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BNCC: EDUCAÇÃO INFANTIL E
ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL 
147 minutos
Aula 1 - As 10 competências gerais da BNCC 
Aula 2 - Educação Infantil na BNCC
Aula 3 - Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental na
BNCC
Aula 4 - Áreas do conhecimento da BNCC para os anos iniciais do
Ensino Fundamental
Referências
10/05/24, 19:12 wlpp_231_u2_bncc
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INTRODUÇÃO
Você agora sabe que a Base Nacional Comum Curricular é um documento que apresenta um conjunto de
saberes a que todos os estudantes devem ter acesso, promovendo a igualdade de aprendizagem na educação
brasileira. A estrutura da BASE é organizada dentro de cada etapa da Educação Infantil, Fundamental e Médio
com orientações para a elaboração de um currículo. Entretanto, sabemos que a BASE não é um currículo. A
BNCC e currículos têm papéis complementares, à medida que as aprendizagens propostas na BASE
acontecem por meio de decisões pedagógicas e metodológicas organizadas de forma intencional pelos
professores. Dessa forma, no currículo deve constar a seleção de metodologia e estratégias didático-
pedagógicas diversi�cadas, que devem ser aplicadas dentro do contexto da escola e relacionadas às áreas de
conhecimento. Em complemento, há a tomada de decisões para escolha de materiais didáticos que possam
facilitar a aprendizagem dos conteúdos. Parece complicado, mas não é. A partir do momento em que temos a
clareza dos �ns da BASE e a sua estrutura, iremos planejar as aulas. É claro que termos um modelo pode
ajudar, não é? Venha então descobrir este mundo pedagógico.
CURRÍCULO EM AÇÃO
O termo “currículo” apresenta diversas de�nições e conceitos, estando relacionado a programas à luz das leis
educacionais que designam uma de�nição. O currículo constitui um dos subsistemas do sistema educativo,
que prevê a elaboração de todo um programa que proporcionará ao estudante uma certi�cação de conclusão.
Entre as concepções comuns, entende-se currículo como um conjunto sequencial de matérias ou disciplinas.
Um elenco de assuntos que o aluno deve estudar dentro de uma estrutura rígida. Relaciona-se também a
de�nição de currículo à distribuição de horários para que os estudantes cumpram as atividades previstas. O
termo currículo também pode ser de�nido como programas de ensino para uma modalidade da educação
básica. Por exemplo, na disciplina Língua Portuguesa há um currículo com matérias distribuídas por séries,
que apresentam pré-requisitos para avançar nos conteúdos previstos em cada nível. No processo educacional
podemos reconhecer algumas inovações quanto à de�nição do currículo, colocando-o em um patamar de
ação, ou seja, o currículo pode ser um modelo organizado de todas as experiências de aprendizagem
proporcionadas pela escola. Nesta de�nição temos como marco a legislação em vigor e as orientações
Aula 1
AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC 
Você agora sabe que a Base Nacional Comum Curricular é um documento que apresenta um conjunto de
saberes a que todos os estudantes devem ter acesso, promovendo a igualdade de aprendizagem na
educação brasileira.
37 minutos
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metodológicas. Este conjunto de experiências educativas é vivenciado pelos alunos na escola, que prevê o
planejamento anual garantindo ambiência, recursos didáticos e tempo pedagógico. Entretanto, o currículo
pressupõe uma intenção, um objetivo. Nos dias atuais, após a promulgação da LDB/96, do PNE, de 2014, e da
Base Nacional Comum Curricular (2017), a educação básica tem a clareza do objetivo geral, dos conteúdos ou
saberes essenciais e a orientação dos processos de aprendizagem. Dessa forma, a de�nição de currículo pode
ser um plano de aprendizagem, podendo ser emergente a �m de acomodar as necessidades e interesses
inerentes a cada escola. Porém, garantem-se as mesmas oportunidades para todos os estudantes. Práticas
educativas estão relacionadas à ação e, assim, cabe aos docentes descobrir estratégias, recursos e estímulos
para que ocorra a aprendizagem. Para que haja ação do estudante, é preciso que haja vontade de aprender –
um interesse em saber e saber fazer, no processo de exercer competências das linguagens, entre outras áreas
do conhecimento.
E o que diz a BASE? A BNCC e currículos têm papéis complementares que asseguram as aprendizagens
essenciais de�nidas para cada etapa da educação básica, enfatizando que tais aprendizagens só se
concretizam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação. Entendemos então que a
BASE não é um currículo, mas faz parte dele. Os sistemas de educação vêm, ao longo destes anos, elaborando
currículos que atendem às especi�cidades das diretrizes curriculares já promulgadas, e agora devem
incorporar às propostas pedagógicas temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local,
regional e global. A BNCC não utiliza mais disciplinas ou matérias, mas sim componentes. Fica claro que os
currículos em movimento continuam com a inclusão da nova estrutura de apresentação dos conteúdos.
De�nir a intenção é o primeiro passo na construção de um PPP (Projeto Político-Pedagógico), que envolve
desde a secretaria municipal e estadual de ensino até as escolas, os conselhos, e as oportunidades de
aprendizagem nas salas de aula. O primeiro passo é estudar a BNCC, seus fundamentos pedagógicos e a
organização das áreas em cada modalidade. A BASE apresenta dez competências gerais que perpassam toda
a educação básica, do Infantil ao Médio. As competências gerais são trabalhadas nas práticas pedagógicas de
todos os campos de experiências e componentes e são de�nidas como a mobilização de conhecimentos
(conceitos), habilidades, atitudes e valores para solucionar demandas simples e complexas da vida cotidiana
(BRASIL, 2017, p. 8).
AS COMPETÊNCIAS NA BNCC
A Base Nacional Comum Curricular apresenta as competências gerais que se inter-relacionam e se desdobram
no tratamento didático proposto para cada etapa. Essas competências gerais perpassam toda a educação
básica e podem ser desenvolvidas por meio de práticas pedagógicas. Elas destinam-se aos alunos de forma a
garantir uma formação integral e, por isso, não há um componente especí�co para esta formação; elas não
estão presentes em uma área de conhecimento ou em uma unidade temática a ser desenvolvida pelo docente
– elas estarão presentes de forma transdisciplinar, contempladas em todos os componentes. Transdisciplinar
é quando não há limites entre as disciplinas e, agora na BNCC, entre os componentes. Não temos como
estudar as competências gerais sem citá-las. As dez competências gerais da Base Nacional Comum Curricular
acompanham o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos e alunas desde a Educação Infantil até o
Ensino Médio. Vamos conhecê-las detalhadamente?
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1. Conhecimento: no processo de ensino-aprendizagem os estudantes devem valorizar os conhecimentos já
construídos.
2. Pensamento cientí�co, crítico e criativo: a importância de proporcionar situações para que os
estudantes investiguem, re�itam, resolvam problemas, criem soluções e exercitem a imaginação e a
criatividade.
3. Repertório cultural: é preciso que a escola e cada docente valorizem as manifestações culturais (artes em
geral) engajando os alunos e alunas na participação destas práticas.
4. Comunicação: a importância de se utilizar diferentes linguagens para expressar ideias, sentimentose
experiências. Loris Malaguzzi, educador italiano, tem um poema que nos conta que a criança tem cem
linguagens, mas a escola acaba por usar apenas uma. As diversas linguagens, auxiliando no exercício da
convivência, podem ser o estudo das línguas, artes em geral, mundo digital, informática, corpo e movimento,
entre outras.
5. Cultura digital: é preciso que os estudantes compreendam esta cultura digital e possam utilizar e criar
caminhos para comunicar, mas também para o uso de pesquisa, para obter informações, resolver problemas
e utilizar como ferramenta de apoio às práticas escolares.
6. Trabalho e projeto de vida: no Ensino Médio, o projeto de vida faz parte das práticas pedagógicas, mas só
será possível pensar sobre isso com o exercício ao longo dos anos escolares de situações em que os
estudantes possam ter consciência das suas aprendizagens/conhecimentos e saibam utilizá-las na vivência da
cidadania.
7. Argumentação: desde a Educação Infantil, um dos direitos é expressar ideias, fatos, sentimentos e, ao
longo da vida escolar, o estudante deve aprender na convivência a apresentar suas ideias, respeitando os
pontos de vista diferentes dos seus. O uso de fatos ou informações �dedignas auxilia a argumentação, por
exemplo, em um projeto coletivo ou em grupo.
8. Autoconhecimento e autocuidado: um dos quatro pilares da educação, do Relatório Delors, é aprender a
ser. Esta competência relaciona-se diretamente a saber cuidar de si, reconhecendo sua identidade, suas
capacidades, tendo o autocuidado no aspecto físico e mental. Ao conhecer suas emoções e sentimentos, o
estudante saberá cuidar de si e conviver com os outros, respeitando a individualidade de cada um.
