 
elementos diferentes escolhidos por você para construir sua resposta. 
Contudo, apresentamos, a seguir, uma possível resposta, a partir da qual 
você pode checar seu entendimento do conteúdo:
A introdução apresenta o assunto e delimita o tema, analisando a pro-
blemática que será investigada, definindo conceitos e especificando os 
termos adotados, a fim de esclarecer o assunto.
O desenvolvimento é a parte principal do artigo científico, caracteriza-
do pelo aprofundamento e análise dos aspectos conceituais mais impor-
tantes do assunto. É onde são amplamente debatidas as ideias e teorias 
que sustentam o tema (fundamentação teórica), apresentados os pro-
203
Metodologia Científica
cedimentos metodológicos e a análise dos resultados em pesquisas de 
campo, relatos de casos, dentre outras situações.
A conclusão se limita a apresentar os resultados da sua pesquisa, de ma-
neira clara e objetiva.
Eventos científicos
A apresentação em eventos tem caráter formal, com tempo deter-
minado para a explanação do tema e os questionamentos por parte da 
plateia; por vezes, ela pode ser feita em um setor do evento dedicado à 
exibição de pôsteres. O usual é que, posteriormente, o material que deu 
origem à apresentação seja divulgado em anais, que podem conter ape-
nas o resumo ou o trabalho completo.
Dependendo da abrangência dos assuntos abordados pelo evento, 
ele pode ser denominado workshop (oficina), simpósio, congresso, con-
ferência, entre outras designações, conforme sua finalidade (CORRÊA; 
VASCONCELOS; SOUZA, 2009, p. 12-15). Devido à dificuldade em de-
limitar os eventos, convencionou-se uma relação de extensão ou restri-
ção de temas envolvidos para defini-los, como ilustrado pela Figura 8.1:
Figura 8.1: Tipos de eventos conforme a abrangência de 
seus assuntos.
Fonte: DUARTE, 2013. Disponível em: <http://www.cpdee.ufmg.
br/~introducao_ic/>. Adaptado de Possamai et al. (2004).
204
Aula 8 • Publicações científicas
Aula 8 • 
Aula 8 • 
Podemos definir workshop como o evento com abrangência mais 
restrita, pois geralmente trata apenas de um tema específico de uma su-
bárea (exemplo: Workshop de Estatística).
Tanto as palestras quanto os seminários tratam de uma comunicação 
direta com o público feita por especialistas em diversas áreas. Eles se 
diferenciam entre si pela participação do público: na palestra, ela se dá 
ao final da apresentação, enquanto, nos seminários, é livre.
Os simpósios tratam de temas pertencentes a diferentes subáreas, 
contendo afinidade entre si; seu público-alvo geralmente tem interesse 
de pesquisa e/ou profissional na relação desses temas (exemplo: Simpó-
sio de pesquisa operacional e logística).
Os congressos já possuem uma abrangência maior que os simpósios, 
pois incluem subáreas diferentes e os participantes geralmente se inte-
ressam apenas por uma delas (exemplo: Congresso Brasileiro de Enge-
nharia de Produção da Região Sul).
Por fim, a conferência possui a maior abrangência em relação aos eventos. 
Frequentemente, elas reúnem eventos menores, como vários seminários.
Principais eventos científicos da Engenharia
A divulgação dos eventos científicos ocorre mediante um proces-
so chamado call for papers, termo de língua inglesa que significa, lite-
ralmente, chamada por publicações. Seus anúncios trazem o nome do 
programa que está liderando sua realização, os assuntos de interesse ao 
evento, os integrantes do comitê organizador, os integrantes do comitê 
do programa responsável pela avaliação de trabalhos, o local de realiza-
ção, os valores da taxa de inscrição, entre outras informações importan-
tes para os autores interessados.
