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Legislação e Língua Portuguesa

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CURSINHO 
PREPARATÓRIO
 
 
 
Concurso Públ
ico 
 
de Provas e Títulos para Provimento de Vagas 
no Quadro d
e Pessoal 
 
Prefeitura Municipal de Muriaé
-
MG
 
 
Nº 001/2024 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA
:
 ARLINDO
 
MIRANDA
 
 
 
 
 
 
PROFESSORA DE LEGISLAÇÃO: 
VILMA GOMES
 
 
SUMÁRIO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
1-LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS: COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE VARIADOS GÊNEROS DISCURSIVOS.
2- INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS.
 3 - SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES.
4- PONTO DE VISTA DO AUTOR. 
5-LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL. 
6-SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA: POLISSEMIA, SINONÍMIA, ANTONÍMIA, PARONÍMIA, HOMONÍMIA, HIPERONÍMIA, DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO, SENTIDO E SENTIDO FIGURADO, FIGURAS DE LINGUAGEM.
7- FUNÇÕES DA LINGUAGEM. 
8-TEXTO E DISCURSO: INTERTEXTUALIDADE, PARÓDIA. 
9-TIPOLOGIA TEXTUAL E GÊNEROS DISCURSIVO DE CIRCULAÇÃO SOCIAL: ESTRUTURA COMPOSICIONAL; OBJETIVOS DISCURSIVOS DO TEXTO; CONTEXTO DE CIRCULAÇÃO; ASPECTOS LINGUÍSTICOS. 
10-TEXTO E TEXTUALIDADE: COESÃO, COERÊNCIA, ARGUMENTAÇÃO E INTERTEXTUALIDADE.
11- LINGUAGEM E ADEQUAÇÃO SOCIAL: VARIEDADES LINGUÍSTICAS E SEUS DETERMINANTES CULTURAIS, SOCIAIS, REGIONAIS, HISTÓRICOS E INDIVIDUAIS.
12- REGISTROS FORMAL E INFORMAL DA ESCRITA PADRÃO. 
13-FONÉTICA E FONOLOGIA: TONICIDADE, ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
14- CRASE. 
15-MORFOLOGIA: CLASSIFICAÇÃO E FLEXÃO DAS PALAVRAS, EMPREGO DE NOMES, PRONOMES, CONJUNÇÕES, ADVÉRBIOS, PREPOSIÇÕES, MODOS E TEMPOS VERBAIS.
16- ANÁLISE MORFOLÓGICA. 
17-SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO. 
18-TERMOS DA ORAÇÃO. 
19-COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.
20- ANÁLISE SINTÁTICA.
21- CONCORDÂNCIAS VERBAL E NOMINAL; REGÊNCIAS VERBAL E NOMINAL; COLOCAÇÃO PRONOMINAL APLICADA AO TEXTO.
22 SINAIS DE PONTUAÇÃO COMO FATORES DE COESÃO.
23- CONHECIMENTO GRAMATICAL DE ACORDO COM O PADRÃO CULTO DA LÍNGUA. 
24-ORTOGRAFIA OFICIAL–NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
PREPARATÓRIO CONCURSO/MURIAÉ 2024(Tópicos 1 e 2)
1) COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:
· Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem. Análise do que está no explícito no texto.
Portanto, você precisa prestar bastante atenção aos enunciados a seguir para a compreensão do texto, são eles:
· 
20
· Segundo o texto…;
· Segundo o autor…;
· O autor afirma…;
· O texto informa…;
· No trecho…;
· De acordo com o autor…;
· Na opinião apresentada pelo autor…
BRINCADEIRAS
Cães adoram brinquedos de morder: ossos de borracha, plástico ou náilon. Não dê a ele objetos que soltem lascas ou pedaços que possam ser engolidos. Os filhotes precisam ainda mais desses brinquedos, porque o crescimento dos dentes os incomoda. Por isso mesmo, não deixe ao alcance do filhote sapatos, chinelos e afins.
Fonte: nutricolalimentos.com.br
1) No trecho: “... porque o crescimento dos dentes os incomoda.”, o termo grifado se refere aos
a) brinquedos.
b) objetos.
c) dentes.
d) filhotes.
Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, quais conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto. Por exemplo, aqui está alguns modelos de enunciados:
· 
· Pode-se concluir com o texto que…;
· Diante do que foi apresentado, podemos concluir que…;
· Quando o autor afirma a seguinte expressão […], qual foi a sua intenção?;
· É possível subentender que…;
· O texto direciona o leitor para…;
INTERNET
Mas assim que penetramos no universo da web, descobrimos que ele constitui não apenas um imenso “território” em expansão acelerada, mas que também oferece inúmeros “mapas”, filtros, seleções para ajudar o navegante a orientar-se. O melhor guia para a web é a própria web. Ainda que seja preciso ter a paciência
