Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Ambiental
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Tercius Zychan de Moraes
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
Sistema de Proteção ao Meio Ambiente: Política Nacional do 
Meio Ambiente (PNMA)
5
• Introdução
• Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA 
• Instrumentos Da Política Nacional do Meio Ambiente
• SISNAMA – Sistema Nacional Do Meio Ambiente
• CONAMA – Conselho Nacional Do Meio Ambiente
• IBAMA – Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis
• Proteção Administrativa do Meio Ambiente
 · Estudaremos a Política Nacional do Meio Ambiente, bem como o Sistema de 
Proteção criado por esta Política e, por fim, veremos os mecanismos dispostos 
para o Poder Público, destinados à proteção ambiental.
Nesta Unidade, abordaremos temas relevantes para o Direito Ambiental, como a Política 
Nacional do Meio Ambiente e os órgãos que, no Poder Público, dão efetividade a ela.
Para tanto, conheceremos o SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente. Abordaremos, 
também, a denominada Proteção Administrativa de Proteção Ambiental.
Bom estudo a todos!
Sistema de Proteção ao Meio Ambiente: 
Política Nacional do Meio Ambiente 
(PNMA)
6
Unidade: Direito Ambiental: Sistema de Proteção ao Meio Ambiente
Contextualização
Sistema de proteção ao meio ambiente
Para a efetiva proteção do Meio Ambiente, o Brasil desenvolve uma Política Nacional de 
Meio Ambiente, a qual traça as diretrizes e princípios que a regem.
Para dar efetivação a esta política, foi desenvolvido pela Lei nº 6.938/81 um sistema de 
proteção denominado Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA.
Aliadas a esta política, existem algumas medidas preventivas e repressivas de proteção 
ambiental.
Assista ao vídeo disponível no Youtube, que reflete a preocupação com a Proteção 
Ambiental, como a realização em nosso país de um grande evento da Organização das Nações 
Unidas – ONU, conhecida como Rio-92: 
A Cúpula da Terra - Conferência da ONU sobre Meio Ambiente 
e Desenvolvimento (1992)
https://www.youtube.com/watch?v=hraPn_XFgg8
Bom estudo!
7
Introdução
No ano de 1981, foi criada a Lei nº 6.938/81, inaugurando legalmente, em nosso país, 
uma Política Nacional do Meio Ambiente, ou seja, foi editado um verdadeiro marco legal de 
políticas públicas envolvendo o Meio Ambiente, a ser realizada por todos os entes federados. 
Até então, os Estados-membros e os municípios detinham autonomia para estabelecer estas 
políticas públicas relacionadas ao Meio Ambiente.
A ideia principal é fazer surgir um verdadeiro sistema integrado e harmonizado de politicas 
públicas de proteção e preservação do Meio Ambiente.
Podemos afirmar que a Lei nº 6.938/81 instituiu, na verdade, um Sistema Nacional do 
Meio Ambiente, podendo ser considerada a norma ambiental de maior destaque depois da 
Constituição Federal de 1988.
Muito bem!
Abordam a questão sobre a Política Nacional do Meio Ambiente Maria Cecília Junqueira 
Lustosa, Eugênio Miguel Canepa e Carlos Eduardo Frickmann Young1:
O conjunto de metas e mecanismos que visam a reduzir os impactos 
negativos da ação antrópica – aqueles resultantes da ação humana – 
sobre o Meio Ambiente. Como toda política, possui justificativa para 
sua existência, fundamentação teórica, metas e instrumentos, e prevê 
penalidades para aqueles que não cumprem as normas estabelecidas. 
Interfere nas atividades dos agentes econômicos e, portanto, a 
maneira pela qual é estabelecida influencia as demais políticas públicas, 
inclusive as políticas industriais e de comércio exterior.
1 LUSTOSA, Maria Cecília Junqueira; CANÉPA, Eugênio Miguel; YOUNG, Carlos Eduardo Frickmann. Política ambiental. In: 
MAY, Peter H., LUSTOSA, Maria Cecília Junqueira; VINHA, Valéria da (orgs). Economia do meio ambiente: teoria e prática. Rio de 
Janeiro, Elsevier, 2003, p. 135.
