Prévia do material em texto
O arrastamento é caracterizado pelo deslocamento de uma vítima sob as forças das águas, normalmente, uma corrente de retorno (também conhecida como “repuxo”), sem contudo, ter o seu sistema respiratório afetado pela água. O afogamento se dá em graus de gravidade, indo de 1 a 6, de acordo com os sintomas apresentados pelo afogado pessoas as quais podem ser classificadas como vítimas em potencial: • crianças e idosos; • pessoas obesas; • nadadores apresentando sinais de cansaço; • pessoas consumindo bebidas alcoólicas e/ou apresentando sinais de embriaguez; • banhistas utilizando objetos flutuantes; • pessoas com vestimentas impróprias ao ambiente (por exemplo, pessoas trajando calças e sapatos); • grupos de excursões. Além destes perfis aos quais estão associadas às vítimas em potencial, listam-se a seguir algumas atitudes características de vítimas em risco iminente de afogamento: • expressão facial assustada ou desesperada; • cabelo cobrindo a face, principalmente em mulheres; nado sem efetividade ou por vezes, deslocando para trás; • tentativas frustradas de se manter em pé; • movimentos repetidos de submersão; • caminhar para trás; • constantes acenos para a faixa de areia; • nado em pé sem bater as pernas. Com o propósito de orientar os banhistas, listamos abaixo as principais dicas de segurança destinadas a eles, a serem fornecidas pelos Guarda-vidas: • nadar sempre perto de um Posto de guarda-vidas; • pedir orientação ao Guarda-vidas o melhor local para o banho; • não superestimar sua capacidade de nadar; • ter sempre atenção com as crianças; • nadar longe de perigos permanentes como pedras, estacas ou píeres; • não consumir bebidas alcoólicas e alimentos pesados antes do banho de mar ou rio; • se encontrar crianças perdidas, leve-as ao posto de guarda-vidas. Se perder sua criança, informe no posto Guarda-vidas; • nunca tentar salvar alguém em apuros se não tiver confiança em fazê-lo. Muitas pes-soas morrem desta forma. Restrinja sua ação a fornecer um flutuador a quem necessitar e acione o socorro; • ao pescar em pedras, observe antes se a onda pode alcançá-lo. Se a onda já bateu ali, ela pode tornar a bater; • em costões ou próximo a zona de arrebentação das ondas, não ficar de costas para o mar, evitando ser surpreendido pela ação da mesma; • antes de mergulhar, certificar-se da profundidade; • manter-se afastado de animais marinhos como água-viva e caravelas; • não fazer fotografias em lugares que o exponha ao risco de afogamento e de acidentes no costão. A ronda a pé é realizada pelo GVCV sempre de forma individual. Durante sua realização, o GVC deve sempre estar devidamente uniformizado (short, camiseta e cobertura/chapéu) e obrigatoriamente portando seu apito, par de nadadeiras e um flutuador - equipamentos de proteção individual e essenciais para o trabalho preventivo e para a realização de um possível resgate, respectivamente. Outra nova tecnologia que começa a ser implementada no trabalho de prevenção aos afogamentos - até mesmo no auxílio em ocorrências- é o uso de aeronave remotamente pilotada (Remotely Piloted Aircraft - RPA), popularmente chamada de “drone”. Diferente do quadriciclo e das bicicletas, este equipamento só pode ser operado por Guarda- vidas Militar devidamente capacitado para tal, por meio de curso específico. Em âmbito estadual, como já citado, a Marinha do Brasil é representada pela Capitania dos Portos. Em Santa Catarina (SC), a Capitania dos Portos possui 4 (quatro) jurisdições. Na capital, Florianópolis tem a sua sede, a qual atende aos Municípios da Grande Florianópolis, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe e Serra Catarinense. A sede possui também um posto avançado na cidade de Chapecó, o qual atende aos municípios vizinhos a São Miguel do Oeste, Chapecó, Xanxerê, Concórdia, Joaçaba e Curitibanos. A Delegacia de São Francisco do Sul atende à região norte do Estado. Na região centro norte, tem-se a Delegacia de Itajaí. Por fim, a Delegacia de Laguna atende à região sul de Santa Catarina. • Correntes de retorno: são os pontos de maior risco nas praias, o que as faz ter um tópico especial a ser tratado logo em sequência, para que sejam compreendidas nos seus mínimos detalhes; • Correntes