de explorá-la. Ainda que seja preciso arriscar-se a ficar perdido, aceitar “a perda de tempo” para familiarizar-se com esta terra estranha. Talvez seja preciso ceder por um instante a seu aspecto lúdico para descobrir, no desvio de um link, os sites que mais se aproximam de nossos interesses profissionais ou de nossas paixões e que poderão, portanto, alimentar da melhor maneira possível nossa jornada pessoal.
1) O usuário iniciante sente-se não raramente desorientado no oceano de informações e possibilidades disponíveis na rede mundial de computadores. Nesse sentido, Pierre Lévy destaca como um dos principais aspectos da internet o(a)
1. espaço aberto para a aprendizagem.
2. grande número de ferramentas de pesquisa.
3. ausência de mapas ou guias explicativos.
4. infinito número de páginas virtuais
5. dificuldade de acesso aos sites de pesquisa.
1-Qual a influência da comunicação nos fluxos migratórios?
Denise Cogo, doutora em comunicação, discute a relação entre as tecnologias digitais e as migrações no mundo.
Para a especialista, grande parte das representações e das experiências que conhecemos dos imigrantes chega pela mídia. “A mídia é mediadora das relações”, explica.
O imigrante não é só um sujeito econômico, mas, explica Cogo, um sujeito sociocultural. Portanto, a comunicação integra a trajetória das migrações dentro de um processo histórico. “Desde o planejamento e o estudo das políticas migratórias para o país de destino até o contato com amigos e familiares, o encontro dos fluxos migratórios com as tecnologias digitais traz novas perspectivas para os sujeitos. Também se abre a possibilidade para que, com um celular na mão, os próprios imigrantes possam narrar suas histórias, construindo novos caminhos”, analisa.
Disponível em: http://operamundi.uol.com.br. Acesso em: 6 dez. 2022 (adaptado).
Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos sujeitos na escrita de suas histórias, o texto apresenta uma visão positiva sobre a presença da(s):
a) economia na formação cultural dos sujeitos.
b) manifestações isoladas nos processos de migração.
c) narrações oficiais sobre os novos fluxos migratórios.
d) abordagens midiáticas no tratamento das informações.
e) tecnologias digitais nas formas de construção da realidade.
2-Reconhecimento facial: o que se pode esperar dele?
A tecnologia não é nova, mas está cada vez mais avançada. O conceito foi desenvolvido na década de 1960 por Woodrow "Woody" Bledsoe para a Panoramic Research e até hoje os preceitos são os mesmos: boa parte dos sistemas ainda aposta em imagens 2D, já que a maioria dos bancos de dados de referência tem apenas esse tipo de foto.
Ela é, portanto, uma forma de autenticação biométrica que permite confirmar uma identidade. O processo de identificação usa as medidas do formato e da estrutura facial, que são únicas para cada indivíduo. Aí começam os problemas: embora seja bastante interessante, ela pode ser controversa.
É essa a tecnologia usada no Facebook para sugerir marcações em fotos — e quem tem irmãos sabe que o sistema pode ser bastante falho na tarefa de diferenciar pessoas com características semelhantes. Isso porque informações-chave das imagens (como o tamanho e o formato de nariz, boca e olhos, bem como a distância entre diferentes pontos da face) são comparadas com um banco de dados. Há até quem tenha processado a rede social por ter sido identificado em imagens sem ser informado.
Disponível em: <https://olhardigital.com.br/noticia/reconhecimento-facial-o-que-se-pode- esperar-dele/84009>. (Adaptado)
Entre as possibilidades promovidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias de autenticação biométrica, o texto destaca:
a) a auditoria das ações públicas por meio da fiscalização remota.
b) a distinção de postagens vinculadas às redes sociais, como o Facebook.
c) a obtenção de informações por meio de traços faciais singulares.
d) a disponibilidade de recursos de publicidade com base em expressões faciais.
e) o armazenamento de dados entre órgãos governamentais e privados.
2-Hino à Bandeira
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempresagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
BILAC, O.; BRAGA, F. Disponível em: www2.planalto.gov.br.
Acesso em: 10 dez. 2017 (fragmento).
 
