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Atividade 2

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Um tema importante abordado nos RDHs que eu escolhi, observei e gostaria de analisar e que pode ser relacionado com o passado escravista é a desigualdade de renda e a distribuição de riqueza. 
Os relatórios frequentemente destacam a persistente desigualdade de renda no Brasil, onde uma pequena parcela da população detém a maior parte da riqueza enquanto a maioria enfrenta condições econômicas precárias. Essa desigualdade pode ser entendida em parte como uma continuação do sistema econômico que se desenvolveu durante o período colonial e da escravidão.
1. Concentração de terras e latifúndios: Durante o período colonial e imperial, vastas extensões de terra foram concentradas nas mãos de poucos proprietários, muitos dos quais se beneficiaram diretamente da escravidão. Essa estrutura de propriedade da terra persiste até hoje, contribuindo para a concentração de riqueza e a falta de acesso à terra para pequenos agricultores e comunidades tradicionais.
2. Ausência de trabalho assalariado e informalidade: A escravidão criou uma economia onde o trabalho era visto como uma mercadoria, e a mão de obra escrava era explorada sem remuneração adequada. Após a abolição da escravidão, muitos ex-escravos e seus descendentes enfrentaram dificuldades para encontrar emprego assalariado digno, contribuindo para a proliferação do trabalho informal e precário, que continua sendo uma característica importante da economia brasileira.
3. Desenvolvimento industrial limitado: O Brasil histórico teve um desenvolvimento industrial tardio, em parte devido à ênfase na economia baseada na exportação de produtos primários, como café, açúcar e minério. Essa dependência de setores primários contribuiu para a perpetuação de um modelo econômico desigual, onde a industrialização e a diversificação econômica foram negligenciadas em favor da exploração de recursos naturais.
Ao analisar os dados sobre distribuição de renda nos RDHs, pude observar como esses padrões históricos influenciam as disparidades econômicas atuais no Brasil. A desigualdade de renda persistente reflete não apenas questões contemporâneas, mas também o legado profundo da escravidão e do desenvolvimento econômico desigual ao longo da história do país. Essas análises podem informar políticas públicas destinadas a promover uma distribuição mais justa de recursos e oportunidades, buscando abordar as injustiças enraizadas no passado escravista brasileiro.
(Gabriel da Silva Ferreira – Engenharia Elétrica)

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