História do Pensamento Filosófico

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Historia do pensamento filosofico
História do Pensamento Filosófico (Universidade Paulista)
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A consciência mística
Teogonia
Origem dos deuses pra dar explicação da existência, do mundo, do caos da criação 
através dos mitos e tranquilizar o ser humano, fixar modelos, dar sentido ao mundo
Não tem razão logica, ligados a crença, foi a primeira forma de explicar a origem no 
ocidente
Deuses gregos não eram divididos de maneira dualista
O mito é alegórico, fantasioso, tem explicações sobrenaturais, maleável, subjetivo e 
é cultural
Várias culturas, além da Grecia contavam histórias da origem de tudo oralmente
Aedos: contavam histórias oralmente, declamavam seus poemas
Rapsodos: recitavam poemas dos outros
Homero e hesiodo fazem os primeiros registros do que antes era oral 
Homero: Iliadia e Odisseia: dois grandes heróis, virtuosos e nobres (deviam servir de
objetivo de como o homem deveria ser) e Ulisses (Atenas, Cavalo de Troia) 
Hesiodo: Teogonia 
Assim o conhecimento mítico: o mito primitivo é a primeira forma de sentido ao 
mundo tem seu fio condutor na emoção, assim o homem moderno não é só razão, 
mas também emoção. Os mitos modernos não envolvem uma crença absoluta, o 
pensamento Racional pode eleger seus próprios mitos
Com a escrita nasce a política, a filosofia e assim a “razão” 
O período é então marcado pelo nascimento do pensamento racional filosófico e 
saída da mitologia (Rompimento) sec. X e VI a. C.
O surgimento da filosofia está ligado à busca por novas formas de explicar o mundo,
uma vez que as explicações míticas já não mais satisfaziam. Em lugar do mito, os 
primeiros filósofos elegeram a razão como forma adequada de explicar o mundo.
A passagem do pensamento mítico para o filosófico não foi abrupta, foi um processo 
lento e gradual. Cabe destacar ainda, que as diversas formas de ver o mundo que a 
filosofia reconhece (o mito, o senso comum, a ciência, a arte e a filosofia), não 
existem necessariamente isoladas umas das outras, elas continuam coexistindo em 
nossa sociedade. Não apenas continuam existindo, todas, mas também há casos 
em que concepções míticas e artísticas, por exemplo, encontram-se misturadas.
Filosofia: busca amorosa pela sabedoria (Pitagoras)
Nascimento das cidades (polis)
A aristocracia era formada pelos possuidores de terras (quem criou os mitos) mas 
foram desprestigiados com o surgimento da vida urbana, com o predomínio do 
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comercio e artesanato, se desenvolve técnicas de fabricação, trocas, viagens 
marítimas, calendário, moeda, alfabeto (linguagem simbolica) etc.
Comentário: Por ser uma espécie única, que não age por instintos, como os outros 
seres vivos, o homem tem a necessidade de passar por um processo de educação, 
seja ela formal ou informal, pois é ela que lhe permitirá dominar os códigos e os 
símbolos da cultura na qual ele está inserido, de modo a permitir que ele viva em 
sociedade.
