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AS CONTRIBUIÇÕES DO USO DAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

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AS CONTRIBUIÇÕES DO USO DAS TECNOLOGIAS COMO FERRAMENTA DE 
APRENDIZAGEM 
 
Dayane Aparecida Dias de Sousa1 
Monnei Leticia Borges da Silva2 
Jarbas Glauber Santos Lopes3 
 
RESUMO 
 
Este estudo pretende analisar as formas como os professores utilizam as tecnologias digitais em 
sua prática docente. Nas atividades do dia a dia, frequentemente usamos a tecnologia em nossas 
vidas, então por que não as utilizar na sala de aula como uma ferramenta pedagógica? Para 
responder essa questão, elencamos como objetivo geral analisar as contribuições da inserção 
das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino-aprendizagem. 
Definimos os seguintes objetivos específicos de investigação: Refletir sobre a importância da 
incorporação de novas metodologias na sala de aula; discutir a importância da inserção das 
Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino-aprendizagem; identificar os 
impactos das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino-aprendizagem 
dos alunos; refletir sobre a importância da inserção das Tecnologias de Informação e 
Comunicação na Educação. Por se tratar de um estudo bibliográfico, importantes contribuições 
foram dadas por diversos autores que sintetizaram os efeitos positivos para os professores que 
utilizam as tecnologias digitais, bem como os desafios para implementação na prática docente, 
baseado na nova realidade digital. O presente artigo alcançou os resultados por meio de 
levantamentos e reflexões abordadas em artigos científicos e livros, com relação direta com a 
temática abordada na pesquisa. Conclui-se que, o uso das tecnologias por si só não representa 
mudança pedagógica, se for usada somente como suporte tecnológico para ilustrar a aula, o que 
se torna necessário é que ela seja utilizada como mediação da aprendizagem para que haja uma 
melhoria no processo ensino e aprendizagem. 
 
Palavras-chave: Ferramentas Tecnológicas. Práticas Pedagógicas. Formação docente. 
 
1 INTRODUÇÃO 
A tecnologia revolucionou a forma como recebemos, enviamos e usamos informações 
todos os dias. Os recursos on-line atingem quase todos os aspectos da vida moderna. Uma das 
áreas com maior potencial para o uso destas transformações é sem dúvida a área educacional. 
Mesmo que em ritmo lento ao acompanhar todos os benefícios que a tecnologia oferece, é certo 
 
1 Graduanda em pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás. Email: dayanedias849@gmail.com 
2 Graduanda em pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás. Email: monnyleti@gmasil.com 
3 Professor Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública – UFJF. Especialista em Educação e 
Cultura Digital - UFOP. Email: jarbasest@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
que a invasão de computadores, tablets e outros meios tecnológicos em sala de aula já é um 
processo irreversível, criando com esse avanço novos métodos de ensino, e novas filosofias 
acerca da educação (BARROS, 2022). 
No contexto escolar, a tecnologia transformou a realidade do processo de ensino e 
aprendizagem. Os alunos passaram a utilizar o computador para preparar os trabalhos, dispõem 
de softwares de apresentação de slides para exposição de seminários e podem relacionar os 
conteúdos trabalhados na escola com as notícias do mundo ao seu redor através da internet 
(BRANDÃO, CAVALCANTE, 2015), 
“Atualmente temos diversas mídias educacionais, o grande desafio é saber utilizá-las 
eficientemente e permitir que elas contribuam, de modo mais significativo, para aperfeiçoar as 
práticas pedagógicas” (RODRIGUES JUNIOR, 2014, p. 2). 
Esta pesquisa tem como objetivo geral, elencar os benefícios e contribuições que o uso 
da tecnologia em sala de aula pode promover. Tendo como objetivos específicos refletir sobre 
a importância da incorporação de novas metodologias na sala de aula; discutir a importância da 
inserção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no processo de ensino-
aprendizagem; identificar os impactos das TIC no processo de ensino-aprendizagem dos alunos; 
refletir sobre a importância da inserção das TIC na Educação. 
A abordagem do tema, deve-se ao avanço na tecnologia e nas formas de comunicação, 
a tecnologia aplicada à educação é assunto a se debater e se analisar, de maneira que esta, ainda 
é alvo de grande preconceito ou pré-conceito de grande parte das pessoas, que ainda não 
acreditam que uma maneira diferente de educação possa ensinar, ou formar um profissional. 
A metodologia que foi utilizada, assim como, o embasamento presente neste trabalho, é 
uma pesquisa descritiva e teve seu desenvolvimento baseado na metodologia bibliográfica, 
onde foi possível aprofundar o conteúdo através de livros, artigos, revistas e reportagens. 
“A pesquisa bibliográfica ou de fonte secundarias é a que especificamente interessa a 
esse trabalho. Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, 
revistas, publicações avulsas e impressa escrita” (LAKATOS, 2001, p.43). 
Neste sentido este trabalho visa apresentar os benefícios da utilização das tecnologias 
dentro âmbito educacional, mostrando que esta prática possibilita ao professor/tutor a utilização 
 
 
 
 
 
 
de métodos não convencionais, de modo a alcançar melhores resultados no quesito de aplicação 
dos conteúdos acadêmicos. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Nesta seção, aborda-se a Tecnologia Digital na Educação, as contribuições e os desafios 
do uso de ferramentas tecnológicas no contexto escolar. Nas atividades do dia a dia, 
frequentemente usamos a tecnologia em nossas vidas, então por que não as utilizar na sala de 
aula como uma ferramenta pedagógica? 
 
