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Índice DEDICAÇÃO OBRIGADO PREFÁCIO Jaime D. Caballero Qual é a utilidade de O Evangelho; para todos os homens para o contexto latino-americano? O que aconteceu com a teologia batista? PRÓLOGO DE IMAGEM BATISTA CRONOLOGIA DE ANDREW FULLER E EVENTOS RELACIONADOS ANDREW FULLER: INTRODUÇÃO BIOGRÁFICA E TEOLÓGICA Jaime D. Caballero Os Diários de Andrew Fuller (1754-1815) Nascimento e juventude Conversão Batismo e início do ministério pastoral Andrew Fuller: homem de família, teólogo e pastor Pastor batista, defensor do calvinismo e promotor de missões mundiais Morte e Vitória RAZÕES PARA UMA SEGUNDA EDIÇÃO PREFÁCIO ORIGINAL DE ANDREW FULLER A polêmica com Robert Sandeman (1718-1771) A importância da polêmica atual Sete pontos a ter em mente ao ler este trabalho Conclusão PRIMEIRA PARTE: A IMPORTÂNCIA DO QUESTÃO CAPÍTULO 01: O QUE REALMENTE ESTÁ EM JOGO? A natureza da fé salvadora O debate sobre a natureza da fé entre Fuller e Anderson CAPÍTULO 02: A FÉ É NECESSÁRIA PARA A SALVAÇÃO? A polêmica com John Anderson (1748-1830) Evidência Bíblica de Fé como Condição Necessária para a Salvação Sobre a natureza do objeto da fé SEGUNDA PARTE: A FÉ EM CRISTO É DEVER DE TODOS OS HOMENS CAPÍTULO 03: PRIMEIRO ARGUMENTO: O EVANGELHO EXIGE O ARREPENDIMENTO DE TODOS OS HOMENS As Escrituras não ordenam nada que não tenhamos o dever de cumprir A polêmica com John Brine (1703-1765) Um dever espiritual pressupõe fé salvadora CAPÍTULO 04: SEGUNDO ARGUMENTO: TODO HOMEM TEM O DEVER DE OBEDECER À REVELAÇÃO DE DEUS O dever de observar a revelação de Deus O dever de observar os atos de Deus CAPÍTULO 05: TERCEIRO ARGUMENTO: A OBEDIÊNCIA AO EVANGELHO EXIGE FÉ SALVADORA A obediência ao Evangelho pressupõe um mandato A culpa pressupõe a recusa em cumprir um mandato CAPÍTULO 06: QUARTO ARGUMENTO: A FALTA DE FÉ EM CRISTO É RESPONSABILIDADE DO SER HUMANO, NÃO DE DEUS. A condenação pressupõe uma capacidade natural de acreditar O único obstáculo à conversão é o próprio homem CAPÍTULO 07: QUINTO ARGUMENTO: EXISTEM PUNIÇÕES PARA A INCREDIBILIDADE DOS HOMENS Desobediência e descrença são a causa da condenação CAPÍTULO 08: SEXTO ARGUMENTO: É DEVER DO HOMEM OBEDECER OS COMANDOS DE NATUREZA ESPIRITUAL Vários tipos de exercícios espirituais PARTE TRÊS: RESPOSTAS ÀS OBJEÇÕES COMUNS CAPÍTULO 09: SOBRE A RELAÇÃO DA IMPUÇÃO DO PECADO E O DEVER DE TODOS OS HOMENS DE EXERCER A FÉ EM CRISTO O caráter de Deus e o testemunho das Escrituras Sobre a santidade original que Adão e Eva possuíam em seu estado de inocência CAPÍTULO 10: SOBRE O DECRETO DE DEUS, A OFERTA GRATUITA DO EVANGELHO E A REDENÇÃO PARTICULAR O Decreto de Deus não anula a responsabilidade humana, nem a necessidade da oferta gratuita do Evangelho. A doutrina da Redenção Particular não anula a necessidade da oferta gratuita do evangelho, mas antes a torna possível. CAPÍTULO 11: SOBRE A ALIANÇA DE OBRAS E A INCAPACIDADE DOS PECADORES DE FAZER QUALQUER BEM ESPIRITUAL A maldição da Lei tem como objetivo mostrar ao pecador o seu pecado e trazê-lo a Cristo Se os pecadores não têm capacidade de acreditar em Cristo e de fazer qualquer bem espiritual, que sentido faz convidá-los a acreditar em Cristo? CAPÍTULO 12: SOBRE A OBRA PARTICULAR DO ESPÍRITO SANTO E O MANDATO UNIVERSAL DE CRER Arrependimento e fé são obras geradas pelo Espírito Santo A regeneração é uma obra necessária para poder crer no Evangelho PARTE QUATRO: PENSAMENTOS FINAIS CAPÍTULO 13: CONCLUSÃO 1. Primeiro: o mandamento de Deus de amá-lo acima de todas as coisas é uma amostra do seu amor infinito 2. Segundo: A salvação é inteiramente pela graça de Deus 3. Terceiro: A condenação iminente paira sobre os não-crentes 4. Quarto: A obrigação dos crentes é a proclamação do Evangelho a todos os homens Perigos da pregação hiper-calvinista Como devemos apresentar a oferta do Evangelho? CAPÍTULO 14: APÊNDICE: SE É NECESSÁRIO TER UMA DISPOSIÇÃO ANTERIOR NO CORAÇÃO PARA CRER A polêmica com Archibald M'Lean (1738-1812) Oito proposições sobre a relação entre a inclinação do coração do homem e a fé em Cristo Respostas às objeções levantadas O arrependimento é um elemento essencial do Evangelho Fé, esperança e amor são graças inseparáveis do Espírito Santo A regeneração necessariamente precede a fé A ordem dos elementos da salvação Conclusão Andrew Fuller foi um pastor modelo com mente de teólogo e coração de missionário. Há muito que podemos aprender com este fiel ministro do Evangelho. DR. DANIEL L. AKIN Seminário Teológico Batista Sudeste Andrew Fuller é um dos pastores-teólogos que teve maior influência na história batista. O duplo compromisso de Fuller com a soberania de Deus na salvação, por um lado, e com a pregação do Evangelho a todas as pessoas, por outro, fornece um exemplo que muitos batistas (e muitos outros) acharão útil como o debate a respeito do ressurgimento do calvinismo hoje continua. DR. NATHAN A. FINN Seminário Teológico Batista Sudeste Os futuros historiadores da herança batista provavelmente reconhecerão que Andrew Fuller foi o teólogo mais importante que este movimento produziu durante os primeiros quatrocentos anos de seu início. Embora Fuller tenha sido relegado à obscuridade afetuosa, Fuller está de volta aos nossos dias. DR. TIMOTHY GEORGE Editor Geral do Comentário da Reforma sobre as Escrituras Andrew Fuller é o pastor-teólogo por excelência e um dos melhores modelos com os quais os pastores contemporâneos podem aprender muito. Sua defesa do calvinismo evangélico representa um grande potencial para ajudar a discussão em curso entre os batistas sobre questões de soteriologia hoje, da mesma forma que ocorria há 200 anos. DR. JOÃO S. HAMMETT Professor de Teologia Sistemática Estudos Teológicos Batistas do Sudeste Sobre esta edição: Esta edição corresponde à obra integral, integral, da segunda e última edição de O Evangelho, digno de ser recebido por todos os homens, de Andrew Fuller, publicado em 1801. O texto da obra em inglês é o seguinte: Andrew Fuller, “O Evangelho digno de toda aceitação, ou o dever dos pecadores de acreditar em Jesus Cristo, com correções e acréscimos; ao qual é acrescentado um Apêndice, sobre a necessidade de uma disposição santa para crer em Cristo”, em The Complete Works of Andrew Fuller: Publicações Controversas, ed. Joseph Belcher, vol. 2 (Harrisonburg, VA: Sprinkle Publications, reimpressão 1988), 328-416. Os títulos e subtítulos do texto foram adicionados pelo editor para facilitar a leitura do texto. As divisões correspondem às divisões originais de Fuller. Todas as anotações foram feitas pelo editor (Jaime D. Cavalheiro), exceto onde indicado de outra forma e é uma nota originalmente feita por Andrew Fuller. Para esta edição, cada vez que uma obra de Fuller for citada, isso será feito de forma abreviada, citando-a como Obras, seguida do número do volume e das páginas. Juntamente com Imagen Bautista , a Teología para Vivir planeja nos próximos anos trazer de volta ao espanhol as obras teológicas mais representativas da tradição batista. Entre os autores que esperamos traduzir estão Andrew Fuller, Nehemiah Coxe, Benjamin Keach, entre muitos outros. Somos uma sociedade totalmente sem fins lucrativos e totalmente autossustentável. A melhor maneira de nos apoiar é orando e comprando nossos livros. Por favor, não pirateie este livro, cada cópia pirata feita é uma obra a menos que podemos publicar. Obrigado! ◆◆◆ O EVANGELHO PARA TODOS OS HOMENS Uma refutação do hipercalvinismo ANDREW FULLER Editor: Jaime Daniel Caballero Impresso em Lima, Peru O EVANGELHO PARA TODOS HOMENS: UMA REBUTAÇÃO AO HIPERCALVINISMO Autor: ANDREW FULLER. Publicado originalmente em 1801. Edição completa e integral. Andrew Fuller, “O Evangelho digno de toda aceitação, ou o dever dos pecadores de acreditar em Jesus Cristo, com correções e acréscimos; ao qual é adicionado um Apêndice sobre a necessidade de uma disposição Santa para acreditar em Cristo”, e O As obras completas de Andrew Fuller: publicações controversas, ed. Joseph Belcher, vol. 2 (Harrisonburg, VA:Sprinkle Publications, reimpressão 1988), 328-416. Editora: James Daniel Knight. Tradução: Daniel Henry Valladares Santander. Revisão da tradução: Elioth Fonseca. Design da capa : Angie Garcia-Orange. Revisão de estilo e linguagem: Portal Gabriel. Série: Biblioteca Legado Batista - Volume: 01 Editado por: © TEOLOGYPARAVIVIR.SAC José de Rivadeneyra 610. Urb. Santa Catalina, La Victoria. Lima Peru. sales@teologiaparavivir.com https://www.facebook.com/teologiaparavivir/ www.teologiaparavivir.com Primeira edição: julho de 2020 Tiragem: 1000 exemplares Realizado o Depósito Legal na Biblioteca Nacional do Peru, nº: 2020-03869 ISBN: 978-612-48204-9-6 A impressão foi concluída em julho de 2020 em: ALEPH IMPRESIONES SRL Jr. Risso 580, Lince Lima Peru. É proibida sua reprodução ou transmissão total ou parcial, por qualquer meio, impresso, audiovisual ou eletrônico, sem autorização por escrito do editor. As citações bíblicas foram retiradas da Versão Reina Valera de 1960 , e da Nova Bíblia Hispânica , salvo indicação em contrário em alguma delas. TABELA DE CONTEÚDOS DEDICAÇÃO OBRIGADO PREFÁCIO Jaime D. Caballero Qual é a utilidade do Evangelho; para todos os homens para o contexto latino-americano? O que aconteceu com a teologia batista? PRÓLOGO DA IMAGEM BATISTA CRONOLOGIA DE ANDRÉ MAIS COMPLETO E EVENTOS RELACIONADO ANDREW FULLER: INTRODUÇÃO BIOGRÁFICA E TEOLÓGICO Jaime D. Caballero Os Diários de Andrew Fuller (1754-1815) Nascimento e juventude Conversão Batismo e início do ministério pastoral Andrew Fuller: homem de família, teólogo e pastor Pastor batista, defensor do calvinismo e promotor do missões mundiais Morte e Vitória RAZÕES PARA UMA SEGUNDA EDIÇÃO PREFÁCIO ORIGINAL DE ANDREW FULLER A polêmica com Robert Sandeman (1718-1771) A importância da polêmica atual Sete pontos a ter em mente ao ler este trabalho Conclusão PRIMEIRA PARTE: A IMPORTÂNCIA DO QUESTÃO CAPÍTULO 01: O QUE REALMENTE ESTÁ EM JOGO? A natureza