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Tecnologia na Cadeia de Suprimentos

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CADEIA DE SUPRIMENTOS 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Sérgio Luiz Pirani 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Ao longo dessa caminhada, você pôde perceber que a tecnologia e a 
cadeia de suprimentos formam um casal perfeito, não? Aqui, iremos dar uma 
continuidade em relação aos usos das tecnologias na cadeia em relação aos 
processos operacionais e de gestão de negócios numa rede de suprimentos. 
Não poderia ficar de fora um dos setores mais importantes da cadeia de 
suprimentos, que é a rede de suprimentos do agronegócio, setor no qual o Brasil 
desponta como referência mundial em produção, desenvolvimento de 
tecnologias e produção e é uma das cadeias mais complexas, pois aquilo que 
parece ser a origem dos produtos, como a produção de uma fazenda, por 
exemplo, há muita coisa envolvida na cadeia para traz e para frente que irá te 
surpreender. 
Mas como gerir tal complexidade, senão apoiada em novas tecnologias? 
Assim, iremos abordar sobre Business Process Management – BPM, que é um 
sistema que auxilia fortemente na gestão de processos organizacionais, assim 
as operacionalizações das técnicas e a gestão de processos dentro de uma 
cadeia de suprimentos ganha corpo, sustentabilidade e precisão, pois, com o 
BPM, é possível criar uma disposição de processos de forma alinhada e que 
permita que as estratégias de negócios da empresa se aprume às áreas 
funcionais da cadeia de suprimento num todo, a montante e a jusante. 
A seleção de fornecedores que foi abordado no mapeamento da cadeia, 
pois é ali que se dá a primeira importância para que haja nesse processo uma 
seleção perfeita as necessidades da organização, será aqui abordado de forma 
mais detalhada, assim como uma integração maior dada com a utilização da 
Inteligência Artificial em vários processos na rede de suprimentos. Um assunto 
que está em pauta e não poderia de ser abordado é em relação às embalagens 
na cadeia de suprimentos, pois, além da sua utilidade na logística, há o descarte 
após o cumprimento de sua função, assim há consequências que devem ser 
abordadas, pois estão sendo cobradas mundialmente. 
Vamos ver também sobre a importante tarefa das informações e o 
compartilhamento de conhecimento e tecnologias na rede onde as empresas 
trabalham com um único objetivo, que o de atender o melhor possível o cliente 
no final da cadeia, ou seja, estamos cheios de assuntos interessantes e 
importantes para a cadeia de suprimentos. Vamos lá então. 
 
 
3 
TEMA 1 – CADEIA DE SUPRIMENTOS E TECNOLOGIA APLICADAS A 
CONTROLE DE PROCESSOS 
Vimos que na integração dos processos de negócios da cadeia de 
suprimentos existe forte tendência de trabalho colaborativo entre os participantes 
próximos na rede a montante e a jusante, que se voltam para melhores práticas 
em desenvolvimento conjunto de produtos e processos, sistemas informatizados 
comuns para compartilhar informações mais rápido e mais precisas. Coordenar 
uma rede de suprimentos integrada requer um fluxo contínuo de informações 
sem ruídos, ou seja, sem distorções nas informações, daí a necessidades de 
objetividade e precisão no fluxo de informações. 
A formalização dos processos de relacionamento na cadeia torna-se 
essencial, pois trata-se de um processo de negócios, assim contratos que 
definam as responsabilidades, direitos e deveres firma também uma relação de 
confiança entre as partes. 
Os relacionamentos nessa esfera de negócios podem envolver a gestão 
de relacionamento com os fornecedores, clientes e seu atendimento, gestão da 
demanda, desenvolvimento de novos processos e produtos, assim, a gestão da 
comercialização e logicamente a gestão desses relacionamentos embasados em 
“complience”, que é o código de conduta das partes, bem definido entre os 
participantes e em comum acordo. 
Sabemos que, de um modo geral, principalmente após o advento da 
Internet, que o ambiente de negócios ficou muito diferente que de épocas 
passadas, pois as estruturas empresariais em relação a produção, comunicação, 
comércio e distribuição, por exemplo, são totalmente diferentes na atualidade. 
Assim as empresas se adaptaram realizando reformas em suas estruturas, como 
nos processos de relacionamentos, colaboração e comunicação visando um 
relacionamento para um longo prazo. 
Neste contexto, a administração da demanda e ofertas, administração de 
materiais, programação, planejamento e controle da produção – PPCP, gestão 
de estoques, distribuição, transportes, entregas e atendimento aos clientes, hoje 
é de responsabilidade da cadeia de suprimentos, sustentando assim a posição 
estratégica desse setor no âmbito de negócios estratégicos de uma organização. 
 