2.1 Tecnologias digitais na educação 
 
 Não se pode negar que as Tecnologias Digitais estão cada vez mais presentes em 
atividades cotidianas. O uso dos celulares, tabletes e computadores está cada vez mais comum 
entre adultos, crianças e jovens. Inserir todos esses recursos no processo de ensino e 
aprendizagem se faz necessário por se tratar de um avanço necessário a sociedade. 
Como o uso da tecnologia está presente em nossas rotinas e desta maneira também na 
educação se torna interessante, que sejam desenvolvidos métodos que associam as ferramentas 
da tecnologia, na prática, escolar. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9.394, de 20 de dezembro de 
1996, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. No seu artigo 1º coloca, de forma 
geral, o conceito de educação, ressaltando que a educação escolar não deve ficar distante das 
questões da atualidade, no que se refere ao trabalho e relações sociais, o Art. 1° e § 2º dessa lei 
afirma que: 
“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na 
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais 
e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. No seu artigo 2º, aponta que, 
“a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de 
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1996). 
 
 
 
 
 
 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 1996, orienta acerca da 
inclusão das tecnologias de informação e comunicação na educação como forma de 
alfabetização digital em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior. 
Assim, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê adotar o digital como uma 
nova linguagem e indica que as tecnologias digitais sejam o alicerce das práticas pedagógicas 
a serem desenvolvidas, delineando um cenário favorável às práticas docentes inovadoras. Neste 
contexto, a BNCC destaca que: 
 
Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovido mudanças sociais 
significativas nas sociedades contemporâneas. Em decorrência do avanço e da multiplicação 
das tecnologias de informaçãoe comunicação e do crescente acesso a elas pela maior 
disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins, os estudantes estão 
dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como consumidores. Os jovens têm se 
engajado cada vez mais como protagonistas da cultura digital, envolvendo-se diretamente em 
novas formas de interação multimidiática e multimodal e de atuação social em rede, que se 
realizam de modo cada vez mais ágil (BRASIL, 2018, p. 61). 
 
Em consonância com a BNCC, Mendonça e Soares (2019) destacam ser função da 
escola incorporar em sua comunidade, práticas pedagógicas que permitam a aproximação com 
o mundo atual, já que esta é uma das agências de letramento de relevância no meio social. Nas 
mesmas obras o autor reafirma que a escola reúne condições para proporcionar ao aluno a 
possibilidade de dialogar, de se expressar em diferentes linguagens, a fim de desenvolver as 
competências requeridas para o século XXI 
De acordo com Barbosa et al. (2014) diante dessa situação, as escolas enfrentam o 
desafio de despertar nos alunos o interesse pela aprendizagem, pois os métodos de ensino ainda 
são percebidos globalmente como centrados nos modelos tradicionais de ensino. 
Fica evidente que a escola pode diligenciar os debates sobre tecnologias, ser o espaço 
de acesso do aluno na sociedade e assim contribuir para o processo formativo de sua 
comunidade diante das tecnologias digitais. 
 “Nossas escolas, que visam contribuir para que os indivíduos participem ativa e 
criticamente da dinâmica social, podem e devem investir na nova eficiência e competência, 
baseadas numa lógica do virtualizante” (LIMA JÚNIOR, 2007, p. 67). 
Bergmann (2010) também fortalece essa visão, destacando a importância de se 
conseguir inserir essas tecnologias no contexto escolar, fazendo com que o professor consiga 
 
 
 
 
 
 
unir conhecimento, informação e, consequentemente, promover novas estratégias 
metodológicas mediadas pelos usos das tecnologias digitais com a intenção de favorecer a 
inclusão digital na sala de aula. 
Portanto, como afirma Bergmann, (2010): 
 
A educação está diante de um desafio: inserir as novas tecnologias da informação e 
comunicação na escola com vistas a promover a alfabetização tecnológica, a 
democratizar o acesso às tecnologias da informação e comunicação para alunos e 
comunidade, e, consequentemente, para a melhoria da qualidade do ensino. Para tanto, 
não é suficiente investir apenas na infraestrutura física, com a criação de laboratórios 
de informáticas nas escolas e a compra de equipamentos sofisticados, se não se 
investir na formação dos professores, formação do educador para operá-los e saber 
utilizá-los com finalidades educativas (BERGMANN, 2010, p. 2). 
 