da fé salvadora O debate sobre a natureza da fé entre Fuller e Anderson CAPÍTULO 02: A FÉ É NECESSÁRIA PARA A SALVAÇÃO? A polêmica com John Anderson (1748-1830) Evidência bíblica da fé como condição necessária de salvação Sobre a natureza do objeto da fé SEGUNDA PARTE: A FÉ EM CRISTO É DEVER DE TODOS OS HOMENS CAPÍTULO 03: PRIMEIRO ARGUMENTO: O EVANGELHO EXIGIMOS O ARREPENDIMENTO DE TODOS OS HOMENS As Escrituras não ordenam nada que não tenhamos o dever de alcançar A polêmica com John Brine (1703-1765) Um dever espiritual pressupõe fé salvadora CAPÍTULO 04: SEGUNDO ARGUMENTO: CADA HOMEM VOCÊ TEM O DEVER DE OBEDECER À REVELAÇÃO DE DEUS O dever de observar a revelação de Deus O dever de observar os atos de Deus CAPÍTULO 05: TERCEIRO ARGUMENTO: OBEDIÊNCIA AO O EVANGELHO EXIGE FÉ SALVÍFICA A obediência ao Evangelho pressupõe um mandato A culpa pressupõe a recusa em cumprir um mandato CAPÍTULO 06: QUARTO ARGUMENTO: A FALTA DE FÉ EM CRISTO É RESPONSABILIDADE DO SER HUMANO, NÃO DE DEUS. A condenação pressupõe uma capacidade natural de acreditar O único obstáculo à conversão é o próprio homem CAPÍTULO 07: QUINTO ARGUMENTO: EXISTEM PUNIÇÕES Pela incredulidade dos homens Desobediência e descrença são a causa da condenação CAPÍTULO 08: SEXTO ARGUMENTO: É DEVER DO O HOMEM É OBEDECER AOS COMANDOS DA NATUREZA ESPIRITUAL Vários tipos de exercícios espirituais PARTE TRÊS: RESPOSTAS ÀS OBJEÇÕES COMUNS CAPÍTULO 09: DA RELAÇÃO DA IMPUTAÇÃO DO PECADO E DO DEVER DE TODOS OS HOMENS PARA COM EXERCITE A FÉ EM CRISTO O caráter de Deus e o testemunho das Escrituras Sobre a santidade original que Adão e Eva possuíam em seus estado de inocência CAPÍTULO 10: SOBRE O DECRETO DE DEUS, O LIVRE OFERTA DO EVANGELHO E REDENÇÃO PARTICULAR O Decreto de Deus não anula a responsabilidade humana, nem nem a necessidade da oferta gratuita do Evangelho A doutrina da Redenção Particular não anula a necessidade da oferta gratuita do evangelho, mas torna possível CAPÍTULO 11: DA ALIANÇA DE OBRAS E INCAPACIDADE DOS PECADORES DE FAZER QUALQUER BEM ESPIRITUAL A maldição da Lei pretende mostrar a pecador seu pecado e trazê-lo a Cristo Se os pecadores não têm capacidade de acreditar Cristo e não fazem nenhum bem espiritual, qual é o sentido de convidá-los acreditar em Cristo? CAPÍTULO 12: SOBRE A OBRA PARTICULAR DO ESPÍRITO SANTO E O MANDATO UNIVERSAL DE ACREDITAR Arrependimento e fé são obras geradas pelo Espírito Sagrado A regeneração é uma obra necessária para poder crer na Evangelho PARTE QUATRO: PENSAMENTOS FINAIS CAPÍTULO 13: CONCLUSÃO 1. Primeiro: a ordem de Deus para amá-lo acima de tudo coisas é um sinal do seu amor infinito 2. Segundo: A salvação é inteiramente pela graça de Deus 3. Terceiro: Uma condenação iminente paira sobre aqueles que não crentes 4. Quarto: A obrigação dos crentes é a proclamação do Evangelho a todos os homens Perigos da pregação hiper-calvinista Como devemos apresentar a oferta do Evangelho? CAPÍTULO 14: APÊNDICE: SE É NECESSÁRIO TER UMA DISPOSIÇÃO ANTERIOR NO CORAÇÃO PARA ACREDITAR A polêmica com Archibald M'Lean (1738-1812) Oito proposições sobre a relação entre a inclinação do coração do homem e fé em Cristo Respostas às objeções levantadas O arrependimento é um elemento essencial do Evangelho Fé, esperança e amor são graças inseparáveis do Espírito Sagrado A regeneração necessariamente precede a fé A ordem dos elementos da salvação Conclusão DEDICAÇÃO Para a nova geração de jovens latino-americanos, a tocha está em nossas mãos Reverendo Andrew Fuller (1754-1815) Créditos: Regent's Park College, Universidade de Oxford. Artista desconhecido. OBRIGADO Esta obra nasceu da iniciativa e visão de Daniel Valladares, pastor batista em Valparaíso, Chile e colaborador do ministério Imagen . Bautista , que junto com um grupo de tradutores realizou a primeira tradução desta obra. Seu exemplo de trabalho e dedicação à obra do Senhor será uma bênção para inúmeras gerações futuras. Esta obra continuará a ser lida por muitos anos depois de partirmos. Sem os esforços do Imagen Bautista este trabalho não estaria em suas mãos. O seu esforço e dedicação são a prova do que um punhado de crentes, trabalhando em unidade, podem fazer no Senhor com sacrifício e vontade, e que não precisamos ser norte-americanos, europeus ou ter grandes recursos para fazer grandes coisas por nós. o Senhor. . Como latinos, dependemos durante muito tempo, demasiado, dos esforços dos estrangeiros. Isso está mudando. Gostaria também de agradecer à equipe de tradução e edição da editora Teología para Vivir . O sucesso deste trabalho é seu. Em primeiro lugar, ao Elioth Fonseca pelas inúmeras horas que despendeu na revisão do texto. Também Angie García-Naranjo pelo design da capa. Vale ressaltar o esforço que outros jovens batistas estão realizando na América Latina, entre eles está o esforço realizado pelo ministério Cimiento y Standard , com a colaboração de Stuart Villalobos, entre outros. Gostaria também de agradecer àqueles que contribuíram financeiramente para cobrir os custos de publicação deste livro (em ordem alfabética): Frank Cuya, Daniel Valladares e Paulo Cesar Leo Lizzaraga. A vontade de aprender e de fazer uma mudança nesta geração de tantos jovens, homens e mulheres, que me escreveram e me incentivaram ao longo deste projeto tem sido imensamente encorajadora. A nós, nesta geração, foi dada a tocha do Evangelho. Sejamos fiéis em transmiti-lo próxima geração. Agradeço à minha família no Peru por ter me apoiado e incentivado continuamente no desenvolvimento deste projeto. Minha mais sincera gratidão a você. Aos meus queridos irmãos na Inglaterra, especialmente às congregações em: Igreja Batista Carey em Reading, North Bradley Igreja Batista em Wiltshire. A Brian e Valerie Worsley e Richard e Catherine Haddon pelo apoio financeiro. Também à Graça Batista Mission (GBM) e Unidos pela Missão (UFM) pelo constante cuidado e incentivo. Obrigado pelo seu apoio incondicional durante todos esses anos. Agradecer também a vários professores e colegas que foram de grande incentivo e orientaçãono desenvolvimento deste trabalho. A Michael Haykin, pela sua constante orientação, exemplo e disponibilidade em ajudar. A Crawford Gribben, por me ensinar a fazer perguntas. Querido amigo, a sua impressionante erudição só é superada pela sua simplicidade e piedade. Também ao Centro de Estudos Batistas Andrew Fuller ( The Andrew Fuller Center for Baptist Studies ), por fornecer material e estudos inestimáveis nos estudos de Andrew Fuller e na tradição batista. Este trabalho não teria sido possível sem os esforços que têm feito nos últimos anos. Para você, amada esposa Ellie. Ao escrever estas linhas, mais do que nunca percebo o amor de Deus por mim, dando-me o privilégio de ser seu marido e de poder guardar seu coração. E, finalmente, graças a Ele de quem vêm todas as coisas, que governa o Universo em Sua Vontade Soberana: ao meu Senhor e terno Salvador, Cristo Jesus. Soli Deo Glória . Jaime Daniel Caballero 14 de junho de 2019 Cortiça, Irlanda PREFÁCIO Jaime D. Caballero Andrew Fuller é considerado um dos teólogos mais influentes na teologia evangélica protestante, especialmente na área de missões e evangelismo. A amplitude de sua produção literária, a profundidade de seus escritos e a relevância de suas aplicações pastorais tornam seu legado na tradição batista incomparável. A obra de Fuller estende-se não só à área teológica e pastoral, mas também à área missionária. Foi através dele que a Sociedade Missionária Batista A Particular (SMBP) foi fundada na Inglaterra, e através da SMBP grandes homens de Deus, trabalhando em missões, tiveram um impacto global. No entanto, embora os escritos de Fuller sejam amplamente conhecidos e estudados no mundo anglo-saxão, eles são quase desconhecidos na América Latina, mesmo entre os descendentes espirituais de Fuller: os batistas. Isto é uma vergonha e uma tragédia ao mesmo tempo. A tragédia não é apenas que a maioria dos batistas latino-americanos não estão familiarizados com a sua grande herança teológica e missionária, mas que mesmo alguns seminários que têm o rótulo “Batista” não permitiriam que Fuller, uma das figuras mais importantes da sua história, fosse. parte do corpo docente. Dentro da tradição batista houve pregadores da estatura de Charles Spurgeon, teólogos como Andrew Fuller e missionários de devoção e piedade como William (William) Carey. Todos apaixonados pela glória de Deus, e fortemente enraizados nas Doutrinas da Graça. [1] Isto não é coincidência, pois, vez após vez, ao longo da história da Igreja, em todos os lugares onde essas doutrinas chegaram, elas produziram um amor pelo estudo da Palavra de Deus, vidas transformadas em santidade, um desejo de levar a Glória de Deus até os confins da terra terra através de missões e finalmente a transformação completa da sociedade. Porém, essas doutrinas que revolucionaram o mundo inteiro no século XVIII não chegaram à América Latina. A influência do calvinismo na América Latina tem sido relativamente insignificante. No entanto, isso está mudando. Prova disso é este livro e a infinidade de publicações recentes e de homens e mulheres que defendem as mesmas Doutrinas da Graça que levaram Andrew Fuller a proclamar que o evangelho é digno de ser recebido por todos os homens! O editor das obras de Fuller, Joseph Belcher, escreve em seu prefácio à edição americana de suas obras em 1844 o seguinte: A menos que eu esteja muito enganado, as obras de Fuller serão estudadas pela posteridade lado a lado com as obras imortais do antigo reitor. Jonathan Edwards, um homem de mentalidade semelhante à do autor inglês. [2] Belcher não estava errado. A cada ano aumenta o número de publicações que estudam o pensamento profundo e elaborado de Fuller. [3] No entanto, até agora, tudo o que Fuller está disponível em espanhol foi a transcrição de alguns sermões proferidos por John Piper, e compilados em um pequeno livro. [4] Embora as obras de Fuller sejam avidamente estudadas na maioria dos seminários de língua inglesa, e suas obras sejam de leitura quase obrigatória em muitos seminários batistas, particularmente aqueles de persuasão reformada, na América Latina alguns nem sequer ouviram seu nome. dizemos sobre estar familiarizado com seu pensamento. É hora de a América Latina despertar para a grande tradição teológica que a precedeu na Fé evangélica, é hora de seguirmos os passos daqueles que nos precederam na Fé. A tocha do fogo do evangelho tem passou de geração em geração, e agora nos foi dado nesta geração. Qual é a utilidade do Evangelho; para todos os homens para ele Contexto latino- americano? O propósito do trabalho de Fuller era mostrar claramente qual é a mensagem do Evangelho conforme ensinada nas Escrituras, uma mensagem que foi preservada e explicada por grandes homens de Deus da Reforma e da Pós-Reforma. Como tal, o tratado pretende mostrar como esta mensagem se distingue da mensagem pregada pelo Arminianismo, por um lado, e do Hiper-Calvinismo, por outro. Sobre isto, Michael Haykin observou que “a batalha de Fuller contra a teologia anti-bíblica e a piedade do hiper-Calvinismo pode servir como um corretivo muito necessário para esta ênfase equivocada”. [5] Para compreender os postulados de Fuller, é essencial conhecer o ensino hipercalvinista que este livro procurou refutar, por isso é vital: …compreender a relevância do Hipercalvinismo no contexto [Fuller]. Central para a teologia hiper-calvinista era a crença de que não era “dever” do não salvo arrepender-se e crer no evangelho, porque a “depravação total” o tornava completamente incapaz de fazê-lo. O hipercalvinismo teve sérias consequências para a pregação. Uma congregação típica não poderia ser chamada ao arrependimento e à crença no Evangelho. Tais exortações “indiscriminado à fé e ao arrependimento” eram, em primeiro lugar, sem sentido, porque não era dever do não regenerado acreditar; e, em segundo lugar, perigosos, porque poderiam encorajar falsas profissões de fé, o que certamente diluiria a pureza da Igreja. Simplificando, era considerado perigoso, tanto na teoria como na prática, oferecer o Evangelho aberta e livremente a todos. [6] De uma análise puramente racional, o hipercalvinismo faz muito sentido. Pois, em certo sentido, é verdade que o pecador “não pode vir a Cristo” e que, de fato, o evangelho pode ser manipulado com a consequência de conversões espúrias. Contudo, o principal problema do hipercalvinismo era a superposição de um sistema teológico sobre a mensagem clara das Escrituras. Pregadores hiper-calvinistas pregavam um sistema teológico, em vez da mensagem clara e direta das Escrituras. Este perigo permanece tão latente nos nossos dias e no nosso contexto, como estava nos dias de Fuller. A influência de Fuller não foi apenas no campo teológico, mas também no pastoral, Stephen J. Wellum menciona sobre este ponto: Fuller não era um pastor de cadeira de balanço ou um teólogo se aquecendo junto ao fogo em frente a uma lareira. Não, mas ele serviu, ministrou e viveu no mundo real, enfrentando as durezas da vida e cumprindo fielmente as suas responsabilidades como ministro do Evangelho. [7] Tendo isto em mente, há pelo menos três áreas nas quais a vida, a obra e o pensamento de Fuller são de vital importância para o contexto latino-americano. 1. Missões A falta de distinção entre as obras de misericórdia (caridade) e a pregação do Evangelho é um erro que decorre de uma concepção errada do que significa a missão da Igreja. Salvar baleias e plantar árvores são coisas excepcionalmente boas, mas não são a missão da Igreja Local. Em outras palavras, a centralidade da pregação do Evangelho representa o próprio cerne das missões. Existe um equívoco em confundir justiça social com missões. Embora seja verdade que o trabalho missionário implica pregar os males da sociedade, a missão da Igreja Local não é a busca da justiça social. Embora seja verdade que a pregação da Palavra não deve fechar os olhos aos males da sociedade e à corrupção da classe política; A missão daIgreja não é ser um partido político, embora seja verdade que o envolvimento de um cristão na política é permitido e deve até ser promovido. A ênfase de Fuller na pregação do Evangelho e na plantação de igrejas no contexto missionário é um corretivo muito útil para as nossas igrejas latinas. Por outro lado, é importante distinguir entre o trabalho de um crente individual, que pode ser o ativismo político ou social, (Igreja como organismo), e o da Igreja local como organização, que tem como finalidade a pregação das boas novas do Evangelho. 2. Teologia O hipercalvinismo dos dias de Fuller não é o mesmo hipercalvinismo dos nossos dias. Contudo, as más sementes que o hiper-Calvinismo produziu nos dias Fuller são as mesmas sementes que foram semeadas em solo latino-americano, e que encontraram no legalismo, na imaturidade e na falta de conhecimento bíblico e teológico das nossas Igrejas um terreno fértil para sua germinação. O hipercalvinismo em nosso contexto se manifesta de diferentes maneiras, algumas delas são: a imposição de um sistema teológico sobre o ensino claro das Escrituras, a negação da graça comum de Deus – expressão de seu amor – para todos os homens. , uma ênfase sectária ao promover o divisionismo entre os crentes por razões não centrais ao Evangelho, a elevação de doutrinas secundárias à importância primária, pervertendo assim o Evangelho que alguns com zelo equivocado afirmam defender; etc. Tanto a vida como a obra de Fuller são um antídoto para o germe hipercalvinista que está se espalhando lentamente na América Latina. 3. Ministério Pastoral Num contexto atormentado por apóstolos e profetas que adoram o estômago e os prazeres em vez de Deus, que procuram enriquecer usando a Igreja em vez de se sacrificarem por ela; num contexto em que pastores, por amor a si mesmos, ao lucro e à sua reputação, encobrem outros pastores adúlteros, ladrões e estelionatários, cheios de simonia; O exemplo de Fuller como pastor é de extrema relevância. Aprendemos sobre o ministério pastoral através do trabalho de outros que vieram antes de nós. O exemplo de Andrew Fuller, as lágrimas, o sacrifício, a piedade, o cuidado e o amor pelas ovelhas aquecerão o coração de qualquer pastor, enchendo-o de coragem para sofrer pela causa do Reino e não permanecer calado quando for necessário denunciar práticas corruptas da sociedade. e sua própria denominação quando não estão de acordo com as Escrituras. O que aconteceu com a teologia batista? Existe um anti-intelectualismo em grande parte das Igrejas Batistas Latino-Americanas. Embora seja verdade que na maioria deles não se observam os abusos que ocorrem em outras denominações, mas em Em geral, o estudo teológico está diminuindo. É um erro comparar-nos com outras denominações, quando deveríamos antes ver-nos à luz daqueles que vieram antes de nós na fé. O legado e a tradição batista são extremamente ricos, não apenas em sua teologia, mas também em seu exemplo pastoral e piedade. Para onde foram os homens de antigamente, os Whitefields, os Edwards e os Spurgeons? Oh Senhor, traga um avivamento em nossa geração! Conferências sobre “coaching”, liderança, como administrar finanças ou auto-estima são cada vez mais populares, enquanto aquelas relacionadas à pessoa e obra de Cristo, aos atributos de Deus ou ao Espírito Santo, temas que são a base da vida cristã vida e ministério, estão se tornando menos comuns. Mas esta não é apenas uma tendência entre os batistas, mas permeia, como uma infecção tóxica no sangue, a maioria das denominações do nosso tempo. O estudioso de Andrew Fuller, Paul Brewster, escreveu: Fuller estava convencido de que, a menos que os púlpitos das Igrejas Batistas estivessem cheios de homens cujas mentes e corações tivessem sido capturados pelo poder e pela beleza do Evangelho, as Igrejas estariam vazias de todo poder espiritual. [8] Cada vez mais o Senhor está trabalhando em um grande número de jovens que dizem como Fuller e aqueles que os precederam na fé: “Chega disso, “Queremos a Palavra de Deus!” Espero que, através da leitura dos grandes homens do passado, você seja levado àqueles pastos verdejantes encontrados apenas na Palavra de Deus. Que o Senhor suscite nesta geração, dentre os nossos jovens latino-americanos, a próxima geração de homens e mulheres de Deus apaixonados pela Sua Glória, com as mãos na obra de Deus, os pés enraizados na terra, os olhos na recompensa para venham!, e suas mentes saturadas com o estudo da Palavra de Deus! Jaime D. Caballero Sábado, 15 de junho de 2019 Cortiça, Irlanda PRÓLOGO DA IMAGEM BATISTA Uma das características da teologia batista tem sido sua ênfase na missiologia. Mas muito poucos batistas sabem que esta missiologia foi formada através da vida e obra do teólogo batista inglês Andrew Fuller. Em nosso país (Chile) há um despertar em relação à rica herança teológica dos Batistas Particulares. Ao mesmo tempo, vemos com tristeza, como muitos irmãos, que ao conhecerem as doutrinas da graça não veem a ligação com a evangelização em suas igrejas locais, levando-os fácil e sutilmente à doutrina herética do hipercalvinismo. É por isso que um teólogo como Andrew Fuller e em particular este livro, através do qual foi denunciada esta posição herética, é de grande relevância para as igrejas batistas no Chile. Isto é igualmente válido para aqueles irmãos que se distanciam da teologia reformada por considerá-la infértil no que diz respeito à ênfase na missão, pois através deste livro podem aprender o quão importante é a missão, e em particular a pregação, para esta perspectiva teológica. evangelho de Jesus Cristo a todos os homens, como principal função e privilégio da Igreja de Cristo. Outro ponto que está continuamente em tensão é a insistência na reflexão teológica e na “experiência quotidiana” da vida cristã. Geralmente são apresentados em extremos distantes, por um lado, a ênfase excessiva é colocada na necessidade de reflexão teológica sem