Àgora: eram discutidos os problemas de interesse público em praça publica da 
cidade, assim os cidadãos passam a tecer seu próprio destino (outra demarcação da
separação dos mitos, pois antes era “determinado” por deuses)
Saviani: Filosofia é uma reflexão radical rigorosa e de conjunto sobre os problemas 
que a realidade, assim vai a raiz do problema, tem metodologia, caminho, 
argumenta logicamente, contextualiza. Aquilo que está dado, passa a ser 
questionado 
Primeiros filósofos (pré-socráticos) procuravam a origem das coisas na natureza, 
nos elementos (physis), buscavam uma explicação para existência
Tales de Mileto: previsões astronômicas (eclipse) acreditava que a origem humana 
era a água, o elemento primordial, tudo teria deuses
Heráclito: Tudo Flui, tudo está em movimento, não entramos no mesmo rio duas 
vezes. O fogo é a representação da instabilidade. O pensamento é enganoso 
Parmênides: a verdade se obtem pelo pensamento, o ser humano é imutável
Essas duas divergências equivalem a Aristóteles e Platão (pós Sócrates)
Sócrates – patrono da filosofia – nascimento do período socrático – maiêutica 
socrática (trazer a luz – como uma criança- o conhecimento)
Nada escreveu, quem divulgou seu pensamento foi Platão (e Xenofonte) 
Trouxe a filosofia do ceu para terra
Preocupa-se com o antro, questionamento da existência
Ação de interrogar, ironia, busca da verdade por meio de definir conceito, abordava 
os jovens e foi condenado a morte por subversão e questionar a existência dos 
deuses
O mundo aqui está a mercê da opinião, mas a alma pode acessar a verdade
Mundo sensível X Mundo inteligível (ceu e terra)
Platão – escreveu A República (alegoria da caverna) – o conhecimento está fora – o 
conhecimento está no campo das ideias. A filosofia seria o saber capaz de conduzir 
à libertação das amarras das aparências. Por meio da filosofia, pode-se contemplar 
o conhecimento tal qual ele é, porque a filosofia permite fugir do mundo sensível – o 
mundo das aparências – e atingir o mundo das ideias.
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Aristóteles – criticou platão – pai da logica, da ética – passos para o conhecimento: 
sentidos, memoria, experiencia – empírico – alexandre o grande 
Filosofia medieval – sec. 5 ao 15 – período obscuro
Teocentrismo, o conhecimento é revelado de Deus para o homem
A igreja detem a escita e o conhecimento (Arabes detém as escritas de Aristóteles)
Patristica – padres (pais) da igreja sec. 2 ao 5
Santo Agostinho – ausência de bem (Deus) é o mal. O correto, bem leva a 
iluminação, se chega com o prevalecer da alma – neoplatonismo
Estimulava a obediência, controle das paixões, instintos, desejos (pecado) para se 
ter pureza, salvação após a morte – não se pode dar vazão ao corpo, se deve 
alimentar a alma
Conversão e combate a heresia
A fé é justificada pela razão
Profundamente perturbado pelo problema do mal, que lhe fornece uma rica 
fenomenologia, e por muito tempo desviado dessa questão pela solução 
maniqueísta, que impediu seu acesso ao justo conceito de Deus e à possibilidade da
vida moral
Escolástica- sec. 11 ao 14- Filosofia cristãnas escolas 
São Tomas de Aquino – Aristóteles 
A filosofia serve a teologia
A razão justifica a fé
Criação das universidades – sec. 12
Renascença sec 14 e 16
O homem artífice do seu próprio destino
Antro Hélio (sol) centrismo
laicização
Racionalismo (Descartes). Empirismo (Locke, Bacon, Hume). Criticismo (Kant) 
> nascimento do conhecimento cientí昀椀co
Descartes: Coloca em dúvida a capacidade humana de conhecer. Busca uma 
verdade indubitável. Estabelece a dúvida como método. O sentido nos enganam 
(não con昀椀ar inteiramente) “genio maligno”
Duvido, penso, sou (marca a modernidade)
Deus é perfeito e bom e não me engana
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Concebe a existência de ideias inatas e verdadeiras no espírito, as ideias nascem
conosco 
Metodo dedutivo: como equação até se chegar no resultado. Do todo para as partes.
 Empirismo
Francis Bacon: “o homem foi feito para dominar a natureza”
Locke: Alma é uma tabua rasa, as ideias são páginas em branco e são escritas pela 
experiencia
Método indutivo: as partes para o todo, se observa a situação e sua recorrência para
entender o resultado
Iluminismo sec 18
Trevas para Luz
marcado pela crença na razão como capaz de conduzir à felicidade social e política, 
libertando-se dos preconceitos religiosos e morais, da superstição e do medo.