 
 
4 
1.1 Gerenciamento de Processos de Negócios – Business Process 
Management (BPM) 
O gerenciamento e controle de processos é uma etapa do Business 
Process Management (BPM), o qual consiste em analisar e monitorar processos 
para identificar problemas e possibilidades de melhoria. Ao acompanhar o 
posicionamento de cada processo, o desempenho do negócio pode e deve 
melhorar. Para que seja possível a integração alinhada entre as estratégias da 
organização e os processos inerentes à cadeia de suprimentos, a 
operacionalização das técnicas e dos conceitos do BPM deve ser colocada em 
prática pela administração num todo na organização e tornando essa prática uma 
cultura. 
Para podermos compreender melhor o BPM, vamos ver algumas 
variações em relação as suas nomenclaturas e aplicações no Quadro 1: 
Quadro 1 – Variações das nomenclaturas do BPM em relação à aplicação 
BPM E VARIAÇÕES 
Business process management Gestão de processos de negócios 
Business process modeling Modelagem de processos de negócios 
Business process design Projeto de processos de negócios 
Business process engineering Engenharia de processos de negócios 
Workflow managment Gerenciamento de fluxo de trabalho 
Business process analysis Análise de processos de negócios 
Business process inteligence Inteligência de processos de negócios 
Continuous process improment Melhoria contínua do processo 
Business process reengineering Reengenharia do processo de negócios 
Business process outsourcing Terceirização de processos de negócios 
Fonte: Baseado em Milnitiz, et al., 2016, p. 421. 
Podemos perceber que já tratamos de alguns processos voltado para a 
cadeia de suprimentos, como os processos logísticos de terceirização que foram 
os 5PL, que receberia a nomenclatura de Business Process Outsourcing – BPO, 
ou Terceirização de Processos de Negócios. 
Veja que nessa aplicação, por exemplo, o controle dos processos e suas 
padronizações é que permitirão avaliar o andamento das atividades, e com as 
informações advindas dos KPI’s empregados, os gestores poderão montar um 
 
 
5 
plano de ação para melhorar os resultados, diminuir despesas e custos 
operacionais, evitar ou ainda corrigir falhas em processos na cadeia de 
suprimentos a fim de se ter um resultado de desempenho que satisfaça as 
expectativas da empresa. 
Desse modo, as ações tomadas pela gestão da cadeia de suprimentos 
em relação ao controle e o desempenho em cada elo permitirá que as respostas 
às oportunidades e oscilações de mercado sejam mais rápidas e eficientes, 
buscando, assim, os propósitos estratégicos da empresa. O BPM não se volta 
somente ao controle dos processos numa organização a fim de evitar que erros 
se repitam, pois volta-se também a padronização e registros dos melhores 
processos dentro da organização. 
Para iniciar com um programa de BPM, o primeiro passo é decidir por 
meio de observações, análise e relatórios comprobatórios quais processos 
dentro da cadeia de suprimentos merecem atenção e controle. Fazendo isso, 
deve-se então fazer o mapeamento dos processos, ou seja, deverá ser feita a 
projeção do fluxo de trabalho das pessoas envolvidas nas tarefas e as 
informações correlacionadas as atividades, definindo assim o queé. Nesse 
estágio, deve ser descrito o estado atual dos processos, indicando os pontos 
fortes e fracos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Figura 1 – Mapeamento de processo BPM 
 
 
Créditos: techno Vectors/Shutterstock. 
Uma vez definido o que é, deve-se dar sequência ao fluxo, indicando 
como ficarão os processos após a mudança, assim, nessa fase deve ser 
realizado o novo desenho dos processos e reavaliar as tarefas e ver se está 
conforme a expectativa da gerência da organização e setor. 
Uma vez definido o novo processo, deve-se então focar na modelagem 
técnica, ou seja, qual a melhor tecnologia a ser utilizada para otimizar o 
gerenciamento ou a automação do processo. Essa sequência dos processos é 
denominada notação BPM, que é uma representação gráfica. Como ilustrado na 
Figura 1, essa representação deve ter uma linguagem clara e de fácil 
interpretação tanto para os sistemas de controle de processos, como um 
software BPM, assim como pelos colaboradores que estão na linha de frente dos 
processos. 
O resultado de um mapeamento será documentado e registrado pelo setor 
responsável pelos mapeamentos na empresa, e a partir dessa referência 
oficializada será montada a base das padronizações dos processos mapeados. 
Uma vez automatizados os processos de BPM, todos os processos podem ser 
 
 
7 
buscados em uma única plataforma que deverá ficar acessível a todos os 
envolvidos. 
TEMA 2 – A CADEIA DE ABASTECIMENTO DO AGRONEGÓCIO E SUA 
IMPORTÂNCIA NA ECONOMIA 
Não é novidade na mídia as notícias sobre as mudanças rápidas e 
dinâmicas no meio ambiente, tecnologias, comportamento do consumidor, 
formulação de políticas e clima estão colocando uma pressão extra na cadeia de 
suprimentos de alimentos, especialmente em termos de gestão eficiente da 
segurança alimentar, excedente de alimentos, perda e desperdício de alimentos. 
Essas mudanças afetam diretamente a cadeia de abastecimento de alimentos 
de forma negativa. Assim, a transição para uma abordagem mais circular para o 
crescimento de negócios verdes nas cadeias de fornecimento de alimentos é 
uma necessidade. 
A preocupação mundial nunca foi tão grande dentro deste contexto, tanto 
que já falamos sobres os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS, e 
aqui, a abordagem e a cadeia de suprimentos vêm ao encontro direto de alguns 
objetivos como o ODS 2 – Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar 
e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; Objetivo 9. Construir 
infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e 
fomentar a inovação; Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo 
sustentáveis; Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança 
climática e seus impactos; Objetivos 15. Proteger, recuperar e promover o uso 
sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, 
combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda 
de biodiversidade (ONU, 2022). 
Assim, a produção do agronegócio procura constantemente formas de 
reduzir essa negatividade por meio do compartilhamento de informações ao 
longo da cadeia. Nesse contexto, o compartilhamento de informações e 
conhecimento entre a cadeia de abastecimento de alimentos pode facilitar 
práticas de circularidade e perspectivas verdes, e isso só se torna possível com 
a integração por meios tecnológicos em todos os âmbitos, de comunicação, de 
novos meios de produção, máquinas, equipamentos e pessoal e empresas 
engajadas nesse processo. 
 
