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Filosofia e metodologia da protecao

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Filoso�a e metodologia da proteção
Profa. Isabela Oliveira Guimarães e Prof. Felipe Laure Miranda
Descrição
Você vai conhecer os principais equipamentos de proteção do sistema,
seus princípios de funcionamento e aspectos construtivos.
Propósito
Em condições normais de operação, assume-se que não existem falhas
no sistema, porém, todos os equipamentos estão sujeitos a falhas o
tempo todo. Isso pode comprometer o funcionamento do sistema e
interromper o fornecimento de energia. Por isso, é importante entender
o que causa uma falha e como proteger e minimizar o sistema de
danos.
Objetivos
Módulo 1
Equipamentos de proteção e suas
características
21/05/2024, 09:38 Filosofia e metodologia da proteção
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/07111/index.html?brand=estacio# 1/53
Identificar os principais equipamentos de proteção e os tipos de
defeitos do sistema.
Módulo 2
Funções de proteção e grandezas de análise
Analisar as principais funções da proteção e como são classificadas.
Módulo 3
Proteção de sistemas de distribuição
Analisar os dispositivos de proteção e a manobra do sistema de
distribuição.
Introdução
Olá! Antes de iniciarmos, assista ao vídeo e entenda os principais
aspectos que serão abordados ao longo deste conteúdo sobre os
dispositivos de proteção, suas características principais e formas
de atuação.

21/05/2024, 09:38 Filosofia e metodologia da proteção
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/07111/index.html?brand=estacio# 2/53
1 - Equipamentos de proteção e suas características
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os principais equipamentos de proteção
e os tipos de defeitos do sistema.
Equipamentos de proteção
Confira neste vídeo os principais equipamentos utilizados no sistema
elétrico, com foco nos relés.
Proteção do sistema elétrico
Confira neste vídeo o funcionamento do sistema elétrico e as principais
falhas identificadas.
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Todo equipamento, circuito e/ou sistema deve ser utilizados de maneira
segura e confiável. O uso de um produto como a eletricidade precisa de
atenção minuciosa quanto aos critérios de operação. Por isso, são
inseridos no sistema equipamentos que visam assegurar a proteção da
rede e dos usuários.
Para melhor entendimento desse estudo, é necessário revisar alguns
conceitos importantes acerca do funcionamento do sistema elétrico de
potência, bem como algumas terminologias. Vamos conferi-los!
O funcionamento do sistema elétrico
O sistema elétrico é composto pelos subsistemas de geração,
transmissão, distribuição e pelos consumidores. O sistema de geração é
composto por usinas e produtores independentes, de diversas
naturezas, como:
Hídricas
Térmicas
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Nucleares
Solares
Eólicas
As unidades geradoras são conectadas ao sistema interligado nacional
(SIN), com o objetivo de suprir a demanda de carga do país.
O valor de potência gerado chega ao sistema de distribuição por meio
do sistema de transmissão. A energia é levada da geração para a
distribuição em níveis elevados, para a minimização das perdas. Já no
sistema de distribuição, os níveis de tensão são reduzidos para que a
energia seja distribuída ao consumidor. Os equipamentos responsáveis
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por elevar e reduzir os níveis de tensão no sistema elétrico são
chamados de transformadores.
Todo o processo de geração, transmissão e distribuição deve ser feito
de maneira segura, garantindo a qualidade do produto e a confiabilidade
do serviço. Assim, são incluídos no processo equipamentos com a
função de identificar possíveis danos na rede, como curto-circuito, sub e
sobretensão, sobrecargas, proteção contra raios e outros.
Sala de controle de uma usina de geração de energia nuclear.
A lógica aplicada segue a mesma utilizada em uma instalação
residencial, na qual os circuitos são protegidos por disjuntores e relés,
porém, para esse caso, os equipamentos são robustos e bem maiores
que os residenciais.
Possíveis faltas em um sistema
A operação ideal de um sistema seria o caso em que nenhum distúrbio,
perdas ou intercorrências acontecessem. Mas esse tipo de operação
não é passível de ser alcançada, pois de tempos em tempos são
identificadas falhas operacionais nos componentes, que podem ser
resultado do envelhecimento, falhas naturais ou outras causas. Com
isso, pode-se esperar que o resultado seja a interrupção da operação,
que é dada pelo acionamento dos dispositivos de proteção.
Atenção!
Os problemas caracterizados como faltas em um sistema de potência
ocorrerão mesmo que todos os protocolos, regras e manutenções sejam
seguidos. Entretanto, as boas práticas podem minimizar a ocorrência de
certos tipos de defeito e colaborar para o melhor desempenho da rede.
Entre as falhas identificadas no sistema elétrico de potência, as
principais são:
Curto-circuito
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Sobrecarga
Sobretensão
Subtensão
Ao identificar alguma dessas anomalias ou falhas, a proteção tem a
função de desconectar o sistema para que esse defeito não se
propague e danifique diversos equipamentos.
O monitoramento do sistema em sua extensão e os dados coletados
dos diversos dispositivos permitem identificar as principais causas das
interrupções ocorridas, suas origens e a duração do defeito. Com isso, é
possível estudar o planejamento da operação visando ao melhor
desempenho da rede. Estima-se que:
Quanto ao tipo de curto-circuito, uma das falhas mais severas, o de
maior ocorrência é o fase-terra, seguido pelo bifásico e por último pelo
trifásico.
Disjuntores
 Os fenômenos naturais são os maiores
responsáveis pelos defeitos do sistema, cerca de
48%.
 A maior parte das falhas ocorre nas linhas de
transmissão (68%). Seguidas por 10% na
distribuição.
 As falhas (57%) duram entre 1 e 3 minutos. À
medida que esse valor aumenta, o defeito tende a
ser mais raro, isto é, a ocorrer menos.
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Compreendendo sobre os disjuntores
Confira neste vídeo os principais dispositivos de proteção, com um foco
maior nos disjuntores.
A proteção do sistema elétrico de potência (SEP) é feita principalmente
com relés, fusíveis e disjuntores, sendo que a operação de um disjuntor
é dependente do acoplamento de um equipamento adicional, os relés.
Tanto na classe de relés quanto na classe de fusíveis há uma
diversidade de equipamentos disponíveis para a aplicação no sistema,
cuja função é interromper o defeito ou anomalia a partir de determinada
característica. A aplicação de cada equipamento dependerá da proteção
desejada e da característica do surto.
Usualmente, os fusíveis são direcionados para a proteção do sistema de
distribuição, um tipo básico de proteção e, devido ao baixo custo, são
muito utilizados. Esse dispositivo será mais detalhado posteriormente.
Agora vamos avaliar em detalhes o funcionamento e aplicação dos
relés.