Com isso, para efetivamente transformar as escolas em espaços digitalmente inclusivos, 
não basta o acesso às tecnologias de informação e comunicação, é necessário promover a 
alfabetização e o letramento digital, tornando acessíveis às tecnologias e as informações que 
circulam nos meios digitais (BERGMANN, 2010). 
LIBÂNEO (2007, p.309) afirma que: “o grande objetivo das escolas é a aprendizagem 
dos alunos, e a organização escolar necessária é a que leva a melhorar a qualidade dessa 
aprendizagem”. 
Sendo assim, para as escolas e educadores, a necessidade criada pelo uso da TIC, é saber 
como aplicar todo o potencial existente no sistema educacional, especialmente nos seus 
componentes pedagógicos e processos de ensino e de aprendizagem. 
Nessa perspectiva, Crok (2008) afirma que as ferramentas tecnológicas devem satisfazer 
objetivos específicos de aprendizagem, tais como envolver o aluno na construção do 
conhecimento, potencializar a criatividade e a expressividade, promover a interação e o trabalho 
colaborativo, explorar formas de aprendizagem autônoma e permitir a apresentação dos seus 
trabalhos a um público. 
Portanto, os autores citados, corrobora que é essencial o professor adotar iniciativa de 
viabilizar o aprendizado colaborativo através da interatividade permitida pelo uso de recursos 
tecnológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 Contribuições das tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem 
 
Ao longo do último século e nas duas primeiras décadas do século XXI, a humanidade 
experimentou um crescimento tecnológico exponencial. Esses avanços provocaram mudanças 
na vida social, na forma como a arte, a cultura, os modos de produção, a interação humana, a 
saúde e, principalmente, na educação. 
Essas tecnologias estão transformando o modo como a humanidade desenvolve suas 
atividades, assim como a maneira com que as pessoas pensam, resolvem problemas, acessam a 
informação e se relacionam socialmente (VALENTE, 2018). 
Dessa forma, pode se compreender que a tecnologia tem contribuído para o surgimento 
e desenvolvimento do que se conhece por cultura digital. 
O uso da tecnologia tanto no ambiente escolar quanto na vida social amplia as 
possibilidades de construção e aquisição do conhecimento, pois o acesso à informação pode 
ocorrer em qualquer tempo e espaço. 
Segundo Moran (2010, p.01), 
 
As Tecnologias Digitais hoje são muitas, acessíveis, instantâneas e podem ser 
utilizadas para aprender em qualquer lugar, tempo e de muitas formas. O que faz a 
diferença não são os aplicativos, mas estarem nas mãos de educadores, gestores (e 
estudantes) com uma mente aberta e criativa, capaz de encantar, de fazer sonhar e 
inspirar. Professores interessantes desenham atividades interessantes, gravam vídeos 
atraentes. Professores afetivos conseguem comunicar-se de forma acolhedora com 
seus estudantes através de qualquer aplicativo, plataforma ou rede social (MORAN, 
2010, p.01). 
 
Compreende-se que a relação entre tecnologia e educação é importante, e torna-se 
oportuno refletir e discutir como o uso dessa ferramenta pode facilitar os processos de 
alfabetização das crianças. É nesse contexto que Costa, Cassimiro e Silva (2021) asseguram 
que: 
 
A utilização desses recursos tecnológicos tem impacto positivo em todo o processo de 
aprendizagem em sala de aula, com melhores índices de aprendizagem, maior atenção 
e motivação dos alunos pelo conteúdo ensinado, potencializando o desenvolvimento 
da leitura e escrita (COSTA, CASSIMIRO, SILVA, 2021. p.108). 
 
 
 
 
 
 
 
Quando se fala em recursos tecnológicos, é importante mencionar que o professor 
precisa tê-los à sua disposição, pois esses recursos podem auxiliá-lo tanto em sua prática 
docente quanto em atividades extracurriculares. 
Nessa perspectiva, Toledo (2015) afirma haver diversas formas de aperfeiçoar a 
transmissão do conhecimento nas escolas, pois: 
 
O uso de recursos tecnológicos (computador, recursos multimídias, softwares 
educativos), que auxiliam tanto o professor quanto o aluno durante o processo de 
aprendizagem, proporcionando condições, ao professor, para ministrar aulas de forma 
mais criativa, acompanhando as transformações e mudanças que ocorrem quando o 
aluno passa a exercer sua independência na procura e seleção de informações e na 
resolução de problemas, tornando se assim o ator principal na construção do seu 
conhecimento (TOLEDO, 2015, p.26). 
 