implicações práticas, e por outro lado, a reflexão teológica é apresentada como um obstáculo ou atraso para a vida prática, e isso ocorre em de uma forma especial quando se fala em missões, a frase parece ser mais espiritual “menos reflexão e mais ação.” No entanto, este livro é um testemunho do contrário, uma boa reflexão teológica, dá razões e bases corretas para a participação na missão de Deus, isto porque é a Escritura que o Espírito Santo usa para transformar, encorajar, guiar, consolar, entre muitas outras bênçãos, para os crentes. É justamente a reflexão teológica que dá sentido à formação da “Sociedade Batista Particular para a Propagação do Evangelho entre os Pagãos” (mais tarde conhecida como Sociedade Missionária Batista e hoje como BMS World Mission), formada por William Carey, Andrew Fuller , John Ryland e John Sutcliff. Como grupo Imagen Bautista estamos envolvidos na tradução e divulgação de material batista. Publicamos muito material relacionado em nosso site e Andrew Fuller é uma das bandeiras desta denominação. Graças à contribuição de escritos como estes, podemos declarar corretamente que a tradição batista tem uma riqueza que não pode permanecer apenas um registro do passado, mas deve nos encorajar a continuar com a tradução e divulgação de material batista para irmãos de língua espanhola. É nossa oração que este livro encoraje as igrejas batistas e evangélicas em geral a cumprir o mandato que Cristo nos confiou. Franco Caamano Carlos Sanches Daniel Valladares Valparaíso, 20 de junho de 2019 CRONOLOGIA DE ANDREW COMPLETO E EVENTOS RELACIONADO 1754Nascimento de Andrew Fuller, em 6 de fevereiro, em Wicken, uma pequena cidade em Cambridgeshire, Inglaterra. 1758 Morte de Jonathan Edwards (1703-1758), uma das maiores influências teológicas sobre Andrew Fuller. 1759Nascimento de William Wilberforce (1759-1833), incansável lutador pela abolição da escravatura na Inglaterra. 1761 Muda-se com a família para Soham, no condado de Cambridgeshire. 1768Nascimento de Friederich Schleiermacher(1768-1834), considerado o pai do liberalismo teológico. 1769Conversão no mês de novembro, depois de passar muito tempo lidando com questões espirituais e segurança da salvação como consequência do ensino hipercalvinista que havia recebido. Nascimento de Napoleão Bonaparte (1769-1821). 1770 Andrew Fuller é batizado por John Eve e torna-se membro da Igreja Batista Soham em abril. Morte de George Whitefield (1714-1770). Whitefield, juntamente com Wesley, marcariam a era dos avivamentos do século XVIII como dois gigantes. Nascimento do filósofo George Hegel (1770-1831), que junto com Kant deixaria uma marca indelével na ascensão da teologia liberal do século XIX. 1771 Morte de John Gill (1687-1771), uma das figuras teológicas mais importantes entre os Batistas Particulares. Morte de Robert Sandeman (1718-1771), pai de Sandemanismo, uma das escolas hipercalvinistas mais fortes da época de Fuller. 1774Começa o ministério de pregação na Igreja Batista Soham em janeiro. 1775 Ordenado pastor na Igreja Batista Soham em maio. O ministro Robert Hall foi o responsável pela pregação. A Igreja Batista de Soham junta-se à associação de Igrejas de Northamptoshire, que foi formada em 1769. 1776 Casamento de Fuller com Sarah Gardiner. Estreitos laços de amizade com John Sutcliff e John Ryland. Morte do filósofo David Hume (1711-1776). 1777 É exposto pela primeira vez ao pensamento de Jonathan Edwards, através da obra “A Liberdade da Vontade” ( Liberdade da Vontade ), recomendado por Robert Hall. 1781 Escreve a primeira edição do livro “O Evangelho de Cristo, digno de ser recebido por todos os homens” ( O Evangelho de Cristo digno de toda aceitação ). No entanto, o livro permanece inédito. 1782 Fuller muda-se para Kettering em Northamptonshire em outubro, para ser pastor na Igreja Batista de Kettering ( Kettering Igreja Batista ). Publicação de “A Bondade e a Utilidade da Esperança” ( O Excelência e Utilidade da Esperança ). Um pequeno folheto circulou entre a Associação de Igrejas de Northamtonshire. 1783 Nomeado pastor sênior da Igreja Batista Kettering em outubro. Robert Hall e John Ryland pregam em seu culto de comissão. Ele escreve e apresenta sua Confissão Doutrinária à Igreja. 1784John Stutcliff anuncia o “Chamado à Oração” para a Associação de Igrejas de Northamtonshire. Publicação da obra “A Natureza e a Importância de Andar pela Fé ” . 1785 Publicação de “As Causas do Declínio Espiritual e os Meios de Reavivamento” ( Causas do Declínio em Religião e meios de reavivamento ). Um pequeno tratado para a Associação de Igrejas de Northamptonshire. de Cristo digno de todos os homens” aceitação ) é publicado, causando alvoroço e polêmica nas Igrejas Batistas Inglesas. Fuller recebe críticas tanto dos partidos hipercalvinistas quanto dos arminianos. 1787Publicação do livro “Uma defesa do livro: O Evangelho de Cristo, digno de ser recebido por todos os homens. Em resposta às observações do sr. Botão e o Sr. Filantropos. ( Uma defesa de um tratado intitulado, O Evangelho Digno de toda aceitação: contendo uma resposta ao Sr. Button Observações e observações de Philanthropos ). Este livro foi uma defesa contra as acusações do hiper-calvinista William Button de não ser suficientemente calvinista, e do arminiano Daniel Taylor, de não ser suficientemente arminiano em seu livro. 1788Publicação do livro “Cartas ao Sr. Martin em relação à publicação de seu livro 'O Dever da Fé em Cristo'” ( Cartas Em relação à publicação do Sr. Martin sobre The Duty Faith in Cristo ), como defesa contra as acusações do hipercalvinista John Martin. 1789 Início da Revolução Francesa (1789-1799). 1790Publicação do livro “A realidade e eficácia da graça divina, com a certeza do triunfo do Reino de Cristo, apresentada como uma série de cartas” ( A realidade e eficácia da graça divina Graça, com o sucesso certo do Reino de Cristo, Considerado em uma série de cartas ). Publicado originalmente sob o título “Agnostos”, é uma resposta detalhada aos argumentos do teólogo arminiano Daniel Taylor. 1791 Publicação do livro “As Consequências Perniciosas do Atraso nos Religiosos” ( The Pernicious Consequences of Delay in Religious). Preocupações ). Morte de John Wesley (1703-1791). Wesley e Whitefield exerceram influência sobre Fuller, motivando-o a pregar o Evangelho. 1792 Fuller incentiva seu amigo William Carey a publicar um livro para promover missões. Carey publica o livro “Uma investigação sobre as obrigações dos cristãos e os meios fornecidos para a conversão dos pagãos” ( An Investigação sobre as obrigações dos cristãos de usar meios no Conversão dos pagãos ). Fuller fundou a Sociedade Missionária Batista Privada (SMBP) e foi nomeado secretário geral da organização. Sarah Fuller, esposa de Fuller, morre em agosto. Nascimento de Charles Finney (1792-1875), figura controversa durante grande parte do século XIX, utilizado em avivamentos e criticado por sua influência semipelagianista e decisória. 1793Publicação de “Um exame e comparação dos sistemas teológicos calvinista e sociniano, bem como suas repercussões morais” ( The Calvinistic and Socinian Systems Examined and Comparado quanto à sua tendência moral ). William Carey e John Thomas são enviados por Andrew Fuller através da Sociedade Missionária Batista Particular para a Índia como missionários. Fuller sofre um derrame e, como resultado, paralisia facial temporária. 1794 Fuller casou-se com Ann Coles. 1795Publicação de “Diálogos e Cartas entre Crispo e Caio” ( Diálogos e Cartas entre Crispo e Caio ). Livro sobre diversos temas teológicos publicado na Revista Evangélica. Publicação do livro “Porque os cristãos hoje têm menos alegria do que os da Igreja Primitiva” ( Por que os cristãos em os dias atuais possuem menos alegria que os discípulos primitivos ). Pequena área de circulação na Associação de Igrejas de Northamptoshire. 1796 Início da controvérsia com Abraham Booth (1734-1806) sobre a natureza da justificação, imputação e substituição penal. 1797 Publicação de “Um Sermão sobre a Importância de um Conhecimento Íntimo e Profundo da Verdade Divina” ( Um Sermão o Importância de um Conhecimento Profundo e Íntimo da Verdade Divina ). 1798Fuller obtém o título de Ph.D. pela Universidade de Princeton. No entanto, Fuller recusa o título de doutor. 1799Publicação de “O Evangelho: Suas Próprias Testemunhas”, ( O Evangelho, seu próprio testemunho ). Uma crítica e resposta teológica ao publicação do livro deísta de Thomas Paine “The Age of Reason ” . Publicação de “A Disciplina das Igrejas Primitivas Ilustradas e Aplicadas”, ( The Discipline of the Primitive Churches Illustrated and Applied). Aplicado ). Pequena área de circulação na Associação de Igrejas de Northamptonshire. Primeira visita à Escócia como representante da Sociedade Missionária Batista Particular (SMBP). 1800Publicação de “The Memoirs of the Reverend Samuel Pearce”, ( Memórias do Falecido Rev. Samuel Pearce ). Segunda visita à Escócia como representante do SMBP. Nascimento de John Nelson Darby (1800-1882), pai do Dispensacionalismo. 1801Publicação da segunda e última edição do “Evangelho de Cristo, digno de ser recebido por todos os homens” ( O Evangelho de Cristo digno de toda aceitação ), com a inclusão de um apêndice sobre o erro do Sandemanianismo. Esta segunda edição é a padrão. 1802Publicação de “Cartas ao Sr. Vilder sobre a Doutrina da Salvação Universal” ( Cartas ao Sr. Vidler sobre a Doutrina da Salvação Universal). Salvação Universal ). O livro é uma crítica à teologia de William Vilder em relação à salvação final de todo o pessoal, mais conhecida como universalismo. Publicação de “Os usos práticos do batismo cristão ” . 1803Publicação de “Seis Cartas ao Dr. Ryland, Sobre a Controvérsia com o Rev. A. Booth” ( Seis Cartas ao Dr. Ryland respeitando a controvérsia com o Rev. A. Booth ). Estas cartas mostram claramente a posição de Fuller em relação à justificação e expiação na controvérsia com Abraham Booth. Publicação de “Três Conversas sobre Imputação, Substituiçãoe Redenção Particular” ( Três Conversas sobre Imputação, Substituição e Redenção Particular ). 