O disjuntor (circuit breaker – CB) é um dispositivo de proteção que
permite a abertura de um circuito ou trecho defeituoso de um sistema.
Observe nas imagens os dois tipos desse disjuntor:
CB aplicado em baixos níveis de tensão

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São os modelos usados em proteções de baixa tensão, ou seja,
nas instalações residenciais (dentro do quatro de distribuição).CB aplicado ao sistema de potência
São os disjuntores de potência, utilizados na proteção do SEP.
O CB não atua como uma unidade isolada, ele requer um equipamento
que monitore as variáveis do sistema e envie sinais para que ele possa
atuar e exercer a interrupção, ou seja, cessar a alimentação do trecho
defeituoso. Esses equipamentos são chamados de relés de proteção e
têm função sensorial dentro do SEP.
O funcionamento do disjuntor se resume à separação e abertura dos
terminais para interrupção do circuito. Durante essa separação, pode
ocorrer o surgimento de arcos elétricos que devem ser cessados de
forma mais breve possível. Para isso, utilizam-se formas de deionização,
que são incluídas na característica construtiva do equipamento, assim é
comum que o meio extintor seja ar, gás ou óleo, que são fatores
classificativos desses equipamentos.
A classificação dos disjuntores pode ser feita a partir das formas de
interrupção do arco. Vamos conhecê-las a seguir:
 Oléo
Os contatos ficam imersos no óleo e quando o
contato se abre, o arco é cessado pelo material
isolante. 
 Gás SF6
E d ól i i t t t té
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A classificação também pode ser feita tendo por base o tipo de
acionamento do dispositivo, em que o sistema de mola é mais comum,
existindo também os sistemas de solenoide, ar comprimido e hidráulico.
Relés
Existem diversos tipos de relés que atuarão sob ação de determinada
característica. Esta, quando alterada, indica a existência de alguma
anomalia no sistema.
Em vez de óleo, o recipiente com o contato contém
gás SF6. Devemos prestar atenção a vazamentos
durante a manipulação do equipamento, uma vez
que o gás é incolor.
 Interrupção a vácuo
Os contatos se encontram no interior de uma
ampola a vácuo.
 Sopro magnético
O arco é conduzido pela força eletromagnética para
a câmara de extinção.
 Ar comprimido
Altera-se o nível de pressão do ar que fica dentro de
um recipiente e é responsável por reduzir a
temperatura do arco e extingui-lo.
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Em geral, a sensibilidade ao defeito é identificada a partir de elevações
nos níveis de corrente que circulam no SEP, alterações nos níveis de
tensão, que podem ser superiores ou inferiores aos limites operacionais
permitidos, variações quanto ao módulo e ângulo de tensão ou corrente.
O monitoramento do sistema pode ser feito diante do comportamento
da corrente elétrica em relação ao seu sentido, uma vez que a variação
do sentido de circulação das cargas é um fator indicativo da inversão do
fluxo de potência, podendo este não ser suportado pelo sistema. Por
fim, mas não menos importante, monitoram-se variações na impedância
do sistema.
Relé digital. 
Um relé, responsável pela proteção de um sistema, pode ser brevemente
estruturado e seu funcionamento segue estas etapas:
1. Os transformadores de medida TC e TP enviam sinais para a
unidade de conversão de sinal de que irão adequá-lo para níveis do
relé.
2. Os valores enviados ao relé são comparados a valores referenciais
armazenados. Nesse caso, se o valor recebido for superior ao
referencial, identifica-se um problema e emite-se um sinal, que é
enviado a uma unidade de saída.
A fonte de tensão auxiliar tem a função de energizar as unidades de
medida, de saída e a unidade de acionamento. A unidade de saída, que
recebe o sinal da unidade de medida, aciona um contato auxiliar ou uma
chave da unidade de acionamento. Esta, por sua vez, é a responsável
por desconectar o sistema, sendo composta por um disjuntor ou
interruptor. Confira!
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Estrutura de um relé de proteção.
Evolução do equipamento
Os relés evoluíram ao longo dos anos. O primeiro modelo utilizado, no
início do século XX, foi um modelo eletromecânico que operava a partir
da identificação de sobrecorrente por indução. Em seguida, vieram as
proteções classificadas como direcionais e de distância, que serão
detalhadas nos módulos posteriores.
Vejamos agora os marcos importantes na evolução e atualização desse
dispositivo.
1901
Primeiro dispositivo
eletromecânico.
1908
Introdução da proteção
diferencial de corrente.
1910
Introdução das proteções
direcionais.
1930
I t d ã d t ã d
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Nota-se que, em 1980, os primeiros elementos digitais marcaram o
processo evolutivo do relé, apesar disso, esses componentes não foram
bem recebidos por causa da má reputação deixada pelos dispositivos
anteriores (eletrônicos), que não eram confiáveis, e devido à grande
quantidade de falhas, não houve aderência ao mercado. Esses relés
dominaram o ramo da proteção, destacando-se sobre os demais,
trazendo benefícios, como redução de tempo de formação técnica dos
profissionais, tempo de vida útil (ligado diretamente à tecnologia) e
inteligência de rede, agregada pelas unidades microprocessadas.
Os relés possuem variações construtivas e podem ser classificados a
partir de:
Grandezas de atuação: se a grandeza principal for capaz de fazê-lo
atuar.
Grandezas de resposta: quanto à grandeza específica de atuação.
Exemplo: um relé classificado por sua grandeza de atuação pode
ser elétrico ou mecânico. Considerando um relé de grandeza
elétrica, quanto à grandeza a ser medida, tem-se a corrente, tensão,
ângulo, impedância e outras.
Aspectos construtivos: eletromecânicos, digitais e eletrônicos,
principalmente.
Função de atuação.
Conexão no sistema: primária ou secundária.
Introdução da proteção de
distância e desenvolvimento dos
primeiros dispositivos com base
eletrônica.
1960
Introdução da proteção
eletrônica.
1980
Primeiros elementos utilizando
tecnologia digital.
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Alimentação: contínua ou alternada.
Componente a proteger: linhas, máquinas e outros.
Tempo de atuação.
Outros fatores.
Vamos entender como se divide a classificação construtiva dos relés.
Acompanhe!
São robustos, antigos, mas de fácil manutenção. Apesar de
terem sidos superados pelos digitais, ainda são encontradas
unidades em operação. A troca desse dispositivo vem sendo
feita de acordo com a disponibilidade e demanda. Como a vida
útil do equipamento é de 20 a 30 anos, as unidades em
funcionamento ainda operam de forma adequada.
Relé eletromecânico - parte externa.
