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SISTEMA DE ENSINO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Livro Eletrônico FERNANDA BARBOZA Graduada em Enfermagem pela Universidade Fe- deral da Bahia e pós-graduada em Saúde Públi- ca e Vigilância Sanitária. Atualmente é servidora do Tribunal Superior do Trabalho, no cargo de Analista Judiciário – Especialidade Enfermagem. É professora e coach em concursos. Trabalhou 8 anos como enfermeira do Hospital Sarah. Foi nomeada nos seguintes concursos: 1º lugar no Ministério da Justiça; 2º lugar no Hemocentro – DF; 1º lugar para Fiscal Sanitário da prefeitura de Salvador; 2º lugar no Superior Tribunal Militar (nomeada pelo TST). Além desses, foi nomeada duas vezes como enfermeira do estado da Bahia e na SES-DF. Na área administrativa, foi nome- ada para o CNJ, MPU, TRF 1ª região e INSS (2º lugar), dentre outras aprovações. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO Afogamento ...............................................................................................4 Introdução ................................................................................................4 Prevenção nas Praias e Piscinas ....................................................................6 Praias .......................................................................................................6 Piscinas .....................................................................................................7 Mecanismo de Afogamento ..........................................................................8 O PHTLS ..................................................................................................10 Diferença de Resgate e Afogamento ............................................................10 Sinais de Afogamento ...............................................................................11 Classificação do Afogamento ......................................................................12 Atendimento do Paciente com Afogamento ...................................................12 Alarme (Solicitar Socorro)..........................................................................15 O Suporte Básico de Vida Dentro da Água ....................................................18 Suporte Básico de Vida no Seco – Areia ou Piscina ........................................20 Hipoxemia ...............................................................................................24 Afogamento e Suas Indicações de Oxigênio ..................................................25 Resumo ...................................................................................................32 Questões Comentadas em Aula ..................................................................35 Gabarito ..................................................................................................38 Referências Bibliográficas ..........................................................................39 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br AFOGAMENTO Introdução Vamos lá, mais um tema interessante para aprender. Nas provas de concursos, essa temática é cobrada com frequência média, mas, caso apareça na sua prova, você estará preparado(a). Para estudar essa temática, utilizei o Manual de Emergências Aquáticas da So- ciedade Brasileira de Salvamento Aquático – SOBRASA –, de 2013, e o PHTLS, de 2017. Vamos nessa? Conceito Segundo a SOBRASA, o afogamento pode ser definido como a entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões), causada por afundamento ou mergulho. Provoca falta de oxigênio no sangue afetando todos os órgãos e tecidos. É a segunda maior causa de mortes de crianças entre 1 e 9 anos, atrás somente dos acidentes de trânsito. Muitos afogamentos acontecem nas residências. Crian- ças aprendendo a andar podem cair dentro de baldes com água. Riscos: água, banheiras, vasos sanitários e acabam sendo encontradas, muitas vezes, sem vida. 1. (AMEOSC/2016) Um afogamento acontece quando uma pessoa aspira qualquer líquido em excesso, sendo o mais comum a água. Em casos de afogamento os pri- meiros socorros são essenciais para que a vítima não sofra uma parada cardiorres- piratória. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br O trecho acima quanto ao afogamento: a) Está totalmente incorreto. b) Está totalmente correto. c) Tem apenas a primeira frase correta. d) Tem apenas a segunda frase correta. Letra b. O afogamento é uma intercorrência que necessita de atendimento imediato, com altos índices de mortalidade e sequelas neurológicas. Ao contrário do que se imagina, o acidente ocorre de forma silenciosa. A cena da vítima debatendo-se na água e gritando por socorro (como se vê em fil- mes e afins) é pouco descrita por testemunhas de afogamentos. Deve ser lembrado que, além do fato da morte, grande parte dos sobreviventes apresenta sequelas neurológicas graves e irreversíveis, fazendo com que a prevenção seja a melhor estratégia para evitar acidentes por afogamento. Um dos elos de salvamento no afogamento inclui a prevenção, que é a melhor ação a ser tomada diante do risco, visto que as sequelas do afogamento são graves e até fatais. Prevenção é qualquer medida com o objetivo de evitar o afogamento sem que haja contato físico entre a vítima e o socorrista. Socorro é toda ação de resgate em que houve necessidade de contato entre o socorrista e a vítima. Vamos abordar os métodos de prevenção do afogamento? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Prevenção nas Praias e Piscinas Segundo a SOBRASA, a prevenção em praias e piscinas precisa ser diferente. Praias 1. Nade sempre perto de um guarda-vidas. 2. Pergunte ao guarda-vidas o melhor local para o banho. 3. Não superestime sua capacidade de nadar – 46.6% dos afogados acham que sabem nadar. 4. Tenha sempre atenção com as crianças. 5. Nade longe de pedras, estacas ou píeres. 6. Evite ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados, antes do banho de mar. 7. Crianças perdidas: leve-as ao posto de guarda-vidas. 8. Mais de 80% dos afogamentos ocorrem em valas. A vala é o local de maior correnteza, que aparenta uma falsa calmaria que leva para o alto mar. Se você entrar em uma vala, nade transversalmente a ela até conseguir escapar ou peça imediatamente socorro. 9. Nunca tente salvar alguém em apuros se não tiver confiança em fazê-lo. Mui- tas pessoas morrem dessa forma. 10. Ao pescar em pedras, observe antes se a onda pode alcançá-lo. 11. Antes de mergulhar no mar, certifique-se da profundidade. 12. Afaste-sede animais marinhos como água-viva e caravelas. 13. Tome conhecimento e obedeça às sinalizações de perigo na praia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Piscinas 1. Crianças devem sempre estar sob a supervisão de um adulto. 89% das crian- ças não têm supervisão durante o banho de piscina. 2. Leve sempre sua criança consigo caso necessite afastar-se da piscina. 3. Isole a piscina – tenha grades com altura de 1.50m e 12cm entre as verticais. Elas reduzem o afogamento em 50 a 70%. 4. Boia de braço não é sinal de segurança. 5. Evite brinquedos próximos a piscina, pois isso atrai as crianças. 6. Desligue o filtro da piscina em caso de uso. 7. Use sempre telefone sem fio na área da piscina. 8. Não pratique hiperventilação para aumentar o fôlego sem supervisão confiável. 9. Cuidado ao mergulhar em local raso (coloque aviso). 10. 84% dos afogamentos ocorrem por distração do adulto (hora do almoço ou após). 11. Mais de 40% dos proprietários de piscinas não sabem realizar os primeiros socorros. Entretanto, não é apenas em praia e piscina que ocorre o afogamento. Pode ser que ocorra em reservatório, balde, vaso sanitário e outros. Algumas orientações que devem ser tomadas: • qualquer reservatório de líquidos (baldes, bacias, banheiras, tanques) deverá ser esvaziado após uso; • conservar a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrado com algum dispositivo de segurança “à prova de criança” ou manter a porta do banheiro trancada; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br • manter cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita “mergulhos”; • crianças não devem ser deixadas sozinhas na banheira. Na hora do banho, procurar ter tudo em mãos (toalha, sabonete, roupa) para não se ausentar do local; • em passeios de barco e afins, usar sempre o colete salva-vidas – é mais se- guro que flutuadores (boias de braço, câmara de pneu, prancha); • crianças maiores devem aprender a nadar e serem educadas a evitar brinca- deiras agressivas à beira de piscinas, lagos e rios; • nunca ingerir álcool ou outras drogas à beira de piscinas, lagos, rios ou em embarcações; • ler e respeitar avisos de segurança em locais públicos como praias; • procurar locais onde haja salva-vidas e não mergulhar em águas turvas; • procurar nadar longe de cais, embarcações, rochas e correntezas. Em lago- as e represas geralmente se desconhece sua profundidade e a existência de eventuais buracos. Mecanismo de Afogamento No afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas vias aéreas, interferindo na troca de oxigênio (O2) – gás carbônico (CO2) de duas formas principais: 1. obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido, nos casos de submersão súbita (crianças e casos de afogamento secundá- rio); e/ou O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br 2. pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos (a vítima luta para não aspirar). Estes dois mecanismos de lesão provocam a diminuição ou abolição da passa- gem do O2 para a circulação e do CO2 para o meio externo, e serão maiores ou menores de acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido foi aspirado. Se o quadro de afogamento não for interrompido, esta redução de oxigênio levará à parada respiratória que consequentemente em segundos ou poucos minutos pro- vocará a parada cardíaca. Há alguns anos, pensava-se que os diferentes tipos de água produziam quadros de afogamento diferentes. Hoje, sabemos que os afogamentos de água doce, mar ou salobra não necessitam de qualquer tratamento diferenciado entre si. Mecanismos do Afogamento Quanto à Causa do Afogamento (identifica a doença associada ao afogamento): 1 – afogamento primário: quando não existem indícios de uma causa do afo- gamento; 2 – afogamento secundário: quando existe alguma causa que tenha impe- dido a vítima de se manter na superfície da água e, em consequência, precipitou o afogamento: drogas (36,2%) (álcool é o mais frequente), convulsão, traumatis- mos, doenças cardíacas e/ou pulmonares, acidentes de mergulho e outras. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br O PHTLS O PHTLS (Protocolo de Trauma Pré-hospitalar) nos mostra quais são os fatores que interferem no afogamento: • habilidade de nadar; • imersão acidental em água fria; • idade; • sexo masculino; • localização – mar, piscina, baldes, tonéis, lagos; • uso de drogas e álcool; • doenças preexistentes (hipoglicemia, iam, arritmias, síncope, depressão); • hipotermia. Diferença de Resgate e Afogamento O primeiro passo no entendimento do processo de afogamento é diferenciarmos entre um caso de Resgate e Afogamento. Resgate: vítima resgatada viva da água que não apresenta tosse ou espuma na boca e/ou nariz – pode ser liberada no local do acidente sem necessitar de aten- dimento médico após avaliação do socorrista, quando consciente. Todos os casos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br podem apresentar hipotermia, náuseas, vômitos, distensão abdominal, tremores, cefaleia (dor de cabeça), mal-estar, cansaço, dores musculares, dor no tórax, diar- reia e outros sintomas inespecíficos. Grande parte destes sintomas é decorrente do esforço físico realizado dentro da água sob estresse emocional do medo, durante a tentativa de se salvar do afogamento. Não confunda afogamento com resgate! Resgate: sem tosse, espuma na boca/nariz, dificuldade na respiração, ou parada respiratória, ou PCR – Avalie e libere do próprio local do afogamento. Afogamento: pessoa resgatada da água que apresenta evidência de aspiração de líquido (tosse, ou espuma na boca ou nariz) – deve ter sua gravidade avaliada no local do incidente, receber tratamento adequado e acionar, se necessário, uma equipe médica (suporte avançado de vida). Sinais de Afogamento Segundo o PHTLS, o afogamento ocorre em 85% por aspiração de líquidos e 15% por laringoespasmo. O atendimento é o mesmo para afogamento em água doce e salgada. O quadro clínico mais grave inclui a hipóxia cerebral,apneia, perda da consciência e parada cardiorrespiratória – PCR. 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O2 com máscara facial 15l/min. UTI. Grau IV Muita espuma na boca e nariz, edema agudo de pulmão com hipotensão arterial. Ventilação com pressão positiva e O2 a 15l/min. Grau V Parada respiratória. Ventilação mecânica. Grau VI Parada cardiorrespiratória. Manobras de reanimação cardiopulmonar. Já cadáver: PCR com tempo de submersão > 1 h, ou rigidez cadavérica, ou de- composição corporal, e/ou Livores – não inicie RCP, acione o Instituto Médico Legal. Atendimento do Paciente com Afogamento Vamos avaliar o atendimento pela SOBRASA e pelo PHTLS. Atendimento recomendado pelo PHTLS: • 1º avaliação da segurança da cena; • 2º alcance – com algum objeto, tente salvar a vítima sem entrar na água; • quando possível, jogue algum objeto para a vítima sem entrar na água (sal- va-vidas, cordas); O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br • reboque – puxar a corda após ter lançado para a vítima; • reme – se necessário entrar na água, usar prancha ou barco para chegar à vítima; • resgate a nado não é recomendado, pois aumenta o número de vítimas – ex- ceto se bem treinado. A avaliação da vítima com afogamento pelo PHTLS inclui: • prevenção da perda de calor aquecendo o paciente hipotérmico; • se o paciente respira, colocar em posição de segurança e recuperação e mo- nitorar a respiração e o pulso; • é importante ter atenção, pois inicialmente pode não haver sintomas e evoluir para edema pulmonar; • avaliar a saturação de O2; • avaliar a glicemia, pois a hipoglicemia é causa de afogamento; • avaliação do nível de consciência utilizando a escala de Glasgow; • retirar roupas molhadas e avaliar a temperatura retal. Segue imagem da posição de recuperação: Fonte: Sobrasa O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Segue o fluxograma de atendimento da vítima de afogamento para classificação em graus pelo PHTLS 2017. Observe que a diferença entre a morte e o grau 6 é que no grau 6 ainda há como fazer as manobras de reanimação e na morte o paciente apresenta sinais de morte evidente. Fonte: PHTLS 2017 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Seguiremos com as recomendações da SOBRASA – o passo a passo no afoga- mento (cadeia de sobrevivência). Fonte: SOBRASA, 2017 Alarme (Solicitar Socorro) Reconheça a necessidade de socorro. Chame por ajuda ou peça a outro para fazê-lo (ligue 193) ou avise a alguém antes de tentar qualquer tipo de socorro. Jamais tente socorrer a vítima se estiver em dúvida. Socorristas podem morrer junto com a vítima se estiverem despreparados. 2. (IBFC/EBSERH/2016) O afogamento no Brasil responde pela segunda causa de morte nas idades entre 5 e 14 anos e a terceira causa de morte externa, indepen- dente da faixa etária. O atendimento de emergência é realizado baseado na clas- sificação estabelecida para afogamento. Sobre este assunto, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I – No afogamento grau 2, a vítima apresenta tosse com ausculta pulmonar nor- mal e nesses casos não necessitam de suporte ventilatório. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br II – No afogamento grau 4, a vítima apresenta ausculta com estertores pulmonar e 93,2% necessitam de 5 litros/ minuto de O2 por cânula nasal. III – No afogamento grau 5, a vítima apresenta parada respiratória, sendo reali- zado manobras de suporte básico de vida pelos salva-vidas, com ventilação por máscara, ou respiração boca a boca quando este atendimento é feito por leigos. IV – Na apresentação cadáver, a vítima ficou submersa mais que 1 hora, apresen- ta sinais de morte evidente. Estão corretas as afirmativas: a) I e IV, apenas b) I, II, III e IV c) III e IV, apenas d) IV apenas e) I, III e IV, apenas Letra c. Item I. Errado. Esse é o grau 1. No grau 2, o paciente apresenta pouca espuma na boca e/ou no nariz e precisa de oxigênio nasal a 5litros/min, aquecimento corporal, repouso, tranquilização e observação hospitalar por 6h a 24h. Item II. Errado. Esse é o grau II. Resgate Se você for o socorrista, cuidado para não se tornar a vítima! • Decida o local por onde irá atingir ou ficar mais próximo da vítima. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br • Tente realizar o socorro sem entrar na água. – Se a vítima se encontra a menos de 4m (piscina, lagos, rios), estenda um cabo, galho, cabo de vassoura para a vítima. Se estiver a uma curta distân- cia, ofereça sempre o pé em vez da mão para ajudá-la, pois é mais seguro. – Se a vítima se encontra entre 4 e 10m (rios, encostas, canais), atire uma boia (garrafa de 2 litros fechada, tampa de isopor, bola), ou amare-a a uma corda e atire a vítima segurando na extremidade oposta. – Deixe primeiro que a vítima se agarre ao objeto e fique segura. Só então a puxe para a área seca. – Se for em rio ou enchentes, a corda poderá ser utilizada de duas formas: cruzada de uma margem a outra obliquamente, de forma que a vítima, ao atingi-la, será arrastada pela corrente à margem mais distante; ou fixando um ponto à margem e deixando que a correnteza arraste-apara mais além da mesma margem. • Se você decidiu entrar na água para socorrer: – avise a alguém que você tentará salvar a vítima e chame socorro profissional; – leve consigo, sempre que possível, algum material de flutuação (prancha, boia ou outros); – retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu deslo- camento. • É válida a tentativa de fazer das calças um flutuador, porém isso costuma não funcionar se for sua primeira vez. – Entre na água sempre mantendo a visão na vítima; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br – pare a 2m antes da vítima e lhe entregue o material de flutuação. sempre mantenha o material de flutuação entre você e a vítima; – nunca permita que a vítima chegue muito perto, de forma que possa lhe agarrar. • Entretanto, caso isto ocorra, afunde-se com a vítima, que ela te soltará. – Deixe que a vítima se acalme, antes de chegar muito perto; – se você não estiver confiante em sua natação, peça à vítima que flutue e acene pedindo ajuda. Não tente rebocá-la até a borda da piscina ou areia, pois isso poderá gastar suas últimas energias; – durante o socorro, mantenha-se calmo e, acima de tudo, não se exponha (nem exponha o paciente) a riscos desnecessários. O Suporte Básico de Vida Dentro da Água Em vítimas inconscientes, a checagem da ventilação e, se necessário, a realiza- ção do boca a boca ainda dentro da água aumentam a sobrevida sem sequelas em 3 vezes. O socorrista deve saber realizar os primeiros socorros ainda dentro da água. Com a estimativa de que o tempo de retorno à área seca possa ser de 3 a 10 vezes maior do que o tempo para atingir a vítima, o conhecimento técnico do suporte bá- sico de vida ainda dentro da água, encurta o tempo de hipoxemia (baixa do oxigê- nio no sangue) restaurando mais precocemente a ventilação e a oxigenação desta vítima. A preciosa economia destes minutos pode ser a diferença entre a vida e a morte do afogado. 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Esta medida evita a progressão da parada respiratória (grau 5) para uma PCR (grau 6). • Caso haja retorno da ventilação, o socorrista resgata a vítima até a área seca, observando a cada minuto se a vítima continua respirando. • Caso não obtenha sucesso no retorno da ventilação, considere que a vítima está em PCR e resgate o mais rápido possível a área seca para uma completa ressuscitação cardiopulmonar. • Em caso de Traumatismo Raquimedular (TRM), o cuidado com a coluna cer- vical e sua imobilização pode ser a diferença entre uma vida saudável e a paralisia definitiva dos 4 membros (tetraplegia). Em praias, a possibilidade de TRM é de 0.009% dos resgates realizados. Portanto, nestas situações, só imobilize se houver forte suspeita de trauma cervical. Em contrapartida, os casos de afogamento em águas turvas, piscinas e águas rasas têm uma inci- dência maior, e deve ser avaliado caso a caso dependendo do local. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Embora várias situações possam determinar a perda da consciência em águas rasas, a prioridade é tratá-la como se fosse um TRM, de forma a pre- venir uma lesão maior. • Causas de inconsciência em águas rasas: – TRM; – Traumatismo Cranioencefálico (TCE); – mal súbito (Infarto Agudo do Miocárdio (IAM); – convulsão; – lipotimia; – hidrocussão (choque térmico); – afogamento primário em que a vítima foi parar em águas rasas. Suporte Básico de Vida no Seco – Areia ou Piscina 1º passo: • ao chegar na areia, ou na borda da piscina, coloque o afogado em posição pa- ralela à água, de forma que o socorrista fique com suas costas voltadas para o mar, e a vítima com a cabeça do seu lado esquerdo; • a cabeça e o tronco devem ficar na mesma linha horizontal; • a água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, além de facilitar a ocorrência de vômitos; • cheque a resposta da vítima perguntando: “você está me ouvindo?”