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Resumo Macroeconomia I
Tópicos de 
discussão
• Introdução
• Princípio da demanda 
efetiva
• Modelo keynesiano simples 
(o lado real)
• Modelo keynesiano com 
consumo e investimento
• Modelo de determinação 
da renda com o governo
• Considerações Finais
Introdução
• A crise de 1930 e a Grande Depressão
coloca em xeque os axiomas da teoria
clássica, segundo a qual o desemprego
seria um fenômeno voluntário.
• Ganham vulto as idéias que viam o
problema da Depressão como
insuficiência de demanda agregada.
• A principal contribuição foi a obra de
John Maynard Keynes, A Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda (1936),
em que o autor desenvolve o chamado
Princípio da Demanda Efetiva
Princípio da 
demanda 
efetiva
• O empresário toma sua decisão de
quantos trabalhadores contratar e de
quanto produzir com base em quanto
ele espera vender.
• O volume de emprego é uma atribuição
dos empresários, com base em quanto
eles esperam vender, e não no mercado
de trabalho, como no modelo clássico.
• Em uma situação de desemprego, de
nada adianta a redução salarial para
induzir maiores contratações se os
empresários acharem que não terão
para quem vender a produção adicional.
Princípio da 
demanda 
efetiva
• Para definir o nível de produção o empresário 
confronta duas curvas virtuais:
• Oferta agregada: a renda necessária para o 
empresário oferecer determinado volume de 
emprego (reflete os custos).
• Demanda agregada: a renda que o 
empresário espera receber por oferecer 
determinado volume de emprego (reflete as 
expectativas).
• A maximização do lucro faz com que o emprego 
aumente enquanto a renda esperada (demanda 
agregada) superar a renda necessária (oferta 
agregada).
• A intersecção dessas duas curvas determina o nível 
de produção e, assim, a demanda efetiva por 
emprego.
Princípio da 
demanda 
efetiva
• Dado o nível de emprego, determinado
pela demanda efetiva, o salário real se
ajustará para igualá-lo à produtividade
marginal do trabalho (PmgN).
• Como a produtividade marginal do
trabalho é decrescente, expansões do
emprego são acompanhadas por quedas
no salário real, sendo, portanto,
anticíclico o comportamento dos salários
reais.
• Mas não é sua queda que induz o
crescimento do emprego e do produto,
como supõem os clássicos, pois a
causação é justamente inversa.
Princípio da 
demanda 
efetiva
• Dada a massa de salários reais, a 
disputa dos trabalhadores por salários 
nominais é uma luta pela repartição 
dessa massa salarial entre as 
diferentes categorias. Com isso, 
explica-se a inflexibilidade para 
baixo dos salários nominais.
• Portanto, para analisarmos a 
determinação do nível de emprego e, 
por conseguinte, a causa do 
desemprego, deve-se olhar o 
comportamento da demanda efetiva.
Princípio da 
demanda 
efetiva
• Os principais componentes da demanda são o 
consumo e o investimento.
• O consumo é uma função estável da renda 
(propensão marginal da consumir > 0 e < 1).
• A estabilidade da propensão marginal a 
consumir faz com que a instabilidade da 
demanda, que provoca flutuações econômicas, 
não decorra do consumo, mas das flutuações do 
investimento.
• No modelo keynesiano, o investimento é tanto 
um elemento da demanda agregada a curto 
prazo, como também um elemento da oferta 
agregada a longo prazo, ao ampliar a 
capacidade produtiva.
Princípio da 
demanda 
efetiva
• A principal contribuição normativa de 
Keynes foi propor o uso de políticas 
fiscais compensatórias que tenderiam a 
ser muito mais eficientes do que os 
instrumentos monetários, cuja eficácia 
dependeria de um duplo condicionante: 
a capacidade da política monetária 
afetar as taxas de juros, e uma vez que 
tenha afetado, que está não seja 
sobrepujada por alterações na eficiência 
marginal do capital, que limitem o 
impacto das alterações na taxa sobre o 
investimento.