São de menor tamanho e construídos a partir de circuitos
integrados (Cis). Veja como era o equipamento antigo, uma vez
que, com a evolução da eletrônica, os equipamentos se tornaram
menores e visualmente mais amigáveis.
Relés eletromecânicos 
Relés eletrônicos ou estáticos 
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Representação de um antigo relé eletrônico de potência.
São resultado da evolução do equipamento, pertencentes à
terceira geração, cujas características construtivas contam com
microprocessadores e memória. Com isso, é possível executar
simultaneamente diversas funções, além de se comunicar
diretamente com o sistema ou a rede em que se encontram
instalados.
Relé digital.
Princípio de funcionamento dos relés
Os relés podem ser classificados de acordo com aspectos construtivos,
variáveis de medição, aplicação no sistema e outras características. Ao
avaliá-los, é possível subcategorizá-los, de acordo com os materiais
utilizados em sua construção. Observe a seguir alguns relés e suas
aplicações.
Utilizam algumtipo de óleo em sua construção. O óleo tem
função temporizadora, de atraso, na atuação da peça em reação
ao defeito. Esses relés têm:
Conexão direta com a rede.
Funcionamento a partir do deslizamento de um êmbolo
preenchido com determinada quantidade de óleo. A
Relés digitais 
Relés fluidodinâmicos 
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resistência do material promove atraso de atuação:
temporização.
Observação: Esses relés não são mais produzidos, porém ainda
existem unidades em operação.
São as primeiras unidades utilizadas. Ainda que obsoletos,
alguns desses elementos se encontram em operação
atualmente.
Operam por meio da relação entre duas bobinas, uma móvel e
uma fixa. A bobina fixa (que pode também ser um ímã
permanente) cria um campo magnético no qual a bobina móvel
será imersa. Ao ser percorrida por uma corrente, a bobina móvel
também produzirá um campo que irá interagir com o campo já
existente, fazendo com que haja rotação, mesmo princípio dos
motores elétricos.
Identificam dois fluxos magnéticos. Como o nome indica, o
princípio de funcionamento é baseado na indução magnética,
que fará o disco girar, fechando os contatos.
Atuam diante da sobrecarga dos equipamentos. Esse tipo de relé
é construído a partir de características semelhantes ao elemento
a ser protegido, no qual as chapas bimetálicas irão aquecer e
sofrer deformação diante do sobreaquecimento. Usualmente,
são aplicados na proteção de motores, geradores e
transformadores.
Relés eletromagnéticos 
Relés eletrodinâmicos 
Relés de indução 
Relés térmicos 
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Marcam profundamente a evolução dos relés, a partir do uso da
eletrônica no sistema de proteção.
Têm possibilidade de atuar em mais de um tipo de proteção
simultaneamente, sendo conhecido por multifunção. Nos
modelos anteriores seria necessário a adição de unidades
individuais de monitoramento para cada uma das variáveis
desejadas, o que atualmente pode ser feito por uma unidade
digital, reduzindo o espaço de ocupação.
Por possuírem memória e microprocessamento, é possível
utilizar os dados para análise detalhada das faltas e sua
localização, além de execução de autoanálise de seu
funcionamento. São mais flexíveis, ágeis e de menor custo, uma
vez que há redução na manutenção.
É importante destacar os relés eletromagnéticos, por isso, vejamos uma
representação construtiva do equipamento. Essa é uma das formas
possíveis, não sendo, portanto, absoluta. Confira!
Esquemático de um relé eletromecânico.
Observando a imagem, vê-se que há uma bobina enrolada sobre um
material ferromagnético que possui altas permeabilidades e por isso há
circulação de fluxo magnético, com pouca dispersão, na peça. Há ainda
uma peça que se move, nomeada contato móvel, cuja responsabilidade
é abertura e fechamento para interromper o circuito no momento de
Relés eletrônicos 
Relés digitais 
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falta. Note que o movimento da peça altera diretamente a relutância do
material (uma vez que há mudança no comprimento médio do núcleo,
verifique os conceitos do eletromagnetismo).
Atuação do equipamento
Quanto à medição de grandezas, um relé pode ser de tensão, corrente,
frequência, direcional, impedância ou térmico. Essas grandezas são
comparadas a valores de ajuste, em que o excesso diante de um limite
preestabelecido tem a capacidade de sensibilizar o equipamento.
Após o equipamento ser sensibilizado, quando há presença de defeito, o
relé deve enviar um comando para abertura dos disjuntores. Essa
atuação deve ser rápida, porém, devido à presença de diversas
proteções no sistema e de graus de defeito, os relés podem ser
selecionados de acordo com o tempo de atuação, sendo instantâneos
ou temporizados.
O relé pode interromper equipamentos de duas maneiras distintas.
Vamos entendê-las!
Atuação primária
Esses relés podem
também ser chamados
de primários. Na
proteção primária, os
equipamentos são
conectados diretamente
ao circuito que irão
proteger, sem a
presença de
transformadores de
medida e são capazes
de acionar diretamente
o disjuntor.
Atuação secundária
Esses relés são de
custo mais elevados e
diferentemente dos
primeiros, precisam dos
transformadores de
medida (TCs e TPs),
não atuando
diretamente no
disjuntor, mas no
fechamento do contato
do circuito da bobina,
energizada por uma
fonte externa.
Dispositivo de monitoramento: Relés


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Confira neste vídeo os principais dispositivos de monitoramento
responsáveis por atuarem como sensores de defeitos no sistema
elétrico.
Hipóteses principais na aplicação da
proteção
Principais aspectos analisados na
implementação da proteção
Confira neste vídeo os principais aspectos que tangem a filosofia da
proteção.
Ao utilizar um sistema de proteção, busca-se minimizar os impactos de
um defeito no sistema e reduzir a sua propagação, bem como eliminá-lo
rapidamente. Entre os critérios essenciais de um sistema de proteção,
constam a confiabilidade do sistema, buscando assegurar a
continuidade do serviço; a velocidade (rapidez) em executar a tarefa que
lhe cabe (proteção); e a sensibilidade.
Nesse contexto, a proteção deve ser capaz de identificar o defeito e
proteger o sistema, sendo funções (tarefas) básicas dos dispositivos:

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Para que esses objetivos sejam alcançados, o sistema é avaliado sob os
seguintes aspectos:
Assume-se a inexistência de falhas, erros e quaisquer que sejam
as faltas naturais.
Busca-se prever, dentro das estatísticas permitidas, as falhas de
maior incidência e dizimar aquelas que podem ser evitadas.
Nesse âmbito, podem ser reforçadas as ações de manutenção
de equipamentos, aplicação de isolamentos adequados, inserção
de para-raios, entre outras.
 Garantir a integridade da rede bem como a de
operadores.
 Minimizar o defeito.