. 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Avalie, então, se há necessidade de chamar o socorro avançado (ambulância) e aguarde o socorro chegar. • se não houver resposta da vítima (inconsciente), ligue 193 ou peça a alguém para chamar a ambulância ou o guarda-vidas. 3º passo: • abra as vias aéreas, colocando dois dedos da mão direita no queixo e a mão esquerda na testa e estenda o pescoço. 4º passo: • cheque se existe respiração – ver, ouvir e sentir –, ouça, sinta a respiração e veja se o tórax se movimenta (figura). Se houver respiração, é um caso de resgate, ou grau 1, 2, 3, ou 4. Coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para grau. 5º passo: • se não houver respiração, inicie a ventilação boca a boca. Obstrua o nariz utilizando a mão (esquerda) da testa, e com os dois dedos da outra mão (direita), abra a boca e realize 5 ventilações boca a boca iniciais observando O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br um intervalo entre cada uma que possibilite a elevação do tórax e, logo em seguida, o seu esvaziamento. É recomendável a utilização de barreira de pro- teção (máscara). 6º passo: • palpe o pulso arterial carotídeo. 7º passo: • se houver pulso, é uma parada respiratória isolada – grau 5; mantenha so- mente a ventilação com 12 vezespor minuto até o retorno espontâneo da respiração; • se não houver pulso ou sinais de circulação, inicie 30 compressões cardíaca externa em caso de 1 socorrista, ou 15 compressões em caso de dois socor- ristas para casos de afogamento. A velocidade destas compressões deve ser de 100 vezes em 60 segundos. Em crianças de 1 a 9 anos, utilize apenas uma mão para as compressões. Mantenha alternando 2 ventilações e 30 compressões ou 2x15 com dois socorristas (RCP em afogamento com dois socorristas), e não pare até que: a) haja resposta e retorne a respiração e os batimentos cardíacos; b) você entregue o afogado a uma equipe médica; ou c) você fique exausto(a). Assim, durante a RCP, fique atento(a) e verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo, o que será importante na decisão de parar ou prosseguir nas manobras. Existem casos descritos de sucesso na reanimação de afogados O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br após 2 horas de manobras e casos de recuperação sem danos ao cérebro até 1 hora de submersão. Sempre inicie todo processo com apenas um socorrista, para, então, após 2 a 3 ciclos completos de RCP, iniciar a alternância com dois socorristas. Os socorristas devem se colocar lateralmente ao afogado e em lados opostos. Após os primeiros 4 ciclos completos de compressão e ventilação, reavalie a ventilação e os sinais de circulação. Se ausente, prossiga a RCP e interrompa-a para nova reavaliação a cada 2 minutos ou 4 ciclos. A RCP deve ser realizada no local do acidente, pois é onde a vítima terá a maior chance de sucesso. Nos casos do retorno da função cardíaca e respiratória, acom- panhe a vítima com muita atenção, durante os primeiros 30 minutos, até a chegada da equipe médica, pois ainda não está fora de risco de uma nova parada cardior- respiratória. Observações importantes Nos casos em que não houver efetividade da manobra de ventilação boca a boca, refaça a hiperextensão do pescoço e tente novamente. Caso não funcione, pense em obstrução por corpo estranho e execute a manobra de Heimlich. As próteses dentárias só devem ser retiradas caso estejam dificultando a ventilação boca a boca. O ar atmosférico é uma mistura gasosa que apresenta cerca de 21% de O2 em sua composição. Em cada movimento respiratório, gastamos cerca de 4% desse total, restando 17% de O2 no ar expirado pelo socorrista. Esta quantidade de O2 é sufi- ciente para a ventilação boca a boca ser considerada o mais eficiente método em ventilação artificial de emergência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Quando vale a pena tentar a RCP em afogamento? O tempo é fator fundamental para um bom resultado na RCP, e os casos de afo- gamento apresentam uma grande tolerância à falta de oxigênio, o que nos estimula a tentar a RCP além do limite estabelecido para outras patologias. Inicie a RCP em: 1. todos os afogados em PCR com um tempo de submersão inferior a uma hora; 2. todos os casos de PCR que não apresentem um ou mais dos sinais abaixo: • rigidez cadavérica; • decomposição corporal; • presença de livores. Quando parar as manobras de RCP em afogados? 1. Se houver resposta e retornar a função respiratória e os batimentos cardíacos. 2. Em caso de exaustão dos socorristas. 3. Ao entregar o afogado a uma equipe médica. Assim, durante a RCP, fique atento(a) e verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo, o que será importante na decisão de parar ou prossegui-las. Existem casos descritos de sucesso na reanimação de afogados após 2 horas de manobras. Para a equipe médica, a ressuscitação deve ser encerrada apenas quando a ví- tima estiver com temperatura corporal acima de 34ºC e se mantiver com ritmo em assistolia. Caso contrário, a ressuscitação deverá ser mantida. Hipoxemia Nos casos de afogamento grau 2 a 6, há hipoxemia. Quanto maior o grau de afogamento, mais grave será a falta de oxigênio nas células. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Quanto maior o grau de afogamento, mais rápido e em maior quantidade o oxi- gênio deve ser administrado. A respiração ofegante e a taquicardia são encontradas em todos os casos de afogamento. Aquelas decorrentes do esforço físico sem hipoxemia (resgate e grau 1) cedem em 5 a 10 minutos, ao contrário daquela decorrente de hipoxemia, que só cedem com o uso de oxigênio (grau 2 a 6). Afogamento e Suas Indicações de Oxigênio Grau 2 – Cateter de O2 nasofaríngeo a 5 litros/min até chegar a ambulância ou transporte ao hospital. Grau 3 e 4 – Máscara oro-nasal de O2 a 15 litros/min. Nos casos grau 4, fique atento(a) à possibilidade de uma parada respiratória. Grau 5 – Ventilação boca a boca como primeiro procedimento. Não perca tempo tentando fazer O2 – inicie imediatamente o boca a boca. A máscara oro-nasal de O2 a 15 litros/min pode ser utilizada caso haja outro socorrista disponível para trazê-la. Realize, então, o boca a boca/máscara com 15 litros/min. Após o retorno da ventilação espontânea, utilize 15 litros de O2 /minuto sob máscara. Grau 6 – Reanimação cardiopulmonar. Não perca tempo iniciando O2. Inicie pri- meiro a RCP e, só então, se houver disponibilidade de pessoas para ajudar, utilize o O2. Após sucesso na reanimação, trate como grau 4. Complicação: o vômito é o fator de maior complicação nos casos de afogamen- to em que existe inconsciência. Algumas medidas evitam essa complicação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Desobstrua as vias aéreas antes de ventilar – evite exagero nas insuflações boca a boca, para que não haja distensão do estômago. Em caso de vômitos, vire a face da vítima lateralmente e rapidamente limpe a boca. Em caso de impossibilidade desta manobra, utilize a manobra de Sellick. Ela evita o vômito pela compressão do esôfago. Condutas do socorrista após o resgate aquático 1. Liberar a vítima sem maiores recomendações. a) Vítima de RESGATE sem sintomas, doenças ou traumas associados – sem tosse, com a frequência do coração e da respiração normal, sem frio e total- mente acordado, alerta e capaz de andar sem ajuda. 2. Liberar a vítima com recomendações de ser acompanhada por médico. a) Resgate com pequenas queixas. b) Grau 1 – Só liberar após observação de 15 a 30 min se a vítima estiver se sentindo bem. Só observar o grau 1 no posto de salvamento se a praia estiver vazia e não necessitar se afastar da observação da água, que é a prioridade. c) Liberar o paciente para procurar ohospital por meios próprios quando hou- ver: pequeno trauma que não impossibilita andar – anzol, luxação escápulo- -umeral e outros. Mal-estar passageiro que não o impossibilita de andar. 3. Acionar o Sistema de Emergências Médicas (SEM) – ambulância (193) ou levar diretamente ao hospital em caso de ausência do SEM (ambulância). a) Afogamento grau 2, 3, 4, 5, e 6. b) Qualquer paciente que, por conta do acidente ou doença aguda, esteja im- possibilitado de andar sem ajuda. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br c) Qualquer paciente que perdeu a consciência mesmo por um breve período. d) Qualquer paciente que necessitou de boca a boca ou RCP. e) Qualquer paciente com suspeita de doença grave, como infarto do miocárdio, lesão de coluna, trauma grave, falta de ar, epilepsia, lesão por animal mari- nho, intoxicação por drogas etc. Vamos entender o Atendimento à vítima de afogamento pelo manual do SAMU. 1. Quando suspeitar ou critérios de inclusão Quando houver tosse ou dificuldade respiratória ou parada respiratória decor- rente de imersão ou submersão em líquido podendo estar associada a alguns dos seguintes sinais e sintomas: • dispneia (desconforto respiratório); • taquipneia (fr > 28 rpm) ou bradipneia (fr < 8 rpm); • hipoxia ou cianose; • respiração superficial; • espuma em cavidade nasal e oral; • inconsciência ou alteração do nível de consciência; • ausência de respiração; • ausência de circulação. Conduta Deve-se: 1. realizar avaliação primária e secundária; 2. monitorizar a oximetria de pulso; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br 3. tranquilizar o paciente consciente; 4. no paciente em parada respiratória ou cardiorrespiratória, seguir protocolo específico, estudados em aula anterior; 5. administrar O2 em alto fluxo objetivando manter SatO2 ≥ 94%; 6. na ausência de trauma associado e diante da demora para o transporte, pro- videnciar repouso em posição de recuperação (lateral); 7. se trauma associado, realizar a mobilização cuidadosa e a imobilização ade- quada da coluna cervical, tronco e membros, em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o transporte; 8. controlar a hipotermia: retirada de roupas molhadas, uso de mantas térmicas e/ou outros dispositivos para aquecimento passivo; 9. realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma siste- matizada para transporte ao hospital. Vamos praticar? 3. (CONSULPLAN/2015) Acerca do suporte básico de vida para casos de afogamen- to, analise as afirmativas a seguir. I – Como nas situações de trauma é sempre necessária a estabilização da coluna cervical da vítima. II – Diretrizes preconizam que além do Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC), a vítima de afogamento em parada cardiorrespiratória requer intu- bação precoce. III – Antes do início das manobras de ventilação da vítima inconsciente e sem sinais de ventilação espontânea, é necessário eliminar a água aspirada das vias aéreas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br IV – Todas as vítimas de afogamento que necessitem apenas da ventilação de resgate devem receber atendimento hospitalar para avaliação e monitori- zação, mesmo que estejam alertas e com o sistema cardiorrespiratório com funcionamento normalizado. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e III. b) II e III. c) II e IV. d) I, III e IV. Letra c. Item I. Errado. Em caso de Traumatismo Raquimedular (TRM), o cuidado com a coluna cervical e sua imobilização pode ser a diferença entre uma vida saudável e a paralisia definitiva dos 4 membros (tetraplegia). Em praias, a possibilidade de TRM é de 0.009% dos resgates realizados. Portanto, nestas situações, só imobilize se houver forte suspeita de trauma cervical. Em contrapartida, os casos de afoga- mento em águas turvas, piscinas e águas rasas têm uma incidência maior, e deve ser avaliado caso a caso dependendo do local. Embora várias situações possam determinar a perda da consciência em águas ra- sas, a prioridade é tratá-la como se fosse um TRM, de forma a prevenir uma lesão maior. Item III. Errado. A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser reti- rada, pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, além de facilitar a ocorrência de vômitos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br 4. (IF-TO/2015) Com relação a afogamento, é correto afirmar que em determinada fase, ao entrar num meio líquido, a primeira atitude da pessoa é inspirar, enchendo os pulmões de ar e prendendo a respiração; neste instante, inicia-se: a) apneia expiratória. b) apneia inspiratória. c) agitamento. d) morte aparente. e) hipóxia cerebral. Letra b. Vamos aproveitar essa questão para revisar as etapas do afogamento: O afogamento é uma das formas de asfixia em que ocorre sufocação do indiví- duo, após a sua imersão, proposital ou acidental, em um meio aquoso. É uma das maiores causas de óbito acidental de crianças com idade até cinco anos. É dividido em quatro etapas básicas: a apneia inspiratória, apneia expiratória, agitamento e a morte aparente. 1. Apneia inspiratória: nesta fase, ao entrar num meio líquido, a primeira atitude da pessoa é inspirar, enchendo os pulmões de ar e prendendo a respiração; neste instante, inicia-se a apneia inspiratória. 2. Apneia expiratória: passados entre dois a três minutos do início da apneia inspiratória, dependendo da resistência de cada organismo, o indivíduo, que foi aos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br poucos soltando o ar que estava preso nos pulmões, passa a ter seus pulmões va- zios; tem-se início a fase da apneia expiratória. 3. Agitamento: o indivíduo, com seus pulmões vazios, não consegue mais controlar o impulso de respirar e recebe um estímulo cerebral para respirar, mesmo sabendo que, se o fizer, irá se afogar. É uma reação involuntária e incontrolável neste estágio. 4. Morte aparente: com a água entrando nos pulmões, ocorrerá uma parada cardiorrespiratória, denominada de morte aparente. Num período de cerca de três minutos, por meiode estímulos, o afogamento ainda poderá vir a ser salvo, voltan- do a respirar. No Guideline da AHA, de 2015, não se aborda o afogamento, mas no de 2010 observamos um comentário: Para uma suposta vítima de PCR asfíxica, como em casos de afogamento, a prioridade seria aplicar compressões torácicas com ventilação de resgate por cerca de 5 ciclos (aproximadamente 2 minutos) antes de acionar o serviço de emergência/urgência. Finalizamos nossa aula sobre afogamento. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br RESUMO Conceito O afogamento pode ser definido como a entrada de líquido nas vias aéreas (tra- queia, brônquios ou pulmões), causada por afundamento ou mergulho. Provoca falta de oxigênio no sangue afetando todos os órgãos e tecidos. Prevenção é qualquer medida com o objetivo de evitar o afogamento sem que haja contato físico entre a vítima e o socorrista. Socorro é toda ação de resgate em que houve necessidade de contato entre o socorrista e a vítima. Mecanismo de afogamento 1. Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de lí- quido, nos casos de submersão súbita (crianças e casos de afogamento secundário). 2. Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos (a vítima luta para não aspirar). Causas do afogamento 1 – Afogamento Primário: quando não existem indícios de uma causa do afogamento. 2 – Afogamento Secundário: quando existe alguma causa que tenha impe- dido a vítima de se manter na superfície da água e, em consequência, precipitou o afogamento (drogas, álcool). Resgate: sem tosse, espuma na boca/nariz, dificuldade na respiração, ou parada respiratória, ou PCR avalie e libere do próprio local do afogamento. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br O passo a passo no afogamento (cadeia de sobrevivência): Condutas do socorrista após o resgate aquático 1. Liberar a vítima sem maiores recomendações. a) Vítima de RESGATE sem sintomas, doenças ou traumas associados – sem tosse, com a frequência do coração e da respiração normal, sem frio e total- mente acordado, alerta e capaz de andar sem ajuda. 2. Liberar a vítima com recomendações de ser acompanhada por médico. a) Resgate com pequenas queixas. b) Grau 1 – Só liberar após observação de 15 a 30 min se a vítima estiver se sentindo bem. Só observar o grau 1 no posto de salvamento se a praia estiver vazia e não necessitar se afastar da observação da água, que é a prioridade. c) Liberar o paciente para procurar o hospital por meios próprios quando hou- ver: pequeno trauma que não impossibilita andar – anzol, luxação escápulo- -umeral e outros. Mal-estar passageiro que não o impossibilita de andar. 