Modelo 
keynesiano 
simples 
(o lado 
real)
• O produto (renda) é determinado pela 
demanda agregada, não existindo restrições 
do lado da oferta para a expansão do 
produto.
• O produto (renda) é determinado pela 
demanda agregada, não existindo restrições 
do lado da oferta para a expansão do 
produto (existem recursos desempregados).
• Condição de equilíbrio, no mercado, é dada 
por:
Oferta Agregada de bens e serviços = 
Demanda Agregada de bens e serviços
Modelo keynesiano simples (o 
lado real)
Modelo 
keynesiano 
simples (o 
lado real)
• Considerando, inicialmente, Consumo e Investimento 
(economia fechada e sem governo)
• Y = C + I
• Onde Y = Produto Real
C = Despesas de Consumo
I = Gastos com Investimento 
• I = Ivoluntáro + Iinvoluntário
• Demanda agregada Efetiva 
• DAefetiva = C + I
• DA planejada = C + Ivoluntário
• Iinvoluntário = DAefetiva – DAplanejada
• Iinvoluntário = Y – (C + Ivoluntário)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
• Condição de equilíbrio: Iinvoluntário = 0
• Se o produto (demanda efetiva) for menor que a demanda agregada
planejada, configura-se uma situação de excesso de demanda, provocando
retração de estoques, ou seja, o Iinvoluntário é menor que zero.
• Nessa situação as empresas contratarão mais trabalhadores e
ampliarão a produção, de modo a atender a demanda, de modo que a
variação indesejada de estoques seja zero.
• Se o produto (demanda efetiva) for maior que a demanda agregada
planejada, configura-se uma situação de excesso de oferta, provocando
acumulação de estoques, ou seja, o Iinvoluntário é maior que zero.
• Nessa situação as empresas diminuem a produção, de modo a cessar o
aumento de estoques.
• IMPORTANTE: OS PREÇOS NÃO DESEMPENHAM QUALQUER PAPEL NO
AJUSTAMENTO ECONÔMICO, QUE SE DÁ PELO MOVIMENTO DE
ESTOQUES. ISSO TAMBÉM É CHAMADO DE POLÍTICA DE
AJUSTAMENTO DE ESTOQUES.
Modelo 
keynesiano 
simples (o 
lado real)
• Determinação da Renda (apenas com consumo)
• Y = DA
• Y = C
• C = C(Y)
• C = Co + cY
• Onde:
• Co = Consumo autônomo (Co > 0)
• C = Propensão Marginal a Consumir (0 < c < 1)
• Consumo autônomo (Co)corresponde ao consumo que 
independe do nível de renda, ou seja, existe mesmo 
que a renda seja zero (consumo de subsistência 
financiado por venda de ativos anteriormente 
acumulados ou por ajuda externa).
• Propensão Marginal a Consumir (c) mostra a parcela da 
renda destinada ao consumo: quanto cresce o consumo 
a partir de aumentos da renda
Modelo 
keynesiano 
simples (o 
lado real)
• Condição de equilíbrio: OA = DA
• Oferta agregada: OA = Y
• Demanda agregada: DA = C = Co 
+ cY
• Y = Co + cY
• Y – cY = Co
• YE = __1__ . Co
(1 – c)
Modelo keynesiano simples (o lado real)
Modelo 
keynesiano 
simples (o 
lado real)
• Exemplo
• C = 100 + 0,8 Y
• Y = C
• Y = 100 + 0,8Y
• Y – 0,8Y = 100
• YE = ___1___ . 100
(1 – 0,8)
• YE = 500
Modelo 
keynesiano 
com 
consumo e 
investimento
• I = I0
• DA = C + I0
• Y = C + I
• Y = C + cY + I0
• YE = __1__ (C0 + I0)
(1 – c)
• Ótica dos vazamentos ou injeções 
de renda
Modelo keynesiano com consumo e investimento
Modelo 
keynesiano 
com 
consumo e 
investimento
• Multiplicador de gastos = _____variação da renda nacional__ = _ΔY_
variação autônoma da DA ΔDA
• I; cΔI; c(cΔI); c(c(cΔI);...
