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Política Nacional do Meio Ambiente

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Direito Ambiental
Aula 4: Política Nacional do Meio Ambiente
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Apresentação
Nesta aula, analisaremos a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), Lei nº 6.938, de
31 de agosto de 1981, principal Lei Federal ambiental sancionada antes da Constituição
Federal de 1988 e amplamente recepcionada por esta. Trata-se de uma norma de gestão
ambiental que possui conceitos importantes para o Direito Ambiental, princípios próprios,
objetivos, diretrizes e instrumentos que visam à proteção do bem ambiental.
A PNMA também instituiu no ordenamento jurídico nacional o Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
Ao �nal da aula veremos o Poder de Polícia Ambiental e a sua importância como
mecanismo preventivo e repressivo do poder público para preservação do meio
ambiente.
Objetivos
Analisar a Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981,
seus princípios, conceitos, objetivos gerais e especí�cos, diretrizes, instrumentos;
Reconhecer a importância do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e do
Conselho Nacional do Meio Ambiente;
Compreender o Poder de Polícia Ambiental.
 Política Nacional do Meio Ambiente | PNMA –
Lei nº 6.938/81 | Introdução
Em 1972, houve a primeira conferência da
Organização das Nações Unidas (ONU)
sobre meio ambiente humano, que ocorreu
na cidade de Estocolmo, capital da Suécia.
O Brasil – com o objetivo de se manter em
conformidade com a Declaração de
Estocolmo (1972) e, em razão da
necessidade de se estabelecer uma visão
global e princípios comuns para a
preservação e melhoria do ambiente
humano, por meio de políticas e ações
ambientais – instituiu, em 1981, a Lei nº
6.938/81, conhecida como Política
Nacional do Meio Ambiente (PNMA).
A norma, de 31 de agosto de 1981, foi a principal Lei Federal de proteção ambiental
sancionada antes da Constituição Federal de 1988 e amplamente recepcionada por esta.
Como escreve Rodrigues (2018),
"a raiz da Lei nº 6.938/81 está diretamente plantada no texto
constitucional".
- Rodrigues (2018)
A PNMA objetiva dar efetividade ao princípio-matriz contido no artigo 225, caput, da
Constituição Federal, consubstanciado no direito de todos ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, possuindo um conjunto de instrumentos legais, técnicos,
cientí�cos, políticos e econômicos destinados à promoção do desenvolvimento sustentável.
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"Não é por acaso, portanto, o uso da expressão ‘política
nacional do meio ambiente’, porque ali, nessa lei, mais do que
simples regras de direito ambiental, há, de forma expressa, um
conjunto de princípios, valores e objetivos que devem reger a
tutela ambiental em nosso país, em todas as searas do Poder
Público".
Trata-se de uma lei de Gestão Ambiental que organiza e orienta o Poder Público sobre o
poder de polícia ambiental – por meio do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) –,
estabelece objetivos, princípios, diretrizes, instrumentos administrativos, penais, civis e
econômicos de proteção ao meio ambiente, hábeis à sua realização, conceitos importantes
para a compreensão do Direito Ambiental como meio ambiente natural, degradação da
qualidade ambiental, poluição e poluidor, além de dispor sobre o dano e a responsabilidade
ambiental.
Atenção
O Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990, regulamenta a Política Nacional do Meio
Ambiente. Ao longo dos anos, esse decreto sofreu alterações, por exemplo, com a redação do
Decreto nº 99.355, de 1990, Decreto nº 3.942, de 2001, Decreto nº 6.792, de 2009 e, mais
recentemente, o Decreto nº 9.806, de 2019.
A PNMA, em seu artigo 2º, caput, consagra seu
objetivo geral como sendo a preservação, melhoria
e recuperação da qualidade ambiental propícia à
vida, visando assegurar, no país, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses
da segurança nacional e à proteção da dignidade
da vida humana.
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A qualidade ambiental, prevista no objetivo geral da PNMA, é o estado do meio ambiente
ecologicamente equilibrado, conforme determina o artigo 225, caput da Constituição
Federal. É por meio do estudo da qualidade ambiental que o Direito Ambiental vai traçar sua
política nas diversas esferas da Federação.
Dessa forma:
1
Preservar
É impedir a intervenção humana;
2
Melhorar
É permitir a intervenção humana no Meio
Ambiente com o objetivo de aprimorar a
qualidade dos recursos ambientais,
realizando o manejo adequado desses bens;
3
Recuperar
É permitir a intervenção humana, buscando a
reconstituição dos bens degradados, fazendo
com que eles voltem a ter as mesmas
características que possuíam antes.
 Princípios, Conceitos, Objetivos, Diretrizes e Instrumentos da PNMA
 Clique no botão acima.
Princípios, Conceitos, Objetivos, Diretrizes e
Instrumentos da PNMA
1- Princípios
Os princípios da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) são os orientadores
da ação governamental, conforme o disposto no artigo 2º, incisos I ao X, da citada
norma.
Os princípios instituídos pela lei possuem por base seu Objetivo Geral (de
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental), que assegure ao
país as condições de desenvolvimento sustentável, os interesses da segurança
nacional e a proteção da dignidade da pessoa humana.
Os princípios da PNMA não se confundem com os da disciplina Direito Ambiental,
uma vez que são especí�cos e instrumentais da política ambiental, alguns até
sendo mera orientação da ação governamental.
Conforme disciplinado no artigo 2º, são princípios da Política Nacional do Meio
Ambiente:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Ill - planejamento e �scalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente
poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do
meio ambiente. (BRASIL, 1981.)
2- Conceitos
O artigo 3° da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938/81, apresenta
conceitos importantes para o estudo do Direito Ambiental. São eles:
→ Meio ambiente:
Disposto no artigo 3°, inciso I, da Lei nº 6.938/81, o meio ambiente é conceituado
como
“o conjunto de condições, leis, in�uências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas”. Lei nº 6.938/81
A doutrina estabeleceu que o artigo 3°, inciso I, da Lei nº 6.938/81, trata apenas do
conceito de meio ambiente natural. No entanto, Sirvinskas (2018) escreve que:
“o conceito legal de meio ambiente não é adequado, pois não abrange de
maneira ampla todos os bens jurídicos protegidos. É um conceito restrito ao
meio ambiente natural”.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Veremos nas próximas aulas que o meio ambiente possui classi�cação, não sendo
apenas compreendido como o meio ambiente natural. Se o objetivo instituído no
texto constitucional é que o meio ambiente deve gerar qualidade de vida a todos,
este se divide em meio ambiente cultural (previsto nos Arts. 215 e 216-A da
Constituição Federal), que dispõe sobre a proteção do patrimônio histórico,
artístico, paisagístico, turístico e arqueológico; meio ambiente arti�cial
(determinado nos Arts. 182 e 183 da Carta Magna),que é o meio ambiente
construído, o conjunto de edi�cações e equipamentos públicos como praças e rua;
e meio ambiente do trabalho (artigo 7°, inciso XXII, e artigo 200, inciso VIII, todos da
Constituição Federal), que consiste na qualidade de vida no meio ambiente do
trabalho, nas relações laborais.
→ Degradação da qualidade ambiental
Prevista no artigo 3°, inciso II, da Lei nº 6.938/81, é conceituada como “a alteração
adversa das características do meio ambiente”.
→ Poluição
Pevista no artigo 3°, inciso III, da Lei nº 6.938/81, é a degradação da qualidade
ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente venha a prejudicar a
saúde, a segurança e o bem-estar da população, ou que criem condições adversas
às atividades sociais e econômicas, ou venha a afetar de forma desfavorável a
biota, afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente ou ainda que
lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.
→ Poluidor
Encontra-se no artigo 3°, inciso IV, da Lei nº 6.938/81, e refere-se a toda pessoa
física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, de forma dieta ou
indireta, por atividade causadora de degradação ambiental.
→ Recursos ambientais
Conceito disposto no artigo 3°, inciso V, da Lei nº 6.938/81. Recursos naturais são
a atmosfera, as águas interiores, super�ciais e subterrâneas, os estuários, o mar
territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a �ora.
3 - Objetivos
No artigo 4° da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) estão elencados os
objetivos especí�cos que devem ser perseguidos e alcançados, visando à
harmonização do meio ambiente com o desenvolvimento sustentável e a
dignidade da pessoa humana, conforme o estabelecido no artigo 2º da Lei.
Esses objetivos gerais serão agora analisados:
artigo 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - À compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
(BRASIL, 1981.)
A compatibilização do desenvolvimento econômico e social está prevista também
na Constituição Federal, no capítulo da Ordem Econômica, artigo 170, inciso VI, o
qual dispõe que a Ordem econômica tem por base a defesa do meio ambiente,
inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos
produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
II - À de�nição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à
qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. (BRASIL,
1981.)
O poder público tanto na esfera federal quanto na estadual e na municipal deve
editar políticas públicas que tenham por objetivo a preservação da qualidade
ambiental e do equilíbrio ecológico.
As áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio
ecológico estão previstas na Constituição Federal, no artigo 225, §1º, inciso III,
quando narra que incumbe ao Poder Público a criação de espaços territoriais e
seus componentes a serem especialmente protegidos, e criados, nas três esferas
da federação.
Entre as áreas prioritárias, têm-se as áreas de preservação permanente (APPs),
instituídas no Código Florestal, Lei nº 12.651/2012 e as unidades de conservação
(UCs) dispostas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), Lei nº
9.985/2000.
III - Ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais. (BRASIL, 1981.)
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) deve �xar os critérios e padrões de
qualidade ambiental a serem observados para a utilização dos recursos
ambientais.
IV - Ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas
para o uso racional de recursos ambientais. (BRASIL. 1981.)
O uso de tecnologia é essencial para se alcançar o desenvolvimento sustentável.
Assim, o Poder Público tem um papel importante como fomentador de pesquisas
e de novas tecnologias com o objetivo de melhorar o processo produtivo.
V - À difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio
ecológico. (BRASIL, 1981.)
A Lei nº 10.650/2003 dispõe sobre o acesso público a dados e informações
existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA).
VI - À preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a
manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida. (BRASIL, 1981.)
Os recursos naturais são �nitos e, dessa forma, escassos. Por isso há a
necessidade da intervenção governamental para regulá-los, evitando-se os
con�itos em sua utilização, por meio de um planejamento racional por parte das
autoridades, de modo a propiciar a disponibilidade dos recursos, assegurando o
interesse da coletividade e o equilíbrio ambiental.
VII - À imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou
indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização
de recursos ambientais com �ns econômicos. (BRASIL, 1981.)
Aqui se tem como base o Princípio do Poluidor Pagador, que decorre da teoria
econômica segundo a qual se devem internalizar os custos externos, impondo-se
ao poluidor a responsabilidade pelo custo social da degradação ambiental por ele
produzida. Em continuidade, o Princípio do Usuário Pagador, do qual se impõe a
cobrança de um valor econômico pela utilização de um bem ambiental, de
natureza meramente remunerativa – e não punitiva.
4 - Diretrizes
Podemos de�nir diretriz como sendo a linha reguladora de um caminho, o conjunto
de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação. Da
mesma forma o dicionário eletrônico Priberam conceitua diretriz como uma
“indicação ou instrução que serve de orientação”.
Para que os objetivos especí�cos da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº
6.938/81, enumerados no artigo 4º e vistos anteriormente, não �quem somente no
papel, seu artigo 5º estabelece que as diretrizes serão formuladas em normas e
planos de orientação às ações governamentais, sempre em observância:
aos princípios de planejamento e �scalização do uso dos recursos ambientais;
à racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
à ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o
meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
à proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
ao controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
aos incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
ao acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
à recuperação de áreas degradadas;
à proteção de áreas ameaçadas de degradação;
à educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio
ambiente.
5 - Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente
A Política Nacional do Meio Ambiente destaca 13 instrumentos para execução de
sua política. Trata-se de instrumentos administrativos de gestão ambiental, os
quais podem ser conceituados como mecanismos estatais, legalmente instituídos
na visão de Milaré (2018).
São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, instituídos no artigo 9°
da norma:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental. (BRASIL, 1981.)
