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Escala Cinquenta Milesimal

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LABORATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA HOMEOPÁTICA 
ESCALA CINQUENTA MILESIMAL 
 
ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO 
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br 
 
 
ESCALA CINQUENTA MILESIMAL 
 
 
 
 A homeopatia foi estruturada por Samuel Hahnemann em 1796. Em 1827, ele 
apresentou a dinamização ou potencialização, adotando, inicialmente, a dinamização 
centesimal como padrão para seus experimentos na clínica. 
Após alguns anos, Hahnemann aperfeiçoou o procedimento e a posologia até 
chegar ao que considerou como o seu método mais desenvolvido de preparo, hoje 
conhecido como cinquenta milesimal (LM ou Q), usado em solução, com doses que 
podem ser, frequentemente, repetidas, desde que levemente agitadas por sucussões 
(ADLER et al., 2010). 
As escalas LM foram propostas por Hahnemann na sexta edição de seu Organon 
da arte de curar. A publicação aconteceu de forma póstuma e, provavelmente por isso, 
a divulgação do método demorou a acontecer. O método LM propõe uma diluição muito 
maior a cada passo de dinamização, principalmente quando comparado aos métodos 
decimal e centesimal (CESAR et al., 2014). 
A descoberta da escala LM é resultante da busca por um método perfeito de 
potencialização, que levou cerca de quatro décadas de pesquisas. Samuel Hahnemann 
buscava encontrar um método de dinamização poderoso e, ao mesmo tempo, suave, no 
qual o material partia do medicamento diminuído com grau de dinamização de 50.000 
vezes (ABARNA et al., 2015). 
De acordo com a Farmacopeia homeopática brasileira, o conceito de escala é a 
proporção entre o insumo ativo e o insumo inerte empregada na preparação das 
diferentes dinamizações, em que a escala cinquenta milesimal é preparada na 
proporção de 1/50.000 (ANVISA, 2011). Para a obtenção do primeiro grau de 
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potenciação (1LM), a forma final será em microglóbulos, como é possível ser observado 
na Figura 1, em que um um microglóbulo corresponde a uma parte na escala LM. 
 
 
 Figura 1 - Medicamento homeopático em microglóbulos na potência 6 em escala cinquenta milesimal (LM). 
 
De modo a melhor obter o desenvolvimento de poder das escalas LM, uma 
pequena parte da substância a ser dinamizada, como um grão, é triturada por três horas 
com três vezes 100 grãos de açúcar de leite (lactose), até a milionésima parte em pó. 
Um grão desse pó é dissolvido em 500 gotas de mistura de uma parte de álcool e quatro 
partes de água destilada, das quais uma gota é colocada em um frasco. A isso, são 
adicionadas 100 gotas de álcool puro e 100 fortes sucussões com a mão contra um corpo 
duro, mas elástico (semirrígido). Esse é o medicamento em primeiro grau de 
dinamização, com o qual 500 pequenos glóbulos de açúcar (sacarose) que podem 
absorver uma gota do medicamento, podem, então, ser umedecidos e rapidamente 
espalhados em papel mata-borrão para secar, sendo guardados com o sinal de grau (I) 
de potência (HAHNEMANN, 1996). 
 Apenas um desses glóbulos é retirado para maior dinamização, sendo colocado 
em um segundo frasco novo (com uma gota de água para dissolvê-lo) e, depois, com 100 
poderosas sucussões. Com esse fluido medicinal alcoólico, os glóbulos são, novamente, 
umedecidos, espalhados sobre papel mata-borrão e secos rapidamente, sendo 
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colocados em um frasco bem tampado e protegidos do calor e da luz do sol, recebendo 
o sinal (II) da segunda potência (HAHNEMANN, 1996; PAREEK; PAREEK; NAYAK, 2021). 
Assim, a utilização da escala cinquenta milesimal já é conceituada e padronizada 
nas farmácias homeopáticas de manipulação. As fórmulas líquidas obtidas são bastante 
utilizadas e prescritas, mesmo sendo difundidas anos após à sua descoberta. Essas 
diluições são utilizadas com o intuito de potencializar o efeito do medicamento ou 
droga, podendo tratar formas agudas ou crônicas de várias enfermidades. 
No Brasil, a farmacotécnica homeopática é oferecida, muitas vezes, como 
disciplina optativa ou em cursos de especialização. O farmacêutico pode ser autorizado 
a exercer a função de farmacêutico homeopata, realizando um curso de pós-graduação 
lato sensu ou cursando uma disciplina, complementada por estágio, no curso de 
graduação (CORREA, 2018). Além disso, existe a certificação a partir de uma prova de 
Título de Especialista Profissional em Farmácia Homeopática (TEPFH), realizada pela 
Associação Brasileira de Farmácia Homeopática (ABFH). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
ABARNA, S. et al. Evaluating the usefulness of 50 millesimal potencies in the treatment 
of chronic diseases. A retrospective study. Indian Journal of Research in 
Homoeopathy, v. 9, n. 2, p. 96-101, 2015. 
 
ADLER, U. C. et al. Da padronização farmacêutica à pesquisa clínica: 20 anos de 
experiência com diluições cinquenta milesimais. Revista de Homeopatia, v. 73, n. 1, p. 
57-67, 2010. 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Farmacopeia homeopática 
brasileira. 3. ed. Brasília: Anvisa, 2011. 
 
CESAR, A. T. et al. Proposta de padronização farmacotécnica para dispensação não 
farmacopeica de medicamentos homeopáticos em potências cinquenta-milesimais 
(LM) diluídas, em complexos e em glóbulos. Revista de Homeopatia, v. 77, p. 21-27, 
2014. 
 
CORREA, A. D. Ensino de homeopatia no Brasil: histórico e perspectivas. Ensino, Saúde 
e Ambiente, v. 11, n. 2, p. 55-79, 2018. 
 
HAHNEMANN, S. Organon da arte de curar. 6. ed. São Paulo: Robe Editorial, 1996. 
 
PAREEK, A.; PAREEK, N.; NAYAK, C. Fifty millesimal potencies-an overview. The 
homeopathic heritage, v. 47, n. 5, p. 29-32, 2021. 
 
 
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