• ΔI; cΔI; c2ΔI; c3ΔI; c4ΔI;...
• Temos assim uma Progressão Geométrica (PG) de razão c, com c < 1
• ΔY = ΔI + cΔI + c2ΔI + c3ΔI + c4ΔI + ...
• ΔY = __1__ . ΔI
• (1 – c)
• onde 1/(1-c) é o multiplicador de gastos
Modelo 
keynesiano 
com 
consumo e 
investimento
• Um ponto importante a destacar no processo do 
multiplicador é que o crescimento da renda, por 
meio do efeito multiplicador, gera um 
crescimento na poupança em magnitude igual à 
despesa inicial.
• (1 – c) ΔI; (1 – c) cΔI; (1 – c) c2ΔI; (1 – c) c3ΔI; 
(1 – c) c4ΔI;...
• O somatório desta seqüência é:
• uma Progressão Geométrica (PG) de razão c, 
com c < 1
• ΔS = __1__ . (1 – c) ΔI ou seja, ΔS = ΔI
(1 – c)
Modelo 
keynesiano 
com 
consumo e 
investimento
• Outro ponto interessante a destacar é 
o chamado Paradoxo da 
Parcimônia.
• De acordo com esse modelo, emum 
dado país, onde se faça campanha 
para elevar sua taxa de poupança, se 
os gastos autônomos (I) forem 
mantidos inalterados, uma elevação 
na propensão marginal a poupar 
levará a uma queda na renda.
• ΔY = __1__ . ΔI ou seja, ΔS = ΔI
(1 – c)
Modelo keynesiano com consumo e 
investimento
• O modelo keynesiano, tal 
como descrito aqui, é valido 
em situações em que exista 
capacidade ociosa. Uma vez 
atingido o limite da 
capacidade produtiva, uma 
expansão de demanda levará, 
como no modelo clássico, à 
elevação dos preços. Podemos 
definir o hiato inflacionário no 
modelo keynesiano, como o 
excesso de demanda em uma 
situação de pleno emprego
Modelo de determinação da renda 
com o Governo
• O gasto público é um elemento da demanda que se soma ao consumo e ao investimento; os 
impostos são subtraídos da renda.
• C = C(Yd)
• Yd = Y – T + R
• Onde 
• Yd = renda disponível
• Y = renda nacional (total)
• T = arrecadação de impostos
• R = transferências do governo ao setor privado
• Para efeito de simplificação vamos considerar as transferências como impostos negativos e 
seus valores já se encontrem deduzidos da arrecadação total de impostos.
Modelo de determinação da renda 
com o Governo
• T = tY 
• Onde t = participação do imposto no produto (0 < t < 1)
• G = G0 (gasto autônomo)
• C = C0 + c(Y – T) = C0 + c (Y – tY)
• DA = C + I + G
• Y = C0 + c (Y – tY) + I0 + G0
• YE = _____1______ . (C0 + I0 + G0)
• 1 – c(1 – t)
Considerações finais
• No modelo keynesiano, ao contrário do modelo
clássico, a demanda agregada assume o papel
determinante no nível de renda, não havendo
limitações no lado da oferta.
• Esse modelo ajusta-se a uma situação em que existe
ampla capacidade ociosa, de tal modo que as
empresas possam atender qualquer demanda
adicional, sem pressionar os respectivos custos e,
portanto, os preços.
• Em um ambiente como esse, a política fiscal passa a
assumir grande importância para evitar profundas
oscilações de renda, uma vez que o governo pode,
por meio de seus gastos e arrecadação, ampliar ou
contrair a demanda agregada.

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