Os padrões de qualidade ambiental consistem em parâmetros �xados pela
legislação para regular o lançamento e/ou a emissão de poluentes que variam
conforme a toxicidade do poluente, seu grau de dispersão e o uso do bem
ambiental.O estabelecimento dos padrões de qualidade ambiental também visa ao controle
de substâncias potencialmente prejudiciais à saúde humana, como os padrões
�xados de qualidade da água, do ar, dos níveis de ruídos.
Os padrões são estabelecidos por meio de Resoluções do Conselho Nacional de
Meio Ambiente (Conama), como por exemplo os padrões de qualidade da água,
padrões de qualidade do ar e padrões de qualidade para ruídos.
II - o zoneamento ambiental. (BRASIL, 1981.)
O zoneamento ambiental é uma ferramenta de planejamento integrado e aparece
como uma solução possível para o ordenamento do uso racional dos recursos,
garantindo a manutenção da biodiversidade, os processos naturais e serviços
ambientais ecossistêmicos.
Esse ordenamento territorial faz-se necessário frente ao rápido avanço da fronteira
agrícola, à intensi�cação dos processos de urbanização e à industrialização
associados à escassez de recursos orçamentários destinados ao controle dessas
atividades.
III - a avaliação de impactos ambientais (AIA). (BRASIL, 1981.)
A implantação de qualquer obra ou atividade que de alguma forma cause impacto
ao meio ambiente deve passar por uma avaliação prévia (AIA) para que se possa,
em um primeiro momento, autorizar ou não o empreendimento e, depois, exigir do
empreendedor (pessoa física ou jurídica) ações necessárias para corrigir, mitigar
ou compensar os efeitos negativos que essa obra ou atividade venha a causar ao
meio ambiente.
O Princípio nº 17 da Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento desta que “a avaliação do impacto ambiental, como instrumento
nacional, será efetuada para as atividades planejadas que possam vir a ter um
impacto adverso signi�cativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas à decisão
de uma autoridade nacional competente” (BRASIL, 1992).
A AIA é o conjunto de procedimentos capazes de assegurar que, desde o início do
processo, se faça um exame sistemático dos impactos ambientais de
determinado projeto, programa, plano ou política e das alternativas viáveis. Os
resultados da AIA devem ser apresentados de forma adequada ao público e aos
responsáveis pela tomada da decisão.
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras. (BRASIL, 1981.)
O Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo, uma obrigação
legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente
poluidora ou que venha de qualquer forma a degradar o meio ambiente. Está
previsto na Resolução Conama nº 237/97 e na Lei Complementar nº 140/2011.
Nesse procedimento administrativo, o órgão ambiental competente (seja na esfera
federal, seja na estadual ou municipal) licencia a localização, instalação, ampliação
e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou que possam causar
degradação ao meio ambiente.
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental.
(BRASIL, 1981.)
Esse instrumento tem como �nalidade incentivar a adoção de novos métodos de
produção que contribuam para reduzir os impactos negativos provocados pela
atividade produtiva no meio ambiente, melhorando assim a qualidade ambiental.
A tecnologia consiste em um instrumento fundamental para a proteção do meio
ambiente e o combate à poluição.
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder
Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção
ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas. (BRASIL,
1981.)
As áreas protegidas são espaços territorialmente demarcados, cuja principal
função é a conservação e/ou a preservação de recursos, naturais e/ou culturais a
elas associados.
Área protegida, segundo o artigo 2º da Convenção da Diversidade Biológica (CDB),
“signi�ca uma área de�nida geogra�camente que é destinada, ou regulamentada, e
administrada para alcançar objetivos especí�cos de conservação” (BRASIL, 1992).
O artigo 225, § 1º, inciso III, da Constituição Federal estabeleceu o dever de de�nir,
em todas as unidades da federação, espaços territoriais e seus componentes a
serem especialmente protegidos a �m de assegurar a efetividade do direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado.
É importante observar que espaços territoriais especialmente protegidos não se
confundem com unidades de conservação. Estas são espécies do gênero espaços
territoriais especialmente protegidos.
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente (Sinima).
(BRASIL, 1981.)
O Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (Sinima) é
considerado, pela Política de Informação do Ministério do Meio Ambiente, uma
plataforma conceitual baseada na integração e no compartilhamento de
informações entre os diversos sistemas existentes ou a se construir no âmbito do
Sisnama, conforme dispõe a Portaria nº 160, de 19 de maio de 2009. Trata-se
assim, de instrumento responsável pela gestão da informação no âmbito do
Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
O Decreto nº 99.274/90 regulamentou o Sinima como instrumento da Secretaria
Executiva do Ministério do Meio Ambiente para coordenar o intercâmbio de
informações entre os órgãos integrantes do Sisnama.
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa
Ambiental. (BRASIL, 1981.)
O Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental foi
instituído sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis (Ibama). Tem por �m o registro obrigatório de pessoas físicas
ou jurídicas que se dedicam à consultoria técnica sobre problemas ecológicos e
ambientais e à indústria e ao comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos
destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento
das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação
ambiental. (BRASIL, 1981.)
Esse instrumento tem por �nalidade obrigar a adoção de medidas preventivas,
corretivas e/ou de recuperação do meio ambiente, por aqueles que provocaram
danos ambientais durante a instalação e funcionamento de atividades produtivas.
Tem como base o princípio poluidor-pagador, que imputa àquele que causa dano
ao meio ambiente a obrigatoriedade de reparação do dano.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado
anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis – Ibama. (BRASIL, 1981.)
O Relatório de Qualidade do Meio Ambiente (RQMA) é um documento de
publicação periódica, previsto pela Política Nacional de Meio Ambiente, que visa
apresentar o panorama do estado da qualidade ambiental no Brasil.
Esse relatório sintetiza, sistematiza e analisa informações ambientais para a
gestão dos recursos naturais e a conservação dos ecossistemas em nosso país.
O público-alvo são os gestores de meio ambiente federais, estaduais e municipais,
atores privados de educação e pesquisa, organismos internacionais, organizações
não governamentais, meios de comunicação e o público em geral.
A proposta de elaboração do RQMA pelo Ibama consiste na fundamentação legal
desse mandato institucional, da de�nição de uma metodologia e da proposição de
estratégias e de ações conjuntas para o cumprimento dos objetivos propostos.
Divulgado anualmente, esse instrumento de informação ambiental tem como
objetivo informar à sociedade brasileira o status da qualidade ambiental dos
diversos ecossistemas brasileiros ou mais intrinsecamente dos seus
compartimentos ambientais.
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente,
obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes. (BRASIL,
1981.)
Esse instrumento obriga o Poder Público a produzir informações relativas ao meio
ambiente, de interesse dasociedade se estas não existirem. Para que seja
operacionalizado, é feito um esforço coletivo, por parte dos órgãos públicos e de
instituições – ONGs ambientalistas, empresas nacionais e multinacionais,
organismos multilaterais e universidades.
A Lei nº 10.650/2003 dispõe sobre “o acesso público aos dados e informações
existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama” (BRASIL, 2003).
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras
e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (BRASIL, 1981.)
O Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientais foi instituído sob a administração do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Constitui no registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a
atividades potencialmente poluidoras e/ou a extração, produção, transporte e
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim
como de produtos e subprodutos da fauna e �ora. Também devem cadastrar-se as
pessoas que realizam atividades com substâncias que destroem a camada de
ozônio (sujeitas ao controle pelo Protocolo de Montreal).
XIII - instrumentos econômicos, como concessão �orestal, servidão
ambiental, seguro ambiental e outros. (BRASIL, 1981.)
Os Instrumentos Econômicos (IEs) foram implantados inicialmente nos países da
Comunidade Europeia, propagando-se, posteriormente, pelos países em
desenvolvimento.
As �nalidades dos IEs são remediar as de�ciências do mercado no que se refere à
internalização das externalidades negativas, geradas pelas atividades produtivas, e
melhorar o desempenho da gestão ambiental, em complementação aos
instrumentos tradicionais de Comando e Controle.
A concessão �orestal e a servidão ambiental relacionam-se com áreas de �oresta,
enquanto o seguro ambiental está direcionado a atividades produtivas com
potencial de ocorrerem acidentes que possam causar danos signi�cativos ao meio
ambiente.
 Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA)
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) foi instituído pela Política Nacional do
Meio Ambiente, em seu artigo 6°, que determinou sua estrutura político-administrativa de
gestão. O referido artigo foi alterado com a edição das seguintes normas: Lei nº 7.804/1989;
Lei nº 8.028/1990 e Lei nº 12.856/2013.