Existem eventos nacionais e internacionais reconhecidos na comu-
nicação científica para a área de Engenharia. Esses eventos são impor-
tantes, pois costumam reunir pesquisadores, membros da comunidade 
acadêmica e também profissionais do mercado de trabalho. Essa diver-
sificação contribui para a troca de informações e experiências em di-
versos níveis. Por isso, mesmo que você não ingresse diretamente em 
uma pós-graduação, não deixe de permanecer em contato com o mun-
do acadêmico-científico através da participação nesses eventos ou da 
leitura de seus anais. Muitos eventos disponibilizam seus anais gratuita-
mente na internet. Vamos, agora, conhecer alguns eventos nacionais da 
Engenharia de Produção.
205
Metodologia Científica
Eventos nacionais
O maior congresso da Engenharia de Produção é o Encontro Nacio-
nal de Engenharia de Produção (Enegep), pois reúne diversas subáreas 
em sua chamada. O Enegep é organizado pela Associação Brasileira de 
Engenharia de Produção (Abepro). Você pode acessar o site do congres-
so através do site da Abepro (http://www.abepro.org.br/) ou ir direta-
mente para o site do Enegep (http://www.abepro.org.br/enegep/2015/
index.asp).
Figura 8.4: Site do Enegep.
Fonte: http://www.abepro.org.br/enegep/2015/index.asp
Um evento que também reúne várias subáreas é o Simpósio de Enge-
nharia de Produção (Simpep), organizado pela Unesp de Bauru. O link 
para acessar informações sobre ele na internet é http://www.simpep.feb.
unesp.br/.
Entre os eventos específicos por subáreas temos também o Simpósio 
Brasileiro de Pesquisa Operacional (SBPO), promovido pela Sociedade 
Brasileira de Pesquisa Operacional e hospedado no site http://cdsid.org.
br/sbpo2015/; o Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia (SE-
GeT), realizado pela Associação Educacional Dom Bosco (http://www.
aedb.br/seget/index.html), entre outros.
206
Aula 8 • Publicações científicas
Aula 8 • 
Aula 8 • 
Eventos internacionais
Entre os eventos internacionais da área, podemos destacar a Inter-
national Conference on Industrial Engineering and Operations Manage-
ment (ICIEOM), cujo link para acesso na internet é http://www.icieom.
org/. A conferência é organizada pela Asociación para el Desarrollo de 
la Ingeniería de Organización (ADINGOR), pela Abepro e pelo Institu-
te of Industrial Engineers (IIE), e abrange várias áreas da Engenharia 
de Produção.
Temos também a International Conference on Industrial Engineering 
and Engineering Management (IEEM) (http://www.ieem.org), organiza-
da pelo Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), entre mui-
tos outros eventos. Faça uma busca e verifique as diversas conferências 
em Engenharia de Produção.
Atividade 3
Atende ao Objetivo 1
1. Entre no sistema WebQualis e encontre um exemplo de periódico 
nacional e um de periódico internacional de cada indicativo de quali-
dade (A1; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C) para o estrato das Engenharias III.
2. Que tal fazer um cronograma dos principais eventos nacionais na 
área das Engenharias III citados nesta aula para acompanhar a possí-
vel disponibilidade dos anais após o término de cada um deles? Busque 
também, na internet, um evento na área da Engenharia de Produção 
que não foi citado nesta aula.
http://www.adingor.es/
http://www.abepro.org.br/
http://www.iie.org/
207
Metodologia Científica
Evento Data
Resposta Comentada
1. A resposta a esta atividade variará de acordo com a pes-
quisa feita por cada aluno, pois há uma grande diversida-
de de periódicos. Indicamos para você dois exemplos segun-
do a classificação do WebQualisconsultada em março de 2015: 
Periódico internacional – B1 (Engenharias III): Advances in Ma-
terials Science and Engineering (Print) – ISSN: 1687-8434. 
Periódico nacional – B2 (Engenharias III): Gestão & Produção (UFS-
CAR. Impresso) – ISSN: 0104-530X.
2. 
Datas dos eventos da aula: 
Enegep: 13 a 16 de outubro de 2015. 