1804 Viagem de Fuller à Irlanda em nome da Sociedade Missionária Batista Particular (SMBP). Morte do filósofo Immanuel Kant (1712-1804). As ideias de Kant exerceriam uma influência dantesca nos rumos da teologia dos séculos XVIII e XIX. 1805 O prédio da Igreja Batista Kettering, onde Fuller é pastor, é ampliado para acomodar o grande número de participantes. Fuller obtém um segundo doutorado (PhD) pela Universidade de Yale, mas novamente recusa o diploma. Terceira visita de Fuller à Escócia como representante do SMBP. Nascimento de George Muller (1805-1898). 1806Publicação de “Discursos Expositivos sobre o Livro do Gênesis ” . Publicação da “Mensagem do Pastor aos Seus Ouvintes Cristãos, Sobre a Promoção de Sua Ajuda na Obra de Cristo” ( O Discurso do Pastor aos seus ouvintes cristãos, solicitando sua ajuda na promoção o Interesse de Cristo ). 1807Publicação de “Sobre a obediência moral e positiva”, ( Sobre Obediência Moral e Positiva ). Morte John Newton (1725-1807), famoso compositor de hinos e incansável lutador contra a escravidão. O Parlamento inglês vota a favor da abolição da escravatura. 1808 Publicação da “Apologia das missões na Índia”. (Desculpa para as Missões Cristãs Tardias na Índia ). Quarta visita de Fuller à Escócia em relação ao SMBP. 1809Nascimento de Charles Darwin (1809-1882), um dos principais promotores da Teoria da Evolução. 1810Publicação de “Críticas ao Sandemanianismo em Doze Cartas a um Amigo” ( Strictures on Sandemanianism in Twelve Letters to para amigo ). Publicação de “A promessa do Espírito, e o grande incentivo na promoção do Evangelho”, ( A Promessa do Espírito, o Grande Incentivo na Promoção do Evangelho ). 1811 Publicação de “Diálogos, Cartas e Ensaios sobre Vários Assuntos”. John Keen Hall é nomeado pastor assistente de Fuller. 1812 Visita ao País de Gales como representante da Sociedade Missionária Batista Particular (SMBP). Morte de Archibald Mc'Lean (1738-1812), um dos Os principais oponentes de Andrew Fuller. 1813Quinta e última visita à Escócia promovendo a Sociedade Missionária Batista Particular (SMBP). Nascimento do missionário David Livingstone (1813-1873). 1814 Fuller começa a escrever o que ele esperava que fosse seu magun opus “Cartas sobre Teologia Dogmática” ( Cartas sobre Teologia Sistemática Divindade ). O projeto pretendia ser uma Teologia Sistemática completa. No entanto, Fuller morreu logo após iniciar o projeto. 1815Publicação de “Sermões Expositivos sobre o Apocalipse”. Publicação de “O cuidado das viúvas e dos órfãos pelos ministérios cristãos”. A morte de Fuller em Kettering, Northamptonshire, em 8 de maio. [9] ANDREW FULL: INTRODUÇÃO BIOGRÁFICA E TEOLÓGICO Jaime D. Caballero O famoso pregador batista do século XIX, Charles Spurgeon, referiu-se a Andrew Fuller como “o maior teólogo do nosso tempo”. [10] Spurgeon não apenas se considerava um “descendente de Fuller”, mas muitos batistas do passado e do presente, quer saibam disso ou não, traçam suas raízes, tanto na doutrina quanto na prática, em Andrew Fuller. Stephen J. Wellum escreve: Andrew Fuller serve de modelo para os cristãos de hoje de muitas maneiras diferentes. Ele não foi apenas um marido, pai e pastor dedicado, mas também um excelente teólogo, defensor da fé e um visionário do Evangelho. [onze] Seu trabalho como pastor, teólogo e promotor de missões mundiais teve impacto por gerações. Este breve resumo serve como uma introdução básica à obra e ao pensamento de uma das figuras mais influentes do cristianismo moderno. Os Diários de Andrew Fuller (1754-1815) De meados do século XVII a meados do século XIX, era uma prática bastante comum entre os evangélicos, particularmente aqueles de origem independente e não-conformista, manter um registro da operação da graça de Deus em suas vidas através de diários, nos quais eles registraram seu progresso na fé, bem como suas lutas e derrotas. O objetivo desses diários, como aponta o historiador Michael D. McMullen, era: Descreva o progresso do crente desde um estado inicial de dúvida e descrença, para dar evidência da obra regenerativa da graça divina em direção a um estado de iluminação espiritual, afeição religiosa e, eventualmente, até certo grau de segurança de fé. [12] Vemos evidências do uso e publicação de periódicos para o desenvolvimento da piedade espiritual em um grande número de pastores e teólogos, entre os quais temos John Bunyan (1628-1688), Richard Baxter (1615-1691), John Newton (1725 - 1807), Jonathan Edwards (1703-1758), David Brainerd (1718-1747), John Wesley (1703-1791), entre muitos outros. [13] Fuller estava familiarizado com esses registros e, movido pelo exemplo daqueles que o precederam na fé, decidiu começar o seu próprio em 1780, aos 26 anos, e continuou nesta prática por mais de vinte anos, até 1801. Uma das principais fontes para reconstruir sua vida foram seus diários. [14] Ler os diários de Fuller, ou de qualquer outro homem de fé, é um exercício espiritual. Não se pode deixar de ser afetado pelas lutas, vitórias e derrotas do autor e ver claramente a obra da graça de Deus em uma pessoa. [15] No caso de Fuller, a graça de Deus é evidente. No início de sua peregrinação, ele é um jovem influenciado pelos ensinamentos do hipercalvinismo, sem saber se deveria pregar o evangelho aos seus vizinhos. No final da vida, ele é um homem maduro, lutando com todas as suas forças para proclamar o nome de Cristo onde ele não havia sido anunciado. A mudança não poderia ser mais radical, a graça de Deus não poderia ser mais perceptível em sua vida. [16] Querido irmão que lê isto, se você ainda não é o que deveria ser, um dia o será, nesta vida ou no futuro. Deus não terminou sua obra em você. Contudo, apenas dois volumes dos três volumes escritos por Fuller, contendo sua vida, memória, pensamentos, etc. eles sobrevivem. Um deles foi queimado pelo próprio Fuller e os outros dois seriam queimados após sua morte. No entanto, os encarregados de realizar este desejo, seu melhor amigo, o Sr. Ryland, e seu filho, decidiram ignorar o pedido de Fuller e, para nosso benefício, preservar seus diários. Nascimento e juventude Andrew Fuller nasceu em 6 de fevereiro de 1754 em uma pequena fazenda na vila de Wicken, no condado de Cambridshire, na Inglaterra. Seus pais, Robert e Philippa, tiveram três filhos, dos quais Andrew era o mais novo. Sua família herdou algumas terras que lhes permitiram sobreviver. A fazenda onde Fuller cresceu era em grande parte dedicada à produção de leite e produtos associados, e esperava-se que Andrew seguisse os passos do pai e do avô e se tornasse agricultor, afinal nem Andrew nem nenhum de seus irmãos receberam qualquer tipo de educação. , mas o mais básico que a pequena escola primária de sua cidade poderia oferecer. Porém, André logo se destacou por sua incrível capacidade intelectual, que, como ele mesmo admite, trabalhou a seu favor ao iniciar o ministério: Ele não podia esperar muito respeito dos habitantes de uma cidade onde morava desde os seis anos, agora que era ministro. No entanto, não tenho do que reclamar. Na verdade, recebi mais respeito do que poderia esperar, em parte devido à opinião predominante de que quando estava na escola sabia mais do que o professor. Uma opinião que, claro, estava muito longe da verdade, mas que, no entanto, indicava um certo preconceito que funcionava a meu favor. Talvez isso tenha sido útil ou tenha atraído algumas pessoas a me ouvirem pregar quando entrei no ministério. [17] Contudo, um intelecto separado da piedade é como uma árvore sem frutos. Não haveria Andrew Fuller se não fosse por Philippa Fuller. Foi a mãe de André a principal influência espiritual em sua vida e quem teve o papel de orientar seus filhos nos caminhos do Senhor. Filipa nunca imaginou que a fidelidade a Deus expressada no cuidado dos seus filhos e do seu lar resultaria através do seu filho numa bênção que afetaria milhões de pessoasem todo o mundo. Num mundo saturado de feminismo radical, que considera inferior a mulher que cuida da sua casa, faríamos bem em lembrar que quase todos os grandes homens de Deus da história, de Timóteo a Agostinho de Hipona, entre muitos outros, foram o papel da mãe que desempenhou um papel crucial. O pai de Andrew, Robert Fuller, embora frequentasse ocasionalmente a igreja, não era crente. Perto de sua morte, Andrew escreve em seu diário de 26 de abril de 1781: Como me sinto hoje com o coração partido e partido por meu amado pai, que temo que morra muito em breve. Oh, sua alma, sua alma imortal! Como posso suportar enterrá-lo sem ser convertido? Oh, Pai, se possível, passe de mim este cálice! Derramei as mais ardentes súplicas por sua alma e tive algumas conversas com ele sobre o assunto. 27 de abril de 1781. Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Por favor, me dê alguma esperança para o bem-estar de sua alma… Oh, a alma, a alma nunca morre! Andrew amava profundamente seu pai terreno. Suas orações em seu diário, implorando por sua conversão perto de sua morte, são comoventes. Pelo que sabemos, seu pai morreu não convertido. Quando criança, Andrew frequentou a Igreja Batista de Soham, uma cidade para onde se mudou aos 6 anos de idade, e foi exposto desde muito cedo ao ensino hipercalvinista na Igreja Batista de Soham, onde John Eve era pastor. Ao relembrar aqueles anos de infância e adolescência, Fuller escreve: Meu pai e minha mãe eram independentes não-conformistas, de convicção calvinista. Frequentemente íamos à igreja para ouvir a pregação do Pastor Eve, um pastor batista. O termo teológico para as crenças do Sr. Eva é hipercalvinismo, que deveria ser melhor chamado de falso calvinismo, e é por isso que ele tinha pouco ou nada a dizer aos não convertidos. Como consequência disso, sendo um homem não salvo, ele não tinha nenhum interesse em ouvir o que era dito no púlpito. [18] Algo que deve ser levado em conta é que a pregação de João Eva não foi academicamente pobre em conteúdo, nem foi superficial a sua exposição das Escrituras, muito pelo contrário. Mas porque ele tinha uma convicção hiper-calvinista, o seu conceito de evangelismo e missões foi completamente distorcido. Este é um bom lembrete de que uma pessoa pode, no papel, aderir à Confissão de Fé de Westminster ou Londres 1689 e, na prática, quase não terá utilidade para o Reino de Deus. Tanto Fuller quanto seus irmãos foram profundamente ensinados nas Escrituras por sua mãe e pelos ensinamentos de John Eve. Seus dois irmãos tornaram-se diáconos em igrejas batistas, enquanto André ingressou no pastorado. Na adolescência e no início da juventude destacou-se pelo seu intelecto prodigioso, mas também pela sua constituição atlética. Ele tinha aproximadamente 1,85 metros de altura, e seu árduo trabalho físico na fazenda o ajudou a desenvolver uma constituição física ideal para a luta greco-romana, destacando-se neste esporte. [19] No entanto, o Senhor ainda não havia realizado uma obra salvadora da graça em sua vida. Conversão Há uma grande quantidade de material primário que documenta a conversão de Fuller, tanto em seus diários pessoais quanto em cartas enviadas a familiares e amigos. Embora Fuller descreva sua conversão aos 15 anos de idade, podemos observar obras de graça ao longo de sua vida desde a mais tenra infância, como a convicção do pecado, uma consciência sensível à obra do Espírito Santo, entre outras evidências. Isto talvez se deva à educação cristã que teve na infância através da mãe, ou talvez à obra da graça do Espírito Santo, sem que ele tivesse plena consciência disso. Não podemos saber com certeza. Foi aos 14 anos que começou a sentir uma profunda convicção do pecado e um desejo insaciável de ler as principais obras teológicas dos puritanos. Foram os puritanos, através dos seus escritos, que guiaram Fuller aos pés de Jesus Cristo, e foram os puritanos que o guiaram para fora das águas turvas do hipercalvinismo. Ele escreve em seu diário: Acho que devia ter quase 14 anos quando comecei a refletir seriamente sobre meu destino final. A pregação à qual fui exposto domingo após domingo não fez muito para despertar minha consciência para Cristo, já que o ministro quase nunca disse nada sobre o caminho da salvação para os incrédulos, mas simplesmente sobre a edificação para os crentes. Não sei se eu já era crente naquela época, Mas naquela época eu também não estava interessado em saber. Lembro-me que, durante esse tempo, enquanto caminhava sozinho, pensei: Qual é a fé que salva? Como posso reconhecê-lo? Em que consiste? Lembro-me que só consegui tirar minhas dúvidas muito mais tarde. [vinte] Fuller sentia uma sede insaciável de ler os puritanos e os grandes clássicos, as maiores obras do cristianismo e do pensamento universal. Foi assim que iniciou uma leitura voraz das obras de John Bunyan (1628-1688), particularmente dos livros Grace. Abundante e o progresso do peregrino . Durante pouco mais de um ano, o jovem Fuller, então com 14 anos, dedicou-se à intensa leitura dos Puritanos. É muito provável que sua conversão tenha ocorrido através da leitura das obras do grande pregador puritano Ralph Erskine (1685- 1752), escreve Fuller: Às vezes eu ficava profundamente comovido depois de meditar nas grandes doutrinas do Cristianismo, ou depois de ler livros como Abundant Grace, de John Bunyan , ou Pilgrim's Progress . Um dia em particular, peguei o livro de Ralph Erskine intitulado Gospel Sonnets e li o sermão intitulado “Um Catecismo Evangélico para Jovens Cristãos”; Eu li e li, e enquanto lia não conseguia parar de chorar. Na verdade, fiquei tão comovido, a doutrina da salvação eterna parecia tão sublime para mim, que não pude deixar de chorar por não ver esta mudança radical na santificação em meu próprio coração. [vinte e um] Algo que aparece repetidamente nos diários de Fuller, desde a adolescência até a velhice, é o choro. Vez após vez, Fuller chega às lágrimas ao ver seu próprio coração e quão longe ele estava de amar a Deus com todas as suas forças e viver uma vida limpa de pecado. Ele foi às lágrimas enquanto orava dizendo; "Senhor, Por que não posso te amar como deveria?" foi o grito que partiu seu coração. Se um jovem como Fuller pôde amar o Senhor desta forma, não há dúvida de que os nossos jovens e adolescentes também devem fazê-lo, com toda a alma, mente e força. No entanto, Fuller não sabia que estava salvo, na verdade, muito pelo contrário. O ensino hipercalvinista que ele recebeu o instruiu a ser passivo na salvação. Isto é, ele não poderia ir ao Senhor Jesus Cristo clamando por misericórdia a menos que descobrisse uma “garantia” de que o Espírito Santo já havia começado uma obra regenerativa em sua vida. O sistema hiper-calvinista ensinava que a oferta gratuita do evangelho para vir a Cristo para salvação e misericórdia não estava disponível para toda a humanidade, mas apenas para os eleitos. E a evidência de que alguém foi escolhido era uma certa “garantia” ou evidência da obra do Espírito. Esta obra do Espírito Santo era a garantia de que a pessoa havia sido escolhida para a salvação e, portanto, tinha a certeza de que seria aceita por Cristo. Como Fuller não conseguia distinguir com total certeza se havia recebido essa “garantia” ou obra do Espírito em sua vida devido ao pecado remanescente, ele se sentiu desamparado e desesperado por não poder vir a Cristo para a salvação. [22] Isto foi um paradoxo, uma contradição em si. Fuller desejava vir a Cristo para salvação e obter misericórdia. Contudo, em obediência ao que ele acreditava ser a vontade de Cristo, que ninguém poderia vir a Ele a menos que houvesse evidência desta “garantia”, Fuller não foi a Cristo para a salvação! Este processo de não saber com certeza se ele havia confiado em Cristo para a salvação continuou durante toda a sua adolescência. Isto nos mostra quão claramente o ensino errôneo a respeito da maneira como Deus se relaciona com os pecadores pode afetar terrivelmentea Igreja e manchar com sangue as mãos daqueles pregadores que falham em admoestar sua congregação ao arrependimento e à fé. Sua consciência tornou-se cada vez mais atormentada com o passar do tempo, e sua mente tornou-se cada vez mais preenchida com as Escrituras e com a leitura dos Puritanos. O desejo intenso de ir a Cristo e ter comunhão com ele, mas ao mesmo tempo a incerteza se Cristo realmente o aceitaria porque não tinha certeza de que era um dos escolhidos, não sabendo com certeza se tinha essa “garantia ”porque ele não via com total certeza a obra do Espírito em sua vida, mas muito do pecado que permanecia até mesmo nele o estava levando ao ponto de total desconsolação. Fuller escreve: Eu estava completamente desesperado e não conseguia encontrar nada em mim que fosse digno da misericórdia de Deus ou que pudesse ser uma evidência razoável de que eu tinha uma garantia. para o mesmo. Tudo o que pude ver em mim foram coisas que seriam desprezíveis para Ele e irritáveis ao ver Sua glória. "O que fiz? O que devo fazer para ser salvo?" Essas perguntas passavam pela minha cabeça repetidas vezes, e pelo menos dez vezes por dia. En verdad, ¡No sabía que hacer!... Esperar por perdón en el estado en el que mi corazón se encontraba sería la suma de la presunción, y pensar de que Cristo, después de haber abusado de Su gracia, me perdonaría era demasiado para mim. Eu senti como se não tivesse nenhum refúgio para onde ir. Por um momento pensei em ceder completamente ao desespero que me saudou. Eu disse a mim mesmo: “Talvez eu devesse abraçar totalmente uma vida cheia de pecado, porque não há esperança para mim, a não ser a perdição”. Pensar nisso me fez arrepiar! Meu coração girou dentro de mim. Como eu poderia pensar em deixar Cristo e a esperança e a glória do céu por vir!... Eu não suportava a ideia de deixar Cristo e afundar completamente em uma vida de ruína e perdição. [23] Em suma, o ensino hiper-calvinista não está longe de ser um evangelho de salvação pelas obras, uma vez que coloca a ênfase da aceitação de Cristo num aspecto subjetivo da pessoa, em vez de na obra de Cristo. Olhe para você mesmo, para o que a pessoa fez, em vez de olhar para o que Cristo já fez. Neste sentido, o hipercalvinismo não é muito diferente do decisionismo que permeia algumas igrejas de tendência arminiana que depositam a sua fé numa decisão, ou em algo que fizeram subjetivamente. O Senhor trabalha de maneiras misteriosas. Não há nada que esteja fora de Sua providência. O fato de ele ter sido exposto a sólidos ensinamentos hipercalvinistas durante sua infância e juventude teve o efeito oposto em Fuller, ou seja, em vez de se tornar um defensor do hipercalvinismo, ele se tornou seu mais ardente detrator. Vejo isso frequentemente em jovens que saem das Igrejas da Prosperidade e abraçam as Doutrinas da Graça, e depois ajudam outros a sair de tais movimentos. Paul Brewster escreveu sobre isso: Fuller convenceu-se de que havia sido impedido desnecessariamente de ser salvo por causa dos erros teológicos e dos falsos pressupostos que permeavam a Igreja onde ele cresceu. Por isto Ele dedicou a maior parte de seu ministério a destronar o sistema hipercalvinista que estava na moda em muitas das igrejas Batistas Particulares na Grã-Bretanha. [24] Não demorou muito para que Fuller finalmente encontrasse a paz e o conforto que procurava em Cristo Jesus, em novembro de 1769. Ele tinha então 15 anos e sua vida mudaria completamente a partir de então. O forte impacto negativo que o Hipercalvinismo teve em sua vida foi o fogo que mais tarde alimentou seu desejo de se opor a ele. O impacto que este ensinamento teve na sua vida poderia ter-lhe custado a alma, como talvez tenha acontecido com o seu pai. Fuller descreve o hipercalvinismo repetidas vezes em seus diários como “contendo muitos erros no evangelho” chamando-o de “falso calvinismo”. Para Fuller, esta não era apenas uma questão intelectual de precisão teológica, mas