9. Empatia e cooperação: ser empático é colocar-se no lugar do outros. Assim, os estudantes devem exercer
a empatia conhecendo, respeitando e valorizando a diversidade dos indivíduos e dos grupos sociais. Mente
aberta, sem preconceitos. Aprender a conviver é uma arte e atuar de forma cooperativa implica o exercício
das competências já citadas.
10. Responsabilidade e cidadania: desde sempre, todo indivíduo deve exercer a responsabilidade por seus
atos. É preciso aprender a ter respeito, cooperação, agindo com autonomia e tomando decisões que não
prejudiquem o outro. Ter consciência de sua cidadania e exercê-la de forma ética.
Vamos a um exemplo de uma prática pedagógica da competência COMUNICAÇÃO. Os docentes devem abrir
espaços e situações para favorecer a discussão de temas, escutar e valorizar a visão crítica de alunos ou suas
ideias. A arte da escuta precisa ser desenvolvida pelos estudantes para evitar incidentes como bullying ou
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cyberbullying. Isto con�gura a comunicação não violenta (CNV). Outros exemplos: criar um evento para vender
soluções escolares com uma moeda criada pela escola; ou um jornal utilizando várias ferramentas de
comunicação e linguagem com o tema “consumo responsável”. Trabalhar em times com três ODS (objetivos
do desenvolvimento sustentável) escolhendo o tema, criando roteiro de apresentação, preparação do cenário,
trilha sonora e edição.
A PRÁTICA PEDAGÓGICA NAS ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
A BASE estrutura a educação básica em três etapas, e em cada uma apresenta uma orientação para o
planejamento curricular com especi�cidades. Agora, você é convidado a re�etir acerca delas:
Educação Infantil
A Educação Infantil como primeira etapa da educação básica apresenta como base os seis direitos de
desenvolvimento e aprendizagem: Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar e Conhecer-se. Estes seis
direitos devem estar contemplados nas situações organizadas para o protagonismo da criança. Podem servir
também como critério de escolha das situações ao perguntar: esta atividade promove a participação, o
brincar, a exploração? A Educação Infantil está organizada em três grupos por faixa etária, de forma que o
planejamento deve considerar o desenvolvimento físico, cognitivo e socioemocional de cada uma: o primeiro
grupo é formado por bebês (0-18 meses); o segundo por crianças muito pequenas (19 meses a 3 anos e 11
meses) e o terceiro, por crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses). A partir dos 6 anos, as crianças já
frequentam o Ensino Fundamental. A proposta estabelece cinco campos de experiências, nos quais as
crianças podem aprender e se desenvolver.
A BNCC (BRASIL, 2017) cita os cinco campos:
• O eu, o outro e o nós.
• Corpo, gestos e movimentos.
• Traços, sons, cores e formas.
• Escuta, fala, pensamento e imaginação.
• Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
É importante destacar que estes campos acontecem simultaneamente e não devem ser fragmentados em
semanas, meses ou projetos.
Ensino Fundamental
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Atende às crianças matriculadas no 1º ao 9º ano. É o período mais longo da educação básica. Organiza-se em
áreas do conhecimento com seus componentes curriculares e competências especí�cas. Tanto nos anos
iniciais como nos anos �nais do Ensino Fundamental, as práticas pedagógicas são desenvolvidas por meio de
unidades temáticas, que de�nem objetos de conhecimento e habilidades. Os componentes curriculares de
cada área de conhecimento do Ensino Fundamental são:
1. Linguagem (língua portuguesa, artes, educação física e língua inglesa).
2. Matemática.
3. Ciências da natureza.
4. Ciências humanas (geogra�a, história).
5. Ensino religioso.
Ensino Médio
Antes o Ensino Médio tinha 12 disciplinas, mas a BNCC apresenta uma nova estrutura em que os alunos
participam de componentes obrigatórios e podem escolher componentes eletivos oferecidos pela escola. A
opção de itinerários formativos contempla um aprofundamento em áreas do conhecimento ou educação
pro�ssional, apresentando áreas eletivas na formação e o componente Projeto de Vida, que é obrigatório
desde o primeiro ano do Ensino Médio.
Para a construção de práticas pedagógicas, a escola deve oferecer situações para a vivência de componentes
eletivos e itinerários ou rotas de aprendizagem. Cabe ao docente assumir a intencionalidade educativa
relacionada à organização dos espaços, recursos, situações e experiências de aprendizagem, bem como à
vontade política, e fazer um planejamento. O que é intencionalidade? A intencionalidade pedagógica acontece
quando os professores vão além do simples planejamento e agem de forma adequada para alcançar objetivos
essenciais no processo de ensino-aprendizagem. Para a BNCC (BRASIL, 2017), a intencionalidade educativa ou
pedagógica aparece em todas as atividades docentes que envolvem a organização e a promoção de
experiências estimulando os estudantes a conhecer a si e ao outro, além de compreender relações com a
natureza, com a produção cientí�ca e com a cultura e os objetos de conhecimento. De�nir a intenção é o
primeiro passo na construção de um planejamento, preparando a cenogra�a, os bastidores para que a ação
aconteça. Se buscamos educação para todos, buscamos uma aprendizagem signi�cativa para todos, o que
demonstra a importância de um projeto de engajamento coletivo da escola na construção de ações
intencionalmente planejadas e organizadas. As situações planejadas atendem aos interesses e às
necessidades dos estudantes? E da equipe? Há crescimento pro�ssional da equipe? A escola tem se tornado
e�caz? Quais aspectos educacionais podem ser aprimorados? O PPP corresponde às expectativas sociais e
reais?
Estas e tantas outras questões podem fazer parte de reuniões constantes da equipe. Trocar informações com
os pares favorece a construção de um plano pedagógico de aula ou deum projeto de forma mais clara e
e�caz. Para cada modalidade, devemos organizar estratégias que englobem desde a organização dos espaços
até os recursos, o tempo pedagógico e os meios de avaliação.
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Um exemplo para os docentes criarem projetos para desenvolver as competências gerais na escola:
1. Reconhecer a fórmula CHAVE para discutir as ações pedagógicas que possam quali�car cada
competência. Competências-Habilidade-Atitudes-Valores- Empreendedorismo.
2. Debater e planejar situações de ensino e de aprendizagem que irão colaborar para o exercício pelos
estudantes das dez competências da BNCC.
3. Dialogar em grupo acerca das práticas pedagógicas que “possam desenvolver autonomias dos alunos e
sejam responsáveis pelas suas ações individuais e coletivas com consciências cidadã” (SOUZA, 2020, p.
150).
VÍDEO RESUMO
Neste vídeo, você descobrirá a proposta gradual das habilidades indicadas na BNCC e suas áreas de
conhecimento e campos de experiências. A crescente complexidade sugere a necessidade do docente de
reconhecer a estrutura da educação básica como um todo e as concepções de currículo, criança e adolescente
a �m de organizar práticas pedagógicas que possam promover o exercício de habilidades. Isto é importante
porque uma habilidade prevista na Língua Portuguesa no 2º ano, por exemplo, irá depender de outras que
foram exercitadas na Educação Infantil e que serão utilizadas nos anos seguintes. Apresentaremos a estrutura
da BNCC para a educação básica, com destaque para as práticas pedagógicas e os componentes do Ensino
Fundamental.
 Saiba mais
Você sabia que a BNCC também exige que a instituição escolar habilite os estudantes para
desenvolverem aspectos de liderança, trabalho em equipe, controle emocional, entre outros?
Desse modo, o diretor pode realizar um treinamento com o corpo docente para aplicar aulas focadas,
justamente, nesse ponto. Até porque a implementação de tais habilidades socioemocionais deve
acontecer por meio de etapas, iniciando com a adequação do currículo e a formação dos professores. Em
seguida, será preciso revisar as matrizes de avaliação e, por último, o material didático.
Saiba mais lendo o artigo 8 coisas que todo educador precisa saber sobre a BNCC.
Aula 2
EDUCAÇÃO INFANTIL NA BNCC
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https://blog.elevaplataforma.com.br/bncc-o-que-todo-educador-precisa-saber
INTRODUÇÃO
Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, e a BNCC, respeitando as premissas dos documentos
legais promulgados anteriormente, como as Diretrizes Nacionais Curriculares da Educação infantil e os
Referenciais da Educação Infantil, apresenta uma estrutura organizada por CAMPOS de EXPERIÊNCIAS. Cada
campo enfatiza uma área do conhecimento e deve contemplar os direitos de desenvolvimento e
aprendizagem. É um desa�o para professores organizar um planejamento que trabalhe de forma integrada os
campos e direitos, mas atende à proposta de interação, protagonismo infantil, e às competências de
autonomia, responsabilidade, iniciativa e comunicação, entre outras. A prática pedagógica na Educação
Infantil não é construída separando os campos de experiências, nem com aulas especí�cas para atender aos
direitos. Os direitos prevalecem nas situações intencionalmente organizadas, e uma dica importante é utilizar
os direitos de desenvolvimento e aprendizagem como roteiro de avaliação para saber se aquela situação
prevista os atende ou não. Para tanto, precisamos conhecer melhor os direitos e os campos. Vamos estudá-
los?