 
8 
2.1 Do campo ao lixo – um desafio para a cadeia de suprimentos: o 
desperdício 
A gestão da integração da cadeia de suprimentos se concentra neste 
assunto, o desperdício, para entender e revelar os desafios, barreiras e 
benefícios das redes de compartilhamento de conhecimento em todas as 
camadas da cadeia de suprimentos de alimentos. 
Os meios a serem vencidos em toda a cadeia, que não se resume 
somente à cadeia brasileira, mas sim mundial, e está voltada numa integração 
para contribuições tangíveis que melhore a rastreabilidade em perspectivas de 
circularidade como recusar, repensar, reduzir, reutilizar, reparar, reformar, 
remanufaturar, reaproveitar, reciclar e recuperar, que são as palavras de ordem 
na cadeia de suprimentos circular – as figuras a seguir ilustram isso.Figura 2 – 
Lavoura com produção de soja 
 
Fonte: Sérgio Luiz Pirani, 2022. 
 
 
 
 
 
9 
Figura 3 – Desperdício de alimentos no final da cadeia 
 
Créditos: ArieStudio/Shuttertock. 
A gestão da cadeia deve preocupar-se com um crescimento de negócios 
sustentáveis, logo, a prática de compartilhamento de conhecimento entre os 
participantes da cadeia da indústria alimentícia como restaurantes, indústrias de 
processamento de alimentos vegetais, frigoríficos (caprino, bovino, aves, 
peixes), indústrias de fertilizantes, defensivos agrícolas, embalagens etc. devem 
trabalhar de forma integrada e consciente da tarefa de cada um a fim de atingir 
um único objetivo, que é de trabalhar com uma cadeia de suprimentos 
sustentável com vistas a erradicar os desperdícios nos elos da cadeia, 
principalmente no final da cadeia. 
Os restaurantes, por exemplo, podem trabalhar em parcerias com 
empresas filantrópicas que fazem chegar alimentos em creches, moradores de 
ruas, orfanatos etc., destinando assim comida de qualidade a um destino correto, 
e não o lixo. As sobras de alimentos, no que se refere à preparação, pode ser 
destinada à alimentação animal; com relação aos óleos de frituras, já existem 
empresas especializadas para os recolhimentos, enfim, é só questão de 
integração da cadeia com empresas que cumprem parte da cadeia, mas que 
devem ser acrescentadas ao processo do restaurante. 
Outro item preocupante na cadeia de suprimentos é a embalagem e a 
destinação dessas quando cumprem a sua função. Vamos ver isso a seguir. 
 
 
10 
2.1.1 As embalagens na cadeia de suprimentos 
Quando falamos em embalagem, essa na logística é um item essencial 
para a proteção das mercadorias, estabilização das cargas paletizadas para dar 
segurança na movimentação e armazenagem, por exemplo. Porém, aqui está 
somente a ponta do iceberg. Vamos ver mais sobre o assunto num âmbito mais 
generalizado para compreendermos melhor o processo dentro da cadeia de 
suprimentos. 
Figura 4 – Imagens das consequências geradas pela polução de embalagens 
plásticas 
 
Créditos: Maxim Blinkov/Shutterstock; Kev Gregory/Shutterstock. 
As imagens geradas pelas figuras demonstram a necessidade de que a 
política sobre uma cadeia circular ultrapasse as esferas governamentais e se 
torne uma política de parceria entre as organizações que participam de uma 
cadeia de suprimentos, colocando em prática imediata os verbos e práticas de 
ordem como: recusar, repensar, reduzir, reutilizar, reparar, reformar, 
remanufaturar, reaproveitar, reciclar e recuperar. 
Essa preocupação se dá pela gravidade das consequências geradas pelo 
mal-uso e descartes das embalagens, e os consumidores estão a cada dia que 
passa ficando mais exigentes e cobrando ações das empresas em relação ao 
desenvolvimento sustentável. Assim, a cadeia de suprimentos é fator-chave 
nesse processo, pois as embalagens estão em todos os processos logísticos da 
cadeia de suprimentos. 
Foi citado anteriormente que uma grande varejista, utilizando os conceitos 
de milk run, coleta suas embalagens para uma central que as destina a 
reciclagem colocando em prática os conceitos da cadeia circular, e são atitudes 
 