8
Unidade: Direito Ambiental: Sistema de Proteção ao Meio Ambiente
Vale, dando continuidade ao tema, fazer menção ao artigo 2º da Lei 6938/81 que, ao 
tratar sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, foi instituída pela Lei 6938/81 que, 
tendo sido regulamentada, assim tratou:
Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos 
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, 
atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o 
Meio Ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado 
e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso 
racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da 
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do Meio 
Ambiente.
Como se nota, a Política Nacional do Meio Ambiente enfatiza que o Meio Ambiente trata-
se de um bem público, mais precisamente, de um bem de uso comum do povo, tal como 
atualmente trata o artigo 225 da Constituição Federal:
Art. 225. Todos têm direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se 
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações [...]
9
Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA
Para iniciar a exploração sobre estes objetivos vale a pena mencionar o que trata Luís Paulo 
Sirvinskas2 sobre o tema:
[...] afirma que a Política Nacional do Meio Ambiente tem como 
objetivo tornar efetivo o direito de todos ao Meio Ambiente 
ecologicamente equilibrado, princípio matriz contido no caput 
do Art. 225 da Constituição Federal. E por Meio Ambiente 
ecologicamente equilibrado se entende a qualidade ambiental 
propícia à vida das presentes e das futuras gerações.
Fica claro que é objetivo da Política Nacional do Meio Ambiente viabilizar e compatibilizar 
o desenvolvimento socioeconômico, fazendo com que haja a utilização racional dos recursos 
ambientais, de modo que a exploração do Meio Ambiente transcorra em condições propícias 
à vida e à qualidade de vida.
Analisando desta forma, pode-se notar que a Política Nacional do Meio Ambiente tem dois 
objetivos um geral e outro específico.
Quanto ao geral, podemos encontrá-lo logo nos primeiros dizeres do já mencionado Artigo 
2º da Lei nº 6.938/81, ao dispor que a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo 
a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando a 
assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança 
nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
De tal modo, verifica-se que o objetivo geral da Política Nacional do Meio Ambiente se dá 
por ações em duas frentes, uma de preservação e outra na realização de ações de melhora e 
recuperação do Meio Ambiente. 
Quanto aos objetivos específicos, estes estão dispostos de modo amplo no artigo da 
mencionada Lei:
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação 
da qualidade do Meio Ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreasprioritárias de ação governamental relativa à qualidade 
e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de 
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas 
para o uso racional de recursos ambientais;
2 SIRVINSKAS, Luís Paulo. Política nacional do meio ambiente (Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981). As leis federais 
mais importantes de proteção ao meio ambiente comentadas. In: MORAES, Rodrigo Jorge, AZEVÊDO, Mariângela Garcia de Lacerda; 
DELMANTO, Fabio Machado de Almeida (coords). Rio de Janeiro: Renovar, 2005, p. 91‐3.
10
Unidade: Direito Ambiental: Sistema de Proteção ao Meio Ambiente
V - à difusão de tecnologias de manejo do Meio Ambiente, à divulgação de 
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública 
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio 
ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua 
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a 
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou 
indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de 
recursos ambientais com fins econômicos.
Tanto o objetivo geral, quanto os objetivos específicos da PNMA, levam-nos a concluir que 
ao tentar compatibilizar a defesa do Meio Ambiente com o desenvolvimento econômico e, 
ainda, com a justiça social, demonstram que a maior preocupação é com o desenvolvimento 
sustentável e, de forma geral, com a efetividade do princípio da dignidade da pessoa humana. 
Afinal, sem um Meio Ambiente equilibrado e sustentável, é impossível a preservação da 
dignidade da pessoa humana na forma prevista pela nossa Constituição Federal. 
11
Instrumentos Da Política Nacional do Meio Ambiente
Damos o nome de instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente os meios utilizados 
pela Administração Pública com o objetivo de atingir os objetivos já mencionados desta Política. 
Podemos de fato e de direito dizer que estes instrumentos da Política Nacional do Meio 
Ambiente tem fundamento nos incisos do § 1º do artigo 225 da Constituição Federal.
São estes instrumentos, segundo a Lei nº 6.938/81:
Art. 9º – São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I – o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II – o zoneamento ambiental;
III – a avaliação de impactos ambientais;
IV – o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras;
V – os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou 
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI – a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder 
Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, 
de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas;
VII – o sistema nacional de informações sobre o Meio Ambiente;
VIII – o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa 
Ambiental;
IX – as penalidades disciplinares ou compensatórias não cumprimento das 
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X – a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado 
anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais 
Renováveis – IBAMA;
XI – a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, 
obrigando se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes;
XII – o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou 
utilizadoras dos recursos ambientais.