DIREITOS DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
Os direitos de aprendizagem, apresentados pela BNCC, estão presentes nos projetos político-pedagógicos das
instituições que ofertam Educação Infantil, porém, para que se efetivem de fato, esses direitos devem
conduzir as ações dos atores educacionais, mobilizando desde a organização dos espaços, tempos e materiais
até a maneira como o professor planeja as atividades. A etapa de Educação Infantil na BNCC reforça a
concepção de criança competente que constrói seus conhecimentos, é sociável, criativa e entusiasta em
explorar o mundo ao seu redor. Com esta concepção de criança, a escola e o currículo se organizam em
práticas pedagógicas que atendam aos direitos de desenvolvimento e aprendizagem. Se as crianças são ativas,
observadoras, curiosas, impetuosas, questionadoras e com competências e habilidades distintas, tanto
cognitivas como emocionais, devemos então prover uma adequação da prática pedagógica com novas
metodologias e abordagens bem exitosas, in�uenciando o cotidiano das instituições de Educação Infantil. A
prática pedagógica deve proporcionar experiências de aprendizagem que atendam aos interesses e
necessidades das crianças, com metodologias impactantes, tornando as experiências inspiradoras em
sequências graduais do Maternal à Pré-escola (0 a 5 anos e 11 meses). Estas práticas devem estar alinhadas à
Base Nacional Comum Curricular.
Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, e a BNCC, respeitando as premissas dos
documentos legais promulgados anteriormente, como as Diretrizes Nacionais Curriculares da Educação
infantil e os Referenciais da Educação Infantil, apresenta uma estrutura organizada por CAMPOS de
EXPERIÊNCIAS.
35 minutos
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Desde a Educação Infantil, o foco serão as metodologias ativas que constituam a criação de situações de
aprendizagem para a criança, que exercitem o pensar, a interação, exploração de valores e habilidades e a
convivência com os outros, reconhecendo a si mesmo e aos demais. Vale destacar que, na Educação Infantil, a
presença do lúdico e do brincar é a metodologia ativa que envolve e engaja todas as crianças.
Os eixos da BASE para a Educação Infantil são: brincadeira e interação. Vamos conhecer os seis direitos de
desenvolvimento e aprendizagem e os campos de experiências que estruturam o currículo da Educação
Infantil descritos na BASE, e que orientam o cotidiano das escolas que atendem essa faixa etária. A imagem a
seguir explicita os seis direitos e a descrição, no âmbito da BNCC, de cada um.
Figura 1 | Seis direitos de desenvolvimento e aprendizagem
Fonte: elaborada pela autora.
• Brincar: todas as formas, locais, tempos e recursos disponíveis. O brincar e a brincadeira fazem parte do
cotidiano na Educação Infantil. No faz-de-conta, nas múltiplas experiências, nos desenhos, nas situações de
explorar, participar, expressar e conhecer-se.
• Explorar: formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos,
elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura em suas diversas
modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
• Expressar: seus sentimentos, emoções, ideias, experiências corporais, emocionais, sensoriais, cognitivas,
sociais e relacionais.
• Participar: com outras crianças e com adultos de atividades da vida cotidiana, como escolher as
brincadeiras, materiais, vivenciando as diferentes linguagens.
• Conviver: com outras crianças em pequenos grupos e em grandes grupos, utilizando diferentes linguagens,
ampliando o conhecimento de si e do outro, e agindo com respeito em relação à cultura e às diferenças entre
as pessoas.
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• Conhecer-se: no processo de construir sua identidade, desenvolver uma imagem positiva de si mesmo. Por
meio de brincadeiras e interações (eixos da Educação Infantil), a criança aprende também as rotinas de
autocuidado. 
Estes direitos não são atendidos separadamente, ou seja, não há um momento para participar, outro para
brincar e outros para conviver. O currículo da Educação Infantil baseia-se nos campos de experiências nos
quais estes direitos são garantidos e vivenciados a partir de situações organizadas pelo docente no espaço e
ambiente que recebe os grupos de crianças. Melis (2018) a�rma que o espaço tem dimensões para a vivência
das experiências infantis. Ele atua como marco das condições necessárias para garantir o direito de ser
criança. Assim, para planejar experiências nos espaços é preciso ter uma organização que permita às crianças
transformar, criar e ressigni�car sua realidade, estimulando-a à criatividade por meio do brincar, da resolução
de problemas e da cooperação. O espaço pode ser um ambiente comum e, ao mesmo tempo, reunir
dimensões diferenciadas: uma maior para grupos grandes, outra menor, mas sem oferecer cantos esquecidos
ou deixados de lado para ninguém se sentir perdido. Um espaço onde o mobiliário é adequado às faixas
etárias, é lúdico e de fácil acesso, os recursos estão acessíveis e disponíveis. Já os materiais comunicam
indicações de uso, dando identidade e reconhecimento das áreas organizadas como: áreas abertas,
semiabertas, amplas ou pequenas para a realização de atividades calmas.
Fortunati (2016) a�rma que, quando organizamos o espaço, oferecemos às crianças oportunidades cotidianas
de convivência, mas, se as colocarmos sempre nas mesinhas e mantivermos os mesmos grupos em todas as
atividades dirigidas, em que momentos elas poderão trocar ideias, ouvir e falar sobre sentimentos, inventar e
fazer de conta? Todo contexto é um pano de fundo para que a criança, protagonista, venha a exercitar sua
curiosidade, fazer descobertas e viver relações sociais tanto dentro da sala, como junto à natureza, ou seja, ao
ar livre. Em resumo, na Educação Infantil temos um currículo baseado nos campos de experiências em que
garantimos, por meio das situações intencionalmente organizadas, os direitos das crianças de se desenvolver
e aprender.
CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS: UM OLHAR SEQUENCIAL
Os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da educação básica são as interações e a
brincadeira. Situações organizadas para as crianças se apropriarem de conhecimentos por meio da ação, das
interações que vivenciam com outras crianças e adultos. Na jornada cotidiana das instituições, as crianças
brincam, se desenvolvem e aprendem. “Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que
acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os
aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural” (BRASIL, 2017, p. 40).
Os cinco campos de experiências relacionam-se com os objetivos de desenvolvimento e aprendizagem para
todas as etapas: bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas. Estão organizados de forma a
contemplar áreas do conhecimento de forma integrada, ou seja, nos aspectos físico, emocional, social,
cognitivo e relacional. Todavia, o agrupamento da BNCC para Educação Infantil prevê três grupos etários,
como já apresentamos, portanto é preciso considerar que há diferentes ritmos na aprendizagem destes
grupos. Este é um item a ser considerado no planejamento e na implementação das práticas pedagógicas.
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Como já indicado nas DCNEI (BRASIL, 1999), a situações de aprendizagem devem ser ofertadas em pequenos
grupos. Dessa forma, o docente pode observar as crianças e organizar oportunidades para seu
desenvolvimento. Os campos de experiências, no âmbito da BNCC, são descritos a seguir, com exemplos:
1. O eu, o outro e nós: as crianças aprendem desde cedo a distinguir e expressar seus sentimentos,
sensações, emoções e pensamentos. Este campo valoriza a própria identidade, oportuniza o reconhecimento
das diferenças e o respeito à identidade do outro. As práticas pedagógicas seguem uma sequência gradual de
complexidade. Para os bebês, haverá situações, materiais e tempo necessários para a descoberta e livre
expressão. Entretanto, para as crianças de 5 anos, as práticas pedagógicas mudam, pois, considerando a
idade e o desenvolvimento físico, cognitivo e social, elas poderão vivenciar situações de con�itos, fazer novas
descobertas acerca de si mesmas, entre outras aprendizagens.
2. Corpo, gestos e movimento: as situações organizadas contemplam música, dança, teatro, faz de conta,
inter-relacionando as diferentes linguagens e formas de expressão e proporcionando a vivência das
linguagens artísticas e culturais.
3. Traços, sons, cores, formas: as crianças podem realizar produções culturais, desenhos, modelagem,
vivenciar canções utilizando gestos e descobrindo ritmos, vivendo a intensidade dos sons.