de vida e morte, de salvação e condenação eterna. O problema central do hipercalvinismo era a anulação dos meios providos por Deus para a salvação dos homens. Deus é a causa final e primária da salvação, porém, no esquema soteriológico existem causas secundárias, como a pregação do Evangelho, a fé e o arrependimento. Assim, embora Deus seja Soberano, Ele mesmo providenciou estas condições como meios através dos quais a salvação é concedida. Em outras palavras, ao eliminar os meios para a salvação dos homens (a pregação do Evangelho, a fé e o arrependimento), o que o hipercalvinismo realmente fez foi eliminar o próprio Evangelho. Não demorou muito até que Fuller fosse batizado aos 16 anos e começasse a pregar na Igreja Batista Soham. Batismo e início do ministério pastoral Fuller foi batizado aos 16 anos na Igreja Batista de Soham, pelo pastor John Eve em abril de 1770. [25] Foi a primeira vez que um batismo foi celebrado nos 10 anos desde que a família Fuller fazia parte da congregação em Soham. . Isto não foi nenhuma surpresa. A denominação batista no início do século XVIII na Inglaterra era muito pequena comparada à anglicana, e os efeitos da crescente O hipercalvinismo em suas congregações foi sentido na falta de esforços evangelísticos dentro delas. Enquanto as igrejas batistas diminuíram em tamanho e vigor durante a primeira metade do século XVIII, a Igreja Anglicana, através da pregação de George Whitefield (1714-1770), e a recém-formada Igreja Metodista, através da pregação de John Wesley (1703-1791). ), crescia cada vez mais. É muito provável que se o Senhor, em sua providência, não tivesse levantado um homem como Andrew Fuller para provocar um reavivamento dentro da denominação batista em meados do século XVIII, ela teria sido virtualmente extinta no século XIX, pelo menos. na Inglaterra. Não teria havido William Carey ou Charles Spurgeon sem Andrew Fuller. Desde muito cedo na vida de Fuller vemos a importância da vida comunitária e o desenvolvimento de amizades piedosas que tiveram um impacto profundo e duradouro em sua vida. [26] Fuller foi batizado junto com Joseph Diver, que tinha cerca de 40 anos, enquanto Fuller tinha 16. Os dois se tornaram amigos íntimos. Fuller escreve: Foi nessa época que estabeleci uma estreita amizade com o Sr. Joseph Diver, um homem muito sábio e bom, que foi batizado comigo. Tinha quarenta anos e vivia muitos anos solitário, dedicando-se inteiramente à leitura e à reflexão. O Sr. Diver tinha uma grande paixão pela verdade, o que tornava as conversas teológicas com ele de particular interesse para mim, bem como a devoção às práticas piedosas. Devo mencionar que essa amizade tem sido uma das maiores bênçãos da minha vida. [27] Fuller tinha 16 anos e passava a maior parte do tempo com um mentor 24 anos mais velho, lendo, conversando e meditando sobre as verdades mais intrincadas e profundas da doutrina cristã. Quando examino o calibre dos volumes teológicos que Fuller leu aos 16 últimos anos, e comparo com o que lê a maioria dos jovens em nossas igrejas latino- americanas, a diferença é esmagadora. Pouco depois de seu batismo, ele se envolveu na primeira controvérsia teológica na Igreja. O que se segue é de extrema importância, pois marcaria as controvérsias seguintes como um selo. teologias nas quais Fuller se envolveria. A questão é: pode um descrente, em seus próprios esforços, realizar um bom trabalho exteriormente? Um dos membros da congregação de Soham foi pego abusando de álcool. O primeiro a descobrir o pecado deste homem foi o próprio Fuller. Fuller primeiro confrontou o homem com seu pecado, instando-o a abandoná-lo. O homem, desculpando-se, disse que não conseguia controlar-se porque não tinha forças para o fazer. Fuller tentou convencê-lo de que ele realmente poderia abandonar o álcool. No entanto, o homem recusou-se a fazê-lo. Diante disso, Fuller levou o caso ao seu pastor, e o assunto se tornou público na congregação. No entanto, este caso de disciplina bíblica gerou polêmica ainda maiorna congregação, que acabou culminando na demissão de João Eva, pastor da congregação. Os problemas que Eva teve com a congregação prenunciariam os problemas que Fuller teria mais tarde com esta mesma congregação da qual se tornou pastor. Em essência, o Calvinismo clássico sustenta que o homem natural está morto em crimes e pecados e, portanto, não tem o poder de mudar por conta própria. Todos os poderes constitutivos da sua pessoa – intelecto, vontade e afeições – foram afetados pelo pecado e, como consequência, o homem não tem nenhum papel na regeneração, mas esta é uma obra exclusiva de Deus. No entanto, a partir deste ensino bíblico, o hipercalvinismo chegou a conclusões antibíblicas. O Hiper-Calvinismo ensinou que os incrédulos, não tendo poder no uso de suas faculdades para a regeneração, não poderiam ser obrigados a realizar qualquer ato que fosse de natureza espiritual, como arrependimento ou fé, mas somente Ele pode exigir deles esses atos de moralidade externa, como, por exemplo, dar dinheiro aos pobres, não fornicar, etc. O homem encontrado praticando alcoolismo na Igreja de Soham desculpou-se dizendo que não tinha poder para mudar, por isso foi considerado não convertido e removido da congregação. No entanto, embora João Eva sustentasse que uma pessoa não salva tem a capacidade de escolher obedecer ou desobedecer externamente aos mandamentos de Deus; A congregação em Soham sustentava que o não convertido não tinha a capacidade de vontade própria para obedecer externamente à Lei de Deus. Portanto, Eva finalmente apresentou sua demissão da congregação. A Congregação Soham Ele era tão hipercalvinista que até mesmo o hipercalvinismo de seu pastor ficou aquém! Vale ressaltar que a posição de Eva representa o hipercalvinismo em sua mais pura essência. Contudo, a posição da congregação foi ainda mais longe do que o hipercalvinismo, negando até mesmo a capacidade natural dos não regenerados de obedecer exteriormente aos mandamentos de Deus, distorcendo, na melhor das hipóteses, e negando, na pior das hipóteses, a graça comum de Deus para com a humanidade. A negação da graça comum de Deus para com toda a humanidade é um grave erro teológico que distorce completamente o caráter de Deus e o Seu amor universal para com toda a Sua humanidade portadora de imagem. A negação do amor universal de Deus pelos incrédulos vai além do hipercalvinismo. [28] Por outro lado, o calvinismo clássico coloca ênfase na incapacidade moral dos não regenerados, em vez de uma incapacidade natural das faculdades do homem. Ou seja, o incrédulo é culpado perante a Lei de Deus, não porque não possa obedecer aos mandamentos de Deus, mas porque tendo a oportunidade de fazê-lo, não deseja fazê-lo. Ele está completamente incapacitado pela inclinação de suas faculdades, e não pelas próprias faculdades. Isto ficará mais claro mais tarde. Fuller descreve em seu diário seus sentimentos sobre isso, devemos ter em mente que isso ocorreu logo após sua conversão e que ele ainda tinha 16 anos: Um dos membros foi considerado culpado de consumo excessivo de álcool e fui o primeiro a descobrir isso. Assim que descobri isso, confrontei-o com o seu pecado, o melhor que pude, fazendo-o ver a vileza do seu comportamento. Sua resposta foi que ele não tinha a capacidade de parar de ficar bêbado e que deveria parar de incomodá-lo porque não era seu tutor. Quando ele me contou isso fiquei indignado e tive a impressão de que tudo o que ele me contava era na verdade uma desculpa. Por isso eu disse-lhe que se ele realmente quisesse, poderia abster-se de pecados como estes, e que o que ele me disse – que eu não podia fazer nada a respeito – parecia-me apenas uma desculpa para desculpar o indesculpável. Eu não sabia mais o que dizer. [29] Após a polêmica com a congregação e o pastor Eve, Fuller escreve: A resposta negativa à pergunta: “Os pecadores têm o poder de fazer externamente a vontade de Deus, restringindo-se do pecado?”, foi defendida por alguns dos principais membros da Igreja, entre os quais estava meu amigo Joseph Diver. [Depois de lhes contar o que eu pensava] eles rapidamente me desculparam, dizendo que eu ainda era um bebê na religião cristã e que não sabia de nada, mas que o pastor era indesculpável porque deveria saber melhor essas coisas, e que deveria ter sido capaz de dar uma resposta satisfatória sem trair os fundamentos da verdade. [30] Esta citação revela muito, não apenas sobre o carácter desviante da Igreja hiper-calvinista de Soham, mas também sobre algumas controvérsias no nosso contexto actual. O espírito legalista evidencia, na melhor das hipóteses, um coração imaturo e, na pior, um coração não regenerado. Elevar as doutrinas secundárias ao nível das doutrinas primárias e fazê-lo como uma verdade fundamental do Evangelho mostra que estas pessoas não compreenderam verdadeiramente o Evangelho que paradoxalmente afirmam defender. Joseph Diver, amigo de Fuller, foi nomeado diácono logo depois e encarregado de conduzir os cultos de adoração na Igreja. Quase dois anos depois, Diver sofreu um acidente e teve que ser substituído na pregação, então a oportunidade de pregar foi dada a Fuller. Fuller pregou com tanta habilidade e unção do Espírito que a congregação tomou isso como evidência de que o Senhor o estava chamando para o ministério. Pouco tempo depois, ele teve a oportunidade de pregar novamente. Desta vez Fuller fez algo completamente revolucionário para a Igreja de Soham: ele pregou o Evangelho. Vários jovens com lágrimas nos olhos foram convertidos como resultado da pregação de Fuller, e Fuller foi nomeado pastor na preparação da Igreja, e um ano depois, em janeiro de 1774, aos 20 anos, foi nomeado pastor titular da Igreja. . Dos 19 anos até o dia em que morreu, Fuller nunca parou de pregar regularmente a Palavra de Deus e o Evangelho de seu Filho Jesus Cristo. No entanto, a essa altura, Fuller ainda não havia deixado o hipercalvinismo. Andrew Fuller: Homem de Família, Teólogo e