 Isolar o trecho defeituoso, ou seja, retirá-lo de
serviço.
 Trabalhar em prol da melhora da confiabilidade, isto
é, melhorar os indicadores de qualidade.
Operação normal 
Prevenção de possíveis falhas 
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Implementam-se ações capazes de minimizar tais efeitos, como
o sistema de proteção.
Uma análise da escolha adequada do sistema de proteção deve
considerar não somente a característica do defeito e sensibilidade
quanto à falha, mas também aspectos econômicos e físicos. Com isso,
busca-se implementar um sistema que seja economicamente viável,
confiável e preciso, além de ter fácil acesso e manutenção.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O relé é um dispositivo utilizado na proteção de sistemas elétricos
de potência. A respeito dos relés pode-se afirmar que
Minimização do impacto dos defeitos 
A
os relés de sobrecorrente são apenas os
eletromecânicos.
B
os relés de sobretensão são os eletrônicos
(estáticos).
C
os relés eletromecânicos são mais utilizados que os
relés digitais.
D
os relés eletromecânicos são superiores, pois
possuem unidades de comunicação com o restante
do sistema.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Os relés estáticos ou eletrônicos sãomarco importante na evolução
dos relés, trazendo para aplicação no sistema de proteção o uso da
eletrônica analógica. Esse foi um passo importante para que
houvesse o desenvolvimento dos dispositivos ao que hoje é
conhecido como relé digital.
Questão 2
À medida que os anos se passaram, os relés passaram por
evoluções significativas. No entanto, as características avaliadas
para implementação, ou seja, a filosofia da proteção, seguem os
mesmos fundamentos. Sobre a filosofia (critérios) da proteção, é
possível afirmar que
Parabéns! A alternativa D está correta.
E os relés estáticos marcaram o processo evolutivo,
inserindo o uso da eletrônica.
A
os equipamentos de proteção devem buscar
atender aos critérios de confiabilidade, mas não
necessariamente a viabilidade econômica.
B
os equipamentos de proteção devem ser capazes
de minimizar os defeitos, sendo que a confiabilidade
não é um fator almejado.
C
o uso da proteção tem o objetivo de garantir a
integridade da rede, somente.
D
é função da proteção garantir a integridade da rede,
bem como a de operadores.
E
os dispositivos de proteção não interrompem o
fornecimento, apenas sinalizam.
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A filosofia da proteção é o conjunto de critérios a serem avaliados
para o projeto e implementação de dispositivos de proteção. Eles
têm por base operativa alcançar melhores níveis confiabilidade do
sistema, buscando assegurar a continuidade do serviço; a
velocidade (rapidez) em executar a tarefa que lhe cabe (proteção) e
sensibilidade. É ainda responsabilidade do sistema de proteção
garantir a segurança da rede e de seus usuários.
2 - Funções de proteção e grandezas de análise
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar as principais funções da proteção e como
são classi�cadas.
O que são funções de proteção?
Confira no vídeo as principais funções da proteção e as grandezas
avaliadas.
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Análise das funções da proteção
Como vimos, existem diferentes tipos de relés que podem ser utilizados
de maneiras distintas, no intuito de proteger o sistema elétrico.
As variações quanto à forma ou função de um equipamento de proteção
são classificadas numericamente, indicando, portanto, o tipo de
proteção que o dispositivo exerce. Por adequação, as funções da
proteção são padronizadas conforme a American National Standards
Institute (ANSI), o que permite que a linguagem utilizada em projetos
seja universal.
Site do American National Standards Institute na tela do computador.
Para entender a representação normatizada, define-se que a numeração
indica a função do dispositivo quanto a proteção a ser exercida, e
também define-se que as letras, utilizadas como sufixos, indicam o
objeto. Por exemplo, dois objetos podem apresentar a mesma função,
portanto, são separados por sufixos em que os dispositivos auxiliares
são definidos por:
C: Relé ou contador usado para fechamento
CL: Relé auxiliar – fechado
OP: Relé auxiliar – aberto
CS (control switch): Chave de controle
D: Relé, com a posição da chave para baixo
U: Relé, com a posição para cima
L: Relé redutor
O: Contator
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PB: Botão de pulso
R: Relé de elevação
X, Y, Z: Relé auxiliar
Outros sufixos podem ser encontrados, um exemplo é o dispositivo 87V
que diz respeito à proteção diferencial de tensão de fase. O sufixo V
representa a proteção de tensão, a numeração 87 é equivalente a
proteção diferencial.
No exemplo do dispositivo 87VN, avaliando a representação, tem-se que
87 é referente à proteção diferencial, V representa a tensão e N o neutro.
Esse dispositivo é uma proteção diferencial de tensão de neutro.
Um relé fabricado somente com a unidade 50 (proteção contra
sobrecorrente) é dito ser um relé de monofunção. Caso esse relé tivesse
uma unidade 50 e uma 51 (unidade temporizada) ele seria considerado
de multifunção.
Função de nível 50/51
Confira neste vídeo os relés de sobrecorrente instantâneo e
temporizados.
A sensibilidade, quanto ao nível de determinada variável, pode ser
observada nas funções função 50 e 51 da tabela de proteções ANSI.
Esse tipo de atuação é bem simples, visto que o objetivo se resume a
verificar, a partir de um valor referencial, se há ultrapassagem da variável
medida. A oscilação pode ser tanto superior à referência quanto inferior,
e em ambos haverá necessidade de atuação da proteção.
A função 50 é atribuída à proteção de sobrecorrente instantânea,
enquanto a função 51 se refere a uma característica temporizada. Uma
proteção instantânea é aquela que só requer o tempo natural do
equipamento para rompimento da inércia, já a temporização pode ser
útil e por isso é muito utilizada nos esquemas de proteção juntamente
com curvas típicas características dos equipamentos.
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As curvas de temporização irão funcionar de modo que
quanto maior for a intensidade do defeito, menor será
o tempo de atuação do equipamento. Porém, existem
algumas categorias cujo tempo de atuação é fixo,
classificadas por retardo independente.
A proteção de sobrecorrente indica que o equipamento irá atuar ao
identificar valores de corrente elétrica superiores aos referenciais. A
sobrecorrente é um dos defeitos comumente identificados no SEP e
pode resultar na perda de equipamentos, uma vez que eles são
submetidos a níveis superiores àqueles projetados.
Dentro da análise da proteção contra a sobrecorrente avaliam-se duas
vertentes:
Sobrecarga
É também uma oscilação da corrente em menor proporção que o curto-
circuito, que pode depredar o sistema, caso não seja controlada. Faz
parte da operação do SEP, porém suportada em determinados níveis e
duração.
Curto-circuito
É uma alteração de corrente em grandes níveis e pode ser
extremamente prejudicial. Algumas literaturas também chamam o
termo curto-circuito de falta elétrica.
Considerando um relé de função 50, isto é, com a atuação instantânea,
ajusta-se a corrente de ativação, ou seja, a corrente de pickup de modo
que as correntes de falta a jusante do trecho protegido (depois do
trecho) não sejam capazes de fazer com que a proteção atue.
Função 87 – Diferencial
Relé diferencial
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Confira no vídeo o relé diferencial e suas principais características.
A proteção diferencial funciona comparando as correntes que circulam
pela região de proteção (zona de proteção) e fora dela, sendo muito
usada na proteção de transformadores, barramentos, motores,
geradores e linhas de transmissão.
Por análise da tabela ANSI, podemos ver que a função diferencial é
representada pelo código 87. Nesse tipo de sistema de proteção, a
corrente avaliada, ou corrente diferencial, é resultado de uma diferença
fasorial entre as correntes secundárias dos transformadores de
corrente.
Você pode compreender melhor esse conceito na imagem a seguir, na
qual tem-se a aplicação da função diferencial na proteção de um
transformador. As correntes ips e iss são referentes às correntes dos
TCs, posicionadas na entrada e saída do transformador de potência a
ser protegido. Confira!
Proteção Diferencial.
Em condições normais, as correntes fornecidas pelos TCs são
aproximadamente de mesmo valor e por isso a proteção diferencial não
será ativada (diferença entre correntes é aproximadamente zero).
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A aplicação do uso de um relé diferencial deve ser feita com atenção,
pois existem algumas ações no sistema que podem ocasionar a
corrente diferencial e não necessariamente serem cabíveis da ação do
dispositivo, tais como pequenos transitórios decorrentes da
magnetização do núcleo do transformador, ou de transformadores em
paralelo, saturação de corrente de equipamentos eletromagnéticos
(como os próprios TCs) e faltas em regiões de proteção de outros
dispositivos. Todos esses comportamentos devem ser avaliados e
compensados visando tornar a proteção diferencial mais eficaz.
Impedância, admitância ou reatância
– Função 21
Função 21
Assista ao vídeo e confira as propriedades intrínsecas do relé a
distância, tal como sua resistência natural e a razão entre corrente e
voltagem.
Os relés de distância são usualmente implementados na proteção de
linhas de transmissão. O objetivo da proteção de distância é identificar
as irregularidades operacionais a partir das seguintes variações do
circuito protegido:
Admitância (Y)
Impedância (Z)
Reatância (X)
Usualmente, os relés operam de forma a comparar a impedância de
sequência positiva medida em um terminal da linha protegida, com a
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impedância de operação do relé, que nesse caso é o valor referencial.
Essa comparação ocorre sob a identificação de um defeito e o resultado
da comparação define se a abertura do relé irá ou não ocorrer.
Atenção!
O conhecimento das propriedades das componentes simétricas é
imprescindível para o conteúdo.
A impedância é composta pela parte ativa e reativa dos elementos,
sendo portanto Z= R+jX. Em uma linha na qual a resistência é elevada, a
comparação diferencial a partir da impedância pode ficar
comprometida.
Quando a falha ocorre, acrescenta-se à análise a resistência de falta e,
portanto, um erro é adicionado devido à composição da impedância e
da sensibilidade do relé. Isso implica que a zona de proteção é uma
estimativa e o alcance dessa proteção deve ser projetado mediante uma
incerteza, pois pode impactar na precisão em identificar o ponto de
ocorrência dentro da zona de proteção. Esses valores podem ser
estimados por meio de equações, porém, não é o objetivo deste estudo.
A proteção do relé pode ser de subalcance, em que irá atuar para faltas
dentro de um limite de região definido. Pode ser de sobre alcance, em
que, além das falhas de determinada região, irá atuar na proteção de
outra, porém, para isso, é necessário que haja coordenação entre as
proteções existentes nos trechos, evitando conflitos.
Proteção direcional - Função 67
Proteção direcional
Confira no vídeo como utilizar o ângulo de fase entre duas grandezas,
para realizar a proteção direcional.
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A proteção direcional é representada na tabela de códigos ANSI por
meio da função 67. A característica operacional desse tipo de proteção
é comparar o ângulo de fase de duas grandezas do sistema. Como é de
conhecimento, as grandezas alternadas são representadas por seus
valores em módulo e ângulo (tensão: e corrente ).
A proteção direcional não opera sozinha. Ao verificar a tabela ANSI, tem-
se que a função 67 refere-se à proteção direcional de sobrecorrente,
assim, é possível concluir que há uma combinação entre as funções
direcional e de sobrecorrente. Vejamos!
Sobrecorrente
Ao avaliar somente a oscilação da corrente (isto é, a variação do
módulo) torna-se difícil identificar o local de ocorrência da falta, é nesse
ponto que a proteção direcional atua.
Direcional
A proteção direcional se sensibiliza à direção do defeito, permitindo
atuar exatamente na direção deste.
O SEP é planejado para operar de maneira que o fluxo de cargas seja no
sentido da fonte (geração) para carga. Com a adesão de geração
distribuída e a possibilidade de injeção de potência por parte do
distribuidor, o sentido do fluxo vem sendo alterado, portanto, as
proteções e a rede como um todo precisam de atualização.
Continuando com representação usual e mais comum, fonte
alimentando carga, espera-se que o ângulo das variáveis analisadas,
neste caso a corrente, siga a seguinte premissa: a carga flui do ângulo
maior para o menor. Sob condição normal de operação, um relé
direcional não identifica problemas angulares. Contudo, em uma
condição de falta (perda de linhas), o fluxo pode inverter, para tentar
suprir o sistema e evitar colapsos. Nesse instante, a proteção deve ser
capaz de identificar a inversão a partir da alteração angular e
interromper a alimentação.
V ∠θ I∠θ
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Adaptado - FUMARC, 2023) Segundo a Norma de Distribuição da
concessionária local, é necessário utilizar relés com as funções 50
e 51, fase e neutro, nos alimentadores de média tensão. Sobre
esses relés pode-se afirmar que eles
Parabéns! A alternativa C está correta.
Os relés 50/51 estão dentro da classificação de relés de nível, ou
seja, operam comparando as variáveis medidas com as
predefinidas. Os números classificativos indicam segundo a ANSI
que a função 50 é atribuída à proteção de sobrecorrente
instantânea, enquanto a função 51 se refere a uma característica
temporizada.
Questão 2
A atuam no religamento do disjuntor geral.
B atuam no controle direcional de potência.
C atuam na proteção contra sobrecorrente.
D
referem-se à proteção contra sobretensão (50) e
subtensão (51).
E referem-se à proteção direcional.
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(IBFC, 2020) A principal lógica de proteção digital aplicada a
grandes transformadores de potência é a diferencial. Sobre esse
método de proteção, analise as sentenças a seguir, indicando-as
como Verdadeiro (V) ou Falso (F).
I. A lógica diferencial determina a incidência de faltas por meio da
análise das correntes de entrada e saída no primário e secundário
do transformador.
II. O desfasamento de fases nos enrolamentos do transformador
não afeta a lógica diferencial de proteção.
III. A identificação de falta pela subtração do módulo das correntes
do primário e do secundário de um transformador acusa como falta
apenas curtos-circuitos externos à máquina.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta para as
avaliações das afirmações I, II e III, respectivamente.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A função 87, proteção diferencial, tem como princípio básico a
comparação de correntes que circulam pela região protegida. A
corrente avaliada, corrente diferencial, é resultado de uma diferença
fasorial entre as correntes secundárias dos transformadores de
corrente.
A V, F, V.
B V, V, V.
C V, F, F.
D V, V, F.
E F, F, V.
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3 - Proteção de sistemas de distribuição
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os dispositivos de proteção e a manobra do
sistema de distribuição.
Equipamentos de proteção em
sistemas de distribuição
Conheça neste vídeo os principais dispositivos utilizados na proteção e
seccionamento dos circuitos do sistema de distribuição.
Sistema de proteção em redes de
distribuição
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Para-raios
Confira neste vídeo as funções dos para-raios, bem como uma avaliação
geral das falhas no sistema de distribuição.
Até o momentonosso foco principal esteve sobre o estudo da proteção
dos sistemas de potência com a utilização de disjuntores, que
necessitam de um equipamento sensorial, o relé.
Os fusíveis são equipamentos amplamente utilizados para proteção
contra curto-circuito, porém, não são usados em sistemas de alta
tensão, sendo comuns no segmento de distribuição. Agora
apresentaremos as principais características da proteção aplicada ao
sistema de distribuição, destacando aspectos construtivos dos fusíveis.
Para-raios: proteção contra sobretensão
O para-raios é utilizado para proteção de equipamentos do sistema
contra os surtos de tensões.
Em falhas provenientes da natureza, como descargas atmosféricas, é
necessário um canal de fuga para as correntes de descarga, e essas
correntes serão conduzidas pelo dispositivo.
Equipamento para-raios.
Observe que esse tipo de dispositivo pode ser facilmente identificado
(olho nu) nas proximidades de um transformador de distribuição.
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Esquema de um para-raios.
É claro que existem diversos modelos, variando conforme sensibilidade
e aspectos construtivos. Ainda assim, esses equipamentos também são
encontrados em subestações de potência, isto é, para altos níveis de
tensão, a destacar os níveis de absorção:
Na distribuição: 5 kJ/kV
Na alta tensão: 15 kJ/kV
Análise das sobretensões
Nem toda anomalia do sistema pode ser considerada um defeito, por
isso é importante avaliar a falta e a proteção utilizada de forma
adequada. Nesse primeiro instante, abordamos possíveis sobretensões,
que podem ser resultado de atuação de manobras e disjuntores, efeitos
naturais, como descargas atmosféricas em equipamentos e trechos de
linha. Entre essas causas, nota-se de imediato que algumas
sobretensões são temporárias, outras atmosféricas e ainda de manobra.
Vejamos!
 A sobretensão temporária pode ser resultado de
defeitos nas fases, perda de carga ao abrir um
disjuntor ou efeito ferrante.
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Em todos os casos citados, o para-raios é requisitado para adequar os
níveis de tensão da rede.
Saiba mais
A classificação dos para-raios é feita segundo a Norma NBR 5424.
Chave fusível
Confira no vídeo as chaves fusíveis e suas principais características
operativas e construtivas
Observe uma chave fusível, utilizada para proteger o sistema contra
sobrecorrentes.
 A sobretensão de manobra ocorre quando uma
manobra (chaveamento) é executada para fins de
proteção de trechos defeituoso.
 A sobretensão atmosférica pode ser resultado da
descarga elétrica em trechos ou equipamentos.
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Chave fusível.
Essa chave é composta das seguintes partes:
Contatos superiores e inferiores
Conector em paralelo
Isolador
Suporte para fixação
Gancho para que seja aberto sob carga
Porta fusível (chave fusível é o termo usado para o equipamento
como um todo, e fusível a peça que precisa de troca de tempos em
tempos)
Uma chave fusível pode ter um ou dois isoladores e estes são, em geral,
feitos de porcelana vitrificada. Na imagem de chave fusível pode-se
observar a existência de um isolador, sendo chamado de isolador de
corpo único.
Usualmente, esse modelo pode ser amplamente encontrado nas
aplicações em sistemas de distribuição, cuja corrente (nominal) não
supere o valor de 200 A. Existem outros modelos de chave fusível, como
o isolador do tipo pedestal, no qual dois isoladores estão dispostos sob
uma base. A aplicação desse modelo é usado em subestações (nível de
tensão 69 kV), havendo, porém, uma variação que pode ser utilizada em
tensões mais elevadas.
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Fusível de força.
Operação
A chave fusível é um equipamento que deve abrir o circuito quando a
corrente elétrica que ali circula ultrapassar o valor predefinido. Nesse
contexto, assume-se que haverá a proteção contra sobrecorrente
(curtos) e sobrecargas. É no porta fusível que se encontra a parte
principal desse componente. Construtivamente, essa peça é de fibra ou
vidro repleto de gases com a função de extinguir o arco elétrico.
Quando essa chave atua, o porta fusível se desprende em uma das
extremidades, o que permite identificação da chave aberta. Esse
processo de interrupção do defeito pode levar à liberação de arcos que
se propagam bidirecionalmente (antes e depois do ponto de instalação).
Recomendação
O dispositivo não deve ser instalado em locais onde possa haver
intensificação do arco ou nos quais ele possa ocasionar problemas
mais sérios.
Anteriormente, as características técnicas desses equipamentos eram
padronizadas pela Norma NBR 8124, que não é mais vigente. Algumas
das medidas propostas nessa norma são tidas como boas práticas para
instalação dos fusíveis e podem ser encontradas na Norma NBR 7282.
Elo fusível
Os termos chave fusível e elo fusível não correspondem ao mesmo
dispositivo. O elo fusível é uma parte da chave, é a parte interior ao
porta fusível, que irá se sensibilizar quanto aos níveis de corrente
definidos. Ele é efetivamente a parte que queima e requer a troca, assim
a qualidade dessa parte colabora para que a troca não seja feita em
qualquer anomalia.
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De acordo com a NBR 7282, os elos fusíveis são caracterizados
conforme o tempo necessário para atuação e a corrente de atuação do
dispositivo. Veja!