3. Acionar o Sistema de Emergências Médicas (SEM) – ambulância (193) ou levar diretamente ao hospital em caso de ausência do SEM (ambulância). a) Afogamento grau 2, 3, 4, 5, e 6. b) Qualquer paciente que, por conta do acidente ou doença aguda, esteja im- possibilitado de andar sem ajuda. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br c) Qualquer paciente que perdeu a consciência mesmo por um breve período. d) Qualquer paciente que necessitou de boca a boca ou RCP. e) Qualquer paciente com suspeita de doença grave, como infarto do miocárdio, lesão de coluna, trauma grave, falta de ar, epilepsia, lesão por animal mari- nho, intoxicação por drogas etc. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br QUESTÕES COMENTADAS EM AULA 1. (AMEOSC/2016) Um afogamento acontece quando uma pessoa aspira qualquer líquido em excesso, sendo o mais comum a água. Em casos de afogamento os pri- meiros socorros são essenciais para que a vítima não sofra uma parada cardiorres- piratória. O trecho acima quanto ao afogamento: a) Está totalmente incorreto. b) Está totalmente correto. c) Tem apenas a primeira frase correta. d) Tem apenas a segunda frase correta. 2. (IBFC/EBSERH/2016) O afogamento no Brasil responde pela segunda causa de morte nas idades entre 5 e 14 anos e a terceira causa de morte externa, indepen- dente da faixa etária. O atendimento de emergência é realizado baseado na clas- sificação estabelecida para afogamento. Sobre este assunto, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I – No afogamento grau 2, a vítima apresenta tosse com ausculta pulmonar nor- mal e nesses casos não necessitam de suporte ventilatório. II – No afogamento grau 4, a vítima apresenta ausculta com estertores pulmonar e 93,2% necessitam de 5 litros/ minuto de O2 por cânula nasal. III – No afogamento grau 5, a vítima apresenta parada respiratória, sendo reali- zado manobras de suporte básico de vida pelos salva-vidas, com ventilação por máscara, ou respiração boca a boca quando este atendimento é feito por leigos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br IV – Na apresentação cadáver, a vítima ficou submersa mais que 1 hora, apresen- ta sinais de morte evidente. Estão corretas as afirmativas: a) I e IV, apenas b) I, II, III e IV c) III e IV, apenas d) IV apenas e) I, III e IV, apenas 3. (CONSULPLAN/2015) Acerca do suporte básico de vida para casos de afogamen- to, analise as afirmativas a seguir. I – Como nas situações de trauma é sempre necessária a estabilização da coluna cervical da vítima. II – Diretrizes preconizam que além do Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC), a vítima de afogamento em parada cardiorrespiratória requer intu- bação precoce. III – Antes do início das manobras de ventilação da vítima inconsciente e sem sinais de ventilação espontânea, é necessário eliminar a água aspirada das vias aéreas. IV – Todas as vítimas de afogamento que necessitem apenas da ventilação de resgate devem receber atendimento hospitalar para avaliação e monitori- zação, mesmo que estejam alertas e com o sistema cardiorrespiratório com funcionamento normalizado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.brhttps://www.grancursosonline.com.br 37 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br Estão corretas apenas as afirmativas a) I e III. b) II e III. c) II e IV. d) I, III e IV. 4. (IF-TO/2015) Com relação a afogamento, é correto afirmar que em determinada fase, ao entrar num meio líquido, a primeira atitude da pessoa é inspirar, enchendo os pulmões de ar e prendendo a respiração; neste instante inicia-se: a) apneia expiratória. b) apneia inspiratória. c) agitamento. d) morte aparente. e) hipóxia cerebral. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br GABARITO 1. b 2. c 3. c 4. b O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 40 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Afogamento Prof.ª Fernanda Barboza www.grancursosonline.com.br REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SZPILMAN, D. Sociedade Brasileira de Salvamento. Aquático – SOBRASA. Dire- triz de Ressuscitação 2017. AFOGAMENTO. 2017. Disponível em: <http://www.sz- pilman.com/new_szpilman/szpilman/ARTIGOS/afogamento_szpilman_diretriz_17. pdf>. SALOMONE, J.; PONS, P. Prehospital Trauma Life Support: PHTLS Tradução da 8ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de In- tervenção para o SAMU 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Protocolo de Suporte Avançado de Vida Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-avanca- do-2016.pdf>. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Cristiane Menezes - 69914303587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Afogamento Introdução Prevenção nas Praias e Piscinas Praias Piscinas Mecanismo de Afogamento O PHTLS Diferença de Resgate e Afogamento Sinais de Afogamento Classificação do Afogamento Atendimento do Paciente com Afogamento Alarme (Solicitar Socorro) O Suporte Básico de Vida Dentro da Água Suporte Básico de Vida no Seco – Areia ou Piscina Hipoxemia Afogamento e Suas Indicações de Oxigênio Resumo Questões Comentadas em Aula Gabarito Referências Bibliográficas AVALIAR 7: