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Visão Sócio Antropológica da Surdez

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Muito se tem dito a respeito da inclusão nos últimos tempos. E a Língua Brasileira de Sinais – Libras – tem um grande destaque na esfera política, social e cultural.
Diante dos fatos, percebemos que a sociedade entra em conflito devido a duas visões distintas que se inter-relacionam, que podem ocorrer em algumas situações do dia a dia das pessoas surdas no âmbito social: a visão clínica e a visão sócio antropológica da surdez.
Para esta produção textual individual, gostaria que você apresentasse um texto crítico e reflexivo respondendo as seguintes questões:
a) Em qual das duas visões você enquadraria a comunidade surda nos dias atuais?
b) Justifique este argumento.
Resp.:
a) Eu enquadraria a comunidade surda nos dias atuais dentro da visão sócio antropológica da surdez.
b) Está justificativa se dá pois a visão sócio antropológica é a que melhor se adequa à compreensão e à promoção dos direitos e da integração da comunidade surda. Esta perspectiva reconhece a surdez não apenas como uma condição médica a ser tratada, mas como uma identidade cultural legítima e uma forma válida de existência humana.
Um dos principais fundamentos que sustentam essa abordagem é o reconhecimento da surdez como uma parte intrínseca da identidade das pessoas surdas. Essa identidade é construída em torno da língua de sinais, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras), e das experiências compartilhadas dentro de uma comunidade cultural única. Ao adotar essa visão, reconhecemos que a surdez não é uma deficiência a ser corrigida, mas sim uma diferença que enriquece a diversidade humana.
Além disso, a visão sócio antropológica enfatiza a importância da inclusão e do empoderamento das pessoas surdas na sociedade. Isso implica não apenas garantir acesso a serviços e oportunidades, mas também promover uma mudança de atitude e conscientização dentro da sociedade em geral. A educação bilíngue, que inclui o ensino da língua de sinais e o reconhecimento da cultura surda, desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo que os surdos participem plenamente da vida social, educacional e profissional.
Além disso, ao adotar a visão sócio antropológica, desafiamos os estigmas e preconceitos que historicamente cercaram a surdez. Isso envolve não apenas a eliminação de barreiras arquitetônicas e de comunicação, mas também a promoção de uma maior compreensão e aceitação da diversidade humana.
Em suma, ao enquadrar a comunidade surda dentro da visão sócio antropológica da surdez, reconhecemos sua identidade cultural, promovemos a inclusão e o empoderamento, e trabalhamos para superar os preconceitos e as barreiras que ainda existem na sociedade. Essa abordagem não apenas respeita os direitos das pessoas surdas, mas também enriquece a sociedade como um todo, ao celebrar a diversidade e a riqueza das experiências humanas.
Identidade Cultural: A visão sócio antropológica reconhece a surdez como uma parte integral da identidade das pessoas surdas. Elas compartilham uma língua (Libras) e uma cultura visual única que inclui normas sociais, valores, tradições e expressões artísticas. Portanto, a comunidade surda é vista como uma minoria cultural com seus próprios direitos e necessidades.
Língua e Comunicação: Enquanto a visão clínica muitas vezes prioriza a oralização e a audição como formas de comunicação "normais", a visão sócio antropológica valoriza e promove o uso e o reconhecimento da Libras como língua principal e primordial das pessoas surdas. Isso implica uma mudança na abordagem educacional e social, reconhecendo a importância vital da Libras na educação e na integração social das pessoas surdas.
Empoderamento e Participação Social: Ao adotar a visão sócio antropológica, a sociedade reconhece a necessidade de empoderar as pessoas surdas, proporcionando-lhes oportunidades iguais de participação em todos os aspectos da vida social, política e cultural. Isso inclui acesso a serviços de saúde, educação, emprego, entretenimento e comunicação.
Desconstrução de Estigmas e Barreiras: A visão sócio antropológica desafia os estigmas e as barreiras sociais que historicamente marginalizaram as pessoas surdas. Isso envolve a promoção de uma maior conscientização e compreensão da surdez como uma diferença natural e não como uma deficiência a ser superada.
Portanto, ao enquadrar a comunidade surda dentro da visão sócio antropológica da surdez, reconhecemos sua identidade cultural, promovemos o uso da Libras, capacitamos os surdos a participarem plenamente da sociedade e trabalhamos para eliminar os preconceitos e as barreiras que enfrentam.

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