 
11 
assim que os consumidores esperam das empresas de um modo geral. Esse é 
o conceito da economia circular colocado em prática na cadeia de suprimentos, 
uma vez que esse conceito sustenta que a economia circular é um sistema 
econômico que visa eliminar o desperdício e o uso contínuo de recursos. 
Os sistemas circulares empregam como prática os verbos:recusar, 
repensar, reduzir, reutilizar, reparar, reformar, remanufaturar, reaproveitar, 
reciclar e recuperar, assim consegue criar a um ciclo que minimize a entrada de 
recursos a fim de reduzir o desperdício e poluição. 
Saiba mais 
A coleta de lixo por dutovia é um grande exemplo de uma cadeia circular, 
assista ao vídeo para compreender melhor esse processo. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=-JTjNyWD8lg>. Acesso em: 28 out. 2022. 
TEMA 3 – TROCA DE CONHECIMENTO, INFORMAÇÕES E TECNOLOGIA NA 
CADEIA DE SUPRIMENTOS 
O assunto anterior nos faz refletir com maior seriedade em relação aos 
produtos que consumimos, não é mesmo? E é neste cenário que a troca de 
conhecimento, informações e tecnologia na rede se torna extremamente 
importante, pois para a cadeia de suprimentos melhorar seu desempenho e 
responder às pressões do mercado, como competitividade internacional, 
terceirização e clientes mais exigentes e bem-informados, as empresas estão 
preocupadas em desenvolver relacionamentos mais próximos com seus 
fornecedores e clientes. Nessa nova configuração na cadeia de suprimentos há 
forte relação interorganizacionais e que resultaram em redes fortemente 
integradas, em que há uma necessidade muito grande nas trocas de 
conhecimentos, informações e tecnologias. 
3.1 Visão estrutural de uma rede de trocas de conhecimento, informações 
e tecnologias numa cadeia de suprimentos 
Ora, se analisarmos de forma sincopada a cadeia de suprimentos, essa 
se sustenta em três funções principais, como a cadeia de suprimentos de uma 
indústria, o processo de transformação e a distribuição dos produtos acabados. 
 
 
12 
Dessas três funções, são desdobrados os inúmeros processos dentro da rede 
de suprimentos, como podemos ver na Figura 5. 
Figura 5 – Troca de conhecimento, informações e tecnologia na rede de 
suprimentos 
 
Vamos ver como acontecem algumas trocas de informações, 
conhecimentos e tecnologias numa rede da cadeia de suprimentos na produção 
de alimentos em estufa, falo algumas pois ficaram muitas coisas de fora no 
Quadro 2, que ilustra essa situação: 
 
 
 
13 
Quadro 2 – Algumas trocas de conhecimento, informações e tecnologias em uma 
rede de suprimentos 
Empresas 
0. Focal Passa as informações do que está produzindo 
1. Tecnologias de 
processamento 
Com as informações da empresa focal, junto com a P&D 
desenvolvem novos processos de produção 
2. Pesquisa e 
desenvolvimento 
(P&D) 
Com as informações da empresa focal desenvolve novas 
tecnologias de plantio e sementes resistentes a pragas, está 
embutido nesse processo a transferência de conhecimento entre 
as partes 
3. Transformação A indústria junto com P&D e tecnologias de processamento 
pesquisam e desenvolvem aproveitamentos diversos pelo que é 
produzido pela empresa focal. 
4. Hipermercados – 
grandes 
atacadistas 
Adquirem em grandes quantidades e informa onde precisa de 
mais ou menos produtos, indicam os modos de embalar para 
chamar mais a atenção do consumidor etc. 
5. Distribuidoras Setor de marketing se encarrega de analisar as características 
dos clientes se são varejistas, atacadistas etc. e passam as 
informações para o setor de logística de transporte para esse 
escolher o melhor meio de transporte, hora de entregas, 
quantidade etc. 
6. Consumidor final Passa informações sobre suas preferências por meio de 
pesquisas para ser atendido plenamente em relação as suas 
exigências. As empresas trocam essas informações e podem 
aprimorar os processos de produção, transformação, P&D e os 
distribuidores e hipermercados oferecem o produto de forma 
diferenciada. 
Fonte: Sérgio Luiz Pirani, 2022. 
Assim, dentro dessa mesma conjuntura, os desdobramentos dos 
processos no nível operacional da rede, por exemplo, há três tipos de fluxos, o 
de informações, os fluxos de materiais, como demonstrado no Quadro 2, e os 
fluxos financeiros. 
Para que a gestão desses fluxos seja eficaz e confiável, devem existir 
padrões operacionais que possam garantir uma homogeneidade nas transações, 
lembra-se do BPM? Então, esse é aplicado aqui e em outros processos que 
estamos vendo. 
Em relação ao gerenciamento dos fluxos de materiais, as informações e 
conhecimentos focam na redução de estoques devido ao alto custo inerente a 
esse item. A gestão do fluxo parte das informações advindas dos hipermercados 
e distribuidoras e que são passadas para a empresa focal, essa então 
providencia as quantias necessárias as empresas solicitantes, assim o fluxo de 
informações está fortemente relacionado aos fornecedores e vendedores. 
 