Pastor Nas páginas a seguir nos concentraremos mais brevemente em outros aspectos gerais da vida de Andrew Fuller. Porque este livro representa uma das obras mais importantes da luta de Fuller contra o hiper-Calvinismo, mais espaço foi dedicado nesta breve introdução biográfica aos aspectos necessários para compreender o contexto histórico e teológico em que Fuller se encontrava e que o levou a escrever o trabalho que você tem em mãos. Os acontecimentos de Fuller nesta fase de sua vida podem ser resumidos em três aspectos: maturidade familiar, maturidade teológica e maturidade ministerial, e cobrirão aproximadamente onze anos da vida de Fuller, desde quando foi nomeado pastor sênior de Soham em 1774, até o prelúdio de a publicação da primeira edição do Evangelho digna de ser recebida por todos os homens em 1785. [31] para. Maturidade Familiar Dois anos depois de iniciar seu ministério pastoral, Fuller casou-se em dezembro de 1776 com uma jovem de sua mesma congregação chamada Sarah Gardiner. Andrew e Sarah se amavam profundamente e, pelo que sabemos, tiveram um casamento relativamente feliz. Sara era uma mulher piedosa que sempre apoiou o marido, especialmente nos problemas que enfrentavam. Matthew Haste escreve: O caráter piedoso de Sarah Fuller como esposa e mãe é evidenciado pela maneira como ela acompanhou o marido durante a difícil provação de perder a filha que levava seu nome. [32] Fuller era extremamente pobre, especialmente no início de seu ministério, de modo que foi muito difícil para ele sustentar sua família nos primeiros anos. A congregação de Soham fornecia um salário que não cobria as necessidades financeiras do casal. Além disso, dos onze filhos que o casal teve, oito deles morreram nos primeiros anos de vida, em parte devido à elevada mortalidade infantil da época, bem como consequência das constantes doenças e pobreza que sofriam. Peter J. Morden observa: Ao longo de sua vida de casado, Fuller passou por uma série de tragédias pessoais, que sem dúvidacontribuíram para episódios de depressão espiritual. Oito de seus onze filhos do casamento com Sarah Gardiner morreram na infância. Particularmente, ele sofreu muito com a morte de sua filha de seis anos, falecida em 1786, após a qual ele caiu em sua mais grave depressão espiritual. [33] Fuller tentou sustentar sua família iniciando vários projetos, como ter uma pequena mercearia em casa e uma pequena escola para alunos do ensino fundamental, mas nada disso funcionou. Ele escreveu sobre isso em seu diário de 21 de julho de 1777: Sinto-me profundamente triste e deprimido por todas as preocupações terrenas e da Igreja. Mas encontrei algum alívio esta noite ao deixar todos os meus fardos para o Senhor, esperando que Ele cuide de mim. Oh Senhor, por favor, providencie para mim! Ah, sim, Senhor, que sustentas mundos desconhecidos, de tal maneira que nem em nenhum deles aconteça nada que não tenhas planejado, toma a minha causa em tuas mãos e faze-me útil para o teu deleite. Porém, Senhor, se o seu plano é que eu seja pobre, então deixe a pobreza ser minha porção e meu contentamento. [3.4] Apesar das limitações financeiras, Fuller educou seus filhos nos caminhos do Senhor por meio de ensino contínuo e cultos de adoração no lar. Matthew Haste escreve: Fuller se dedicou à educação de seus filhos nos caminhos do Senhor, como evidenciado pelas muitas referências em seus diários ao culto familiar e às conversas de natureza espiritual que teve com eles. [35] Fuller viveu na pobreza por quase 10 anos, até outubro de 1783 Foi nomeado pastor da Igreja Kettering, numa localidade diferente, com um salário substancialmente melhor do que o que recebia em Soham. No entanto, a saúde de Sarah foi irremediavelmente afetada pela pressão constante, e alguns anos depois ele morreu. Vale a pena citar algumas das palavras de Fuller durante esse período. Em 10 de julho de 1792 escreveu em seu diário: As aflições que minha família enfrenta são quase insuportáveis, e o que será de mim, não sei! Durante quase um mês os sofrimentos da minha amada esposa foram extremamente fortes. [36] Em 25 de julho do mesmo ano ele escreveu: Oh meu Deus, minha alma está morrendo dentro de mim! A dor pela morte de minha amada família parece muito com a continuidade. Oh meu Senhor, estou tão angustiado, por favor, leve-me com você! [37] Quando sua esposa morreu um mês depois, em 23 de agosto de 1792, e após a morte de oito de seus filhos pequenos, Fuller, imerso em profunda dor, escreveu estas linhas: A doce mãe já não chora pelas suas perdas. Não há mais trabalhos difíceis ou fardos pesados sob seus ombros. Sua preciosa alma em sofrimento foi libertada de todo medo e trepidação e finalmente chegou ao terno lar, junto com seus filhinhos e com seu Deus. [38] Existem alguns pontos a serem considerados em relação à situação de Fuller que serão úteis para nós: 1. Num contexto saturado de apóstolos e profetas autoproclamados que apenas procuram lucrar com o Evangelho, num contexto em que pastores e líderes usam as ofertas e dízimos de crentes ingénuos para enriquecerem, faríamos bem em aprender com o exemplo de Fuller. servir a Deus e à Sua Igreja não por razões económicas, mas para a glória de Deus. 2. Lendo os diários de Fuller, não há dúvida de que foram as extremas pressões económicas a que foi exposto que produziram um carácter de piedade que nos anos posteriores se manifestaria no extenso ministério que desempenhou. Fuller foi fiel em pouco, e mais tarde em sua vida Deus o colocou sobre muito, de modo que sem a pobreza extrema Fuller poderia nunca ter se tornado o homem de fé que era. 3. Não devemos repetir literalmente as decisões dos grandes homens de fé do passado. Só porque Fuller agiu de determinada maneira não significa que todo pastor deva agir da mesma maneira. A Igreja Batista de Soham causou muitos problemas a Fuller, além de não fornecer um salário básico para sustentar sua família. Este não é um padrão a ser imitado, mas as igrejas devem ser generosas nas suas ofertas e provisões para os seus pastores. 4. O principal dever de um homem é sustentar sua família. Que o Senhor proíba qualquer tipo de crítica infundada a um homem de estatura espiritual e intelectual muito maior como foi Andrew Fuller. Porém, devemos lembrar que nesta época Fuller ainda era um jovem de vinte e poucos anos, ainda não era o teólogo importante que seria mais tarde, nem o grande organizador e promotor de missões que seria trinta anos depois. Fuller tinha 23 anos, esposa e dois filhos. Eu me pergunto, enquanto escrevo estas linhas, e sendo dez anos mais velho que Fuller, o que eu diria a ele. Talvez meu conselho para aquele jovem fosse: “André, amigo, talvez fosse melhor para você trabalhar meio período na fazenda e desistir dos estudos teológicos, e reduzir o nível de pregação pelo menos por um tempo. Isto não é falta de piedade, mas fidelidade às pessoas que o Senhor colocou sob nossos cuidados, primeiro, nossa família, e segundo, a congregação”. Talvez se Fuller tivesse feito isso, mais filhos seus teriam sobrevivido e Sarah não teria morrido tão jovem; por outro lado, o livro que você tem em mãos poderia nunca ter sido escrito e o trabalho missionário nunca teria sido realizado. , pelo menos, pelo menos não por Andrew Fuller. O leitor deve ser sábio e considerar que em todas as circunstâncias da nossa vida estamos chamando à fidelidade a Deus e à obediência à Sua palavra. Fuller casou-se novamente dois anos após a morte de Sarah em 1794 com Ann Coles, com quem teve seis filhos, dois dos quais Eles morreram na infância e quatro viveram até a idade adulta. Fuller teve um total de dezessete filhos, onze dos quais morreram nos primeiros anos e seis viveram até a idade adulta. Se enterrar uma criança é uma experiência devastadora, quão mais difícil será enterrar onze delas. b. Maturidade Teológica No início de seu ministério na Igreja Batista de Soham, Fuller era, tanto na teoria quanto na prática ministerial, um hipercalvinista. As maiores influências teológicas de Fuller no início de seu ministério foram John Gill (1697-1771) e John Brine (1703-1765). Embora haja debate hoje se Gill era um hipercalvinista ou não, John Brine foi sem dúvida um dos hipercalvinistas mais conhecidos de seu tempo. [39] Fuller possuía um intelecto prodigioso, mas nunca teve a oportunidade de receber educação teológica formal. Não porque fosse contra o estudo formal de teologia, mas porque nunca teve oportunidade de fazê-lo. Durante seus anos em Soham, Fuller passou quase todo o tempo estudando. Ele leu todo o currículo de estudos clássicos, que incluía os clássicos da filosofia e da literatura universal, aprendeu grego e, junto com a ajuda de seu amigo Dr. John Ryland, dominou o hebraico a tal ponto que fez uso quase exclusivo de os originais para seus estudos. Passo inúmeras horas lendo uma extensa quantidade de obras teológicas, desde patrística e teologia medieval, bem como os Reformadores. Contudo, o ponto decisivo que o fez duvidar seriamente do sistema hipercalvinista foi a sua leitura dos Puritanos, especialmente John Bunyan (1628-1688) e John Owen (1616-1683). A influência de Bunyan sobre Fuller foi principalmente no lado ministerial prático, enquanto a de Owen foi no lado teológico. Para Fuller, Bunyan não se comparava a Owen em sua profundidade, precisão e acuidade teológica, e muitas vezes, como ele mesmo diz, cometia imprecisões teológicas em diversas áreas, como teologia da aliança, eleição, entre outras, mas na pregação evangélica de Bunyan, a sua oração, paixão e súplica pela conversão dos incrédulos, teve um impacto tremendo no jovem Fuller, de tal forma que o levou a questionar se tinha realmente razão em não chamar os pecadores ao arrependimento. Contudo, o golpe final contra o sistema hipercalvinista foi dado por Jonathan Edwards (1703-1758). Edwards forneceu a base teológica necessária para o refinamento das posições teológicas de Fuller, e a vida de missionários como John Eliot (1604-1690)