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A importância do Estudo da Economia na Sociedade APS

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A importância do Estudo da Economia na Sociedade, Estado e Organizações, para o Exercício da Atividade Jurídica
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Curso de Direito
1º FASE
GRUPO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 03
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 04
2.1 Geral .................................................................................................................. 04
2.2 Específicos ........................................................................................................ 04
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 04
3.1 A IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA: SOCIEDADE, ESTADO E ORGANIZAÇÕES PRIVADAS ............................................................................................................... 04
3.2 A IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE JURÍDICA ................................................................................................................ 06
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 07
5 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 08
1 INTRODUÇÃO
A ciência econômica atua na distribuição e nos níveis de consumo  de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida, influenciando na vida da população, do Estado, das empresas privadas e nas relações entre os países, é possível observar a aplicabilidade da economia em fatos do dia - a dia, no desenvolvimento de um país, nas relações comerciais entre organizações privadas, com o avanço da tecnologia e com a velocidade da informação a economia ganha ainda mais importância no mundo globalizado.
A interdisciplinaridade da economia com as demais ciências sociais permite uma visão global do problema ou do fato observado, a integração do direito e da economia estão presentes na vida cotidiana de cada individuo e na sociedade, é possível observar sua aplicação nas relações de trabalho – taxas de desemprego, no preço dos produtos - lei da oferta e da demanda, na renda e na capacidade de compra da população. No Estado essa integração também está presente: na regulamentação das taxas, nas relações do mercado, nos incentivos fiscais e econômicos, enfim o direito regula as atividades econômicas do país.
A interdisciplinaridade do direito e da economia é observada também nas relações entre países, na criação dos blocos econômicos, nos acordos econômicos, nas crises financeiras, na criação de uma única moeda, como no exemplo do Euro. Nas grandes potencias econômicas do mundo - como por exemplo Estados Unidos e Japão, as decisões tomadas influenciam diretamente na economia de outros países, é a chamada globalização.
A integração jurídica do direito com as demais ciências sociais, em especial com a economia visa manter a ordem e solucionar problemas de coordenação, estabilidade e eficiência na sociedade.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Ao tomar como ponto de partida a importância da interdisciplinaridade para o Direito enquanto ciência, é necessário conhecer as relações que esta tem com as demais áreas do conhecimento específico. Assim a presente pesquisa buscou responder a seguinte pergunta:
Quais são as ligações da atividade jurídica com as ciências sociais, especificamente a economia?
2.2 Específicos
Localizar as Ciências Jurídicas (Direito) no mosaico epistemológico científico.
Estudar a Economia, como: ciência; as necessidades humanas, a escassez, a relação da economia com o direito.
Identificar as ligações do direito com as demais Ciências Sociais, em especial a Economia.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
3.1 A IMPORTANCIA DA ECONOMIA: SOCIEDADE, ESTADO E ORGANIZAÇÕES PRIVADAS
A Ciência Econômica concentra-se na análise da alocação dos recursos e no emprego destes de modo mais eficiente para os indivíduos, para as empresas e à sociedade.
Segundo (VASCONCELLOS; GARCIA, 2012, p. 2):
A economia centraliza-se na alocação de recursos produtivos limitados para satisfazer as necessidades ilimitadas da sociedade. É conceituada como a ciência social que observa de que forma a sociedade decide aplicar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, para distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com o objetivo de atender as necessidades humanas.
Economia é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens visando à produção, distribuição e o consumo  de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida, é uma ciência Multidisciplinar, na medida em que estuda a produção e consumo da imensa variedade de bens e serviços existentes, os quais envolvem concepções e determinantes inerentes a outras ciências, como as da sociologia, da psicologia, do direito, contabilidade, entre tantas outras.
A Ciência Econômica possui diversas correntes e divisões. Do ponto de vista da corrente neoclássica, a Economia é estudada em dois níveis: a Microeconomia e a Macroeconomia.
A Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que estuda a formação de preços, a principal variável que orienta a alocação de recursos no contexto das economias capitalistas. Discute a funcionalidade do mercado para garantir a  organização e distribuição eficientes dos recursos escassos. Sua unidade de análise são os mercados específicos, examinando o comportamento e a interação dos agentes (consumidores e produtores).
A Macroeconomia é o ramo da Ciência Econômica que estuda o comportamento da Economia como um todo, tendo como foco o Produto, o Emprego, a Inflação, e o Comércio Internacional. É o campo que embasa a atuação do  Estado em suas três funções fundamentais: Alocativa, Distributiva e Estabilizadora.
O termo Macroeconomia teve origem na década de 30, a partir da crise de 1929 e é o ramo que estuda a economia no contexto nacional e internacional estruturando-se em cinco mercados: a) Mercado de bens e serviços – determina o nível de produção agregada e o nível de preços, b) Mercado de trabalho – determina faixas de salário e o nível de emprego, c) Mercado monetário – analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo banco central que determina a taxa de juros, d) Mercado de títulos – Analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos superior a sua renda e deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda, e) Mercado de divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinadas pelo volume de importações e saída de capital financeiro.