Simpep: 09 a 11 de novembro de 2015. 
SBPO: 25 a 28 de agosto de 2015. 
SEGeT: 28 a 30 de outubro de 2015. 
Sugestão de exemplo de evento não citado na aula: SPOLM – Simpósio 
de Pesquisa Operacional e Logística da Marinha (https://www.casnav.
mar.mil.br/spolm/).
Conclusão
As publicações científicas possuem grande relevância na dissemina-
ção de conhecimento e inovação para a comunidade científica, através 
dos resultados dos estudos apresentados em eventos e periódicos. Os 
eventos da área da ciência representam uma ponte em que podem apa-
recer críticas e sugestões importantes para o desenvolvimento de uma 
pesquisa, assim como os periódicos em relação a toda a comunidade 
208
Aula 8 • Publicações científicas
Aula 8 • 
Aula 8 • 
científica. Já o conhecimento dos tipos de trabalhos apresentados como 
publicações orienta o autor na escolha adequada para comunicar seu 
estudo de acordo com o avanço e a fase deste. No entanto, não podemos 
esquecer que mundialmente, a forma mais encontrada de publicação 
científica é o artigo científico, com suas características textuais básicas e 
formatação conforme as orientações editoriais.
Atividade Final
Atende aos Objetivos 1, 2 e 3
Faça uma pesquisa bibliográfica de acordo com as seguintes etapas:
1. escolha um tema relacionado à Engenharia de Produção;
2. especifique de três a cinco palavras-chave para o tema escolhido;
3. realize uma busca no site da Capes ou numa base de dados;
4. escolha um artigo relacionado ao tema publicado nos últimos 
dez anos;
5. registre o título da obra e seu link;
6. após a leitura do material, responda às seguintes perguntas:
a) O artigo foi publicado em evento científico ou periódico?
b) Em qual evento ou periódico ele foi publicado?
c) Qual a classificação no WebQualis da publicação do artigo (procure 
por ISSN ou pelo nome)?
d) Qual o tema do artigo?
e) Quais são as suas palavras-chave?
f) Após ler o artigo completo, você considera que o resumo realmente 
sintetiza o que vai ser abordado no corpo do trabalho?
g) Qualifique a organização e a linguagem do artigo, considerando as 
orientações vistas nesta aula.
h) Que avaliação geral você daria para o artigo? Ele cumpre a proposta 
inicial apresentada no resumo?
209
Metodologia Científica
Após a leitura e a resposta às questões anteriores, faça uma síntese do 
artigo em, no máximo, dez linhas.
Resposta Comentada
A resposta a esta atividade é de caráter pessoal, pois há grande diversi-
dade de temas, artigos e resultados para as questões apresentadas. Con-
tudo, com as orientações da aula, você deve ter atingido os objetivos da 
atividade. Parabéns! Que tal, após este exercício, tentar fazer um tipo 
de trabalho para publicação científica para ampliar suas habilidades? 
Escolha um artigo, pôster ou outro dos tipos de trabalhos citados. Se 
encontrar alguma dificuldade para realizar a atividade, releia a aula 
com atenção! Lembre-se de que você pode sempre contar com o auxílio 
da Tutoria!
Resumo
Na Aula 8, estudamos a importância da publicação científica e sua dinâ-
mica de comunicação com a comunidade científica. Você conheceu os 
diferentes eventos científicos e os principais deles na área de Engenha-
ria de Produção. Conheceu, também, a classificação dos periódicos e as 
suas características de indexação. Nesta aula, vimos, ainda, os diferen-
tes tipos de trabalhos para publicação e seus objetivos. E, finalizando, 
aprendemos sobre a estrutura orgânica de um artigo, já que esse é o tipo 
de trabalho científico mais usado em publicações.
Informações sobre a próxima aula
Na Aula 9, você aprenderá a fazer um projeto de pesquisa, estudando 
suas características principais. Até lá!

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