 De rápida atuação para valores de corrente entre 6 e 200 A
 De atuação lenta, para valores de corrente entre 6 e 200 A
 De alto surto, de atuação lenta para correntes elevadas
Uma das partes do elo fusível é o elemento fusível, que é a parte que se
funde quando na atuação.
Fusível limitador
Observe a seguir um fusível limitador e a base para seu posicionamento.
Fusível limitador.
K :
T :
H :
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Base para fusível limitador.
Esse tipo de dispositivo é utilizado em geral na média tensão
protegendo transformadores. Assim como a chave fusível, é
caracterizado pela proteção contra sobrecorrente e por isso apresenta
bom desempenho quando opera em correntes mais elevadas.
Esse dispositivo pode ser usado na proteção de:
 Transformadores de força
A corrente do dispositivo pode chegar a 150% da
corrente nominal do transformador.
 Transformadores de potencial
Utilizando fusíveis cuja parametrização da corrente
nominal é mais baixa.
 Motores de média tensão
Nã é it
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Chaves seccionadoras
Confira neste vídeo os dispositivos de manobra utilizados para isolar
defeitos no sistema.
Atualmente, as normas que regulamentam a padronização desses
equipamentos são:
NBR IEC 60694
Especificações comuns para normas de equipamentos de manobra de
alta tensão e mecanismos de comando.
NBR IEC 62271-102
Equipamentos de alta-tensão - Parte 102. Seccionadores e chaves de
aterramento.
Quando se trata de normatização, é muito importante acompanhar a
vigência da norma, atualizando-se dos procedimentos padrão, para
garantir a segurança dos trabalhadores, dos usuários e do sistema.
A chave seccionadora também é um dispositivo utilizado no sistema
para isolar regiões de defeito. Em condições normais, a chave opera
com o contato fechado, permitindo a circulação normal decorrente.
Quando em operação, para isolar a área, a chave é aberta.
Entre suas funções, pode-se listar:
Ações de manobra e transferência de cargas.
Isolamento de trechos defeituosos.
Não é muito comum.
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Veja um exemplo de uma chave seccionadora instalada no sistema de
distribuição.
Dispositivo de manobra.
Classi�cação
Assim como os demais dispositivos do sistema, as chaves podem ser
apresentadas sob as mais diversas configurações, e seu uso dependerá
da implementação que elas receberão.
Vejamos as principais diferenças entre as seccionadoras de uso interno
para de uso externo.
Seccionadora de uso interno
Chaves de pequeno porte e utilizadas em subestações (espaço
abrigado). Conheça os tipos!
A lâmina é construída por um conjunto ou dois conjuntos de
facas duplas feito de material condutor, bem como os contatos.
Em geral, esse material é o cobre eletrolítico. A chave é
construída sob uma estrutura metálica, também utilizada para a
fixação.
Simples: unipolares ou tripolares 
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Chave seccionadora simples tripolar.
O material utilizado nos isoladores desse modelo pode ser
porcelana vitrificada (como mencionado para as chaves fusíveis)
ou ainda resina epóxi. Visualmente, são extremamente
semelhantes ao modelo simples, o que difere é a bucha que
passa pela parte metálica.
Seccionadoras com buchas de passagem, modelo tripolar.
Nesse modelo, é possível obter as duas funções de proteção
(fusível) e manobra (chave seccionadora). São constituídos
pelos isoladores em paralelo aos compartimentos onde se
encontra o elo fusível, e podem ser de epóxi ou fenolite.
Seccionadora com buchas de passagem 
Seccionadores fusíveis 
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Chave seccionadora com porta fusível.
Seccionadores para uso externo
São as chaves que podem ser visualizadas nas redes de distribuição, na
parte externa, bem como nas subestações e são classificadas conforme
a aplicação. São elas:
Podem ser monopolar/ unipolar ou tripolar, sendo as
monopolares mais comumente aplicadas nas redes e as
tripolares nas subestações de potência. Observe um modelo de
chave monopolar capaz de operar em tensões entre 15,27 e 38
kV para correntes entre 400 e 630 A, em que as “facas” são feitas
de cobre eletrolítico.
Seccionadora unipolar.
Essas chaves podem ser de diferentes tipos, mas em geral são
tripolares. A abertura das lâminas pode ser lateral, central, dupla
abertura lateral ou abertura vertical. As lâminas podem ser
encontradas sob a forma usual (tipo faca) ou podem ser
constituídas de tubos metálicos.
Seccionadora da distribuição 
Seccionadoras para subestações 
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Chave seccionadora aplicada em subestação.
Existem outros modelos de seccionadoras para subestação, como os
pantográficos, basculantes, semibasculantes, de haste vertical e as de
uso específico. As seccionadoras de uso específico podem ser
aplicadas também nas redes de distribuição, nas quais se encontram
classificadas:
Seccionadora de derivação
Seccionadora de transferência
Seccionadora com lâmina terra
Aspectos operativos
As chaves seccionadoras podem ser instaladas em espaço abrigado ou
não, sendo que para cada um dos cenários existem modelos
especialmente desenvolvidos.
Observando os critérios operativos, usualmente as chaves
seccionadoras são operadas manualmente a partir de mecanismos do
tipo alavanca ou varas de manobra. Para esse tipo de atuação, a
velocidade com que o dispositivo atua é dependente do operador.
Em condições em que o tempo é fator crucial para
minimização de perdas, o tipo de componente
operador não é recomendado, como a operação do
sistema sob carga.
Entretanto, existem mecanismos cuja atuação é automática ou mista
(automática e manual), conhecida como operação independente, que
não depende do operador. Esse tipo de chave atua a partir do acúmulo
de energia em um sistema massa-mola e é destinada aos casos em que
o tempo é uma variável fundamental dentro do problema.
Há ainda chaves de operação motorizada, em que a energia utilizada
para atuação do dispositivo é proveniente de equipamentos ou fontes,
como motores ou outros. Pode haver a operação manual, caso seja
necessária, mas a condição normal é o acionamento motor. Entenda
melhor esse dispositivo observando esta imagem:
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Seccionadora de operação motorizada.
Nota-se que acoplada à chave encontra-se uma caixa de controle na
qual está localizado o motor. Nesse caso, o motor é responsável por
carregar o sistema da mola, que tem como função fazer a chave operar.
Existem duas molas no sistema, a de fechamento e a de abertura. Para
que os comandos para fechamento de contatos sejam feitos, o
mecanismo é conectado a um painel que opera a distância. Observe a
imagem com o diagrama de acionamento desse dispositivo:
Diagrama de acionamentos.
Dispositivos automáticos
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Confira neste vídeo os dispositivos automáticos de proteção e
seccionamento.
