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tratamento paralisia cerebral

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Silva, K. et al. Influência da fisioterapia aquática na função motora grossa de indivíduos com paralisia cerebral: revisão sistemática, São Paulo- SP, 2022 jan-ago.
Araujo, L. et al. Efeitos da fisioterapia aquática na função motora de indivíduos com paralisia cerebral: ensaio clínico randomizado, São Paulo- SP, 2018 fev-ago,
Plano de fisioterapia aquática para pacientes com Paralisia Cerebral:
A relação entre a hidroterapia no tratamento de pacientes com paralisia cerebral, é dada como uma necessidade importante afim de compor a equipe multidisciplinar que tem como objetivo um trabalho em conjunto para uma qualidade de vida exclusiva para o paciente, especificamente para crianças, jovens, adultos que possuem PC, a água faz o papel que a fisioterapia no solo não consegue substituir por conta da ação e reação que o corpo se mostra a partir do momento que é emergido nas águas de hidroterapia, tornando muito mais maleável, leve e relaxados os músculos e articulações daquele paciente, que pela sua grande maioria de tempo, vive em uma descompostura dos membros superiores, inferiores e pescoço atrofiados. Os exercícios debaixo da água trazem uma resistência maior, um impacto menor, tendo poder não somente de relaxar e trabalhar firmemente essas articulações como também trabalhar o equilíbrio e postura desse paciente.
O tratamento inicial para uma pessoa com PC, deve-se ter primeiramente como base a inclusão desse individuo na piscina, de forma que acima de tudo a maneira de abordagem seja respeitosa e que consequentemente passe confiança e zelo para com ele, que por conta da densidade da água ser diferente da qual se tem no solo, o paciente possa demonstrar desconforto nas primeiras sessões de fisioterapia aquática, é de extrema importância prestar atenção nos sinais que o paciente e seu acompanhante poderão prestar ao longo dos encontros com o fisioterapeuta. 
De início, é essencial que a duração dos exercícios neste começo, não durem muito além do que 30 minutos, por conta dessa falta de costume de se estar dentro da água, porém é indispensável que a frequência dessas sessões sejam mantidas na semana sequentemente, duas sessões ao longo da mesma, para que haja memoria corporal e se torne eficaz a evolução desse paciente. A pessoa com PC deve ser estimulado afim de reabilitar sua independência fora d’água, conduzir um melhoramento em suas atividades de motricidade fina e grossa, dar autonomia para o conhecimento de seu espaço corporal e a inserção social deste paciente.
Os exercícios devem ter séries de alongamento, força e relaxamento que trabalhe o corpo inteiro, não tendo como objetivo apenas exercitar o membro mais afetado pela paralisia cerebral, como também os membros que dão sustentação para os mais atrofiados, tornando assim o exercício mais eficaz para todos os membros trabalharem de forma esperada ao longo das sessões, sem que nenhum fique sobrecarregado no tratamento.
A execução neste início deve ir de um nível leve a moderado, evitando possíveis lesões bruscas, por conta disso a filtração dos exercícios é essencial para um tratamento seguro que para este começo, é importante que seja trabalhado a questão cardiorrespiratória, exercícios para evitar a ansiedade é o principal fator para um paciente que se encontra em estado de tensão. Executar o movimento de marcha dentro da piscina traz para a pessoa a noção corporal, a densidade da piscina, ao mesmo tempo que a água possui ativos de relaxamento, é possível perceber sua força sob a pele.
Os Movimentos de abdução, rotação do tronco, quadril e pescoço são essenciais para o ajuste de postura em pacientes com Paralisia Cerebral que por sua grande maioria possui uma descompostura cervical, por fim um relaxamento muito usado na hidroterapia é a técnica ‘’Watsu’’ que tem como principal fator, unir corpo, espirito e alma, trazendo um relaxamento profundo e eficaz que é capaz de exercer na ansiedade, dores nas articulações, definhamento muscular, nervosismo em união com as técnicas de rotação de quadril, tronco, porém agora com a imobilização do pescoço, dando ênfase nos outros membros do corpo. Conforme as sessões forem seguindo, outros métodos podem ser incluídos para o fortalecimento dessas áreas já acostumadas com um certo grau de impacto dentro da piscina, sendo assim, a fisioterapia aquática se torna uma ferramenta útil para acompanhar a evolução motora de crianças, jovens e adultos com paralisia cerebral.

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