Ainda segundo Toledo (2015), o computador não é mais o instrumento com total 
controle sobre quem está aprendendo, mas sim a ferramenta de qual o aluno se beneficia e com 
ela desenvolve suas atividades. Valle (2013), também concorda que “o computador é uma 
ferramenta que veio para ficar, pois aumenta a produtividade e eficiência na aprendizagem, 
significativamente, desde que sejam bem aproveitados os seus recursos”. 
Portanto, para que a utilização dos computadores como ferramenta no processo de 
ensino e aprendizagem traga contribuições significativas, é preciso conhecer e compreender 
como acontece o ensino com apropriação das novas influências tecnológicas no contexto da 
sala de aula. 
Diante do atualcenário onde a sociedade tem vivenciado, Mercado (1999) afirma que: 
 
As novas tecnologias criam novas chances de reformular as relações entre alunos e 
professores e de rever a relação da escola com o meio social, a diversificar os espaços 
de construção do conhecimento, ao revolucionar os processos e metodologias de 
aprendizagem, permitindo à escola um novo diálogo com os indivíduos e com o 
mundo (MERCADO, 1999, p.27). 
 
Fica evidente que a presença das novas tecnologias oferece ferramentas que não apenas 
orientam os docentes a atuarem de forma interativa, mas também no sentido de preparar os 
alunos para usufruir e especialmente, para torná-los críticos e conscientes das mídias que 
servem de suporte para uma aprendizagem de excelência. 
De acordo com Leite (1996), as tecnologias potencializam diferentes alternativas nas 
formas de agir, pensar e sentir, fazendo parte do nosso dia a dia, sendo um instrumento para a 
 
 
 
 
 
 
inserção do cidadão na sociedade, ampliando sua leitura de mundo e possibilitando sua ação 
crítica e transformadora. 
Espera-se que as escolas permitam e promovam a inclusão digital, até porque a 
utilização de recursos tecnológicos na sala de aula pode ir de encontro às necessidades de 
diferentes domínios, que exigem uma maior proficiência tecnológica dos indivíduos para serem 
praticadas com sucesso em vários contextos (pessoal, social, acadêmico, profissional, etc...), 
conforme afirmam Costa e Dal Forno: 
 
A educação e a sociedade encontram-se em constante processo evolutivo e de 
adaptação com os avanços tecnológicos. Os meios de comunicação passaram a utilizar 
a informação de maneira virtual e, a partir disso, impuseram, de certa maneira, que os 
indivíduos também se adequassem para utilizar as novas ferramentas e recursos 
disponíveis. O acesso às novas mídias digitais passou a integrar o cotidiano de muitas 
pessoas, auxiliando em tarefas, modificando as formas de comunicação. A sociedade 
e, principalmente, seus indivíduos tiveram que se adaptar a esse novo modelo, 
buscando conhecimento para não serem excluídos desses novos conceitos 
tecnológicos. Todas essas modificações trouxeram para a sociedade a busca da 
inclusão digital na educação (COSTA; DAL FORNO, 2011, p. 18). 
 
Portanto, conforme destacam os autores, a educação precisa conciliar os diferentes 
objetivos de formação do aluno e não se limitar à transmissão inconsciente de conhecimentos. 
O emprego das Tecnologias de informação e comunicação possibilita que o aluno assuma a 
responsabilidade das suas aprendizagens. A escola já não deve ser vista como a instituição de 
ensino que fornece uma série de conhecimentos, mas sim que desenvolve atividades de modo 
que os alunos se tornem capazes, criativos, competitivos e inovadores (PAIVA et al, 2010). 
Assim, ao se adaptar e assimilar as novas tecnologias, além de facilitar o aprendizado, 
cria certo nível de criatividade, julgamentos de valor, aumenta a autoestima dos usuários e, 
além disso, permite que eles adquiram novos valores. 
A inserção da tecnologia nas escolas proporciona a abertura da mente do estudante, a 
partir do momento em que ele começa a aprender conceitos e técnicas novas, possibilitando o 
surgimento de boas oportunidades no futuro profissional (HANSON et al, 2006). 
Portanto, criar ambientes diferenciados dentro de nossas escolas precisa ser encarado 
como uma forma de adequar novas aprendizagens aos momentos que vivenciam. Nesse sentido, 
é importante ressaltar que essas ferramentas tecnológicas, além de facilitar a aquisição de novos 
 
 
 
 
 
 
conhecimentos, podem servir de base para novas adaptações de diversos sistemas de difusão de 
conhecimento para aprimorar, transferir e transformar fatores complexos em algo prazeroso. 
 
