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Considerações sobre a política fiscal - macroeconomia

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Considerações sobre a política fiscal
As principais políticas macroeconômicas
I – Política Fiscal: políticas de gastos e de arrecadação tributária do Governo.
II – Política Monetária: política de controle dos meios de pagamentos na economia: estudaremos após a primeira prova.
Observação: estas duas políticas não esgotam as possibilidades de intervenção do Estado na Economia.
A política fiscal
Y = C + I + G + X – M
Política Fiscal: 
Alteração nos gastos ou impostos
A política fiscal
A política fiscal diz respeito às alterações dos gastos do governo e/ou impostos cobrados.
A política fiscal
Tipos de gastos:
Despesas correntes: gastos com pessoal e encargos, custeio e transferências
Despesas de capital: investimentos realizados pelo governo na ampliação dos equipamentos e instalações públicas e na infraestrutura.
Despesas com o pagamento de juros sobre a dívida pública
A política fiscal
As receitas do governo:
Receitas de impostos: 
Impostos diretos => que incidem sobre a renda:
imposto de renda pessoa física e jurídica;
Impostos indiretos => que incidem sobre o produto: 
IPI, ICMS etc. 
Outras receitas: lucros de empresas estatais, receitas de privatização etc.
O déficit público
Déficit Público: total das despesas - total das receitas.
Observação: de acordo com a classificação das receitas e receitas, podemos ter diferentes tipos de déficit. 
Déficit nominal: inclui todas as despesas do governo, incluindo pagamento de juros sobre a dívida pública
Déficit primário: exclui das despesas o pagamento de juros sobre a dívida. 
O déficit público no Brasil
No Brasil, o déficit público recebe o nome de Necessidade de Financiamento do Setor Público: conceito nominal e primário.
Alguns valores 
(fevereiro de 2023, em milhões de Reais)
Déficit nominal: R$ 90.605,84
Déficit primário: R$ 26.453,03
Pagamento de juros sobre a dívida: 
R$ 64.152,81
Fonte: Banco Central – séries temporais.
O Problema do financiamento do Setor Público
Considerações iniciais
Uma vez que o Governo apresenta déficit em suas contas, ele deve financiá-lo por meio:
Da emissão de títulos da divida como forma de empréstimos;
Da emissão de moeda, operacionalizado pelos empréstimos do Banco Central ao Tesouro Nacional.
A emissão monetária como forma de financiamento do déficit público no Brasil.
Pelo artigo 164, § 1º da Constituição Federal: 
“É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira”.
Ou seja, não existe no Brasil a opção de emissão monetária para o financiamento do déficit público, restando apenas a opção do endividamento via emissão de títulos.
Observações importantes sobre a evolução da dívida pública no Brasil
I – Um indicador importante: Dívida ÷ PIB.
II - Devemos considerar não apenas o percentual da dívida em relação ao PIB mas também e principalmente sua trajetória. 
III – devemos ter cuidado quando realizamos comparações internacionais. Exemplo: no Japão, a dívida pública é estimada em mais de 200 % do PIB.
Evolução da dívida pública no Brasil
O modelo keynesiano simplificado
Objetivos do modelo
Objetivo geral: compreender os impactos da política fiscal sobre o nível de atividade econômica.
=> O modelo mostra como a demanda agregada afeta o nível de produção agregada.
=> Dada a situação ou equilíbrio abaixo do pleno emprego, o modelo considera a política fiscal expansionista como política macroeconômica.
O Modelo
Ponto de partida:
Y = C + I + G + X – M 
Onde 
Y = PIB; 
C = consumo agregado;
I = investimento agregado; 
X = exportações; e 
M = importações.
Considere que o consumo seja função da renda
C = C0 + C1.Y 
Sendo C0 > 0 e 0 < C1 < 1 
Hipóteses keynesianas
O Modelo
As duas equações do modelo:
Y = C + I + G + X – M (1)
C = C0 + C1.Y (2)
sendo C0 > 0 e 0 < C1 < 1 
Combinando (1) e (2) obtemos o resultado ou equilíbrio do modelo:
Ye = [1/(1 - C1)].(C0 + I + G + X - M) (3)
Onde Ye = produto de equilíbrio => resultado ou equilíbrio do modelo.
Implicações :
I – Um aumento em G eleva Y
II – o aumento em Y é mais do que proporcional ao aumento de G.
O Modelo
Considerando:
 Ye = [1/(1 - C1)].(C0 + I + G + X - M)
É possível perceber que [1/(1 - C1)] > 1, uma vez que 0 < C1 < 1.
[1/(1 - C1)] é denominado de multiplicador keynesiano dos gastos do governo.
Um Exemplo numérico
Sejam:
Co = 100
C 1 = 0,8
I = 300
G = 200
X = zero
M = zero
Pede-se: o equilíbrio do modelo e o valor do multiplicador keynesiano.
Solução:
C = 100 + 0,8.Y => função keynesiana que atende as hipóteses do modelo (C0 > 0 e 0 < C1 < 1 )
 I = 300
G = 200
X = M = zero
 A partir desses valores, é possível determinar o produto de equilíbrio:
Ye = [100 + 0,8.Y] +300 + 200 + 0 - 0 
Ye = [1/(1 - 0,8)] . [100 + 300 + 200]
Ye = 3.000
É possível também calcular o valor do multiplicador keynesiano:
[1/(1-0,8)] = 5
A interpretação do exemplo numérico: o significado do multiplicador keynesiano
Com o valor do multiplicador keynesiano, é possível verificar a intensidade que o aumento dos gastos do Governo afeta o produto de equilíbrio. 
Considerando o nosso exemplo numérico, suponha um aumento em G de 50 unidades monetárias, ou seja, ΔG = 50. O novo produto de equilíbrio pode então ser encontrado a partir do seguinte cálculo:
 Ye = [100 + 0,8.Y] +300 + 200 = 3.000 
Ye´ = [100 + 0,8.Y] + 300 + 250
Ye´ = 3.250
 
Ou seja, para ΔG = 50, tem-se que ΔY = 250. Esse resultado mostra que o aumento dos gastos do Governo provocou um aumento mais do que proporcional no PIB, demonstrando numericamente o impacto dos gastos públicos sobre a renda e o efeito do multiplicador keynesiano.
Principais conclusões do modelo
Se o produto Ye estiver abaixo do seu nível de pleno emprego Yp, então o Governo pode “injetar” demanda na economia, elevando os seus gastos (política fiscal expansionista).
Além disso, existe o efeito multiplicador dos gastos: quanto maior G maior Y, sendo que Y cresce mais do que proporcionalmente ao crescimento de G, ou seja:
 ΔY > ΔG ou ΔY/ΔG > 1
Lembre-se que:
 ΔY/ΔG = [1/(1 - C1)] > 1
No caso do exemplo numérico:
ΔY/ΔG = [1/(1 – 0,8)] = 5 > 1
Implicações
O modelo sugere que, em situação de desemprego, o Governo pode expandir os seus gastos como forma de elevar a demanda agregada da economia.
De uma forma mais ampla, o modelo considera a política fiscal expansionista como forma de reduzir o desemprego da economia. 
Principal limitação do modelo: 
Não considera a fonte de recursos para a elevação dos gastos públicos (voltaremos a este ponto no final do curso).
Bibliografia
Princípios de Economia, abordagem didática e multidisciplinar, capítulo 9
Manual de macroeconomia, capítulo 1 e 2
Qualquer livro de macroeconomia ou introdução à macroeconomia na parte destinada ao modelo keynesiano (ou demanda agregada).
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