12
Unidade: Direito Ambiental: Sistema de Proteção ao Meio Ambiente
SISNAMA – Sistema Nacional Do Meio Ambiente
Com previsão também na Lei nº 6.938/81, o denominado Sistema Nacional do Meio 
Ambiente trata-se de um o conjunto de órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios e de fundações instituídas pelo Poder Público, cuja responsabilidade 
é a proteção e melhoria da qualidade ambiental.
Segundo o que trata o Professor Edis Milaré3:
[...] o SISNAMA é de fato e de direito uma estrutura político 
administrativa governamental aberta à participação de instituições não 
governamentais por meio dos canais competentes, constituindo na 
verdade o grande arcabouço institucional da gestão ambiental no Brasil. 
José Afonso da Silva destaca que o SISNAMA é o conjunto articulado 
de órgãos, entidades, normas e práticas da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios e de fundações 
instituídas pelo Poder Público sob a coordenação do CONAMA.
A Lei, já mencionada em nossos estudos, que estabeleceu à Política Nacional do Meio 
Ambiente, estruturou o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, em seu artigo 3º, 
na seguinte formatação:
Art. 3º. O Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), constituído pelos 
órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios 
e pelas fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e 
melhoria da qualidade ambiental, tem a seguinte estrutura:
I – Órgão Superior: o Conselho de Governo;
II – Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA);
III – Órgão Central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República 
(SEMAM/PR);
IV – Órgão Executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA);
V – Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades da Administração Pública Federal 
direta e indireta, as fundações instituídas pelo Poder Público cujas atividades 
estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental ou àquelas de 
disciplinamento do uso de recursos ambientais, bem assim os órgãos e entidades 
estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e 
fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental; e
VI – Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e 
fiscalização das atividades referidas no inciso anterior, nas suas respectivas jurisdições.
Cabe uma importante ressalva: estão fora do SISNAMA as pessoas jurídicas que não integram 
a Administração Pública, como, por exemplo, as associações e fundações particulares.
Bem, merecem destaque entre os órgãos que integram o SISNAMA, o CONAMA – 
Conselho Nacional do Meio Ambiente e o IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis. 
3 MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. 3ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 393‐395.
13
CONAMA – Conselho Nacional Do Meio Ambiente
Trata-se de um órgão criado pela Lei n º 6.938/81, que estabeleceu a Política Nacional do 
Meio Ambiente, o CONAMA é órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente – SISNAMA.
Ou seja, o CONAMA tem por obrigação assessorar, estudar e propor ao Governo medidas 
que devem tomar às políticas públicas destinadas a exploração e preservação do Meio Ambiente 
e dos recursos naturais. 
Aliadas a esta competência, cabe ao CONAMA editar normas e padrões compatíveis com 
o Meio Ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.
Podemos descrever como as principais competências desenvolvidas pelo CONAMA:
• Estabelecer normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras; 
• Determinar a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências 
ambientais de projetos públicos ou privados; 
• Decidir em última instância administrativa sobre a aplicação de multas e outras penalidades 
impostas pelo IBAMA; 
•Estabelecer normas nacionais de controle da poluição causada por veículos automotores, 
aeronaves e embarcações; 
• Estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade 
do Meio Ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente 
os hídricos;
• Deliberar por intermédio de resoluções, proposições, recomendações e moções, que 
visem a cumprir os objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente.
Muito embora existam controvérsias em relação ao exercício das competências do 
CONAMA, principalmente em relação à “força de lei” que possuem suas Resoluções, estas 
vêm sendo empregadas no sentido de regulamentar processos que possam afetar o Meio 
Ambiente, angariando legitimidade por parte dos poderes públicos e da própria sociedade.
14
Unidade: Direito Ambiental: Sistema de Proteção ao Meio Ambiente
IBAMA – Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis
O denominado Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 
conhecido como IBAMA, trata-se de um órgão da União, mais precisamente criado pela 
Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, com vínculo atualmente ao Ministério do Meio 
Ambiente – MMA.
Entre os objetivos do IBAMA, destacam-se as suas ações de preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental, bem como de promover medidas que garantam um uso 
sustentável do Meio Ambiente.
O IBAMA que conhecemos hoje é o resultado da união de quatros entidades de proteção 
ambiental que exerciam suas atividades de modo individualizado: Secretaria do Meio Ambiente 
– SEMA, Superintendência da Borracha – SUDHEVEA, Superintendência da Pesca – SUDEPE 
e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – IBDF. 
Como já vimos, o IBAMA integra o SISNAMA, com atribuições na execução da Política 
Nacional do Meio Ambiente.
Entre as medidas protetivas do Meio Ambiente, este órgão concede ou não licenciamento 
ambiental de empreendimentos, o controle da qualidade ambiental, a autorização de uso dos 
recursos naturais (água, flora, fauna, solo etc.).
O IBAMA exerce o denominado “poder de polícia ambiental” implementando o Cadastro 
Técnico Federal, fiscalizando os processos que causem ou preventivamente possam causar 
dano ao Meio Ambiente, aplicando inclusive penalidades administrativas.
Outras medidas merecem destaque:
• A geração e disseminação de informações relativas ao Meio Ambiente;
• Monitoramento ambiental;
• Difundir informações que tenham por objetivo a prevenção e o controle de desmatamentos, 
queimadas e incêndios florestais;
• Apoio às emergências ambientais;
• Realizar programas de educação ambiental.
15
Proteção Administrativa do Meio Ambiente
Como muito bem retrata a Constituição Federal, cabe ao Estado o dever de proteger o 
Meio Ambiente, como disposto no Artigo 225, já mencionado:
Art. 225. Todos têm direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se 
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo 
ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e 
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus 
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a 
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que 
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do Meio Ambiente, estudo prévio de 
impacto ambiental, a que se dará publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos 
e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o Meio 
Ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do Meio Ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que 
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies 
ou submetam os animais a crueldade.(g.f.)
Diante disto, cabe ao Poder Público, por intermédio de seus agentes, promover medidas de 
fiscalização dando fiel cumprimento à Política Nacional do Meio Ambiente. 
As mencionadas medidas de prevenção e repressão de condutas lesivas ao Meio Ambiente 
se dão por meio de uma conduta denominada poder de polícia administrativa.
Neste sentido, o Poder Público pode limitar o exercício dos direitos individuais, com o 
objetivo de garantir o bem estar da coletividade.
16
Unidade: Direito Ambiental: Sistema de Proteção ao Meio Ambiente
Tais condutas podem ser denominadas “poder de polícia ambiental”, definida desta forma 
por Paulo Affonso de Leme Machado4:
[...] poder de polícia ambiental é a atividade da Administração 
Pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade, 
regula a prática de ato ou abstenção de fato em razão de interesse 
público concernente à saúde da população, à conservação dos 
ecossistemas, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício 
de atividade econômica ou de outras atividades dependentes de 
concessão, autorização/ permissão ou licença do Poder Público de 
cujas atividades possam decorrer poluição ou agressão à natureza.
Uma das características deste denominado Poder de Polícia Ambiental é ser exercido com 
o objetivo de adequar a conduta do infrator às medidas legais, sem, sobretudo descartar a 
possibilidade de punição do infrator.
Diante desta afirmativa, a proteção administrativa do Meio Ambiente é subdivida em dois 
tipos: o preventivo e o repressivo.
Não resta dúvida de que o grande foco deva ser a adoção cada vez maior de medidas 
preventivas de proteção ambiental, como muito bem trata Celso Antônio Pacheco Fiorillo5:
Trata-se de um dos princípios mais importantes que norteiam o direito 
ambiental.
De fato, a prevenção é preceito fundamental, uma vez que os danos ambientais, na 
maioria das vezes, são irreversíveis e irreparáveis. Para tanto, basta pensar: como 
recuperar uma espécie extinta? Como erradicar os efeitos de Chernobyl? OU, de 
que forma restituir uma floresta milenar que fora devastada e abrigava milhares de 
ecossistemas diferentes, cada um com o seu essencial papel na natureza?