4. Escuta, fala, pensamento e imaginação: oportunidades para a criança ouvir e narrar histórias, conversar,
aproximar-se do mundo das imagens, letras, números, palavras e textos. Imagine um espaço organizado para
brincar de casinha ou supermercado, onde as crianças imitam adultos, inventam uma conversa entre si,
exploram materiais como livros, bloco de notas, utilizam dinheiro de faz de conta... Podemos ver este campo e
os direitos garantidos.
5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações: as crianças podem interagir, relacionar,
buscar compreender a natureza que as rodeia e aprender noções de espaço e tempo como hoje, ontem,
amanhã, antes e depois, frente e atrás, entre outros conceitos, ao brincar, por exemplo, em uma caixa de
areia ou água.
PRÁTICA PEDAGÓGICA
Planejar para a Educação Infantil é compreender que, para cada um dos cinco campos de experiências, deve-
se respeitar o grupo etário para o qual se destina a prática pedagógica, e veri�car em cada situação
organizada quais direitos estão sendo garantidos. A BASE apresenta uma série de competências especí�cas
para cada campo de experiência, correspondendo a cada faixa etária, garantindo uma interação que vai da
simples à mais complexa.
Veja este exemplo do campo de experiências EU, O OUTRO E NÓS:
1. Bebês (0 a 1 ano e 6 meses) (EI01EO01): perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos
adultos.
2. Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) (EI02EO01): demonstrar atitudes de
cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
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3. Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses) (EI03EO01): demonstrar empatia pelos outros,
percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir. Podemos
perceber que, ao trabalharmos este campo para diferentes idades, vamos modi�cando os objetivos.
Agora analisaremos a presença dos direitos nestas atividades referentes ao campo de experiências citado
acima:
• Grupo 1: Estica e puxa. Fazer furos em diferentes tampas coloridas e passar um �o, passando-o também
pelos furos de um escorredor de macarrão, amarrando o barbante nas extremidades com um nó. As crianças
irão explorar à sua maneira, ouvindo os sons produzidos pelas tampinhas e notando sua movimentação.
Direitos: brincar, explorar, participar.
• Grupo 2: De quem é esta sombra? Colocar um objeto na frente de uma lanterna, ou uma �gura de outra
criança da turma. A criança observa, compara, elabora uma resposta e aumenta seu vocabulário. Direitos
garantidos:brincar, participar, explorar e comunicar.
• Grupo 3: Caminho. Moldes de contornos de pés e mãos de diferentes tamanhos e cores são colados no chão
e as crianças devem andar colocando mãos e pés nos respectivos moldes por todo o caminho construído.
Direitos garantidos: explorar, brincar, participar, conhecer-se (identidade e corpo). Se relacionarmos com as
competências gerais, iremos identi�car a autonomia, a responsabilidade e o conhecimento que irão adquirir
ao pensar sobre a sua ação.
• Sugestão de planejamento para a Turma 3: crianças pequenas.
Tabela 1 | Campo de experiência: escuta, fala, pensamento e imaginação
Direitos Competência Habilidade Situações Recursos Tempo
Conviver e
participar
Dialogar com crianças e
adultos, expressando
seus desejos,
necessidades,
sentimentos e
opiniões, percebendo
semelhanças e
diferenças que
envolvam a língua
materna e outras
línguas
Relatar
experiências
vividas, expressar
desejos,
necessidades e
sentimentos
Brincar com
fantoches.
Contar histórias
sem �m e pedir a
continuação
Livros
selecionados:
Fantoches
45 minutos
Fonte: elaborada pela autora.
A BASE apresenta quadros contemplando os campos de experiências, e cabe aos docentes criar
oportunidades para que a criança vivencie estas competências e habilidades. Para cada grupo etário, deve ser
feito um planejamento diferenciado considerando o desenvolvimento humano. É importante pensar na
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evolução das oportunidades oferecidas para que haja uma presença gradual de di�culdades e propostas. Por
isso, reforçamos a necessidade de um planejamento coletivo em que todos os docentes conheçam o que virá
depois de cada situação vivida pelas crianças em um momento e que esta mesma competência terá
continuidade e será fortalecida. Uma aprendizagem não acontece numa única atividade vivenciada. As
crianças aprendem brincando, imitando, repetindo, explorando, registrando e, assim, as propostas devem ser
oferecidas em vários momentos e com recursos diversos, ou com a mesma atividade em um novo contexto.
Exemplo: realizar uma leitura de uma história com apoio de um livro. Contar a mesma história com apoio de
fantoches e dramatizá-la com fantasias.
VÍDEO RESUMO
Nesse vídeo, convidamos você a conhecer a organização dos ambientes para a realização das práticas
pedagógicas que contemplam os campos de experiências e os seis direitos de aprendizagem. Apresentamos
imagens comentadas sobre os materiais, rotina e tempo pedagógico na Educação Infantil, e discutimos o
papel do docente como organizador de oportunidades.
Uma possibilidade de trabalho na Educação Infantil com crianças bem pequenas é a organização dos cantos
de experiência, também chamados de cantos de aprendizagem ou cantos temáticos. Os professores da creche
e da pré-escola podem utilizar essa ferramenta para viabilizar ações autônomas individuais e coletivas
durante o brincar.
As crianças bem pequenas terão a oportunidade de escolher onde querem brincar e o professor vai
realizando intervenções nas brincadeiras, com questionamentos e propostas para as crianças.
Alguns questionamentos que podem ser feitos pelo professor: O que você está fazendo? Quem está
brincando com você? Como utilizamos esse objeto? Que tal construir um castelo com essa massinha?
As crianças atuam com os objetos e os descobrem por meio da exploração. É assim que os objetos se tornam
signi�cativos para elas. Exemplos de cantos que viabilizam múltiplas experiências: Canto da cozinha, Canto do
salão de beleza, Canto das farinhas, Canto do banho de boneca, Canto da arte, Canto da literatura, Canto das
atividades de repouso, Canto de recreio ao ar livre e Canto do papel.
Vejamos como articular os objetivos de aprendizagem para a creche com a proposta de organização dos
cantos de experiência.
O eu, o outro e o nós:
Bebês de zero a um ano e seis meses
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos e
brinquedos.
(EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.
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Crianças bem pequenas
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
(EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.
Corpo, gestos e movimentos:
Bebês de zero a um ano e seis meses:
(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de
manuseio de diferentes materiais e objetos.
Crianças bem pequenas
(EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e
seguindo orientações.
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar,
rasgar, folhear, entre outros.
Além dos objetivos apresentados, também é possível identi�car o atendimento de objetivos correspondentes
aos campos de experiência, traços, sons, cores e formas, escuta, fala, pensamento e imaginação e espaços,
tempos, quantidades, relações e transformações. Venha assistir a esse vídeo incrível!
 Saiba mais
Este é mais um exemplo de práticas a serem organizadas para as crianças na Educação Infantil, no
campo de experiências “Espaço, tempo, quantidade, relações e transformações”:
Tabela 2 | Campo de experiências Espaço, tempo, quantidade, relações e transformações
Campo de experiências: espaço, tempo, quantidade, relações e transformações
O QUE ESSE CAMPO DE EXPERIÊNCIA COMPREENDE?
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• A competência para manipular objetos tridimensionais.
• A competência para o raciocínio lógico.
• O desenvolvimento do conceito de número.
• A construção intelectual das relações com a forma, peso, tamanho e densidades de medidas.
• A identi�cação e manipulação de quantidade.
• O trabalho cognitivo com as operações.
• O lúdico da vida e suas interações.
QUAIS SÃO OS CONTEÚDOS QUE ESTE CAMPO DE EXPERIÊNCIA TRABALHA?
• Cheiro
• Sabor
•  Temperatura
• Tintas naturais
• Ritmo e balanço
• Vento, chuva, luz
• Tempo
• Tamanho
• Peso
• Relações espaciais
(dentro, fora...)
• Posições
• Cuidar de plantas e
animais
• Selecionar informações
•  Classi�cação
• Seriação
• Subir, descer e planejar
• Água e areia
• Divisão
•  Comprimento
• Calendário
• Problemas
• Geometria
• Simetria
Fonte: elaborada pela autora.
Os direitos das crianças na Educação Infantil dependem da ação de todos os pro�ssionais da instituição,
responsáveis pela organização dos tempos, espaços, materiais e processos que se fazem necessários
para oferta de Educação Infantil de qualidade. Mas qual é a importância do planejamento? Ele é
elemento central, garantindo a intencionalidade pedagógica balizada pelos objetivos de aprendizagem.
Para que os direitos se efetivem no planejamento, o professor deve organizar atividades diversi�cadas,
contemplando os campos de experiência de forma integrada às múltiplas linguagens. Com a �nalidade
de assegurar que as crianças tenham papel ativo nas práticas cotidianas, é importante que vivenciem
desa�os, ou seja, situaçõesintencionalmente preparadas para provocar, gerar curiosidade e produzir
signi�cados sobre o mundo e sobre si. Os campos de experiência integram situações cotidianas vividas
pela criança e os conhecimentos que fazem parte do nosso patrimônio cultural. É hora de explorar:
vamos conhecer os campos de experiência e algumas características. Imaginemos que você precisa
organizar um planejamento para uma turma de 5 anos da pré-escola.
Tabela 3 | O que trabalhar de modo a contemplar os campos de experiência
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O eu, o outro e o nós
• Empatia, sentimentos.
• Relações interpessoais, comunicação e cooperação.
• Valorização das características de seu corpo e respeito às
características dos outros.
• Respeito às diferentes culturas.
Corpo, gestos e movimentos
• Brincadeiras, dança, teatro, música.
• Jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas.
• Hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação,
conforto e aparência.
• Desenhar, pintar, rasgar, folhear.
Traços, sons, cores e formas
• Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos
musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações,
criações musicais, festas.
• Desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando
produções bidimensionais e tridimensionais.
• Qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre),
utilizando-as em suas produções sonoras e ao ouvir músicas e
sons.
Escuta, fala, pensamento e
imaginação
• Linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos,
desenhos e outras formas de expressão.
• Brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas,
aliterações e ritmos.
• Escolher, folhear livro, identi�car palavras conhecidas.
• Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros
de vídeos e de encenações, produção de textos coletivos com
professor escriba.
• Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita
espontânea).
• Levantar hipóteses sobre gêneros textuais.
• Hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros
de palavras e textos, por meio de escrita espontânea.
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Espaços, tempos, quantidades,
relações e transformações
• Relações de comparação entre objetos, observando suas
propriedades.
• Experimentos envolvendo fenômenos naturais e arti�ciais.
• Classi�car objetos e �guras de acordo com suas semelhanças
e diferenças tamanho, peso, cor, forma).
• Fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a
história dos seus familiares e da sua comunidade.
• Números e suas respectivas quantidades e identi�car o antes,
o depois e o entre em uma sequência.
• Medidas (peso, altura) e grá�cos básicos.
Fonte: elaborada pela autora.
Os direitos de desenvolvimento e aprendizagem devem estar garantidos nas práticas pedagógicas.
INTRODUÇÃO
A Base Nacional Comum Curricular aborda as modalidades da educação básica e, na Educação Infantil,
organiza o currículo com cinco campos de experiências desenvolvidos em oportunidades, organizadas para
garantir a interação e a brincadeira. Como pano de fundo, temos seis direitos ao desenvolvimento e
aprendizagem para três grupos etários. Na etapa seguinte, temos o Ensino Fundamental, que organiza o
currículo de outra forma. Entretanto, destaca-se também a transição que ocorre entre a Educação Infantil e o
Ensino Fundamental. A criança inicia o Ensino Fundamental de nove anos aos 6 anos de idade e, para que não
haja uma ruptura entre as práticas vivenciadas na Educação Infantil e a nova forma de realizar as atividades
inerentes aos anos iniciais, a BASE destaca a presença da ludicidade. A escola deve evitar uma ruptura no
cotidiano vivido pela criança egressa da Educação Infantil e organizar um planejamento para que os
Aula 3
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL NA BNCC
A Base Nacional Comum Curricular aborda as modalidades da educação básica e, na Educação Infantil,
organiza o currículo com cinco campos de experiências desenvolvidos em oportunidades, organizadas
para garantir a interação e a brincadeira.
36 minutos
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componentes sejam apresentados e vivenciados respeitando as dez competências gerais da BASE, porém,
garantindo que o desenvolvimento dos componentes curriculares, agora do Ensino Fundamental, sejam
trabalhados ludicamente.
Agora, vamos descobrir os componentes do Ensino Fundamental e as metodologias indicadas, lembrando que
o lúdico deve estar sempre presente. Mas será que brincar é perda de tempo? Deve haver uma hora para
brincar? Vamos buscar estas respostas!
LUDICIDADE
O Ensino Fundamental é a etapa mais longa, voltada a alunos de 6 a 14 anos. Portanto, devemos ter um
cuidado especial na elaboração do currículo para os anos iniciais e anos �nais do Ensino Fundamental. Os
anos iniciais vão do 1º até o 5º ano e, depois, o que conhecemos como Fundamental II vai do 6º até o 9º ano. A
ludicidade está presente em toda a educação básica, de forma intensa na Educação Infantil, como
metodologia, promovendo uma transição para o primeiro ano do Ensino Fundamental, o que facilita uma
adaptação mais �uida para os estudantes. Mas do que se trata a ludicidade? A ludicidade exerce um papel
fundamental no processo de desenvolvimento. Brincar desenvolve a inteligência, a expressão de sentimentos,
a percepção e aprendizagem, os relacionamentos interpessoais, a satisfação e a capacidade de lidar com
desa�os. A ludicidade não se restringe a tempo, espaço, lugar ou cultura. Crianças brincam às margens do rio,
ao ar livre, com a natureza, que com seus objetos e símbolos chama à atenção. Exploração, manipulação e
criatividade são ações essenciais para a promoção de um desenvolvimento saudável. Assim, quando a
criatividade é aplicada às escolas, os alunos aprendem, criam, inovam e transformam. A criança aprende
explorando, descobrindo, registrando, criando e brincando quando interage com objetos e pessoas ao seu
redor, promovendo o exercício das habilidades sociais e relacionais. Para aprender, a criança precisa tocar,
sentir, perceber, analisar, comparar, testar, escolher, criar, errar e acertar. Essas etapas são fundamentais
para entender o sentido, a utilidade e as possibilidades da construção autônoma, frente a um conceito ou
uma habilidade. A aprendizagem só é possível por meio do lúdico e de objetos representativos de
organizações e regras do mundo real a serem explorados. Ludicidade e atividades lúdicas são expressões de
um mesmo conceito. A ludicidade estimula e mobiliza as funções neuropsicológicas, como: a atenção, a
percepção (auditiva, tátil, visual), a orientação temporal e espacial, a linguagem oral e escrita, a memória, as
ações motoras, as práxis, o raciocínio, os cálculos e as funções executivas (planejamento, organização e
inibição). Ao mesmo tempo, integra os aspectos psicoafetivo, cognitivo, motor, social e cultural do ser
humano. Brincar, jogar, criar e representar, entre tantas outras ações lúdicas, com o uso dos mais diversos
materiais e objetos, atribuindo-lhes os mais diferentes signi�cados, sejam eles caracterizados pela ação
prática (presentes na brincadeira sensório-motora), simbólicos (presentes na brincadeira do faz-de-conta) ou
de regulação recíproca (presentes nos jogos de regras), promove a construção do conhecimento, a
ressigni�cação da realidade e o equilíbrio diante do mundo (OLIVEIRA, 1998; GIMENES;PERRONE, 2020. p.35).
Neste período de transição entre a Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental, a aquisição da
língua escrita constitui uma das mais importantes ferramentas no exercício da cidadania. O indivíduo letrado
pode ter acesso aos bens culturais e interferir em seu ambiente. Nos anos iniciais, a escola deve organizar
oportunidades lúdicas, como jogos, mas não no sentido da competição ou do poder. Este conceito encaminha
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para uma prática pedagógica que contempla jogos, brincadeiras em grupos, com materiais estruturados, com
elementos da natureza, na arte, na educação física, na matemática e nas ciências. O lúdico está presente no
desenvolvimento das situações de aprendizagem pois considera a ação do estudante como ponto essencial no
processo de aprender a aprender e a fazer.
Figura 1 | Organização da BNCC para os anos iniciais do Ensino Fundamental
Fonte: elaborada pela autora, de acordo com a BNCC (BRASIL, 2017).
APRENDIZAGEM LÚDICA
Aprendizagem lúdica tem como foco o estudante que assume seu papel de protagonista. Ele vivencia
dinâmicas que promovem a interação e o engajamento dos estudantes Já os jogos são atividades que dão
prazer, e a escola apresenta diferentes situações para que os estudantes tenham prazer intelectual, o prazer
em aprender. Jogos físicos que envolvem o corpo, jogos sensoriais e cognitivos, jogos de imaginação e
fantasia, jogos de tabuleiro clássicos e novos, são alguns exemplos de situações lúdicas que devem estar
presentes nas práticas pedagógicas da Educação Infantil ao Ensino Médio. O que se altera é a complexidade
das atividades e das regras dos jogos. O uso efetivo do lúdico envolve os docentes e a escola, pois estes
devem acreditar na função educativa dos jogos, do brincar, da vivência lúdica. Não é destacar o brincar, mas
utilizar a ludicidade para apresentar atividades ou situações de aprendizagem utilizando jogos. Há um quadro
bem conhecido de Pieter Bruegell que retrata uma série de jogos no ano de 1560. Ao observarmos este
quadro percebemos que o lúdico permeia a história da humanidade com jogos medievais, de guerra, de
poder, entre outros.
