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INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Curso: Administração Pública Aluna: Fernanda Braga Santos Matrícula: 17113110058 Polo: Nova Iguaçu Data: 04 / 03/ 2024 4° período Contabilidade Pública - AD1 A legislação pertinente ao Orçamento Público e suas alterações, apontando os avanços no planejamento após a CF/88. Orçamento é conhecido como uma peça que contém a aprovação prévia da receita para um período determinado. 1 O Orçamento público fundamenta-se na CF/88 – arts. 163 a 169, a Lei 4320/64 – Lei Orçamentária e a Lei de Responsabilidade Fiscal _ LC 101/2000. A CF/88 confere ao orçamento a natureza jurídica de Lei, estando estabelecido o Sistema Orçamentário nos art.165 a 169. Na Constituição de 1988 foram criados instrumentos legais atribuídos a um melhor planejamento das ações governamentais em relação a Administração Pública, todos são de iniciativa do Poder Executivo. Lei do Plano Plurianual- PPA Lei das Diretrizes Orçamentarias – LDO Lei Orçamentaria Anual – LOA Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da República: XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; Lei do Plano Plurianual Tem duração de médio prazo de 4 anos onde são definidas as prioridades entrando em vigor no segundo ano do mandato atual ate o primeiro ano do mandato seguinte quando um novo PPA é elaborado pelo governo. A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 2 Além do PPA Federal há também os PPA’s dos Estados e Municípios onde cada um deles tem suas próprias Leis Orçamentarias e responsabilidades. 1 Kiyoshi Harada 2 Art. 165, § 1º da CF INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Lei de Diretrizes Orçamentárias Estabelece as metas e prioridades da Administração Pública para o exercício financeiro, tendo como objetivos orientar a elaboração da lei orçamentaria anual e sua execução, deverá dispor sobre as alterações na legislação tributaria e estabelecer a política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento. Portanto, é a LDO que define quais as prioridades que deverão estar no PPA e orienta a elaboração, organização e execução. Art. 165, § 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Lei Orçamentária Anual A LOA é um instrumento que define as prioridades e as metas contidas no PPA e LDO que deverão ser atingidas, estima as receitas e fixa as despesas para um ano. Art. 165, §8° da CRFB/1988: § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Não poderá ser realizada nenhum tipo de despesa se a mesma não estiver fixada ao orçamento já estabelecido. Se a votação da LOA não ocorrer até o final de ano, a liberação de recursos do orçamento seguira as regras temporárias definidas na LDO. A LOA obedece aos artigos 165, 166, 167, e 168 da Constituição Federal, aos artigos 5,12,32,48 e 62 da Lei de Responsabilidade Fiscal 101/00, aos artigos 2,3,4,5,6,7,15,22,33, e 34 da Lei 4320/6. 3 As Leis orçamentarias contam com os princípios da Universalidade e da Exclusividade. No princípio da Universalidade, todas as receitas e despesas constarão na Lei Orçamentária, impedindo que o Executivo realize qualquer operação financeira sem a autorização orçamentaria. No princípio da Exclusividade, a Lei Orçamentaria não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Exceção nos casos de autorização para a abertura de créditos suplementares e contratações de operações de créditos ainda por antecipação da receita. Lei Orçamentária Anual art. 5 da LRF, trouxe exigências tais como: 3 Cristiano Nascimento Campos /APU - Polo Itaocara 2017 INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro • Demonstrativo da compatibilidade da programação com as metas da LDO previstas no respectivo Anexo de Metas Fiscais. • Os programas do PPA têm metas e indicadores quantificados. • A LDO explicita metas e prioridades para cada ano. • A LOA prevê recursos para sua execução. 4 Os fatos geradores para o reconhecimento das Receitas e Despesas Orçamentárias e os fatos geradores para as Variações Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas Receita pública consiste em todos os ingressos disponíveis para cobertura das despesas públicas, em qualquer esfera governamental. Podem ser geradas a partir de verbas vindas da venda de bens, empréstimos, ou através de impostos e cargas tributárias. • O fato gerador da receita, o estágio de lançamento: o Imposto de Renda. • O fato gerador da obrigação tributária principal, conforme o art. 114 do Código Tributário Nacional - CTN, é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Despesa pública são os gastos que o governo realiza para manter os serviços essenciais ao atendimento das necessidades da população. • O fato gerador, o recebimento dos serviços e consumo dos bens ou materiais. As variações patrimoniais podem ou não afetar o Patrimônio Líquido da entidade e a depender do fato são denominadas de variações patrimoniais quantitativas ou qualitativas. Essas variações patrimoniais devem ser reconhecidas e registradas no momento do fato gerador, seja este resultante ou independente da execução orçamentária. 5 As variações patrimoniais quantitativas (VPA), afetam uma conta do ativo em contrapartida de uma conta de receita sob a ótica patrimonial (variação patrimonial aumentativa). Pode também ocorrem em uma conta do passivo em contrapartida de uma despesa (variação patrimonial diminutiva). É claro que existem as conta retificadores que fogem a essa regra. No entanto, todas essas variações afetam a situação líquida do 4 Orçamento Público-pdf UFF- Ciências Contábeis – Contabilidade Pública 5 (WESMEY, 2017) http://contabilidadepublica.com/o-que-sao-variacoes-patrimoniais/ INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - ICHS PROGRAMA NACIONAL DEFORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro patrimônio. 6 Exemplos de reconhecimento de fatos geradores na variação patrimonial aumentativa (VPA). • Antes da arrecadação da receita orçamentária: fato gerador do IPVA, IPTU, multas de trânsito, etc. também é um exemplo de VPA que independe da execução Orçamentária. • Após a arrecadação da receita orçamentária: recebimento antecipado de valores provenientes de vendas de serviços. • Durante a arrecadação da receita orçamentária: o recebimento de valores provenientes de convênios firmados. 7 Exemplo de reconhecimento dos fatos geradores de variações patrimoniais diminutivas (VPD). • Antes da liquidação da despesa orçamentária: 1/12 das férias a cada mês trabalhado. Nesse caso a VPD deve ser reconhecida mensalmente, mas o empenho, liquidação e pagamento. Este é também um exemplo de VPD que independe da execução Orçamentária. • Após o momento da liquidação da despesa orçamentária: suprimento de fundos. Neste caso, a despesa orçamentária é empenhada, liquidada e paga no ato da concessão, mas a VPD só ocorre após a prestação de contas do suprimento de fundos. • No momento da liquidação da despesa orçamentária: No entanto, caso a despesa com pessoal não seja empenhada, o que afronta a Lei nº 4.320/64, a VPD e o respectivo passivo deveram ser reconhecidos conforme o fato gerador da folha de pagamento. 6 https://contabilidadepublica.com/variacoes-patrimoniais/ 7 https://contabilidadepublica.com/variacoes-patrimoniais/