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Direitos da Pessoa com Deficiência


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Aula Extra
Direito das Pessoas com Deficiência p/
TJ-GO (Analista Judiciário - Área
Judiciária)2021- Pré-Edital
Autor:
Ricardo Torques
Aula Extra
2 de Março de 2021
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Sumário 
Considerações Iniciais ........................................................................................................................................ 2 
Decreto 10.177/2019 .......................................................................................................................................... 2 
 
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Olá, pessoal! Você está diante de uma aula extra, acrescentada ao curso com a finalidade de que o seu 
conteúdo seja o mais atualizado possível. O ato normativo que estudaremos é de 2019 e teve por finalidade 
organizar a atuação da política do Poder Executivo na matéria de proteção à pessoa com deficiência. 
Entendemos que, por isso, é conteúdo relevante para fins de prova. Além disso, destaca-se ato normativo 
porque altera o Decreto 3.298/1999 ao extinguir o CONADE e criar o CNPCD. 
Bons estudos! 
DECRETO 10.177/2019 
Vamos analisar, neste tópico, o Decreto 10.177/2019, que dispõe sobre o Conselho Nacional dos Direitos da 
Pessoa com Deficiência (CNDCP), em substituição ao CONADE, que estava previsto no Decreto 3.298/1999. 
O CNDCP é um órgão de caráter paritário, consultivo e de deliberação colegiada sobre políticas públicas 
destinadas à proteção da pessoa com deficiência. 
Vamos compreender os termos acima grifados? 
 
O art. 2º é um daqueles dispositivos de difícil memorização. Contudo, entendemos desnecessário memorizar 
as hipóteses. Acreditamos que você possa compreender as regras pela leitura atenta que acabou de fazer. 
Não obstante isso, alguns dois destaques são pertinentes: 
 Note que os incisos fazem referência ao papel central do CNPCD de acompanhar, planejar, elaborar 
projetos, formular propostas, acompanhar, apoiar, desenvolver pesquisas e incentivar campanhas 
para o desenvolvimento de nossa política nacional de proteção aos direitos das pessoas com 
deficiência. São vários verbos e todos eles convergem no sentido de outorgar ao CNPCD a 
responsabilidade por conduzir a política do Poder Executivo Federal em matéria de direitos da pessoa 
com deficiência. 
órgão de caráter 
paritário:
a composição envolve diversos órgãos 
(Casa Civil, Ministérios, representantes da 
casa civil, etc.);
órgão consultivo:
órgão constituído para proferir pareceres 
sobre políticas;
órgão 
deliberativo:
órgão responsável por fixar objetivos e 
políticas de ação protetivas das pessoas 
com deficiência.
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 Cabe ao órgão receber requerimentos, denúncias e reclamações sobre violações aos direitos desse 
grupo vulnerável que estejam prescritos na Constituição Federal, na Convenção sobre o Direito das 
Pessoas com Deficiência da ONU e na legislação infraconstitucional. Além disso, atuará no sentido de 
monitorar as regras e garantir a implementação dos direitos da pessoa com deficiência. 
Nesse ponto, destaca-se o fato de que o Estado Federal é responsável por assegurar a observância da 
Convenção, que foi internalizada em nosso ordenamento como norma constitucional. Em razão disso, 
a fim de evitar possível sanções, cabe ao CNPCD ficar atento à observância desse conjunto normativo 
protetivo. 
 
Vimos, no início, que o órgão é tido como paritário. O art. 3º, abaixo citado, trata dessa composição. 
Novamente, estamos diante de um dispositivo cuja memorização é inviável no contexto de um concurso 
público com um monte de matérias e de outros conteúdos mais relevantes. Sugestão: leia com atenção e 
perceba que, entre os vários órgãos que comporão o CNPCD, temos a participação de órgãos da Presidência, 
ministérios variados e da sociedade civil. 
Seguindo com nosso estudo, vamos analisar, no art. 4º, a presidência do CNPCD. As regras são singelas e 
podem ser sistematizadas da seguinte forma: 
 