No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso utilizado para exaltar o símbolo nacional na medida em que:
a) remete a um momento futuro.
b) promove a união dos cidadãos.
c) valoriza os seus elementos.
d) emprega termos religiosos.
e) recorre à sua história.
3-
Arte de “João Montanaro”. Disponível em: <https://relatividade.wordpress.com/2010/11/06/olha-mae-um-twitter/>. Acesso em 23 jul. 2021.
O humor na charge é provocado porque a personagem comete um deslize referente a um dos fatores pragmáticos do texto, sendo ele:
a) a intencionalidade, considerando que o deslize cometido pela personagem foi proposital.
b) a informatividade, pois a personagem desconhece a figura de um pássaro, assim como desconhece o símbolo da rede social mencionada.
c) a situacionalidade, já que a situação comunicativa permite facilmente que um pássaro seja confundido com o símbolo de uma conhecida rede social.
d) a informatividade, uma vez que o humor decorre do fato de que ele não conhece o pássaro e faz referência ao símbolo do Twitter devido ao seu desconhecimento de mundo e conhecimento de mídias sociais.
e) a intertextualidade, visto que a personagem propositalmente menciona a rede social Twitter com a única intenção de que o diálogo entre os textos desperte o humor na narrativa.
5-ABL lança novo concurso cultural:
“Conte o conto sem aumentar um ponto”
Em razão da grande repercussão do concurso de Microcontos do Twitter da ABL, o Abletras, a Academia Brasileira de Letras, lançou, no dia do seu aniversário de 113 anos, um novo concurso cultural intitulado “Conte o conto sem aumentar um ponto”, baseado na obra A cartomante, de Machado de Assis. “Conte o conto sem aumentar um ponto” tem como objetivo dar um final distinto do original ao conto A cartomante de Machado de Assis, utilizando-se o mesmo número de caracteres – ou inferior – que Machado concluiu seu trabalho, ou seja, 1 778 caracteres.
Vale ressaltar que, para participar do concurso, o concorrente deverá ser seguidor do Twitter da ABL, o Abletras. Disponível em: www.academia.org.br. Acessado em: 18 out. 2019 (adaptado).
O Twitter é reconhecido por promover o compartilhamento de textos. Nessa notícia, essa rede social foi utilizada como veículo/suporte para um concurso literário por causa do(a):
a) limite predeterminado de extensão do texto.
b) interesse pela participação de jovens.
c) atualidade do enredo proposto.
d) fidelidade a fatos cotidianos.
e) dinâmica da sequência narrativa.
 6-O que é música?
A pergunta “o que é música” tem sido alvo de discussão há décadas. Alguns autores defendem que música é a combinação de sons e silêncios de uma maneira organizada. Vamos explicar: um ruído de rádio emite sons, mas não de uma forma organizada, por isso não é classificado como música. Essa definição parece simples e completa, mas definir música não é algo tão óbvio assim. Podemos classificar um alarme de carro como música? Ele emite sons e silêncios de uma maneira organizada, mas garanto que a maioria das pessoas não chamaria esse som de música.
Disponível em: <https://www.descomplicandoamusica.com/o-que-e-musica/>. Acesso em 23 jul. 2021.
O fragmento define o que é a música de forma simplificada. Como estratégia de construção do texto, o autor faz uso recorrente de:
a) enumerações para sustentar o ponto de vista apresentado.
b) exemplificações para ilustrar a distinção entre a música e outros sons cotidianos.
c) generalizações para sintetizar as diversas percepções sobre o que é a música.
d) adjetivações para descrever os tipos de música.
e) sinonímias para retomar as características das obras musicais.
7-Chiquito tinha quase trinta quando conheceu Mariana num baile de casamento na Forquilha, onde moravam uns parentes dele. Por lá foi ficando, remanchando. Fez mal à moça, como costumavam dizer, tiveram de casar às pressas. Morou uns tempos com o sogro, descombinaram. Foi só conta de colher o milho e vender. Mudou pra casa do velho Chico Lourenço [seu pai]. Fumaça própria só viu subir um par de anos depois, quando o pai repartiu as terras. De tão parecidos, pai e filho nunca combinaram direito. Cada qual mais topetudo, muitas vezes dona Aparecida ouvia o marido reclamar da natureza forte do filho. Ela escutava com paciência e respondia dum jeito sempre igual:
— “Quem herda, não rouba”.
Vinha um brilho nos olhos, o velho se acalmava.
ROMANO, O. Casos de Minas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Os ditados populares são frases de sabedoria criadas pelo povo, utilizadas em várias situações da vida. Nesse texto, a personagem emprega um ditado popular com a intenção de:
a) criticar a natureza forte do filho.
b) justificar o gênio difícil de Chiquito.
c) legitimar o direito do filho à herança.
d) conter o ânimo violento de Chico Lourenço.
e) condenar a agressividade do marido contra o filho.
8-A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas. Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-mail. O pai era uma onça. A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão. E pinchava a pedra no quintal da casa dela. Se a namorada respondesse pela mesma pedra era uma glória! Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira. E então era agonia. No tempo do onça era assim.
BARROS, Manoel de. Texto extraído do livro “Tratado geral das grandezas do ínfimo”, Editora Record – Rio de Janeiro, 2001, pág. 17.
Nesse texto, a mobilização do uso padrão das formas verbais:
a) está a serviço do projeto literário, auxiliando na distinção das ações de um e de outro personagem.
b) auxilia na caracterização do tempo, do espaço e dos personagens da narrativa.
c) alterna os tempos da narrativa, fazendo progredir as ideias do texto.
d) ajuda a localizar o enredo em um tempo ora mais, ora menos distante do presente. 
e) traduz a reminiscência de fatos passados que ficaram registrados na vida íntima do narrador.
9-
Disponível em: http://arquivo-x.webnode.com. Acesso em: 5 dez. 2012.
Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, recorrendo à estratégia argumentativa de:
a) mostrar que um bom trabalho como pai implica a valorização por parte do filho.
b) apelar para a necessidade que o pai demonstra de ser bem-visto pela família.
c) explorar a preocupação do pai com a própria imagem e popularidade.
d) atribuir seu ponto de vista a terceiros para respaldar suas intenções.
e) gerar um conflito entre a solicitação da mãe e os interesses do pai.
10-Você recebe uma mensagem no celular, lê integralmente ou parte dela e a repassa, sem ter sequer o cuidado de checar se é verdadeira? Então, fique atento, porque você pode estar ajudando a propagar uma fake news. A expressão, em inglês, significa notícia falsa e já tomou conta do vocabulário brasileiro. Aliás, as “fake news” ultrapassaram as fronteiras do uso de termos estrangeiros e passaram a fazer parte, também, da rotina do brasileiro, seja na propagação ou na reparação delas. A justificativa do professor José Eduardo de Santana Macêdo, doutor em Direito Político e Econômico e mestre em Direito Constitucional, é de que a sociedade moderna goza de um privilégio totalmente inexistente no passado, o do acesso ilimitado à informação. Mas, claramente, não tem sabido lidar com esse privilégio. “No que antes se dependia do jornal impresso ou de informações divulgadas pelas ondas do rádio e da televisão, esses meios praticamente sucumbiram como fonte de notícias e estão se reinventado para não se tornarem obsoletos”, ressalta Eduardo Macêdo.
Disponível em: <http://jlpolitica.com.br/reportagem-especial/fake-news-viraram-estrategia-politica>.
O texto expõe a preocupação de um professor ligado à área do Direito sobre o compartilhamento de conteúdos falsos impulsionado pelo(a):
a) acesso facilitado e irrefletido às informações no ambiente digital.
b) displicência natural das pessoas que navegam pela internet.
c) obsolescência dos meios de veiculação de notícias como rádio e televisão.
d) impossibilidadede identificação da origem dos textos.
e) disseminação de ações criminosas na internet.
11-A ciência do Homem-Aranha
Muitos dos superpoderes do querido Homem-Aranha de fato se assemelham às habilidades biológicas das aranhas e são objeto de estudo para produção de novos materiais.
O “sentido-aranha” adquirido por Peter Parker funciona quase como um sexto sentido, uma espécie de habilidade premonitória e, por isso, soa como um mero elemento ficcional. No entanto, as aranhas realmente têm um sentido mais aguçado. Na verdade, elas têm um dos sistemas sensoriais mais impressionantes da natureza.
Os pelos sensoriais das aranhas, que estão espalhados por todo o corpo, funcionam como uma forma muito boa de perceber o mundo e captar informações do ambiente. Em muitas espécies, esse tato por meio dos pelos tem papel mais importante que a própria visão, uma vez que muitas aranhas conseguem prender e atacar suas presas na completa escuridão. E por que os pelos humanos não são tão eficientes como órgãos sensoriais como os das aranhas? Primeiro, porque um ser humano tem em média 60 fios de pelo em cada cm² do corpo, enquanto algumas espécies de aranha podem chegar a ter 40 mil pelos por cm²; segundo, porque cada pelo das aranhas possui até 3 nervos para fazer a comunicação entre a sensação percebida e o cérebro, enquanto nós, seres humanos, temos apenas 1 nervo por pelo. Disponível em: http://cienciahoje.org.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
