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TDAH e os desafios da leitura e escrita (Relato de caso)

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TDAH
E OS DESAFIOS DA LEITURA E ESCRITAE OS DESAFIOS DA LEITURA E ESCRITA
DANY CAVALCANTEDANY CAVALCANTE
aprenderedivertido.com.br
Relato de casoRelato de caso
Sumário
O que é o Transtorno de Déficit de Atenção com 
Hiperatividade (TDAH)?.............................
Tdah x Escola ...............................
TDAH x Dificuldades de Leitura...................
Ludicidade e Aprendizado..................
Leitura e Registro..........................
Eu Mostro e Você corrige.......................
C o n c l u i n d o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
R e f e r ê n c i a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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O que é o T r a ns tor no de Dé ficit de 
A te nçã o com Hipe r a tiv ida de ( T DA H)?
Para começar o assunto deste e-book, precisamos deixar claro 
que o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade ou TDAH 
não é uma doença e sim um transtorno neurobiológico, de causas 
genéticas. Portanto, precisa de tratamento com uma equipe 
multidiscipinar que, por sua vez, deverá trabalhar em conjunto com a 
escola.
O TDAH geralmente é percebido na fase infantil, geralmente quando 
a criança é inserida na escola e, encaminhada para os profissionais 
competentes. Como é um transtorno que envolve, simultaneamente, o 
funcionamento cognitivo (mental, de aprendizagem), comportamental, 
emocional, familiar, escolar e profissional... Diagnosticá-lo com precisão é 
extremamente importante, para isso é necessário um profissional que tenha 
experiência no assunto para que sua visão seja ampla em relação às 
queixas que o paciente traz para a consulta. 
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MAS... COMO SABER?
Usualmente, estas áreas são abordadas por psicólogos e médicos psiquiatras. Outras 
especialidades, como neurologistas e pediatras também podem, em certas condições, 
terem conhecimento e prática suficiente para investigá-los. Quando não é devidamente 
tratado, o TDAH pode abrir portas para comorbidades, como dificuldades de 
aprendizagem, como a disgrafia, dislexia e disfasia, depressão, transtorno opositivo 
desafiador (TOD), além do baixo rendimento nas notas, podendo levar à evasão 
escolar, baixa autoestima, prejuízos na vida social, escolar, entre outros.
Por fim, há três tipos de TDAH: o desatento, o hiperativo/compulsivo e também o 
combinado. O problema pode surgir por diversas causas, entre elas a hereditariedade.
TDAH x Escola
Qual professor que não tem ou teve aquele aluno inquieto em sala, pede para ir ao 
banheiro várias vezes durante a aula, é impulsivo e/ou ansioso em dar logo sua 
resposta, muitas vezes precipitada e fora de contexto, quer terminar logo a atividade ou, 
na maioria dos casos, não consegue concluir uma atividade por completo? Pois é. 
Essas são umas das muitas características dos alunos com o transtorno. Mas, a 
pergunta é... Como alcançar esse aluno? 
Sabemos, como professores, que uma sala jamais será homogênea e este e-book 
não tem a pretensão de simplificar práticas pedagógicas no que diz respeito à um 
transtorno com muitas singularidades e, para cada caso e/ou dificuldade sempre haverá 
um método diferente.
O grande passo para a inclusão é conhecer o aluno, suas preferências, suas 
características cognitivas, emocionais, sociais... Enfim, são várias nuances que, quando 
percebidas e aplicadas em sala de aula, o farão conquistar a atenção e dedicação desse 
aluno.
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TDAH x Dificuldades de Leitura
Chegamos ao motivo deste e-book ser escrito e disponibilizado.
O relato que segue, diz respeito à um caso particular de Atendimento Educacional 
Especializado (AEE). 
O aprendente, sexo masculino, 11 anos, diagnóstico de TDAH fechado. Está 
regularmente matriculado no 5º ano do ensino fundamental, apresenta dificuldades na 
escrita, suprime letras, mesmo copiando por outro modelo. No ditado, o aluno apresenta 
a mesma dificuldade, porém a supressão de letras se torna mais evidente quando há 
diferenças entre fonemas surdos e sonoros.
A primeira pergunta que nos vem à mente é? Sua dificuldade é pela condição do 
TDAH ou por que há associado, neste caso, comorbidades e/ou dificuldades no 
aprendizado? Em um primeiro momento, vamos nos concentrar em ajudá-lo a superar 
suas dificuldades de leitura. 
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??
 Concentração é a palavra - chave!
Como ter a concentração do aprendente? 
Usamos a melhor ferramenta que existe:
 Isso mesmo, dividi nosso encontro 
em 4 (quatro) momentos, que explico à 
seguir.
 O brincar!
Ludicidade e Aprendizado
Antes de apresentar o recurso, informei ao aprendente que tinha levado um jogo 
novo que, talvez, ele nunca tinha visto ou jogado e perguntei se ele queria ver. Então, 
apresentei algumas pranchas como, Jogo das sombras, Opostos e Orientação 
Espacial. Pranchas são jogos que desenvolvi ao longo dos atendimentos e que são 
ótimos, tanto para professores quanto para Psicopedagogas, Psicólogas e/ou 
profissionais do AEE. 