Figura 2 | Jogos
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Fonte: Wikiart.
As crianças que iniciam nos anos iniciais do Ensino Fundamental trazem muitas expectativas e requerem
adaptação para se integrar ao novo grupo de estudantes e à nova rotina de estudos. Assim, os docentes dos
anos iniciais devem promover brincadeiras motoras, jogos, dramatizações, brinquedos cantados, dentro e
fora da sala de aula. Quando se inicia o processo de aquisição da leitura e escrita, cabe aos docentes criar
situações lúdicas para o letramento. Nada de ensinar a decorar o alfabeto, mas utilizar músicas, histórias,
bonecos, mascotes. Aprender a ler é adquirir uma cultura, é aprender a mobilizar a inteligência, estabelecer
relações entre palavras, letras e imagens, formular perguntas, elaborar respostas, levantar hipóteses. Todo
contexto escolar do Ensino Fundamental, em especial nos anos iniciais, con�gura-se nos signi�cados das
palavras e frases apresentando uma diversidade de textos e, assim, exercitando nos alunos uma atitude de ler
e produzir textos que expressam suas ideias, sentimentos e interesses. Os livros podem estar à mostra em
uma estante, ser apresentados dentro de um contexto organizado e utilizados como recurso para descobrir
novas palavras. O que pode estar neste ambiente de leitura: escritos sociais como pan�etos, propagandas e
folhetos, revistas de carros, lista telefônica, guia turístico, catálogos, atlas, livros sobre insetos, animais, revista
em quadrinhos e livros. Os livros devem variar entre volumes com e sem imagens, livros com poemas, livros
com histórias clássicas como A Bela Adormecida, Cinderela, Peter Pan, entre outros. Considerando as
orientações das Diretrizes Nacionais Curriculares (1999), o ideal é organizar o ambiente da sala de aula para
que a vivência das situações planejadas aconteça em pequenos grupos; dessa forma, é possível a interação
social. Também é interessante a presença de um canto ou área onde o material de leitura �cará exposto,
permitindo que os alunos possam acessar, buscar o material que desejar rever ou descobrir, nos momentos
de atividades de livre escolha.
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Uma sugestão é ter um encontro diário com os livros com uma prática que tenha duração de 10 minutos. Para
instalar este hábito, o docente pode criar um ambiente em sua sala ou ir até a sala de leitura/biblioteca e
permitir a exploração de livros, com ação livre. Um dia conta-se uma história, em outro, apresenta-se um livro
diferente como o atlas. O importante é que o docente esteja atento e interaja com os alunos e alunas,
formulando perguntas ou despertando interesses. Este é o primeiro passo para o início de novas práticas
pedagógicas: uma roda de conversa sobre autores, capas de livros, personagens, situações, os ambientes das
histórias, entre tantas outras demandas que estimularão o engajamento das crianças, memorizando,
recordando e expressando suas opiniões.
PRÁTICAS LÚDICAS PEDAGÓGICAS NAS ÁREAS DE CONHECIMENTOS
O Ensino Fundamental é dividido em duas fases – anos iniciais e anos �nais – dando se muita atenção à
progressão, ou seja, à autonomia dos estudantes e crescente complexidade das habilidades previstas em cada
componente curricular. A Base Nacional Comum Curricular apresenta as seguintes áreas do conhecimento:
LINGUAGEM (os componentes são língua portuguesa e inglesa, arte e educação física); MATEMÁTICA;
CIÊNCIAS DA NATUREZA; CIÊNCIAS HUMANAS; e ENSINO RELIGIOSO.
A passagem da Educação Infantil para os anos iniciais do Ensino Fundamental ocorre de forma gradual, com
um docente responsável por ano, dialogando com os campos de experiências e as unidades de ensino dos
anos iniciais. O salto maior será a passagem para os anos �nais, quando haverá uma multiplicidade de
docentes. O ensino religioso não se dará com foco confessional, mas para conhecer e respeitar cultos, credos
e tradições, lembrando sempre que a escola pública é laica.
 Importante
Aqui estão algumas sugestões práticas para as áreas de conhecimento:
LINGUAGEM:
1. Palavra escondida. O docente irá dizer algumas pistas e os alunos e alunas devem encontrar as respostas
nos livros expostos na roda de conversa. Ex: voa e não tem penas; tem folhas e não se rega; são pretas como a
noite sem luar.
2. Frase fantasma. Selecionar livros ou histórias e dar pistas. As crianças devem encontrar a frase que atende
às três condições: tem brilho, está à direita, tem quatro palavras que começam com BRA.
3. Brincar de garçom. Algumas crianças se agrupam em mesinhas, enquanto outras devem ouvir os pedidos
de comida da mesa e levar para o chef. Uma atividade de memória fonológica.
Projetos como evolução das moradias, da moda, dos meios de transportes, lendas brasileiras, do povo
indígena, entre outros temas.
MATEMÁTICA:
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A proposta da matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve promover a compreensão dos
conceitos e a resolução de problemas, exercitar a comunicação dos conceitos matemáticos, teruma relação
positiva e interesse em aprender matemática, formular perguntas e buscar respostas. Jogos e recursos lúdicos
auxiliam na ambiência das atividades.
1. Bingo: organizar cartelas numeradas e suas quantidades para o docente sortear números que estão dentro
de uma sacola. Pode ser uma atividade individual ou em pequenos grupos com uma cartela maior, feita com
papel sul�te A4. Pode ser uma atividade semanal e as crianças ou equipe acumulam pontos. Ao �nal do mês,
por exemplo, podem ganhar livros ou levar um livro da escola para ler com a família.
2. Boliche. A mesma metodologia acima, mas com garrafas pet pintadas com números para ir contando
pontos e acumulando pontos em equipe.
3. Jogo de tabuleiro: dama ou jogo da velha.
ARTES:
A confecção de trabalhos artísticos como pintura, desenho, modelagem, dança, música e teatro favorecem as
crianças. Experimentar, conhecer e interagir com diversos materiais e procedimentos e estabelecer uma
relação de con�ança e respeito com as culturas expressas nas artes.
1. Artes visuais: desenho, pintura, colagem são produzidos para a livre expressão, mas podem ocorrer após o
contato com livros de arte, gravuras e quadros de artistas. Uma ideia é realizar uma pesquisa acerca de um
pintor brasileiro – Portinari ou Tarsila do Amaral, por exemplo – para descobrir e relatar os materiais
utilizados, as cores e os temas. Observar obras regionais e dialogar acerca das produções e seus autores.
Utiliza-se também esta metodologia para música e teatro.
2. Estudo e produção da arte africana, da arte indígena, da arte barroca. Uma atividade lúdica de descoberta,
experimentação e criação.
CIÊNCIAS:
Na área de conhecimento das ciências, o espaço pode ser um grande aliado. Trabalhar os seres vivos implica
em realizar pesquisas com todas as classi�cações, desde insetos e aves até mamíferos e anfíbios, e até
mesmo construir um terrário ou um aquário. Jogos de memória com animais em uma classi�cação, exposição
de plantas, �ores e pedras criam oportunidades para envolver as famílias e trabalhar o tema da
sustentabilidade. Podemos utilizar as artes para vivenciar os conceitos na área de ciências. Exemplo: músicas
de animais, colagens, pinturas dos planetas. As áreas de arte e ciências podem ser complementadas com
visitas, excursões e passeios. Veja esta prática que atende linguagem, matemática, ciências e arte.
1. Em uma mesa plana, ou uma caixa baixa de madeira, ou uma caixa de camisa, colocamos pouca areia
colorida espalhada. Separe objetos para manipular, explorar e identi�car características. Coloque um pouco
de areia em uma caixa, su�ciente para cobrir o fundo. Ofereça um saquinho de objetos, como potinhos
descartáveis, peneiras, colher e garfo de plástico, para as crianças explorarem a quantidade construindo uma
sequência, do mais leve ao mais pesado. Com os dedos ou utilizando os talheres de plástico, podem desenhar
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na areia, traçar números e letras ou escrever palavras. É uma atividade lúdica que pode ser oferecida em
duplas. Conversar sobre a propriedade de todos os objetos nesta atividade proporciona um debate sobre a
origem e sua utilização.