Como estratégia de progressão textual, o autor simula uma interlocução com o público leitor ao recorrer à:
a) revelação do “sentido-aranha” adquirido pelo super-herói como um sexto sentido.
b) caracterização do afeto do público pelo super-herói marcado pela palavra “querido”.
c) comparação entre os poderes do super-herói e as habilidades biológicas das aranhas.
d) pergunta retórica na introdução das causas da eficiência do sistema sensorial das aranhas.
e) comprovação das diferenças entre a constituição física do homem e da aranha por meio de dados numéricos.
12-Meninos Carvoeiros
Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
— Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.
(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.)
— Eh, carvoero!
Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles ...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!
—Eh, carvoero!
Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados.
BANDEIRA, Manuel. Meninos Carvoeiros. Petrópolis, 1921.
No poema de Manuel Bandeira, há uma crítica:
a) ao abandono infantil, visto que muitos pais se colocam em posição distante na criação dos filhos.
b) à violência contra crianças, que são vulneráveis à exploração de adultos quando não há políticas públicas de proteção.
c) ao trabalho precoce, que degrada a infância de muitas crianças vítimas da pobreza social.
d) à desnutrição infantil, já que a condição de miséria de muitos infantes desencadeia um quadro grave de fome entre uma parcela da população.
e) à perda da infância, substituída pelo trabalho em carvoarias, contrário aos índices de escolarização.
13-Um amor desse
Era 24 horas lado a lado
Um radar na pele, aquele sentimento alucinado
Coração batia acelerado
Bastava um olhar pra eu entender
Que era hora de me entregar pra você
Palavras não faziam falta mais
Ah, só de lembrar do seu perfume
Que arrepio, que calafrio
Que o meu corpo sente
em que eu queira, eu te apago da minha mente
Ah, esse amor
Deixou marcas no meu corpo
Ah, esse amor
Só de pensar, eu grito, eu quase morro
AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R. Coração pede socorro.
Essa letra de canção foi composta especialmente para uma campanha de combate à violência contra as mulheres, buscando conscientizá-las acerca do limite entre relacionamento amoroso e relacionamento abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na letra é a:
a) revelação da submissão da mulher à situação de violência, que muitas vezes a leva à morte.
b) ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da mulher agredida, que continuamente pede socorro.
c) exploração de situação de duplo sentido, que mostra que a dominação e violência não configuram amor.
d) divulgação da importância de denunciar a violência doméstica, que atinge um grande número de mulheres no país.
e) naturalização de situações opressivas, que fazem parte da vida de mulheres que vivem em uma sociedade patriarcal.
14-
Mafalda é uma personagem criada pelo cartunista argentino Quino (1932-2020), de característica inquieta e contestadora, que procura sempre formas de questionar o mundo à sua volta. Na tira, Mafalda e o pai compreendem a expressão “ano que vem” de maneiras distintas. É possível discriminar os diferentes pontos de vista na fala dos personagens à medida que:
a) o posicionamento questionador de Mafalda destoa-se da alienação representada pela figura do adulto, porque defende um ponto apresentado como certo e indiscutível.
b) a expressão “ano que vem” refere-se abstratamente a um amplo acontecimento futuro e, por isso, Mafalda acredita ser provável a sua ocorrência. 
c) a questão da forma como as crianças entendem a passagem do tempo está relacionada com as experiências reais já vividas, o que dificulta a construção de dimensões temporais que não sejam referentes a um tempo pretérito.
d) o questionamento de Mafalda está baseado na recorrência de respostas inverídicas dadas pelos adultos como forma explícita de desviar-se de situações controversas.
e) Mafalda expressa sua dúvida em relação ao mundo adulto ao achar que não basta dizer “ano que vem”, é preciso comprovar que ele virá mesmo, enquanto seu pai apoia-se na consciência de que o tempo passa naturalmente.
15-O craque crespo