 
 
14 
Figura 6 – Demonstrativo parcial do fluxo de informações numa rede de 
suprimentos 
 
Fonte: Sérgio Luiz Pirani, 2022. 
O que alicerça a gestão do fluxo de materiais, financeiro, manufatura, 
pesquisa e desenvolvimento, por exemplo, é o fluxo de informações na rede de 
suprimentos, e essa é muito complexa, pois em cada elo existe uma vasta gama 
de informações que devem ser processadas e traduzidas para cada setor de 
forma imediata para que as devidas tomadas de decisões, vistas na Figura 6, 
sejam tomadas. 
Podemos ver, na Figura 6, que em cada elo do fluxo de informações, ainda 
há o desdobramento de mais informações. Assim, o gerenciamento desse fluxo, 
se não for realizado por meio de um sistema de gerenciamento de informação 
integrado, poderá causar sérios problemas em relação ao tempo de resposta e 
de como essas informações chegam em seu destino. Qualquer distorção nas 
informações pode ser resolvida se as empresas que forem membros da rede 
estenderem seus processos, seja de transformação, gestão de estoques, 
logística e informações entre os parceiros da rede, formando processos 
integrados de comunicação na cadeia. 
Vamos ver um exemplo desse cenário: uma empresa recebe as 
informações sobre as previsões de demanda de um de seus fornecedores da 
cadeia, a empresa, para perceber o impacto que isso poderá causar em sua 
produção, deve se alicerçar nas informações que podem vir do mapeamento da 
 
 
15 
cadeia de suprimentos, reforçando aqui a sua importância, pois as informações 
deverão set contextualizadas com informações complementares, como, por 
exemplo, qual o nosso nível de estoque, isso dá para quanto tempo? Qual a 
nossa capacidade operacional? E isso deve fazer parte de uma estrutura que 
possa traduzir as informações que levem à discussão e tomadas de decisões 
entre os parceiros de forma que os impactos, se negativos, não aconteçam ou 
que sejam o mínimo possível. 
Veja que, até o momento, vimos que o compartilhamento de informações, 
conhecimento e tecnologia na rede de suprimentos têm como objetivo permitir 
que os parceiros da rede, com a empresa focal, possam orquestrar uma posição 
de vantagem competitiva entre os concorrentes. 
Dessa forma, o compartilhamento das informações deve ser considerado 
como fator crítico para o sucesso das operações na cadeia, pois o 
compartilhamento de informações e conhecimento na cadeia de forma integrada 
permite que os conhecimentos das partes possam identificar novas 
oportunidades de negócios no mercado existente ou em outros mercados, 
desenvolvendo assim uma vantagem competitiva em relação aos seus 
concorrentes. 
TEMA 4 – TECNOLOGIA APLICADAS NOS PROCESSOS DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS 
Com o que vimos até o momento, podemos inferir que a cadeia de 
suprimentos é uma rede de empresas autônomas ou não, envolvidas em várias 
atividades de negócios que produzem e entregam, por meio de ligações a 
jusante e a montante da cadeia, bens e/ou serviços aos clientes. Ou seja, a 
otimização dos processos em cada elo da cadeia tem o objetivo de entregar 
maior valor aos seus clientes, na forma de um produto ou serviço, ou ainda a 
combinação de ambos. 
Podemos perceber, com isso, que a cadeia de suprimentos busca em 
todos os processos a maior agilidade possível com os menores custos 
operacionais, mas vimos tambéma complexidade que abrange todos os 
processos de uma cadeia de suprimentos e para vencer muitos dos obstáculos, 
sendo o tempo o principal, a cadeia de suprimentos se alicerça no apoio da 
tecnologia para que tudo saia conforme o planejado. Então vamos ver algumas 
 
 
16 
tecnologias que são empregadas em alguns processos da cadeia para que seja 
mais ágil a seguir. 
4.1 Inteligência artificial 
Segundo a Totus (2022), a Inteligência Artificial – IA é: “Uma solução que 
envolve um agrupamento de várias tecnologias, como redes neurais artificiais, 
algoritmos, sistemas de aprendizado, entre outros que conseguem simular 
capacidades humanas ligadas à inteligência”. 
Por exemplo, o raciocínio, a percepção de ambiente e a habilidade de 
análise para a tomada de decisão. Podemos dizer que o conceito de IA está 
relacionado à capacidade de soluções tecnológicas realizarem atividades de um 
modo considerado inteligente. IAs também podem “aprender por si mesmas” 
graças a sistemas de aprendizado que analisam grandes volumes de dados, 
possibilitando a elas ampliarem seus conhecimentos. 
Após a leitura do conceito dado por essa empresa respeitada em 
tecnologia aplicada à cadeia de suprimentos, podemos já imaginar como o fluxo 
de informações se torna importante nos processos de atendimento ao cliente 
integrados aos sistemas operacionais em cada elo da cadeia. Com a crescente 
procura do comércio eletrônico como meio de aquisições de produtos pelos 
clientes, cresce também a logística sob demanda, pois existem muitas empresas 
pequenas nesse universo, assim essas pequenas empresas contratam apenas 
o serviço de que necessitam, como a coleta, transporte e entrega. 
A logística sob demanda (On demand) está sendo muito procurada, pois 
há a expectativa em torno da eficiência das empresas especializadas, em 
relação a entregas com precisão, rápidas e precisas, e é nesse aspecto que 
entra fortemente a tecnologia nos processos nos elos da cadeia para garantir a 
responsividade prometida pelos serviços prestados. 
As empresas que atuam no nicho de e-marketplace são as maiores 
usuárias da logística sob demanda. O e-marketplace é a plataforma de vendas, 
geralmente de uma grande empresa, que concentra inúmeros fornecedores e 
essa contrata os serviços da logística sob demanda. Assim, o e-marketplace é o 
endereço virtual, o espaço onde ocorrem as transações das vendas on-line. 
 
 
 
17 
Figura 7 – Figuração da inteligência artificial, aquela que aprende 
 
Créditos: Phonlamai Photo/Shutterstock. 
No caso do e-marketplace, as grandes empresas estão utilizando a IA 
para realizar entregas adiantadas, como já foi mencionado anteriormente, com 
o uso de algoritmos pela IA para detectar a possibilidade de venda, ou seja, uma 
projeção de demanda em curto prazo e com grande assertividade. 
No que tange a sistemas produtivos, a logística sob demanda permite que 
empresas nesse perfil e que tenham excedentes de produtos acabados e 
estocados utilizem da plataforma como meio de escoamento desses produtos 
por meio da comercialização dessas plataformas. Outro uso da IA nesse 
processo é a postergação de processos finais de produção, melhor explicando, 
essas empresas, por meio das informações geradas pelos algoritmos da IA, 
produzem itens e os deixam semiprontos, faltando somente a customização do 
produto conforme solicitado pelo cliente, assim que um pedido é confirmado e 
com as configurações desejadas pelo cliente, esse é montado e despachado 
pela empresa de logística sob demanda contratada. Essa empresa pode 
inclusive gerenciar alguns processos logísticos, como estoques, montagem, 
pedidos etc. como visto nos 5PL da logística. A logística sob demanda está em 
alta, justamente porque pode ser contratada somente quando for necessário um 
ou outro serviço, pois as variações de demanda podem ser grandes em relação 
 
 
18 
há alguns períodos do ano, o que torna essa nova tecnologia de processos mais 
atraente. 
É neste contexto que a combinação de tecnologias como IA, aprendizado 
de máquina e análise preditiva, que essas plataformas, em conjunto com as 
empresas que operam com logística sob demanda, podem gerenciar cadeias de 
suprimentos complexas, automatizando as operações de armazém de forma 
integrada. Otimizando os prazos de entrega, a gestão de estoques fica mais 
precisa, a comunicação com terceiros é em tempo real e cria, dessa forma, novas 
experiências para o cliente que aumenta a confiança nos serviços da empresa e 
a sua satisfação e logicamente impulsionando as vendas. 
Empresas que entram nesse perfil devem ser fornecedores que dispõem 
de alta tecnologia para acompanhar os processos em tempo real para atender 
plenamente às necessidades da logística sob demanda e das necessidades dos 
clientes, e é por isso que o processo de seleção de fornecedores é decisivo para 
o sucesso da organização. Então, vamos ver esse processo de seleção de forma 
mais detalhada? 
TEMA 5 – SELEÇÃO DE FORNECEDORES 
A identificação, avaliação e contratação de fornecedores é o processo 
realizado pelo departamento de compras para a seleção de fornecedores que 
farão parte do time de fornecedores da organização. O dispêndio de capital 
financeiro e de pessoal destinado à seleção de fornecedores requer um bom 
investimento, e isso se dá pelo fato de ser uma decisão estratégica, destinado a 
um relacionamento em longo prazo e diretamente relacionado ao sucesso de 
uma organização. 
O objetivo do processo de seleção de fornecedores está relacionado a 
reduzir o risco de compra, em ser atendido de fato, maximizar o valor geral na 
cadeia para o comprador e construir relações de proximidade, confiança focada 
numa relação de longo prazo entre compradores e fornecedores. 
 
 
 
19 
Figura 8 – Entrega de um fornecedor 
 
Créditos: Siwakorn1933/Shutterstock. 
Um resumo do processo de seleção de fornecedores, este pode ser útil 
para que a empresa tenha uma compreensão clara do que está sendo realizado 
a fim de melhorar a sua competitividade. Os resultados devem mostrar que a 
aplicação de uma técnica estruturada de tomada de decisão é vital, 
especialmente sob condições complexas que incluem multicritérios qualitativos 
e quantitativos para a seleção de fornecedores. 
A seguir, iremos abordar alguns aspetos que devem ser considerados 
para a seleção de fornecedores. Vale salientar que o processo para a seleção 
de fornecedores tem grande variações entre as empresas e da fácil 
compreensão, pois existe a questão do ramo de atividade, interesses diferentes 
das empresas. Uma, por exemplo, pode focar em qualidade, enquanto outro 
poderá focar em preço, ou seja, cada empresa irá estabelecer suas regras 
conforme suas necessidades. 
5.1 Critérios para a seleção de fornecedores 
Como já vimos, o processo de seleção e homologação de fornecedores 
de um modo geral pertence ao setor de compras da organização e é dada como 
umas das atividades críticas dentro da empresa, logo, o gerente de compras, se 
não tem uma política já desenvolvida para o processo de seleção, então deverá 
 