Religadores automáticos
Os religadores automáticos também servem para interromper o circuito
diante de determinados valores de corrente. Como o nome indica, esse
dispositivo é capaz de fazer a religação do sistema sob determinadas
condições, sendo úteis em falhas transitórias. Esses dispositivos podem
ser monofásicos ou trifásicos, controlados por ação magnética
(bobinas) ou por controle eletrônico.
Esse tipo de dispositivo possui um ciclo com no máximo quatro
operações e é classificado conforme o meio de interrupção ao arco,
sendo vácuo, óleo e gás SF6. Para que esse equipamento funcione,
existe nele uma unidade sensorial que, ao identificar anomalias, aciona
a manobra para abertura do circuito. Passado algum tempo, a unidade
de religamento envia o sinal para restauração do circuito.
Religador automático de modelo tripolar.
Caso o defeito ainda não tenha sido solucionado, o equipamento entrará
para o ciclo de religamento, com algumas tentativas, cujos ciclos podem
ser:
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Seccionadores automáticos
Já mostramos a função de um seccionador, que é a de selecionar e
manobrar trechos de circuito, isolando defeitos e permitindo
transferência de cargas. Em geral, esse equipamento é uma chave
seccionadora que, assim como os religadores, é classificado conforme
o meio utilizado para extinguir o arco (óleo, vácuo ou gás). São de custo
inferior aos religadores. Como a sua função é a seccionadora, não cabe
aqui dimensionar o equipamento para interromper as correntes de curto;
isso fica sob responsabilidade da proteção, dos disjuntores e fusíveis.
Os seccionadores podem ser monofásicos ou trifásicos, sendo de
controle hidráulico e magnético ou eletrônico. Diferentemente das
seccionadoras já apresentadas, a unidade automática conta com um
dispositivo de controle. Veja!
 Uma tentativa de operação rápida e em seguida três
retardadas.
 Duas tentativas de restauração rápidas e duas
retardadas.
 Três tentativas de restauração rápidas e uma
retardada.
 Quatro tentativas de restauração rápidas.
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Seccionadores automáticos.
Os seccionadores devem ser instalados após o disjuntor (a jusante) ou
religadores. Deve-se atentar aos dados suportados pelo equipamento,
como tensão máxima do seccionador e corrente nominal. Esses
dispositivos são dotados de um tempo de rearme, que é o tempo
necessário para voltar a operação, lembrando que o número de
aberturas pode também ser programado.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Adaptado de FUMARC 2023) Os religadores vêm substituindo os
disjuntores instalados nas subestações, para proteção dos
alimentadores de distribuição. Entre as diversas características dos
religadores, podemos citar:
I. Não possuem unidades de proteção, apenas seccionamento.
II. São disponibilizados, quanto ao meio extintor do arco, em
religadores a óleo, a vácuo e a SF6.
III. Reduzem consideravelmente o tempo de falta de energia, nas
ocorrências em redes de distribuição, quando comparados aos
disjuntores.
É correto o que se afirma em
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Os religadores automáticos são dispositivos que colaboram na
minimização de defeitos, sendo classificados pelo tipo de meio
extintor ao arco. Possuem unidades de identificação de falhas, não
sendo, portanto, apenas seccionadores.
Questão 2
(Adaptado de Marinha, 2014) Analise as afirmativas a seguir em
relação à operação com fusíveis e disjuntores e marque a
alternativa correta.
I - Os fusíveis e disjuntores são dispositivos de proteção que abrem
o circuito quando o limite de corrente é ultrapassado.
II - Para evitar queimar um fusível, deve-se usar como elemento
fusível um fio muito resistente.
III - O fusível é descartável, pois o elemento fusível queima.
IV - O disjuntor desarma e pode ser rearmado.
A I e II, apenas.
B I e III, apenas.
C II e III, apenas.
D I, II e III.
E I, apenas.
A Somente as afirmativas I, III, e IV estão corretas.
B Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Os fusíveis, assim como os disjuntores, são utilizados para proteger
o sistema contra curto-circuito. No sistema elétrico, o fusível fica
em um dispositivo chamado chave fusível. Esse dispositivo não é
trocado quando atua, porém, a parte filamentar, que recebe o nome
fusível, é descartável. Esse dispositivo é dimensionado para que
suporte determinados valores de corrente. Caso esse valor seja
muito superior, o dispositivo irá queimar para impedir que a
sobrecarga passe para o sistema, protegendo-o. O disjuntor opera
baseado na abertura de contatos e pode ser religado após a
solução do defeito.
Considerações �nais
Este conteúdo apresentou as principais proteções utilizadas no sistema
de potência. Dessa forma, foram descritos os equipamentos utilizados
na alta tensão, com foco nas características dos relés.
Foram trazidas algumas das funções de proteção, classificação
padronizada pela ANSI, que permite a leitura universal dos
equipamentos e suas funções.
Por fim, discorreu-se sobre os principais equipamentos utilizados no
sistema de distribuição.
C Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.
D Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
E Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
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Ouça um resumo dos principais aspectos sobre a filosofia acerca dos
sistemas de proteção das redes elétricas, sejam elas de transmissão,
sejam elas industriais ou residenciais.
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O livro Esquemas Elétricos de Comando e Proteção, de Franz Papenkort,
publicado em 1989, pela EPU.
A dissertação de mestrado de Kelly Regina Cotosck, com o título
Proteção de Sistemas Elétricos: Uma Abordagem Técnico-Pedagógica,
defendida na Universidade Federal de Minas Gerais, em 2007.
O livro de Eliel Celestino da Silva, Proteção de Sistemas Elétricos de
Potência, publicado pela editora QualityMark, em 2014.
Referências
KINDERMANN, G. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência, v. 1. 1.
ed. Florianópolis: UFSC, 1999.
KINDERMANN, G. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência, v. 2. 1.
ed. Florianópolis: UFSC, 1999.
KINDERMANN, G. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência, v. 3. 1.
ed. Florianópolis: UFSC, 1999.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/07111/index.html?brand=estacio# 52/53
MAMED, J. D. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência. 2. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2020.
MAMEDE, J. Manual de equipamentos elétricos. 4. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2013.
CAMINHA, A. C. Introdução à proteção dos sistemas elétricos. 1.
reimpressão. São Paulo: Blücher, 1978.
SILVA, A. F. Proteção diferencial de transformadores de potência a
partir de redes neurais artificiais. 2020. 131 f. Dissertação (Mestrado
em Engenharia Elétrica) – Universidade Federal de São João del-Rei,
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2020.
COCEL. Especificação técnica Cocel 108-00 – Para-raios polimérico de
distribuição. Consultado na internet em: 11 abr. 2023.
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