Desde que Neymar despontou no futebol, uma de suas marcas registradas é o cabelo. Sempre com um visual novo a cada campeonato. Mas nesses anos de carreira ainda faltava o ídolo fazer uma aparição nos gramados com seu cabelo crespo natural, que ele assumiu recentemente para a alegria e a autoestima dos meninos cacheados que sonham ser craques um dia.
É difícil assumir os cachos e abandonar a ditadura do alisamento em um mundo onde o cabelo liso é tido como o padrão de beleza ideal. Quando conseguimos fazer a transição capilar, esse gesto nos aproxima da nossa real identidade e nos empodera. Falo por experiência própria. Passei 30 anos usando cabelos lisos e já nem me lembrava de como eram meus fios naturais. Recuperar a textura crespa, para além do cuidado estético, foi um ato político, de aceitação, de autorreconhecimento e de redescoberta da minha negritude.
O discurso dos fios naturais tem ganhado uma representação cada vez mais positiva, valorizando a volta dos cachos sem cair no estereótipo do “exótico”, muito comum no Brasil. O cabelo crespo, definitivamente, não é uma moda passageira. Torço que para Neymar também não seja.
Alexandra Loras é ex-consulesa da França em São Paulo, empresária, consultora de empresas e autora de livros.
LORAS, A. O craque crespo. Disponível em: http://diplomatique.org.br.
Acesso em: 1 set. 2017.
Considerando os procedimentos argumentativos nesse texto, infere-se que o objetivo da autora é:
a) valorizar a atitude do jogador ao aderir à moda dos cabelos crespos.
b) problematizar percepções identitárias sobre padrões de beleza.
c) apresentar as novas tendências da moda para os cabelos.
d) relatar sua experiência de redescoberta de suas origens.
e) evidenciar a influência dos ídolos sobre as crianças.
16-Esse infográfico revela que o BNDES se mobilizará em prol do cumprimento de um dos objetivos da Agenda 2030 da ONU: a universalização do saneamento básico. A leitura dessa representação visual de informações permite afirmar corretamente que, para essa meta seratingida, é indispensável que:
a) o investimento em sistemas de abastecimento de água seja priorizado em relação à ampliação do esgotamento sanitário.
b) as pessoas desprovidas de água tratada e saneamento, de maneira geral, envolvam-se em projetos estruturados pelo BNDES.
c) os investimentos em saneamento básico sejam ampliados para que a meta do Plano Nacional de Saneamento Básico seja cumprida até 2030.
d) a disponibilidade e a gestão sustentável de água e esgoto sejam ampliadas progressivamente em todos os estados brasileiros. 
e) os brasileiros tomem consciência da importância do apoio de instituições bancárias para o acesso aos serviços de saneamento básico.
BRANCO, A. Disponível em: www.oesquema.com.br. Acessado em: 30 jun. 2015 (adaptado).
17-A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e impulsionou a modificação de outros já estabelecidos nas esferas da comunicação e da informação. A principal consequência criticada na tirinha sobre esse processo é a:
a) criação de memes.
b) ampliação da blogosfera.
c) supremacia das ideias cibernéticas.
d) comercialização de pontos de vista.
e) banalização do comércio eletrônico.
18-Alvo de racismo, Webó comemora atitude de jogadores em PSG x Istanbul: "Haverá antes e depois"
Camaronês da comissão técnica da equipe turca, no entanto, reitera que não quer ser lembrado por episódio ocorrido na Liga dos Campeões: "Têm sido os dias mais difíceis da minha carreira"
Autor da acusação de racismo que interrompeu o jogo PSG e Istanbul Basaksehir pela Champions, o camaronês Webó comemorou a atitude dos jogadores das duas equipes. Ex-atacante e auxiliar do time turco, ele sofreu ofensas do quarto árbitro romeno Sebastian Coltescu e contou com a solidariedade de todos os atletas, que se recusaram a seguir a partida. Em entrevista à emissora “BBC”, ele reiterou o marco histórico do ato. “Na minha opinião, há um antes e depois de 8 de dezembro (de 2020). Vai ser lembrado. Nós mostramos que podemos fazer aquilo (abandonar a partida) e vamos fazer. Não é o árbitro que vai parar isso, são os jogadores” — Pierre Webó, à "BBC".
Disponível em: <https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/alvo-de-racismo-webo-comemora-atitude-de-jogadores-em-psg-x-istanbul-havera-antes-e-depois.ghtml>. Acesso em 23 jul. 2021
A notícia de um portal de notícias esportivas aborda a importância da reação dos jogadores contra:
a) o discurso de superioridade baseado na nacionalidade. 
b) a atitude de hostilidade em relação a determinada categoria de pessoas.
c) o abandono de funções desportivas sem o aval dos dirigentes da partida.
d) o tratamento agressivo destinado aos adversários esportivos.
e) o abuso de autoridade dos responsáveis por se fazer cumprir as regras do esporte.
 