longitudinais: as correntes próximas (paralelas) à beira da praia carregam a água para dentro das correntes de retorno; • Quebra das ondas – Ocorre com mais força se a maré estiver baixa, muitas vezes como perigosos “caixotes”; • Ondas altas: quando as ondas excedem 1 (um) metro, tanto a quebra da onda quanto as correntes são intensificadas. Por ser um tipo de acidente específico ao ambiente marinho, o tratamento para acidentes com água-viva será abordado aqui mesmo nesta lição. Para os casos mais brandos, recomenda-se como medida de primeiros so-corros a utilização de água do mar gelada em compressas para anestesiar o local. Recomenda-se também a aplicação de vinagre (ácido acético diluído em água) sobre os locais da(s) picada(s), o que inativa as células venenosas ainda aderidas à pele, impedindo que disparem e aumentem ainda mais o efeito do envenenamento. Estas medidas costumam controlar os acidentes no Brasil e podem ser aplicadas ainda na praia, o que é uma vantagem imensa. Os casos mais graves devem ser encaminhados para atendimento em ambiente hospitalar. PERIGOS PERMANENTES • Zona de águas profundas (profundidade da água) • Obstáculos como molhes, costões, embarcações naufragadas, etc.) • Desembocaduras de rios e lagoas PERIGOS NÃO PERMANENTES Buracos • Arrebentação das ondas • Correntes de retorno ou Repuxos • Organismos marinhos • Poluição A aeronave atua com 2 (dois) equipamentos que são utilizados para esses tipos de ocorrências, quais sejam, o cinto de resgate do tipo Sling e o puçá de resgat”. O cinto de resgate tipo Sling é utilizado em ocorrências com apenas 1 (uma) vítima na água, onde o Guarda-vidas já terá feito a abordagem, aguardando a equipe aérea chegar. Por sua vez, o puçá de resgate pode ser utilizado em ocorrências com mais de uma vítima e em casos de vítimas inconscientes. É oriundo da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do reconhecimento da grande maioria dos estudiosos na área, a definição de que afogamento é a “aspiração de líquido não corporal por submersão (abaixo da superfície do líquido) ou imersão (água na face)” Na maioria dos casos, o afogamento ocorre em três fases distintas, são elas: • fase da angústia; fase do pânico; • fase da submersão. FASE DA ANGÚSTIA O indivíduo tenta manter-se sobre a água e alcançar um local seguro com certa tranquilidade. Tem consciência dos seus atos, não tenta agarrar quem lhe for socorrer e tende a colaborar no resgate. FASE DO PÂNICO (OU DESESPERO) Pode se desenvolver a partir da fase da angústia, quando a vítima perde suas forças, devido àfadiga, ou pode começar imediatamente após a imersão da vítima na água, dependendo da sua habilidade de natação. Na fase do pânico, a vítima é incapaz de manter-se flutuando adequadamente (fadiga), seja a causa a completa falta de habilidade de natação ou por algum problema físico. Nesta fase, a vítima apresenta claros sinais de dificuldade para manter o rosto fora da água. FASE DA SUBMERSÃO Também conhecida como a fase da impotência. Tal fase surge após a vítima não conseguir mais manter-se flutuando na água. Na maioria dos afogamentos, a vítima se mantém ora submergindo, ora emergindo. 1. Afogamento Primário: quando não existem indícios de uma patologia associada ao afoga-mento. É o caso no qual o indivíduo subestima os riscos de afogamento. Julga, erroneamente, ser possuidor de competências aquáticas, as quais o tornarão protegido deste fato. O afogamento primário, de certo modo, envolve imprudência (por exemplo, banhar-se em local sinalizado com bandeira vermelha), negligência (por exemplo, não acenar ou gritar por socorro em caso de arrastamento/ afogamento e não nadar na diagonal em direção à praia ou paralelo à praia, na busca de um banco de areia) e imperícia (por exemplo, expor-se a um local com profundidade que não lhe ofereça segurança ou sem sabernadar). 2. Afogamento Secundário: quando existe alguma causa que tenha impedido a vítima de se manter na superfície da água e, em consequência, precipitou o afogamento. Dentre elas, citam-se as seguintes causas: uso de drogas (o álcool é a droga mais frequente associada aos afogamentos), convulsão, traumatismos, mal súbito (doenças cardíacas), patologias pulmonares, acidentes de mergulho e outras.