2.3 Desafios com o uso das tecnologias digitais na educação 
 
Utilizar-se de recursos tecnológicos no processo de ensino aprendizagem, torna-se cada 
vez, mais necessário, pois torna as aulas mais dinâmicas, atrativas, como proporciona aos 
alunos uma forma diferente de ensino. Para que de fato isso ocorra e se concretize de maneira 
que todos que estão envolvidos nesse processo sintam-se satisfeitos e beneficiados, a questão 
das TICs deve ser bem desenvolvida, a forma de ensinar e aprender podem ser beneficiados por 
essas tecnologias, como exemplo, a Internet, que oferece e traz uma diversidade de 
informações, mídias e softwares, que auxiliam na aprendizagem. 
Embora a tecnologia digital esteja hoje interligada à prática pedagógica, é necessário 
apresentar um objetivo pedagógico no contexto escolar, neste sentindo Rocha (2008) enfatiza 
que: 
 
Embora seja um instrumento fabuloso devido a sua grande capacidade de 
armazenamento de dados e a facilidade na sua manipulação não se pode esquecer que 
este equipamento não foi desenvolvido com fins pedagógicos, e por isso é importante 
que se lance sobre o mesmo um olhar crítico e que se busque, face às teorias e práticas 
pedagógicas, o bom uso deste recurso. O mesmo só será uma excelente ferramenta, se 
houver a consciência de que possibilitará mais rapidamente o acesso ao conhecimento 
e não, somente, utilizado como uma máquina de escrever, de entretenimento, de 
armazenagem de dados (ROCHA,2008, p.1). 
 
Rocha (2008), destaca que os recursos tecnológicos podem proporcionar métodos 
inovadores na sala, tornando a aula mais interessante, possibilitando que as crianças aprendam 
de uma maneira divertida, dinâmica e atrativa, tornando assim o aprendizado mais prazeroso. 
Se por um lado o uso das novas tecnologias tem seus méritos, o acesso à estas 
ferramentas, conteúdos digitais e os diversos recursos que as novas tecnologias proporcionam 
ainda se revela uma tarefa desafiadora, de acordo com Moran (2010) 
 
Quanto mais avança a tecnologia, mais se torna importante termos educadores 
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que 
saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, 
porque dele saímos enriquecidos (MORAN, 2010, p.12). 
 
 
 
 
 
 
 
Martinhão (2016) destaca que os professores, mesmo inseridos em um ambiente cercado 
por tecnologias digitais, subutilizam esses instrumentos, sendo que há maior ênfase nas 
atividades de ensino nas quais o professor é o protagonista, do que naquelas em que há maior 
participação dos alunos. 
Para poder aplicar as tecnologias na prática pedagógica, os professores necessitam 
sempre está em formação, assim Caron (2011) afirma que: 
 
A formação de profissionais da educação vem se constituindo cada vez mais uma 
tarefa urgente, pelo entendimento de que para a melhoria da qualidade na educação a 
formação de professores para o trabalho pedagógico é de vital importância, e é 
fundamental para o êxito na implantação de propostas curriculares (CARON, 2011, 
p.190). 
 
Portanto, a formação de professores na área de Tecnologias digitais de informação e 
comunicação se faz necessária, pois com o advento das tecnologias, tornou-se possível repensar 
o papel do profissional da educação e a importância de investimentos na formação continuada 
dos professores. 
As novas tecnologias já fazem parte do cotidiano de alunos e professores, porém, isso 
não significa que o uso está sendo realizado adequadamente no contexto educacional, pois a 
falta de preparo de muitos docentes, as dificuldades de atualização e de formação continuada, 
torna o uso ineficiente. 
É grande o desafio de conscientizar os professores quanto à importância de utilizar 
ferramentas tecnológicas com maior frequência. Com isso, deve-se realizar ações, como 
formações continuadas, para preparar e incentivar o uso de tecnologia, na prática docente. 
Jordão (2009) destaca a importância da formação continuada do corpo docente das instituições 
escolares. 
 
A formação do professor deve ocorrer de forma permanente e para a vida toda. Sempresurgirão novos recursos, novas tecnologias e novas estratégias de ensino e 
aprendizagem. O professor precisa ser um pesquisador permanente, que busca novas 
formas de ensinar e apoiar educandos em seu processo de aprendizagem (JORDÃO, 
2009, p. 12). 
 
 
 
 
 
 
 
Neste sentido, é importante destacar que o educador deve sempre buscar novas 
capacitações para adquirir habilidades e técnicas para lidar com estes instrumentos em sala de 
aula, pois são ferramentas de forte influência no processo de ensino aprendizagem. 
De acordo com Almeida (2004), para que se possa desfrutar dos benefícios oferecidos 
pelas tecnologias de comunicação e informação no ambiente escolar, é preciso considerar as 
técnicas que envolvem seu uso, ou seja, a necessidade de ter conhecimento e domínio sobre os 
mesmos. 
Com a inserção das tecnologias, as escolas tendem a formar alunos proativos, criativos, 
autônomos e críticos em relação à diversidade de conhecimentos que podem ser explorados em 
sala de aula para contextualizar a aprendizagem à medida que os ambientes sociais e 
educacionais mudam. 
Segundo Valente (1993) as tecnologias educativas são ferramentas que estão 
disponíveis e, quando bem utilizadas, produzem transformações significativas no processo de 
ensino e aprendizagem. 
A incorporação das novas tecnologias como conteúdos básicos comuns é um elemento 
que pode contribuir para uma maior vinculação entre os contextos de ensino e as culturas que 
se desenvolvem fora do âmbito escolar. 
Mercado (2002) afirma que: 
 
As instituições educacionais enfrentam o desafio não apenas de incorporar as novas 
tecnologias como conteúdo do ensino, mas também reconhecer a partir das 
concepções que os aprendizes têm sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver 
e avaliar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição 
reflexiva sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos (MERCADO, 2002, p. 12). 
 