VÍDEO RESUMO
Você sabe a diferença entre brincadeira, brincar e brinquedoteca? Muitas escolas oferecem um espaço
chamado “brinquedoteca” e os alunos o utilizam da mesma forma que uma biblioteca. Uma substitui a outra?
Neste vídeo vamos apresentar as diferenças conceituais e de funcionamento, bem como trazer algumas
atividades lúdicas que podem fazer parte do cotidiano educacional. A escola como comunidade de
aprendizagem tem o lúdico presente em tudo, desde as cores utilizadas nos espaços físicos, a localização de
avisos e painéis e, é claro, as salas de aula, onde o estudante vive, atua, interage e aprende por meio de
situações em que sua participação é privilegiada e sua ação é prazerosa. Os cursos de formação de
professores não enfatizam o brincar como metodologia. Dar luz ao brincar, na formação de professores, tem
sido uma forma de enfrentamento de uma cultura calcada em alguns pressupostos que precisam ser revistos,
dentre eles, o assistencialismo. A ausência da formação de qualidade para atender as crianças na Educação
Infantil e uma cultura da homogeneidade são fatores que nos levaram e continuam nos levando a repensar a
maneira de olhar a escola, a formação escolar e a infância. Para que o brincar ocupe um lugar proeminente na
formação de professores, é preciso antes compreender o jogo, o brinquedo e a brincadeira como elementos
potenciais da infância (TEIXEIRA, 2020, p. 135).
 Saiba mais
Alfabetizar, na perspectiva do letramento, é a todo momento levar as questões sociais para dentro da
escola e, no processo inverso, possibilitar que as aprendizagens construídas nos espaços escolares façam
sentido e sejam colocadas em prática na vida dos estudantes. Esse trabalho nos dois primeiros anos do
Ensino Fundamental, segundo a BNCC, deve buscar a aproximação da criança com os códigos do nosso
sistema de escrita, a decodi�cação, o trabalho com materiais grá�cos e diferentes representações desta
escrita. São ações que perpassam todas as áreas do conhecimento e favorecem um trabalho
contextualizado e interdisciplinar. Durante muito tempo, a competência leitora e escritora se restringia
ao componente curricular de Língua Portuguesa, e o que temos é a necessidade de romper com essa
ideia, considerando que ler e escrever são indispensáveis para o desenvolvimento de saberes,
independentemente da área de conhecimento.
Vejamos como isso aparece em cada área do conhecimento, rompendo mais uma vez com a ideia de que
alfabetizar e letrar são responsabilidades apenas do componente curricular de Língua Portuguesa:
• Artes: relação com diferentes formas de linguagem (verbal e não verbal).
• Educação Física: trabalho com produções que representem suas vivências nas práticas corporais.
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• Matemática: fala-se sobre o letramento matemático aproximando a criança da matemática do dia a
dia.
• Ciências: temos o letramento cientí�co, com a compreensão e interpretação do mundo à nossa volta.
• Geogra�a e História: atribuir sentidos na relação entre o ser humano e o meio.
Outro ponto de atenção evidente na BNCC é o olhar para o letramento digital, vinculado diretamente à
cultura digital que objetiva o engajamento e o uso mais consciente dos recursos, aproveitando seu
potencial de comunicação e suas relações com o contexto social.
Temos ainda os multiletramentos sendo citados, considerando a diversidade cultural como elemento
indispensável para a construção das aprendizagens e desenvolvimento de competências e habilidades.
Leia os seguintes artigos:
GOMES, C. F. O lugar do brinquedo e do brincar na educação básica: uma proposta de pé no chão.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
SILVA, J. P. et al. A importância do brincar na educação infantil. Trabalho de conclusão de curso (TCC) -
Graduação em Pedagogia. Alagoas: Universidade Federal de Alagoas, 2020.
Pesquise mais sobre esse assunto com as seguintes leituras: 
TEIXEIRA, S. A formação lúdica de professores. In: GIMENES, B. P.; PERRONE, R. Ludicidade, Saúde e
Neurociências: visão contemporânea do brincar a partir de histórias de vida. São Paulo: WAK, 2020.
O livro Brincar e educar: conceitos, práticas e inspirações apresenta 108 artigos lúdicos, ou seja, ideias de
jogos e brincadeiras dentro e fora da sala de aula que contribuem para o processo de criatividade e
aprendizagem:
AQUINO, T.; ARAÚJO, C. dos S.; PINES JUNIOR, A. Brincar e educar: conceitos,práticas e inspirações. Rio
de Janeiro: Supimpa, 2021.
INTRODUÇÃO
Aula 4
ÁREAS DO CONHECIMENTO DA BNCC PARA OS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
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33 minutos
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https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12425
https://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/7804
Ao analisarmos as áreas de conhecimento previstas para o Ensino Fundamental, veri�camos a necessidade de
estudarmos todas as áreas e seus componentes, pois todos devem ser trabalhados de forma integrada. Esta
interação inicial pode ser compreendida na lógica comum presente nas competências gerais. Cada momento
pedagógico planejado, seja semanal ou mensal, deve valorizar as competências e habilidades previstas em
cada área do conhecimento, e colocar em prática aprendizagens previstas em outras áreas também.
Lembrando que competências são um conjunto de habilidades e conhecimentos a serem desenvolvidos pela
prática, e habilidades são qualidades que todos os estudantes devem possuir para realizar uma atividade.
Assim, temos em cada componente, cada unidade de ensino e cada área habilidades a serem exercitadas pelo
estudante ao participar de uma prática intencionalmente organizada. Resumindo: para ser competente é
preciso ter determinadas habilidades. Se você sabe dirigir um carro com a mão �rme ao volante, fazer balizas,
dirigir nas ruas e estradas, você tem habilidade, mas a competência você aprendeu na autoescola.
Nesta aula, vamos sugerir caminhos para a realização de planos didáticos que possam promover a integração
de áreas e a implementação das competências. Vamos aprofundar áreas do conhecimento da BNCC para os
anos iniciais do Ensino Fundamental e conhecer práticas possíveis.
Vamos!
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
A BNCC apresenta no Ensino Fundamental áreas de conhecimento nas quais se inserem os conteúdos dos
componentes curriculares. É possível identi�car estratégias para apresentá-los, representá-los, exempli�cá-
los, conectá-los e torná-los signi�cativos, tendo como base a realidade do lugar e do tempo nos quais as
aprendizagens estão situadas. Isso implica na organização interdisciplinar dos componentes curriculares e em
adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da
aprendizagem. Como já pudemos constatar, a visão de um sujeito ativo, curioso, competente, social e
participativo requer a vivência de práticas que oportunizem esta ação. Cabe ao professor selecionar e propor
situações, metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversi�cadas, garantindo nestas práticas ritmos
diferenciados e conteúdos complementares. As estratégias didático-pedagógicas auxiliam no engajamento e
na motivação dos estudantes quando vivenciam situações que lhes permitem pensar, comunicar e agir com
os objetos de conhecimento. No âmbito da BASE temos cinco áreas do conhecimento que permeiam os nove
anos. Nos anos iniciais, do 1º ano ao 5º, estas áreas são desenvolvidas por um docente em cada turma,
podendo oferecer atividades e conteúdos complementares para as escolas de tempo integral. Do 6º ao 9º ano,
o estudante terá a especialidade de cada área do conhecimento e não mais um professor por turma. Em cada
área de conhecimento, a BASE apresenta competências especí�cas, cujo desenvolvimento deve ser promovido
ao longo dos nove anos de maneira gradual, e que estão diretamente relacionadas às dez competências
gerais.
A BNCC destaca que são as:
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Para facilitar ao docente estas duas articulações, a BNCC sugere as unidades temáticas de ensino nas quais
podem ser colocadas as competências e habilidades para cada etapa da Educação Fundamental. A área da
Linguagem, por exemplo, inclui música, dança e teatro, possuindo dez competências especí�cas que sinalizam
ao docente como devem ser organizadas as práticas pedagógicas. De compreender a língua como fenômeno
cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio
de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem, a apropriar-se da
linguagem escrita para participar da cultura letrada, envolver-se com maior autonomia e protagonismo na
vida social. Para tanto, a Linguagem promove o seu emprego nas interações sociais, incluindo analisar
informações, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às
dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizado na
experiência com a literatura, além de mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e
ferramentas digitais. O direcionamento é para a utilização de diversos textos, desde a literatura clássica e de
�cção até catálogos, em situações em que o debate e a argumentação sejam estimulados. O mesmo ocorre
com a Matemática, Ciências da Natureza e Humanas (componentes História e Geogra�a), Artes, Ensino
Religioso e Educação Física. Em cada área é sugerida a organização de unidades temáticas para um estudo
ativo, com objetos do conhecimento e habilidade separados por ano escolar, do 1º ao 9º ano. Na área Ensino
Religioso, a BASE sugere práticas que contribuam com a construção de atitudes por meio do estudo dos
conhecimentos religiosos e das �loso�as de vida. Trata-se de um espaço de aprendizagens, do conhecimento
respeitoso das tradições culturais, e, para tanto, vale-se de experiências pedagógicas, intercâmbios e diálogos
permanentes para o acolhimento da interculturalidade, direitos humanos e a cultura da paz. A área de
Linguagem está estruturada para ser desenvolvida ao longo dos nove anos. Já a área da Matemática é dividida
em blocos: do 1º ao 5º ano; 6º e 7º; 8º e 9º anos, contribuindo para a �exibilização horizontal.