A regulamentação do Sisnama ocorreu com a edição do Decreto nº 99.274, de 06 de junho
de 1990, que estabeleceu a sua estrutura no artigo 3º.
O Sisnama é um sistema constituído por entidades e órgãos da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios e pelas fundações instituídas pelo Poder Público,
investidos do poder de polícia ambiental com suas competências (material/administrativa).
Tem por �nalidade dar cumprimento ao princípio-
matriz previsto no artigo 225 da Constituição
Federal de 1988, isto é, proteção e melhoria da
qualidade ambiental, e ainda estabelecer uma rede
de agências governamentais nos diversos níveis
da Federação, visando assegurar os mecanismos
capazes de implantar a Política Nacional do Meio
Ambiente.
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Sua estrutura é formada por:
1 Órgão superior: o Conselho de Governo;
2 Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente Conama;
3 Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente (MMA);
4
Órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio);
5
Órgãos seccionais: os órgãos ou as entidades estaduais responsáveis pela execução
de programas, projetos e pelo controle e �scalização de atividades capazes de
provocar a degradação ambiental;
6
Órgãos locais: os órgãos ou as entidades municipais, responsáveis pelo controle e
�scalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.
O Sisnama existe e atua na medida em que existem e atuam esses órgãos
que o constituem.
 Conselho Nacional do Meio Ambiente
O Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) foi criado pela Política Nacional
do Meio Ambiente, Lei nº 6. 938/81, em seu
artigo 7°. É órgão consultivo e deliberativo
do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(Sisnama).
"O Conama é o órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA)
responsável por estabelecer normas para o licenciamento de
atividades potencialmente poluidoras, determinar a realização
de estudos das alternativas e das possíveis consequências
ambientais de projetos públicos ou privados e avaliar
regularmente a implementação e a execução da política e
normas ambientais do País, estabelecendo sistemas de
indicadores”. Lei nº 6. 938/81"
Conforme preceitua o artigo 6°, inciso II, da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.
938/81, tem por objetivo:
" “assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo
diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e
os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência,
sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de
vida”. PNMA, Lei nº 6. 938/81"
Saiba mais
Veja as atribuições do Conama, no artigo 7° do Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990, que
regulamenta a Política Nacional do Meio Ambiente.
Atenção
A Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938/81, também aborda, em seu artigo 14,
caput e § 1º, o tema Dano e Responsabilidade Ambiental. Contudo, essa matéria será
abordada posteriormente na Aula 8.
 Desfile de Guardiões da Natureza. Fonte: Wikipedia.
 Poder de Polícia Ambiental
O poder de polícia administrativo é a atividade da Administração Pública (expressa em atos
normativos ou concretos) de condicionar, com fundamento em sua supremacia geral e na
forma da lei, a liberdade e a propriedade dos indivíduos, mediante ação ora �scalizadora, ora
preventiva, ora repressiva.
Sob o ponto de vista legal, o único conceito encontrado no ordenamento jurídico brasileiro
sobre o Poder de Polícia está contido na redação do artigo 78 do Código Tributário Nacional
(Lei Federal nº 5.172/66).
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"CTN, artigo 78: Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção
de fato, em razão do interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de
polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos
limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária,
sem abuso ou desvio de poder."
- (BRASIL, 1966.)
O poder de polícia aplicado ao plano ambiental advém da polícia administrativa, ou seja,
aquela que incide sobre bens, direitos e atividades, inerente a toda a Administração Pública.
Está de�nido no artigo 225 da Constituição Federal e é prerrogativa do Poder Público no
âmbito do poder executivo,
"”dotado dos atributos da discricionariedade, da
autoexecutoriedade e da coercitividade, inerentes aos atos
administrativos”."
- (MILARÉ, 2018)
É por meio do poder de polícia ambiental que o Estado, cumprindo uma
disposição constitucional, protege o meio ambiente, elevado à condição
jurídica de bem de uso comum do povo.
Ele é exercido pelas autoridades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(Sisnama), conforme dispõe a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81).