Expliquei uma de cada vez, de forma direta e concisa, as regras que envolviam 
cada jogo. Consegui a atenção e dedicação do aprendente em todas as pranchas. Esse 
foi o primeiro resultado positivo. 
A prancha “Tem na Sala” foi a que mais deteve sua atenção e dedicação. Então, 
através dela pude identificar as primeiras dificuldades, no que diz respeito ao 
conhecimento das letras e seus valores sonoros. 
Também estimulei:
- Memória
- Vocabulário
- Formação de novas palavras
- Sons iniciais e finais
- Utilidade do objeto mostrado
- Formação de frases
- Tipo de material do que é feito o objeto da figura
- Identificação do objeto na sua sala
E, assim fui avançando... 
Essa dinâmica marcou o primeiro momento.
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Cad...ra
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Leitura e Registro
O momento da leitura não precisa ser uma tortura... Transformamos esse 
momento em uma brincadeira legal! 
Com a mesma prancha, adicionei palavras e figuras. Pedi ao aprendente que as 
organizasse pelo critério - FIGURA x NOME e foi um momento muito rico! Sobraram 
algumas fichas com nomes de objetos que não tinham figuras e, nesse momento, pude 
avaliar o engajamento na atividade, o senso de organização, a perspectiva quanto ao 
seu raciocínio e sua leitura! 
O aprendente estava tão envolvido na atividade que não se opôs à próxima etapa! 
Eu mostro... Você escreve!
Guardei as fichas com os nomes e expliquei que a próxima brincadeira era de que 
eu mostraria a ficha com a figura e o aprendente escreveria seu nome. Então, separei 12 
fichas de figuras, mas só mostrei 11. Sendo elas:
- Sofá
- Quadro
- Relógio
- Luminária
- Telefone
- Poltrona
- Plantas
- Mesa de Centro
- Livros
- Estante
- Televisão
Importante salientar que qualquer 
atividade com o aprendente que tem 
TDAH não pode ser extensa e deve ser 
objetiva, a fim de manter seu foco e 
esse foi o motivo de ter apresentado 
apenas 11.. 
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Eu mostro... Você corrige.
Guardei as fichas de figuras e, desta vez, mostrei as fichas dos seus respectivos 
nomes que deveriam ter sido escritos. O objetivo da atividade, além da leitura, era de que 
o aprendente identificasse os próprios erros, corrigindo-os em seguida.
Abaixo, deixo as imagens da prancha.
Caso queiram encomendar o material, basta entrar em contato pelo e-mail 
danyscavalcante@gmail.com e, em seguida, enviarei os detalhes.
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Concluindo...
Primeiramente devemos desmitificar que o aluno com TDAH não aprende. Pelo 
contrário, ele aprende muitas coisas ao mesmo tempo e sua dificuldade está exatamente 
nesse detalhe. Ou seja, ele ainda não está preparado ou não foi preparado para lidar com 
o turbilhão de informações que recebe ao mesmo tempo.
A atividade de avaliação e intervenção pedagógica foi dividida em etapas, sempre 
mantendo a linha de raciocínio de que, a aprendizagem ou a superação de uma 
dificuldade, parte do "conceito global" para o "conceito objetivo". Ou seja, o objetivo era 
de identificar as dificuldades de leitura, mas antes dividi a atividade em pequenas etapas 
e conversei com o aprendente sobre os objetivos de forma objetiva, resumindo o máximo 
das instruções, até chegar no registro de pensamento, ou seja, na escrita em si.
Com a atividade consegui identificar as dificuldades fonéticas e 
gráficas, fiz as intervenções pedagógicas necessárias e, na 
finalização, o próprio aprendente identificou, corrigiu e celebrou seu 
resultado.
Ao todo, nosso momento durou cerca de 1 hora e 40 minutos, com 
ótimos resultados e um aprendente muito alegre com o seu 
desempenho.
“A melhor recompensa do professor é ver 
a satisfação no olhar do aluno, como quem 
diz: agora eu sei!”
Dany Cavalcante
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Referências
http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html
http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/quadro-clinico.html
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/oquee/
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/artigos/tdah-tem-cura.html
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/tdah/tdah-adulto.html
http://www.universotdah.com.br/diagnostico.html
http://www.universotdah.com.br/introducao-adulto.html
http://www.universotdah.com.br/comorbidades-crianca.html
http://www.universotdah.com.br/introducao.html
http://www.saudementalrs.com.br/tdha/
http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/tratamento.html
https://neurosaber.com.br/tdah-e-problemas-de-aprendizagem/
https://neurosaber.com.br/aspectos-neurologicos-de-aprendizagem/
http://www.psicoedu.com.br/2017/01/tdah-sala-de-aula.html
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