Na visão de Estado a economia desempenha função primordial, sendo responsável por mensurar o desenvolvimento do país, as oscilações das taxas de inflação, o desemprego, os níveis de poupança, investimentos e capitais, taxa de cambio, entre outros fatores. Com a evolução dos meios de comunicação a interação econômica entre os países começou a ocorrer de forma simultânea, a globalização é um processo de integração que envolve razões políticas e econômicas, visando o crescimento global de todas as partes envolvidas e nesse processo a economia desempenha uma função de extrema importância, como: no surgimento de blocos econômicos, como o Mercosul e União Europeia, tais blocos surgem com o interesse comercial de facilitar a circulação de mercadorias entre os países envolvidos, no surgimento de novas moedas – como por exemplo o Euro, nas crises financeiras mundiais, como a de 2008 e de 1929 que foram chamados período de grande recessão, na importação e exportação de mercadorias, entre outros fatores.
A economia desempenha importante função na sociedade, e está presente na vida e na rotina de todos, são exemplos de funções da ciência econômica aplicadas ao dia a dia: Distribuição de renda, Salário mínimo, números de emprego e desemprego, oferta e demanda, juros de financiamentoda casa própria, poupança, investimento, está presente também na organização financeira das famílias.
Para as organizações privadas a ciência econômica desempenha função importante na gestão empresarial, sendo utilizada nas análises de lucratividade, endividamento, capital de giro, também exerce influencia nas relações de trabalho, determinando os índices de oferta de mão de obra e salários praticados no mercado, determina o preço do produto – oferta e demanda no mercado de produto x, influencia na análise dos juros de um financiamento de capital de giro ou na análise de rentabilidade de um investimento, enfim, desempenha função primordial para o desenvolvimento e equilíbrio da organização.
3.2 A IMPORTANCIA DA ECONOMIA PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE JURIDICA
A interdisciplinaridade entre a economia e outras ciências sociais permite a analise de questões com os quais o aparato teórico da economia, por si só, não é capaz de satisfazer, a relação economia e direito permite o desenvolvimento da sociedade mantendo a ordem e a regulamentação de conflitos.
A economia é um efeito do direito como todo fato social, seu estudo fornece ao direito os elementos para a solução de problemas econômicos, os sistemas jurídicos regularam as relações econômicas influenciando no resultado sócio econômico do país, a globalização, também caracterizada pelo processo de integração econômica internacional que envolve contratos e regulamentações, ressalta a necessidade da interdisciplinaridade. Para SALAMA (2008, p49), “o Direito e a Economia apresentam pontos comuns, pois ambos procuram solucionar problemas de coordenação, estabilidade e eficiência na sociedade”.
Como todo sistema organizado ou em organização o mercado é regido por leis, não há sistema econômico sem sistema legislativo que lhe dê sustentação. Para que haja uma evolução econômica é preciso manter a boa ordem e o bem-estar da sociedade, e quem tem a possibilidade de fazer isso é o Direito com todas as suas regras e normas. A integração do direito com a economia ganha maior importância no âmbito do Estado, já que o direito regula as relações do trabalho – direito do trabalho, influenciando nas taxas de emprego no país, regula as relações comerciais – direito comercial, a carga tributária a qual estão submetidas as empresas – direito tributário, e principalmente as relações econômicas – direito econômico, através de pacotes econômicos (taxas de juros, mercado ações, oferta e demanda). Nenhuma ordem econômica é possível sem que o direito limite as liberdades recíprocas, solucionando os conflitos potenciais observados.
O conhecimento de institutos econômicos e do funcionamento dos mercados contribui para a aproximação das normas jurídicas à realidade econômica. SALAMA (2008, p. 49) destaca que na sua essência o Direito é verbal, hermenêutico, almeja a justiça e analisa questões sob o enfoque da legalidade. A Economia, por sua vez, embora também verbal, é primordialmente matemática, almeja ser científica e examina questões tendo em vista o custo.
4 CONCLUSÃO
Apesar de serem disciplinas independentes e com áreas de atuação distintas, o direito e a economia relacionam-se em diversos pontos, na sociedade, no Estado, nas organizações privadas e nas relações mundiais. Além disso, diante da globalização e da consequente concorrência no mercado internacional, as disciplinas encontram-se em crescente interação, e não somente com o direito, diante do cenário econômico atual, onde as informações e a tecnologia estão cada vez mais acirrando e promovendo negociações no mundo a interação da economia com as demais ciências sociais torna-se primordial.
A interação do direito com a economia visa manter a ordem econômica e a ordem social, de modo que o Direito e a Economia detêm importantes papéis a serem cumpridos e se complementam para a concretização do desenvolvimento nacional.
Assim, espera-se o contínuo aperfeiçoamento da interdisciplinaridade do direito com a economia e demais ciências sociais, incentivando as relações em prol do crescimento econômico, com a uma equilibrada distribuição de produtos, renda e empregos, contribuindo com o desenvolvimento social.
5 BIBLIOGRAFIA
SOEIRO, Susan Emily Iancoski. A relação entre o direito e a economia. Disponível em: . Acesso: 25 abril de 2014.
SALAMA, Bruno Meyerhof. O que é “direito e economia”. In: TIM, Luciano Benetti (Org.). Direito & economia. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.
SZTAJN, Rachel. Direito e economia – Análise econômica do direito e das organizações. São Paulo: Campus, 2005.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de economia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

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