As sanções no campo ambiental devem observar uma gradação das penalidades, de modo
a evitar que as sanções sejam desnecessárias, inadequadas ou desproporcionais. Podem
ser elas:
advertência;
multa simples;
multa diária;
apreensão dos animais, produtos e subprodutos da faunae �ora, instrumentos,
petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na inf class="mb-
0"ração;
destruição ou inutilização do produto;
suspensão de venda e fabricação do produto;
embargo de obra ou atividade;
demolição de obra;
suspensão parcial ou total de atividades e restritiva de direitos.
Vale destacar que, além das sanções oriundas do poder de polícia, a preservação dos
recursos naturais pode ser feita por limitações administrativas de uso, gerais e gratuitas,
sem impedir a normal utilização econômica do bem nem retirar a propriedade do particular.
 Atividade
1. Matéria do Jornal O Globo intitulada Mais de 1 milhão de espécies estão ameaçadas de
extinção narra:
O planeta nunca esteve tão em risco. Um estudo inédito, assinado por cientistas de 50
países, mostrou que mais de 1 milhão de espécies de animais e vegetais podem
desaparecer, muitas já nas próximas décadas. 
 
Há diversos sinais sobre como a Terra está sendo explorada de forma predatória. Os
detritos jogados no litoral já formaram nos oceanos uma imensa "zona morta", maior
do que a do Reino Unido. 
 
Para os cientistas, a população está destruindo sua própria economia e seus meios de
subsistência. Mas ainda há tempo de fazer "transformações imediatas" que salvem os
ecossistemas. (O GLOBO, 2019.)
Dentro do estudo desta aula, quais instrumentos instituídos pela Política Nacional do Meio
Ambiente, em seu artigo 9°, você acredita que ajudariam a cessar a degradação causada ao
meio ambiente?
2. A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) é a principal norma de gestão ambiental do
ordenamento jurídico nacional, implementada em 1981. Essa lei criou:
a) O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA).
b) O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA).
c) O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
d) O Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
e) O Mandado de Segurança Ambiental.
3. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) foi instituído pela seguinte norma
jurídica:
a) Constituição Federal de 1988.
b) Lei de Crimes Ambientais.
c) Política Nacional do Meio Ambiente.
d) Código Florestal.
e) Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza.
4. A Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938/81, é a principal norma de gestão
ambiental nacional. Ela instituiu conceitos importantes para o Direito Ambiental – entre eles,
o conceito de poluidor. Segundo a norma, poluidor é:
a) Pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por
atividade causadora de degradação ambiental.
b) Pessoa jurídica responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação
ambiental.
c) Qualquer pessoa física ou jurídica, responsável diretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental.
d) Qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que diretamente exerça
atividade causadora de degradação ambiental.
e) Qualquer entidade autárquica responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental.
5. São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I. o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental e o zoneamento ambiental.
II. a avaliação de impacto ambiental e o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras.
III. os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de
tecnologia (voltados para a melhoria da qualidade ambiental) e a criação de espaços
territoriais especialmente protegidos pelo poder público federal, estadual e municipal, tais
como áreas de proteção ambiental de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas.
Assinale a opção CORRETA.
a) Apenas os itens I e II estão certos.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.
e) Nenhum item está certo.
6. O poder de polícia aplicado ao plano ambiental advém da polícia administrativa. Sobre
isso é correto a�rmar:
a) Apenas a polícia judiciária exerce o Poder de Polícia Ambiental.
b) É atividade da Administração Pública.
c) É atividade do Conselho Nacional do Meio Ambiente.
d) Apenas a polícia federal pode exercer o Poder de Polícia Ambiental.
e) É atividade exclusiva da União.
Notas
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 25
maio 2019.
______. Decreto nº 3.942, de 27 de setembro de 2001. Dá nova redação aos arts. 4o, 5o, 6o,
7o, 10 e 11 do Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3942.htm.Acesso em: 23 maio 2019.
______. Decreto nº 6.792, de 10 de março de 2009. Altera e acresce dispositivos ao Decreto
no 99.274, de 6 de junho de 1990, para dispor sobre a composição e funcionamento do
Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6792.htm. Acesso em: 23
maio 2019.