 
20 
desenvolver essa política. A pesquisa de mercado é o marco inicial para o 
processo de seleção em relação à reputação, ética, capacidade produtiva e de 
inovação, saúde financeira, tecnologia e relacionamento, além, claro, da 
especificação técnica a qual a empresa está inserida. 
É comum que em processos de seleção de fornecedores que a empresa 
interessada crie critérios de pontuação entre os pretendentes, para ficar mais 
fácil de se tomar uma decisão. Esse critério não deixa de ser uma lista de 
controle (check list) para analisar se o fornecedor cumpre ou não determinadas 
exigências da empresa, obedecendo a uma pontuação que pode ser de 1 a 10, 
considerando que, quanto menor o valor, menos cumpre o que é solicitado pela 
empresa, e quanto maior o valor, mais cumpre as exigências. 
A lista de controle deveconter as informações que a empresa contratante 
determinar o que é mais relevante para ela, como: 
• Características do fornecedor (histórico e reputação, por exemplo); 
• Quais os fatores de alinhamento estratégico são valorizados pela 
contratante e que o fornecedor atende; 
• Políticas comerciais claras e pormenorizadas; 
• Quaisquer restrições existentes e que a contratante deva cumprir - 
diretrizes de gestão, regulamentações governamentais, restrições 
ambientais etc.; 
• Poder de negociação do fornecedor; 
• Saúde financeira; 
• Clientela e capacidade produtiva; 
• Logística e qualidade; 
• Comunicação; e 
• Flexibilidade e capacidade de inovação. 
Nesta etapa, a empresa deve certificar-se sobre o que é mais importante 
para as suas necessidades, afinal, a empresa pontuou os itens acima como os 
mais importantes, porém há itens que serão mais importantes que outro. Como 
exemplo, a empresa pode renunciar ao custo em relação à qualidade do produto, 
ou seja, a decisão aqui está relacionada à qualidade do produto do fornecedor, 
e não o preço de venda dele. Assim, na lista de controle, a pontuação pode ser 
maior para outro fornecedor e será um item a ser discutido pela equipe 
contratante. 
 
 
21 
Figura 9 – Critérios para a seleção de fornecedores 
 
Vamos ao que se refere cada um dos fatores a serem considerados para 
a seleção dos fornecedores. 
• Histórico – se refere ao tempo de atividade da empresa no setor, além de 
informações sobre rotatividade de pessoal e a qualidade da mão de obra 
da empresa e o desenvolvimento da empresa ao longo dos anos. 
• Reputação – está relacionada a imagem da empresa perante a outras 
empresas clientes, logo, a pesquisa deve ser realizada com aqueles que 
utilizam os serviços e produtos da empresa que está sendo avaliada. 
• Saúde financeira – esse fator é muito importante, pois se a empresa 
cumpre muitos dos requisitos técnicos, por exemplo, é importante que ela, 
como fornecedora, seja sólida no mercado, pois qualquer ruptura poderia 
comprometer a produção e, por consequência, também a reputação da 
empresa. Assim, já demonstrando uma relação de transparência entre as 
partes o complience é uma boa forma de se fazer tal análise. 
• Clientela – a clientela do fornecedor pode dar informações importantes, 
como se esse está próximo da estagnação de sua produção, chegando 
ao limite, se está atrasando entregas, além de ouvir a voz dos clientes 
dessa empresa para maiores detalhes. 
• Capacidade produtiva – aqui, com o número de clientes, há a informação 
sobre se a empresa será capaz de atender à demanda atual ou não, mas 
 
 
22 
se atender e a demanda da empresa e de alguns clientes também 
aumentar, o fornecedor teria capacidade de aumentar a produção? 
• Logística – de uma forma geral, é um fator muito importante na atualidade, 
principalmente se a empresa trabalhar com produção enxuta, qual 
precisará de uma cadeia de suprimentos com entregas constantes e 
responsiva. 
• Qualidade – esse item hoje é considerado uma obrigação para qualquer 
empresa, porém não é bem isso que acontece e cabe a contratante pegar 
amostras aleatórias no mercado ou na empresa para teste em laboratório 
para averiguar a qualidade dos produtos. 
• Comunicação – uma empresa bem estruturada cuida muito bem do seu 
canal de comunicação e dispõe de tecnologia de ponta para tal fim, pois 
o meio de comunicação entre empresas não se resume a informações do 
dia a dia, mas dispor de um XERP é um bom indicador de tecnologia de 
comunicação, pois poderão fazer a integração de modo mais tranquilo. 
• Flexibilidade – é a capacidade da empresa responder ao mercado e está 
atrelada à sua capacidade de inovação. 
• Inovação – esse fator demonstra se a empresa, ao longo de seus anos de 
vida, foi uma empresa que buscou sempre estar à frente de seus 
concorrentes com produtos e tecnologias inovadoras, lançamentos de 
novos produtos bem aceitos no mercado etc. 
A lista de controle deve conter os requisitos que a empresa pretende medir 
em relação aos fornecedores pré-selecionados, como o exemplo na Tabela 1 a 
seguir: 
Tabela 1 – Critérios e pontuações para a seleção de fornecedores 
Fatores Critérios para a seleção 
 F.1 F.2 F.3 F.4 F.5 F.6 F.7 
Histórico 5 6 3 7 10 8 5 
Flexibilidade 10 3 8 8 9 9 10 
Comunicação 4 4 5 5 10 9 9 
Logística 7 10 5 7 8 10 8 
Qualidade 4 8 10 9 7 7 7 
Total 30 31 31 36 44 43 39 
Fonte: Sérgio Luiz Pirani, 2022. 
 