Ao entender a tecnologia digital como parceira no desenvolvimento do conhecimento 
dos alunos, os professores se deparam com um amplo leque de possibilidades para auxiliá-lo 
no processo de ensino e aprendizagem, vinculando o uso da tecnologia digital à matriz 
curricular. Assim, o uso de tecnologias digitais como recursos instrucionais, deve facilitar a 
construção do conhecimento coletivo, mediado pelo professor. 
Nesse contexto, BRITO (2006, p. 20) destaca que “estamos em um mundo onde as 
tecnologias interferem no cotidiano, sendo relevante, assim, que a educação também envolva a 
 
 
 
 
 
 
democratização do acesso ao conhecimento, à produção e à interpretação das tecnologias”, pois 
incorporar a tecnologia digital nas atividades dos alunos é benéfico por fazer parte da realidade 
das crianças. 
Contudo, fica claro que a tecnologia passou a fazer parte da nossa vivência e precisa 
estar mais presente em sala de aula, já que estamos em uma geração totalmente conectada. 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A tecnologia está em todos os lugares, inclusive nas escolas e pesquisar as contribuições 
do uso de ferramentas tecnológicas, na prática, docente, se faz necessário para tentar 
compreender que essas podem agregar melhorias na qualidade do trabalho desenvolvido nos 
ambientes escolares. A utilização da tecnologia digital como recurso pedagógico nas escolas 
atuais é entendida aqui como um mecanismo de transformação da educação por meio de práticas 
inovadoras. 
Assim a pesquisa nos fornece uma rica compreensão de qualquer assunto, e é por isso 
que pode ser considerada uma arte. Aprender a pesquisar e usar essas informações para auxiliar 
e facilitar seu aprendizado, autoconhecimento e a arte do crescimento pessoal e coletivo. Nesse 
contexto, Matos e Vieira (2002, p. 39) apontam que “O prazer de conhecer através da pesquisa 
não, é algo abstrato, requer atitudes, cuidados e procedimentos específicos, diante da realidade 
que se planeja investigar.” 
A pesquisa em questão se concretizou por meio de fontes primárias e secundárias, 
caracterizando-se como qualitativa, documental e procedimentos de uma pesquisa bibliográfica 
com caráter teórico, tendo como base a análise de documentos educacionais e obras referentes 
ao uso das tecnologias no campo da educação, buscando compreender as ações que 
proporcionaram o conteúdo disposto pelas políticas públicas, bem como no que se referem às 
tecnologias 
Lakatos e Marconi (2007) afirmam a pesquisa bibliográfica pode ser considerada 
primeiro passo de toda pesquisa científica, tendo como finalidade colocar o pesquisador em 
contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto. 
Andrade (2010) define a pesquisa bibliográfica, como: 
 
 
 
 
 
 
 
A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez 
que constitui o primeiro passo para todas as atividades acadêmicas. Uma pesquisa de 
laboratório ou de campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica 
preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monográficas não 
dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na 
delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas 
citações, na apresentação das conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos os 
alunos realizarão pesquisas de laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro que 
todos, sem exceção, para elaborar os diversos trabalhos solicitados, deverão 
empreender pesquisas bibliográficas (ANDRADE, 2010, p. 25). 
 
A pesquisa bibliográfica está inserida principalmente no meio acadêmico, com a 
finalidade de aprimoramento e atualização do conhecimento, por uma investigação científica 
de obras já publicadas. 
Com abordagem qualitativa, visando o caráter subjetivo do objeto em foco analisado, 
classificando a pertinência da pesquisa com o assunto e objetivos pretendidos, trazendo as 
informações e aproximando-as realidade vivenciada hoje, tendo em vista que as obras se 
complementam entre si e também o conhecimento já adquirido pela vivência que a sociedade 
oportuniza. 
 
A pesquisa qualitativa (...) está relacionada aos significados que as pessoas atribuem 
às suas experiências do mundo social e a como as pessoas compreendem esse mundo. 
Tenta, portanto, interpretar os fenômenos sociais (interações, comportamentos, etc.) 
em termos de sentidos que as pessoas lhes dão; em função disso, é comumente referida 
como pesquisa interpretativa (POPE; MAYS, 2005, p.13). 
 
Fica evidente, que a pesquisa qualitativa se expressa mais pelo desenvolvimento de 
conceitos a partir de fatos, ideias ou opiniões, e do entendimento indutivo e interpretativo que 
se atribui aos dados descobertos, associados ao problema de pesquisa. 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os avanços tecnológicos alteram a vida das pessoas. Estas mudanças são percebidas em 
diferentes âmbitos sociais, econômicos, políticos e culturais e revolucionam o quotidiano. 
 