______. Decreto nº 9.806, de 28 de maio de 2019. Altera o Decreto nº 99.274, de 6 de junho
de 1990, para dispor sobre a composição e o funcionamento do Conselho Nacional do Meio
Ambiente - Conama. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/decreto/D9806.htm. Acesso em: 7 jun 2019.
______. Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D99274.htm. Acesso em: 23 maio 2019.
______. Decreto no 99.355, de 27 de junho de 1990. Dá nova redação aos arts. 5°, 6°, 10 e 11
do Decreto n° 99,274, de 6 de junho de 1990, que regulamenta as Leis n°s 6.902, de 27 de
abril de 1981, e 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá outras providências. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99355.htm. Acesso em: 23 maio 2019.
______. Lei complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011. Fixa normas, nos termos dos
incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do artigo 23 da Constituição Federal, para a
cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações
administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das
paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em
qualquer de suas formas e à preservação das �orestas, da fauna e da �ora; e altera a Lei no
6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp140.htm. Acesso em: 27 maio. 2011.
______. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios.
Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm. Acesso em: 25 maio 2019.
______. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em:
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g p
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm. Acesso em: 27 maio 2019.
_______. Lei nº 7.804, de 18 de julho de 1989. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7804.htm. Acesso em: 23 maio 2019.
______. Lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990. Disponível em: Dispõe sobre a organização da
presidência da República e dos ministérios e inclui a secretaria do meio ambiente como
órgão da presidência da República e dá outras providências. Disponível em:
//www.ibama.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&legislacao=91788. Acesso
em: 25 maio 2019.
______. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o artigo 225, § 1o, incisos I, II, III e
VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza e dá outras providências. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm. Acesso em: 27 maio 2019.
______. Lei nº 10.650, de 16 de abril de 2003. Dispõe sobre oacesso público aos dados e
informações existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.650.htm. Acesso em: 27 maio. 2019.
_______. Lei nº 11.284, de 02 de março de 2006. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm. Acesso em: 23 maio
de 2019.
______. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;
altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e
11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e
dá outras providências. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12651.htm. Acesso em: 27 maio 2017.
______. Lei nº 12.856, de 2 de setembro de 2013. Transforma cargos vagos da Carreira da
Previdência, da Saúde e do Trabalho, estruturada pela Lei nº 11.355, de 19 de outubro de
2006, em cargos de Analista Ambiental, da Carreira de Especialista em Meio Ambiente, de
que trata a Lei nº 10.410, de 11 de janeiro de 2002; estende a indenização, de que trata o
artigo 16 da Lei nº 8.216, de 13 de agosto de 1991, aos titulares de cargos de Analista
Ambiental e de Técnico Ambiental da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e aos
titulares dos cargos integrantes do Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio
Ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA - PECMA, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006, integrantes dos
Quadros de Pessoal do Ibama e do Instituto Chico Mendes, nas condições que menciona;
altera a Lei nº 10.410, de 11 de janeiro de 2002, que cria e disciplina a Carreira de
Especialista em Meio Ambiente, e a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre
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a Política Nacional do Meio Ambiente, seus �ns e mecanismos de formulação e aplicação.
Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12856.htm.
Acesso em: 25 maio. 2019.
______. Ministério do Meio Ambiente (MMA). CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE
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Meio Ambiente e Desenvolvimento. Brasília, 1992. Disponível em:
//www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/agenda21/Declaracao_Rio_Meio_Ambiente_Desenvolvimento.pdf
. Acesso em: 25 jul. 2019.
______. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Convenção sobre biodiversidade biológica.
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https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_dpg/_arquivos/cdbport.pdf. Acesso em: 27 maio
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a Política de Informação do Ministério do Meio Ambiente. Disponível em:
https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=211075. Acesso em: 27
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______. Resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Disponível em:
//www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html. Acesso em: 27 maio 2019.
Mais de um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção. O Globo, Rio de Janeiro, 6
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MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 18. ed. Revistas dos Tribunais. 2018.
PRIBERAM. Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em:
https://dicionario.priberam.org. Acesso em: 23 maio 2019.
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Direito Ambiental Esquematizado. 5. Ed. São Paulo: Saraiva.
2018.
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de Direito Ambiental. 17. ed. São Paulo: Saraiva. 2018.
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