 
23 
Os critérios de seleção para fornecedores podem ser generalizados, mas, 
em relação a requisitos técnicos, a empresa deve adotar meios próprios para a 
quantificação. Para cada produto que tenha fornecedores específicos, deve ser 
feita a lista de controle para a qualificação em relação a cada produto a ser 
fornecido, e logicamente poderá haver fornecedor que poderá fornecer mais de 
um item. 
Podemos perceber, na Tabela 1, que os fornecedores F.5 e F.6 tiveram 
empate técnico, vamos dizer assim. No exemplo, foi colocado apenas 5 fatores, 
mas a empresa deve decidir quais os fatores são os mais relevantes para tomar 
a decisão sobre qual o fornecedor atende melhor o perfil da empresa, assim, se 
a logística for considerada como fator decisório, o fornecedor F.6 seria o 
escolhido. 
Figura 10 – Reunião entre executivos para escolha de fornecedores 
 
Créditos: Monkey Business Images/Shutterstock. 
Vimos, com isso, que a seleção de fornecedores é uma tarefa bastante 
complexa, pois além de a empresa ter que investir forte capital e mão de obra 
especializada para o processo, há muitas questões técnicas, como a de 
produção e qualidade dos produtos que devem ser consideradas e não são de 
fácil análise e uma escolha errada de fornecedor o prejuízo não fica retido 
somente ao custo de seleção, pois uma vez contratado o prejuízo pode se 
 
 
24 
estender para toda a cadeia a jusante, o que poderá comprometer seriamente a 
imagem da empresa perante aos seus clientes. 
FINALIZANDO 
Nesta etapa, foram abordados uma miscigenação de assuntos 
importantes sobre a cadeia de suprimentos, iniciando com o assunto do tópico 
1, que aborda A Cadeia de Suprimentos e Tecnologia aplicada a controle de 
Processos, e no subitem foi tratado sobre o Gerenciamento de processos de 
negócios – Business Process Mangement - BPM, que tem uma função bastante 
importante na cadeia, uma vez que cuida da descrição dos fluxos e das 
padronizações dos processos. 
No tópico 2, a cadeia de abastecimento do agronegócio e sua importância 
na economia não poderia ficar de fora tamanha a importância dessa rede de 
abastecimento para a sociedade e indústria. Nesse contexto, abordamos sobre 
o desperdício em 2.1 Do campo ao lixo – um desafio para a cadeia de 
suprimentos: o desperdício, assim, a gestão da rede sai da esfera puramente 
organizacional e vai até as redes de restaurantes, por exemplo, na tentativa de 
mitigar os desperdícios no final da cadeia. Além disso, ainda há a questão das 
embalagens, tão necessárias nos processos da cadeia, mas que deve ter uma 
destinação final correta. 
O tópico 3 – Troca de conhecimento, informações e tecnologia na cadeia 
de suprimentos – trata de uma tendência mundial que vislumbra uma integração 
entre os participantes da rede afim de cumprir um objetivo comum a todas as 
participantes, dessa forma, vimos o subitem 3.1 – Visão estrutural de uma rede 
de trocas de conhecimento – informações e tecnologias numa cadeia de 
suprimentos. 
Tratamos sobre a Inteligência Artificial – IA no tópico 4, Tecnologias 
aplicadas nos processos da cadeia de suprimentos –, que mostra como essa 
tecnologia está sendo utilizada a favor das empresas para que tenham maior 
assertividade em atender às necessidades dos clientes no intuito de superar 
suas expectativas. 
Fechamos assim no tópico 5 com a seleção de fornecedores, pois nada 
disso funcionaria corretamente se esses não forem do primeiro escalão em 
excelência,e por isso vimos alguns critérios e políticas de seleção de 
fornecedores, fechando assim o conteúdo dessa etapa. 
 
 
25 
Aproveite bem e vá além desse conteúdo. Seja curioso e pesquise mais 
sobre cada assunto. Bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
REFERÊNCIAS 
CAVALCANTI, L. Critérios de seleção de fornecedores: 10 pontos 
essenciais para avaliar – Avaliação de desempenho de fornecedores, gestão 
de riscos. Linkana, 2020. Disponível em: 
<https://www.linkana.com/blog/criterios-selecao-fornecedores/>. - Acesso em: 
27 out. 2022. 
MILNITZ, D.; DA SILVA, F. L.; MALDONADO, M. U.; FORCELLINI, F. A. O 
gerenciamento de processos de negócio (BPM) nos processos logísticos – uma 
revisão da literatura. Exacta – EP, São Paulo, v. 14, n. 3, p. 419-430, 2016. 
ONU – Organização das Nações Unidas. Os objetivos de desenvolvimento 
sustentável no Brasil. Disponível em: <https://brasil.un.org/pt-br/sdgs>. Acesso 
em: 27 out. 2022. 
	Conversa inicial
	Ao longo dessa caminhada, você pôde perceber que a tecnologia e a cadeia de suprimentos formam um casal perfeito, não? Aqui, iremos dar uma continuidade em relação aos usos das tecnologias na cadeia em relação aos processos operacionais e de gestão de...
	FINALIZANDO
	REFERÊNCIAS
	CAVALCANTI, L. Critérios de seleção de fornecedores: 10 pontos essenciais para avaliar – Avaliação de desempenho de fornecedores, gestão de riscos. Linkana, 2020. Disponível em: <https://www.linkana.com/blog/criterios-selecao-fornecedores/>. - Acesso ...

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