 
 
 
 
 
Nesse contexto, educação não é exceção, esta área que influencia muitos avanços tecnológicos, 
em consequência, escolas, professores e alunos precisam de se adaptar às novas tecnologias e 
buscar novas formas de utilizar esses recursos para que possam auxiliá-los em seu dia a dia. 
Ainda assim com obstáculos e desafios,os avanços com o uso das tecnologias acessíveis 
são notáveis, tornando mais próximo da realidade da sociedade a maneira de ensinar e aprender, 
assim Moran (2000) afirma que: 
 
[...] na sociedade da informação, todos estamos reaprendendo a conhecer, a 
comunicar-nos, a ensinar; reaprendendo a integrar o humano e o tecnológico, a 
integrar o individual, o grupal e o social. É importante conectar sempre o ensino com 
a vida do aluno. Chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis: pela experiência, 
pela imagem, pelo som, pela representação (dramatizações, simulações), pela 
multimídia, pela interação on-linee off-line. (MORAN, 2000, p.61). 
 
As novas tecnologias, portanto, tem o papel de desenvolver uma cidadania consciente, 
logo, é fundamental para que os professores acompanhem essas mudanças, buscando uma 
formação que o ajude a se desenvolver, a refletir criticamente e a poder avaliar o processo de 
ensino aprendizagem. 
Conforme Teodoro e Freitas (1992, p.28), as tecnologias de informações auxiliam muito 
no ambiente escolar e no processo de ensino e aprendizagem, pois enriquece o meio e 
proporciona maior autonomia ao professor e estudante, visto que: 
 
Disponibilizar ferramentas que ajudam a deslocar o centro do processo 
ensino/aprendizagem para o aluno, favorecendo a sua autonomia e enriquecendo o 
ambiente onde a mesma se desenvolve. Permitem a exploração de situações, que de 
outra forma seria muito difícil realizar. Possibilitam ainda a professores e alunos a 
utilização de recursos poderosos, bem como, a produção de materiais de qualidade 
superior aos convencionais (Teodoro & Freitas, 1992, p.28). 
 
Leite et al (2003), comenta que as tecnologias potencializam diferentes alternativas nas 
formas de agir, pensar e sentir, fazendo parte do nosso dia-a-dia, sendo um instrumento para a 
inserção do cidadão na sociedade, ampliando sua leitura de mundo e possibilitando sua ação 
crítica e transformadora. 
As crianças de hoje nascem e crescem cercadas por novas tecnologias, e a facilidade 
com que são expostas à essas ferramentas, nos faz questionar quais possibilidades elas trazem 
para nossos filhos. 
 
 
 
 
 
 
Segundo Barbosa et al. (2014) a tecnologia digital serve para ajudar as crianças na 
tomada de decisões e resolução de problemas, analisar e observar; é uma excelente forma de 
comunicação, pois podem estar em contato com pessoas de outros lugares; é uma janela que se 
abre para o conhecimento, com o clique de um botão as crianças podem acessar qualquer tipo 
de informação; podem ser utilizadas como ferramentas de apoio escolar e auxiliar na melhoria 
dos resultados acadêmicos e elas são uma ótima ferramenta para ajudar crianças com algum 
tipo de deficiência ou problema de aprendizagem. Portanto, deve ser destacar que sem o apoio 
da escola e da família, esses aspectos podem causar graves problemas. 
Portanto, na visão dos autores, é importante enfatizar o papel da tecnologia no 
desenvolvimento cognitivo das crianças, no crescimento e formação de habilidades de 
desempenho acadêmico. Nesse contexto, Muller (2005, p. 19) afirma que: 
 
A escola deve buscar inovação, pois está inserida em uma sociedade em que a 
tecnologia avança rapidamente e a distância entre os que têm e os que não têm acesso 
ao computador, com conexão à rede mundial, cresce a cada dia. No mundo 
contemporâneo, onde as tecnologias de informação e comunicação ainda não chegam 
à maior parte da população do planeta, em que pese o ritmo veloz de sua disseminação, 
precisamos diminuir essa distância, entre os mais e os menos favorecidos 
economicamente. Esse é um dos papéis da escola, que tem como objetivo/meta, no 
seu Projeto Político Pedagógico, a formação de cidadãos pensantes, críticos e criativos 
(MULLER, 2005, p.19). 
 