Valorização da razão, da transformação social
Ouse saber
Kant critica a dicotomia empirismo e racionalismo
Priori e posteriori
O conhecimento é constituído pelo que recebemos e o que já existe em nos mesmos
Fenômeno (como a coisa aparece) e noumeno (a coisa em si aquilo que não 
sabemos)
Sabemos do que se mostra, mas não a coisa em si
Diferença pensar e conhecer
O metafisico pode ser pensado, mas não conhecido
Posição agnóstica: a razão não é capaz de afirmar ou negar o conhecimento sobre 
essas questões
Hegel- heraclitiana- critica Kant
A razão não é abstrata, é histórica
O ser não é estático, é dialético
Não há noumeno, a coisa em si se revela no próprio movimento da história
O ser como vir a ser, processo(dialético)
O real é entendido como um processo histórico dinâmico e contraditório
Dialética: arte da discussão 
Tese (afirmação) Antítese (negação) e síntese (superação)
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A história caminha para uma direção, a realidade é constituída pela marcha do 
pensamento, O mundo material é a encarnação do mundo espiritual (consciência)
– dialética idealista
Marx e Engels - Materialismo histórico dialético -– olhar para a condição material
Observaram que o avanço técnico aumentou o poder humano sobre a natureza e 
trouxe riqueza e progresso, mas também trouxe a exploração crescente da classe
operária
pensamento e a história se movem dialeticamente, MAS o mundo material que 
determina as ideias
O que você tem que te determina. Quem possui os meios de produção dita as 
ideias
O homem para sobreviver se relaciona com outro e natureza, com fundamento 
na realidade concreta, assim o material vem primeiro que a consciência
“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem, não a 
fazem sob circunstâncias de sua escolha, e sim sob aquelas com que se 
defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.”
Luta de classes 
Importância da revolução para alcançar uma mudança 
Comte - Positivismo – fundador da sociologia
Teológico – explicação sobrenatural. Infância 
Metafísico – explicações abstratas e noções absolutas. Juventude 
 Positivo – explicação cientí昀椀ca. Maturidade
O positivo é o certo verdadeiro real para estudar a sociedade (mesmo método 
das ciências naturais nas ciências humanas)
A sociedade é um organismo regido por leis naturais, as partes integradas 
garantem a harmonia do conjunto
“Ordem e progresso”
Marx e Comte, embora continuadores de uma discussão iniciada pela 昀椀loso昀椀a 
moderna, têm suas ideias ligadas à 昀椀loso昀椀a contemporânea.
Filoso昀椀a Contemporânea – metade do sec. 19
Diversidade de enfoques
Duas grandes revoluções burguesas (francesa e industrial)
Capitalismo industrial
Êxodo rural 
Nietzche
Apolíneo: ordem, harmonia e razão (No Ocidente, teria triunfado, sufocando tudo 
o que é a昀椀rmativo da vida) perfeição 
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Dionisíaco: sentimento, ação e emoção (Dionisio, baco, deus do vinho)
aos valores tradicionais da cultura ocidental que, para ele, são decadentes e 
contrários à
criatividade e à espontaneidade da natureza humana;
Críticas
 ao racionalismo: o mundo não tem ordem, estrutura, forma; nele tudo “dança 
aos pés do acaso”.
 às religiões: desvalorização desse mundo e recompensas no além tornam o 
homem fraco e com sentimento de culpa.
 às verdades absolutas: inclusive provenientes de divindades.
“Deus morreu e quem o matou fomos nós” (Nietzsche).
Defesas:
Niilismo (nada): doutrina que nega a existência do absoluto. Usado pelo autor 
para designar a ruína dos valores tradicionais.
A tarefa da 昀椀loso昀椀a deveria ser a de transmutar os valores decadentes e libertar 
os homens, criar um tipo de homem.
Resgate dos elementos dionisíacos (alegria, inspiração, caos, exaltação à vida).
Não se espere nada do além, se ame a existência como ela é.
Resgate suas forças vitais para enfrentar e viver a vida.
Freud – o inconsciente nos movimenta – a ponta do iceberg
A vida civilizada reprime os instintos e os desejos (se faz necessário para 
harmonia social) gerando frustrações 
As feridas narcísicas:
1. Copérnico retirou a Terra do centro do universo.
2. Darwin tirou o ser humano do centro do reino animal.
3. O inconsciente tirou o homem do centro de si mesmo.
4. A ideologia tirou o indivíduo do centro da história (Marx)
o processo de “condensação”, de “deslocamento” e de “elaboração secundária”, 
debatendo ainda o conteúdo estrutural dos sonhos, além de explicar como estes 
representam a concretização do imaginário dos desejos humanos
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