Vimos no início que o CNPCD é um órgão colegiado e deliberativo. 
Assim, haverá necessidade de votação das matérias levadas à discussão. 
O art. 5º estabelece, nesse contexto, duas regras importantes: reuniões e quóruns. 
Em síntese, compete ao CNPCD:
conduzir a política do Poder 
Executivo Federal em 
matéria de direito da pessoa 
com deficiência;
receber requerimentos, 
denúncias e reclamações 
sobre violações aos direitos 
desse grupo vulnerável;
monitorar as regras e 
garantir a implementação 
dos direitos da pessoa com 
deficiência.
• será responsável pela condução do Conselho Nacional;
• em ausências ou impedimentos, assumirá o vice-presidente;
• a escolha se dá por eleição, por maioria absoluta, para mandato de 3 anos; e
• alternarão, a cada mandato, representantes do governo e da sociedade.
Presidência do CNPCD
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 Em relação ao segundo esquema, algumas observações são importantes: 
 O quórum de maioria absoluta é calculado em razão do número total de membros. Mais de 
metades deles deverá comparecer à reunião para que seja instalada. Já o quórum de votação leva em 
consideração (uma vez instalada a reunião) a maioria dos presentes. 
 O Presidente votará regularmente nas deliberações e, em caso de empate, terá o voto de minerva 
(ou voto de qualidade). 
Vimos que o art. 13, II, a, acima descreve que 13 dos membros do Conselho serão compostos por 
representantes de organizações nacionais de proteção à pessoa com deficiência. No art. 6º, que agora 
estudamos, há especificação de que essas organizações nacionais devem atuar na defesa dos mais variados 
grupos de limitações de longo prazo. Sugere-se a leitura! Há, contudo, uma regrinha importante. Veja se 
você consegue identificar. 
Certamente a regra importante é a do parágrafo único, pois qualifica o que o decreto entende por 
“organização nacional”. 
Reuniões
ordinárias a cada dois meses;
extraordinárias:
por convocação do Presidente; ou
por decisão da maioria absoluta dos membros.
Quórum
de reunião maioria absoluta
de votação maioria simples
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O art. 8º estabelece uma regra simples: 
 
Em relação aos demais membros, não há mandato. Enquanto estiverem investidos da função pública que 
ocupam, estarão atuando concomitantemente perante o Conselho. 
Como você pode perceber, nosso estudo, leva em consideração os artigos e na ordem apresentada na norma. 
Fazemos isso porque em relação a esse tipo de norma a cobrança é literal. Logo, lemos todo o Decreto e 
chamamos atenção para aquilo que é realmente importante. 
No art. 9º, por exemplo, citamos porque se trata do próximo dispositivo na ordem de nosso estudo. Sem 
maior relevância par a prova, leia com atenção. O artigo trata da estrutura do Conselho: 
No art. 10, temos a definição da composição das comissões temáticas: 
Organização 
Nacional para 
pessoa com 
deficiência
entidade 
privada;
sem fins 
lucrativos;
âmbito 
nacional;
filiais em, no 
mínimo, 5 
unidades da 
federação; e
no mínimo, 
3 por 
regiões do 
País.
Mandato dos representantes da 
sociedade civil no CNPCD
3 anos
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Apenas um destaquefinal: 
A participação no CNPCD é considerada como serviço público relevante não remunerado. 
Encerramos, com isso, análise do Decreto 10.177/2019. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos desse conteúdo adicional. Trata-se de norma que certamente será explorado em concursos 
próximos, dada a novidade e devido ao fato de alterar ponto importante do Decreto 3.298/1999 e também 
por definir critérios da político do Executivo Federal em matéria de pessoa com deficiência. 
Bons estudos. 
Ricardo Torques 
rst.estrategia@gmail.com 
https://www.facebook.com/direitoshumanosparaconcursos/ 
@proftorques 
 
C
o
m
is
sõ
es
 T
em
át
ic
as
composição conforme resolução do CNPCD
não podem ter mais de 5 membros;
possuem caráter temporário, não superior a 1 ano; e
somente podem atuar três comissões simultâneas.
Ricardo Torques
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