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MANUAL DE TÉCNICA PSICANALÍTICA: UMA RE-VISÃO
	AKHTAR, S. Escutando as ações (2016). In: ______. AKHTAR, S. Escuta Psicanalítica. Métodos, limites e inovações. São Paulo: Blucher, 2016. 
	O autor inicia o capítulo rememorando Freud acerca das manifestações físicas/corporais, para conteúdos inconscientes que se expressam através dessas ações. Para ele, é extremamente importante que dentro do contexto clínico, o analista esteja atento para essas formas que o inconsciente tem de se apresentar, o qual ele se baseia em três conceitos úteis, sendo: comunicação não-verbal; acting in e enactment. 
Segundo o autor, grande parte do conteúdo que os pacientes expressam dentro do setting é não-verbal, que partindo dos pressupostos freudianos remetem aos conceitos de recordar, repetir e elaborar. Para ele, essas inferências são extremamente significativas para o desenrolar da análise que, contribui para que o terapeuta possa apreender informações do mundo interno dos pacientes, que estão sendo manifestadas de maneiras sutis, embora carregadas de significados importantes acerca da psicodinâmica dos sujeitos. O autor cita alguns teóricos pós-freudianos que contribuíram para a gênese psicanalítica das manifestações não-verbais, como Reich (1933) e Deutsch (1952), dentre outros que estimularam as percepções acerca das expressões não-verbais que se apresentam na clínica. 
O autor faz então uma diferenciação entre os termos acting out e acting in, o primeiro conceito refere-se a como um sujeito passa inconscientemente ao ato, fora ou dentro do tratamento psicanalítico, como se o paciente traduzisse em atos aquilo que esqueceu, essas atitudes motoras funcionam como sintomas. O segundo conceito refere-se aos movimentos corporais e mudanças posturais no divã através dos quais os conflitos inconscientes são manifestados, ou até comportamentos mais elaborados que podem exprimir memórias reprimidas.
O terceiro conceito apresentado pelo autor, diz respeito ao enactment, que apareceu há cerca de quarenta anos na literatura psicanalítica dividindo opiniões entre terapeutas que veem a necessidade do conceito pela sua distinção com o de acting out, e outros que acham desnecessário em função do vasto glossário já existente na ciência psicanalítica. De modo geral, o autor coloca o enactment como três perspectivas, sendo: colocar suas fantasias transferenciais em ações, induzir inconscientemente o analista a viver no setting sua fantasia transferencial, transformar desejos e fantasias em uma performance comportamental que parece “real”. 
O autor traz diversas vinhetas clínicas para explicitar o enactment que pode acontecer em diversas/todas as fases do processo analítico, desde a entrevista inicial até as entrevistas finais. Para ele, além das interpretações, o analista deve obviamente mensurar e compreender as motivações inconscientes para tais comportamentos que se manifestam, na maioria das vezes levando o analista assumir papéis e atitudes distintas e/ou ambivalentes, como uma vinculação com as transferências.
	MANUAL DE TÉCNICA PSICANALÍTICA: UMA RE-VISÃO
	AKHTAR, S. Escutando a si próprio (2016). In: ______. AKHTAR, S. Escuta Psicanalítica. Métodos, limites e inovações. São Paulo: Blucher, 2016. 
	O autor inicia o capítulo fazendo uma menção a contratransferência que segundo Freud, foi cunhada como algo que poderia atrapalhar a análise, se tratando da influência do paciente no inconsciente do analista, o que para ele poderia ser evitado com a análise. Segundo o autor, o conceito tem mudado no decorrer dos séculos, principalmente após os estudos de Klein e outros autores pós-freudianos o que deve ser levado em consideração ao abordar esses aspectos específicos do analista.
O autor traz uma série de vinhetas clínicas que explicitam as próprias associações-livres do analista frente as manifestações verbais ou não-verbais do paciente que, segundo ele, provocam uma repercussão inconsciente que poderia ou não serem comunicadas. O autor cita alguns teóricos que afirmam em determinadas ocasiões serem necessárias tais pontuações ao paciente, de modo que pudesse adotar uma postura “confirmatória”.
No que se refere as emoções experimentadas pelo analista em resposta as mobilizações provocadas pelos pacientes o autor as divide em três categorias: emoções sentidas em relação ao paciente; emoções sentidas com o paciente e emoções sentidas em nome do paciente. Além das associações e afetos vivenciado pelo analista dentro do setting, há um impulso que o analista pode sentir a fazer algo, como agir de maneira amorosa ou hostil.
O autor discorre a respeito das próprias ações que o analista emite no eixo transferência/contratransferência junto com o paciente, como gestos e movimentos corporais que quando não se relacionam com outras inúmeras razões como fadiga e desconforto físico, podem estar em sintonia com aspectos mentais do analista que ocorrem durante o processo analítico como expressões que o autor chama de empatia corporal.

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