Portanto, a tecnologia no ensino propicia para alunos e professores, uma nova forma de 
ensinar e aprender, integrando valores e competências nas atividades educacionais. 
Por conta desse avanço, a Base Nacional Comum Curricular contempla, o 
desenvolvimento de competências, e habilidades relacionadas ao uso crítico e responsável das 
tecnologias digitais, em todas as áreas do conhecimento, tendo como fim a expansão de 
competências relacionadas ao próprio uso das tecnologias, recursos e linguagens digitais, ou 
melhor, para o desenvolvimento de competências de compreensão, uso e criação de TDICs em 
diversas práticas sociais, como destaca a competência geral 5: 
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as 
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir 
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal 
e coletiva.” (BNCC, 2018) 
 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
 
 
 
 
 
 
A escola tem o papel de desenvolver a cidadania consciente, por isso é fundamental que 
os professores acompanhem a mudança e, nesse sentido, buscar capacitação ajuda os 
professores a se desenvolver, refletir criticamente e poder avaliar a qualidade do ensino. 
Lalueza et al., (2009) afirma que: 
 
A tecnologia contribui para orientar o desenvolvimento humano, pois opera na zona 
de desenvolvimento proximal de cada indivíduo por meio da internalização das 
habilidades cognitivas requeridas pelos sistemas de ferramentas correspondentes a 
cada momento histórico. Assim, cada cultura se caracteriza por gerar contextos de 
atividades mediados por sistemas de ferramentas, os quais promovem práticas que 
supõem maneiras particulares de pensar e de organizar a mente (LALUEZA et al., 
2010, p. 51). 
 
As Tecnologias da Informação e Comunicação são ferramentas importantes que 
permitem ao professor promover a interação entre os conteúdos trabalhados em sala e as outras 
formas de conhecimentos que podem ser estendidas, além do espaço de sala de aula. 
Portanto, é preciso ressaltar que dessa forma, o professor precisa se conscientizar cada 
vez mais da importância de suas intervenções em sala de aula e deve saber planejar, desenvolver 
e avaliar a aula utilizando as tecnologias digitais. 
Diante das reflexões realizadas ao longo deste artigo, buscou-se superar alguns estigmas 
sobre o uso das TICs no contexto educacional, uma vez que muitas escolas que atuam no campo 
da educação profissional criam inúmeras expectativas por terem uma estrutura com tecnologia 
de ponta, como laboratórios, internet de boa qualidade, lousa digital, salas de videoconferência, 
entre outros, a fim de ampliarem o leque de situações de aprendizagens que possam dialogar 
com o mundo do trabalho. Entretanto, quando não se investem em políticas de formação 
docente para o uso de novas tecnologias, corre-se o risco de as TICs serem utilizadas como fim 
do processo de ensino e aprendizagem e não como meios de dinamizar a produção do 
conhecimento e propor a interatividade das redes de saberes. 
É compreensível, portanto, que só possamos dizer que estamos inovando no ensino 
quando passamos a utilizar as TIC em nossa prática pedagógica condizentemente visando a 
aprendizagem e suas possibilidades pedagógicas. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Os recursos tecnológicos se relacionam com as mais diversas áreas do conhecimento e 
estão presentes no cotidiano das pessoas. Na prática, computadores, tablets, celulares, etc. 
tornaram-se ferramentas de apoio à construção do conhecimento por meio da tecnologia da 
informação. 
Portanto, o uso desses recursos digitais aplicados à educação pode ajudar a otimizar as 
atividades em sala de aula, tirando o aluno da posição de espectador e o colocando na linha de 
frente de seu estudo como protagonista, com a mão na massa. A facilidade que os alunos 
possuem com a tecnologia também é um fator benéfico porque os mesmos acabam 
desenvolvendo as atividades propostas rapidamente. 
A integração da tecnologia no âmbito educacional possibilita a criação de novos 
métodos e modalidades de ensino, para atender os mais diversos estilos de discentes, auxiliando 
na interação do professor com o aluno, e possibilitando um aprendizado alternativo. 
Portanto, a abrangência do conteúdo é um fator que precisa ser enfatizado, pois existem 
inúmeras atividades e softwares que podem ser utilizados em sala de aula e até beneficiar o 
professor, permitindo que ele trabalhe com os alunos sobre os recursos. Os professores também 
podem encontrar melhores conteúdopara apresentar em sala de aula da melhor maneira 
possível, e também podem preparar e organizar as aulas de forma mais eficaz. 
Nesse sentido, fica claro como a tecnologia pode cumprir os objetivos educacionais, 
ajudando os professores a trabalhar e os alunos a aprender. 
Acima de tudo, portanto, a combinação de recursos para resultados positivos na 
educação só pode ocorrer enquanto as escolas abram suas portas para a moderna tecnologia 
educacional e se vejam como objetos dessa tecnologia e não como sujeitos dela. Pois enquanto 
a educação é entendida como um processo de ensino e aprendizagem, certamente podemos 
entender a tecnologia como uma aplicação que ajuda a esclarecer esse processo com mais 
eficiência. 
Com isso em mente, acreditamos que os professores têm um papel a desempenhar nesse 
processo. Trata-se de testar ferramentas existentes e outras novas para determinar com os alunos 
o quão fundamentais são tais recursos para facilitar e catalisar a produção e disseminar 
conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
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