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Behaviorismo Análise Experimental do Comportamento Layse Santos - CRP15/3713 Doutoranda em ABA Aplicada à Educação Especial. Mestre em Ensino em Saúde Especialista em Teorias Comportamentais Especialista em Neuropsicologia J. B. Watson Behaviorismo Metodológico 1913 – A Psicologia como um behaviorista a vê. Manifesto Behaviorista B. F. Skinner Behaviorismo Radical - 1930 1945 – Análise operacional de termos psicológicos 1974 – Sobre o Comportamento Aspectos Semelhantes Objeto de estudo é o comportamento Baseia-se na teoria da evolução da espécie Determinismo Materialíssimo / probabilístico Rejeita e opõem-se ao Mentalismo Aspectos Semelhantes Pragmatismo: Procedimentos objetivos para coleta de dados Observação e experimentação Divergências BEHAVIORISMO METODOLÓGICO BEHAVIORISMO RADICAL Dualista Monista Relação Causal Relação funcional Experimentação / modelo causal Estatística - uso de grupo controle, IOA Estudos com sujeito único - sujeito é o seu próprio controle Apenas comportamentos observáveis são passiveis de estudo Eventos públicos e privados são legítimos objetos de estudo. Behaviorismo Radical Distinção entre Behaviorismo Radical e Análise do Comportamento. – Skinner (Sobre o Comportamento / 1974) Behaviorismo Radical (visão de homem) Análise do Comportamento (relação homem-ambiente) Análise do Comportamento Behaviorismo Radical Pressupõe que todo o comportamento é multideterminado e que suas causas podem ser encontradas. Determinismo (determinismo probabilístico) – pressupõe que todos os eventos (comportamentos) devem ser multi-causados por outros eventos. Considera comportamentos manifestos ou encobertos, verbais ou não verbais, como passíveis de serem estudados. Materialismo – não considera que existam alma e corpo ou mente e físico. Análise do Comportamento Behaviorismo Radical Tem o comportamento como objeto de estudo (fazer, dizer e pensar). Darwinismo – variação e seleção são parte do processo de evolução. – Três níveis de seleção Utiliza a análise funcional como método. Pragmatismo – Regras científicas são as regras para uma ação efetiva sobre o mundo e não dependem de consenso entre observadores. Criticas e Equívocos Porque é determinista, nega a liberdade humana e torna o homem um escravo do ambiente. Porque é materialista e não considera lícita a existência de uma mente, simplifica o homem, tornando-o um ser manipulável . Por procurar uma ciência do comportamento (darwinista e pragmatista) estuda apenas elementos observáveis e esquece os sentimentos e emoções humanas, comparando homens a animais. Por que os organismos se comportam? Estamos interessados, então, nas causas do comportamento humano. Queremos saber por que os homens se comportam da maneira como o fazem. Qualquer condição ou evento que tenha algum efeito demonstrável sobre o comportamento deve ser considerado. Descobrindo e analisando estas causas poderemos prever o comportamento, poderemos controlar o comportamento na medida que podemos manipulá-lo. (Skinner, 1953/1989, p.34, grifo nosso) Por que alguns estudantes aprendem a matéria e outros não? Porque algumas crianças nascem mais inteligentes que outras ou porque algumas crianças têm vontade de aprender e outras não. Em alguns aspectos, comportamentos são tidos como originados em componentes “hereditários” ou “genéticos”. Características como essas devem determinar o desempenho do sujeito de forma decisiva. “Isto está implícito na assertiva de que a pessoa comporta-se desse jeito por ter nascido assim. Objetar contra isso não é negar que fatores hereditários determinem o comportamento. Para que haja comportamento é necessário que o organismo se comporte, e esse organismo é um produto de um processo genético. (...) Mas a doutrina do “nasceu assim” tem pouco a ver com fatos demonstrados. Geralmente é um apelo à ignorância. “Hereditariedade... é uma explicação fantasiosa do comportamento a ela atribuído”. (Skinner, 1953/1989, p. 37, grifo nosso). Perguntas 1. Por que uma mãe bate em um filho mesmo sabendo que depois se arrependerá? 2. Por que uma mulher volta para um marido que costuma magoá-la ou machucá-la? 3. Por que pessoas não usam preservativos, mesmo com tantas campanhas de prevenção de DSTs? Possíveis Respostas 1. Porque o filho a irritou e nervosa ela não pode se controlar ou porque o cérebro dela liberou uma substância que gerou comportamentos agressivos. 2. Porque ela é fraca e não consegue sustentar suas próprias decisões ou porque sua personalidade é assim. 3. Porque mesmo sabendo as regras sobre a contaminação por doenças, o individuo ainda não se conscientizou que ele pode ser o próximo a ter AIDS. Os eventos citados não são causas e sim descrições do mesmo evento citado? “Quando dizemos que um homem come porque tem fome, fuma demais porque tem o vício de fumar, briga por causa do seu instinto de luta, comporta-se de modo brilhante porque é inteligente, ou toca piano muito bem por causa de sua habilidade musical, aparentemente estamos nos referindo as causas. Mas uma análise destas frases prova que não passam de meras descrições redundantes. Descreve-se um único conjunto de fatos com duas afirmações. ” (Skinner, 1953/1989, p. 41, grifo do autor). image2.png image3.png