PLANEJAMENTO POSSÍVEL
Para aprofundarmos nosso estudo acerca da estrutura curricular do Ensino Fundamental, apresentamos uma
prática pedagógica que favorece o entendimento. Vamos analisar a Área de Conhecimento, relevando as
competências especí�cas:
LINGUAGEM: apresentando um exemplo de plano destinado ao 6º até o 9º ano.
competências especí�cas que possibilitam a articulação horizontal entre as áreas,
perpassando todos os componentes curriculares, e também a articulação vertical, ou
seja, a progressão entre o Ensino Fundamental – Anos Iniciais e o Ensino Fundamental –
Anos Finais e a continuidade das experiências dos alunos, considerando suas
especi�cidades. 
— (BRASIL, 2017, p. 28)
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O desa�o docente é graduar esta prática de linguagem de forma que, nos anos informados, todos tenham a
oportunidade de desenvolver esta habilidade por meio de diferentes práticas e competências especí�cas. Na
área da linguagem temos a descrição das competências especí�cas presentes neste plano, conforme a BASE:
A partir das competências especí�cas, temos que veri�car as práticas de linguagem sugeridas na BASE e as
habilidades.
Tabela 1 | Práticas de Linguagem
PRÁTICAS DE
LINGUAGEM
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
HABILIDADE
RECURSOS e
ATIVIDADE
COMPETÊNCIAS
GERAIS
Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de
natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de signi�caçãoda
realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em
diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas
possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma
sociedade mais justa, democrática e inclusiva. [...]
Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
signi�cativa, re�exiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se
comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver
problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. 
— (BRASIL, 2017, p. 65)
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Produção de
textos
Textualização/
revisão e
edição
Análise de textos
legais/normativos/
propositivos e
reivindicatórios
(EF69LP36) Produzir,
revisar e editar textos
voltados para a divulgação
do conhecimento e de
dados e resultados de
pesquisas, tais como
artigos de divulgação
cientí�ca, verbete de
enciclopédia, infográ�co,
infográ�co animado,
podcast ou vlog cientí�co,
relato de experimento,
relatório, relatório
multimidiático de campo,
dentre outros,
considerando o contexto
de produção e as
regularidades dos gêneros
em termos de suas
construções
composicionais e estilos.
Revistas cientí�cas,
relatório de pesquisas e
grá�cos. Criação de um
relato de experimento
que pode ser realizado
na área de ciências.
Criar um podcast com
informações sociais e
de serviço público.
Conhecimento,
cultura digital,
comunicação,
responsabilidade
e cidadania,
pensamento
criativo e
cooperação.
Fonte: elaborada pela autora.
Qual é a ação docente neste exemplo? Organizar as oportunidades para que as habilidades sejam
desenvolvidas. Para isso, deve selecionar com antecedência o material que será apresentado em sala de aula
e organizar o tempo pedagógico para desenvolver as habilidades necessárias procurando a
interdisciplinaridade. Ou seja, usar conteúdos já explorados em outras áreas do conhecimento. O que nos
leva à integração de áreas, transdisciplinaridade. Para o 6º ano, será mais interessante ter uma atividade
utilizando ou criando pesquisas e, em seguida realizar a escrita de um relatório. Experimentar a realização de
um podcast com um tema da atualidade, que pode ser uma campanha de vacinação, ou uma gincana. Isto
porque o 6º ano é um espaço novo de aprendizagem, considerando a presença múltipla de especialistas das
áreas. A cada ano, apresentamos situações e materiais mais complexos e cientí�cos e uso de espaços que a
escola pode oferecer. 
Vamos a outro exemplo, na área da Matemática.
Plano de aula para 5º ano do ensino Fundamental:
1. Unidade temática: números. Áreas integradas: Matemática e Ciências da Natureza.
2. Objetivo: os estudantes devem conhecer e identi�car as diferentes fontes de energia na utilização da
energia em domicílio. Analisar a conta de luz: tipos, bandeiras e valores dos domicílios dos estudantes.
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3. Competências gerais da BNCC previstas: Conhecimento; Pensamento cientí�co, crítico e criativo;
Comunicação; Trabalho e projeto de vida; Argumentação; Empatia e cooperação; Responsabilidade e
cidadania.
4. Práticas pedagógicas possíveis: o docente deve inicialmente ter informações acerca dos recursos de
energia renováveis e não renováveis. Realizar uma pesquisa e apresentação coletiva das fontes renováveis de
energia no Brasil; conversar sobre o que eles sabem a respeito dos diferentes tipos de fonte de energia. Para
isso, você pode utilizar as sugestões de perguntas: Quais as fontes de energia utilizadas no Brasil? Qual a
principal fonte de energia utilizada no Brasil? Como ela é produzida? Qual a fonte de energia mais utilizada em
sua região? Dialogar acerca dos fatores que comprometem a utilização dos serviços de energia: chuvas, secas,
vento, entre outros. Quais os impactos na vida e na sociedade quando consumimos energia de forma
consciente? Para atividade de análise da conta de luz, pode-se utilizar contas das famílias dos estudantes ou a
conta da escola. O que podemos analisar nesta prática? A data do vencimento da conta, valor a ser pago e as
contas da casa em um painel comparativo entre as contas trazidas pelos alunos, debater o consumo
consciente, etc.
5. Sistematização: para sistematização deste estudo, o componente de Língua Portuguesa é integrado
utilizando as habilidades de escrever relatórios, organizando manuais de orientação para consumo, elaborar
grá�cos e painéis com os recursos de energia do Brasil e do mundo. Uma pesquisa na área das Ciências
promove situações de investigação para o reconhecimento de demandas energéticas no mundo. Ao
analisarmos duas sugestões exempli�cadas de cada área de conhecimento, o docente utilizou uma unidade
temática, integrando as habilidades a serem desenvolvidas e a relação com as competências gerais. A leitura
das competências especí�cas de cada área de conhecimento indica as habilidades a serem desenvolvidas e
orienta a seleção e construção de práticas pedagógicas.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Apresentaremos re�exões e sugestões para a inclusão das competências gerais e especí�cas das áreas do
conhecimento do Ensino Fundamental. A demanda cognitiva das atividades de leitura, por exemplo, deve
aumentar progressivamente desde os anos iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Os estudantes
participam de situações de leitura que apresentam uma complexidade crescente de experiências, que vão
desde identi�cação de gêneros dos textos à prática de escrita mais requintada que permite a compreensão de
relatório de pesquisa. Em cada etapa e em cada componente, teremos competências especí�cas e, para as
unidades temáticas, habilidades necessárias. Este será o guia para elaboração de uma prática a ser
desenvolvida em aula.
Entretanto, para exempli�car melhor as competências especí�cas, habilidades de uma área do conhecimento
e seus componentes, iremos às Ciências da Natureza. Consideraremos as dez competências gerais, que são
direitos fundamentais da aprendizagem e que se concretizam nas denominadas habilidades, que englobam
práticas cognitivas, socioemocionais e éticas. As Ciências da Natureza têm correspondência com as dez
competências gerais, pois favorecem a formação cientí�ca, como investigar, re�etir, resolver questões,
empregar linguagens, conhecer-se e explicar a realidade natural. As áreas temáticas na primeira etapa do
Ensino Fundamental devem ter uma articulação entre elas, como, por exemplo, o estudo das espécies no
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letramento. As Ciências da Natureza estão organizadas em três unidades temáticas, a saber: Matéria e
energia; Vida e evolução; Terra e universo. Para cada unidade temática, teremos habilidades a serem
vivenciadas e componentes curriculares. É importante destacar que as unidades temáticas serão
desenvolvidas durante os anos do Ensino Fundamental, sendo uma habilidade para cada ano, e assim em
uma sequência progressiva crescente.
Vamos a um exemplo de unidade temática na área de Ciências:
UNIDADE TEMÁTICA: Vida e Evolução nos anos iniciais:
1º ano: localizar, nomear e representar gra�camente por meio de desenhos o corpo humano e suas funções.
2º ano: investigar a importância da água e da luz para as plantas

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