A Proteção Administrativa ao Meio Ambiente pode ser desmembrada, da seguinte maneira:
• Limitações administrativas: são imposições de caráter geral, por meio das quais o Poder 
Público estabelece obrigações aos proprietários de bens, com o objetivo de adequar suas 
propriedades ao atendimento da função social e ao bem estar ambiental;
• Desapropriação: ou seja, a transferência compulsória da propriedade que tenha 
importância social, e mediante prévia e justa indenização;
• Estudos de impacto ambiental: denominados de EIA, são necessários quando da instalação 
de empreendimentos causadores de significativa degradação ambiental. Realizados por 
equipe especializada e multidisciplinar, quando será elaborado um relatório de impacto 
ao Meio Ambiente (RIMA); 
• Licença ambiental: trata-se de um ato praticado pela administração pública, no qual serão 
estabelecidas as condições a serem observadas pelo empreendedor para a instalação de 
suas atividades, que possam ter um potencial poluidor;
4 MACHADO, Paulo Affonso de Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 9 ed. São Paulo: Malheiros, 2001, p. 309-310.
5 FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 2 ed. São Paulo:Saraiva, 2001. p.40.
17
• Tombamento: é a intervenção na propriedade pelo Poder Público, com o objetivo de 
proteção do patrimônio histórico, natural, arqueológico, cultural, científico, paisagístico 
e, principalmente, ambiental;
• Zoneamento ambiental: trata-se de instrumento utilizado para uma eficaz política urbana 
que visa ao controle do uso do solo, de maneira a evitar a sua inadequada utilização 
e, consequentemente, empreendimentos ou atividades que produzam poluição ou 
degradação em áreas ou espaços urbanos de relevância ambiental.
Enfatizamos que a proteção ao Meio Ambiente deve se dar preferencialmente por intermédio 
de medidas preventivas, sem se afastar de aplicação de outras medidas coercitivas no campo 
da repressão. Estas ações são aplicadas por intermédio de punições das condutas lesivas ao 
Meio Ambiente, podendo ser aplicadas as seguintes sanções:
• Multa: consiste na imposição de montantes pecuniários, de forma a recompensar o dano 
perpetrado pela infração;
• Interdição temporária ou definitiva de atividade nociva ao Meio Ambiente;
• Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público;
• Perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento oficiais de crédito;
• Prestação de serviços à comunidade.
Importante ressaltar que em várias situações, a aplicação das punições tem um papel muito 
mais repressor do que reparador ao dano ambiental provocado.
A fim de aumentar ainda mais as medidas repressivas, um passo importante adotado pelo 
Estado foi à instituição, pela Lei 9.605/1998, de punições administrativas, penais e civis para 
as condutas lesivas ao Meio Ambiente.
18
Unidade: Direito Ambiental: Sistema de Proteção ao Meio Ambiente
Material Complementar
Livros:
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004;
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. São Paulo: 
Malheiros, 2011.
BELTRÃO, Antônio F. G. Curso de direito ambiental. São Paulo: Método, 2009.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. São Paulo: Malheiros, 
2004.
Sites:
O licenciamento ambiental como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente.
http://jus.com.br/artigos/23503/o-licenciamento-ambiental-como-instrumento-da-politica-nacional-do-meio-ambiente
Acesso em: 3 ago. 2015;
19
Referências
AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito Ambiental Esquematizado. p.11. São 
Paulo: Gen- Método, 2011. 
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 2.ed. São 
Paulo: Saraiva, 2001.
FREITAS, Vladimir Passos de. Direito administrativo e Meio Ambiente. 3.ed. Curitiba: 
Juruá, 2003.
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. 2.ed , São Paulo: Atlas, 2011.
LUSTOSA, Maria Cecília Junqueira, CANÉPA, Eugênio Miguel; YOUNG, Carlos Eduardo 
Frickmann. Política ambiental. In: MAY, Peter H., LUSTOSA, Maria Cecília Junqueira e 
VINHA, Valéria da (orgs). Economia do Meio Ambiente: teoria e prática. Rio de Janeiro, 
Elsevier, 2003.
MACHADO, Paulo Affonso de Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 9.ed. São Paulo: 
Malheiros, 2001.
MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. 3.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
SILVA, J. A. Direito Ambiental Constitucional. 8.ed. São Paulo: Malheiros Editores, 
2010.
SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
SUNDFELD, Carlos Ari. Licitação e Contrato Administrativo. 2.ed. São Paulo: Malheiros, 
1995.
20
Unidade: Direito Ambiental: Sistema de Proteção ao Meio Ambiente
Anotações

Mais conteúdos dessa disciplina