 
DAHMER, A. Disponível em: www.malvados.com.br.
19 - Importantes recursos de reflexão e crítica próprios do gênero textual, esses quadrinhos possibilitam pensar sobre o papel da tecnologia nas sociedades contemporâneas, pois:
a) indicam a solidão existencial dos usuários das redes sociais virtuais.
b) criticam a superficialidade das relações humanas mantidas pela internet.
c) retratam a dificuldade de adaptação de pessoas mais velhas às relações virtuais.
d) ironizam o crescimento da conexão virtual oposto à falta de vínculos reais entre as pessoas.
e) denunciam o enfraquecimento das relações humanas nos mundos virtual e real contemporâneos.
20-Um daltônico sonha com cores que não vê?
Não. Não dá para sonhar com um tipo de luz que seu cérebro nunca processou – vide o fato de que nenhum humano vê ultravioleta em seus sonhos.
Não. O daltonismo é uma condição genética hereditária. O daltônico nasce com a condição e nunca viu certas cores que a maioria das pessoas enxerga – por isso, não tem a mesma referência de mundo que os não daltônicos. Não se pode sonhar com algo que seu cérebro nunca processou.
As cores são ondas eletromagnéticas (luz) de diferentes comprimentos. Percebemos essas ondas graças a células nas retinas chamadas cones. São três tipos: um detecta os comprimentos de onda puxados para o vermelho, outro se dedica à região verde, e um terceiro é responsável pelo azul. Juntos, eles dão conta de todas as cores que conseguimos ver – o espectro visível.
Os daltônicos possuem deficiências nesses cones, que variam de acordo com diferentes tipos e graus de daltonismo. Não é como se eles vissem uma mancha preta no lugar do verde, do vermelho ou do azul. Eles continuam vendo algum tipo de cor ali, mesmo que seja um tom amarronzado.
Disponível em: <https://super.abril.com.br/blog/oraculo/um-daltonico-sonha-com-cores-que-nao-ve/>. Acesso em 23 jul. 2023.  
Nesse texto, a autora chama a atenção dos leitores e tem a intenção de:
a) evidenciar uma descoberta científica que comprova a manifestação de cores entre indivíduos com particularidades genéticas.
b) resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe evidências de como as cores são processadas pelos seres humanos.
c) sintetizar a ideia de que as cores são detectadas a partir de ondas eletromagnéticas que se transformam em um espectro visível.
d) destacar a experiência que confirma uma investigação sobre a forma como os daltônicos processam cores diferentes em seu cérebro.
e) condensar a conclusão de que as cores são vistas de maneiras distintas por cada um dos indivíduos.
INFORAMAÇÕES EXPLÍCITAS E IMPLÍCITAS DO TEXTO
As informações explícitas são aquelas manifestadas pelo autor no próprio texto, isto é, elas aparecem na superfície do texto. Desse modo, não é preciso que o leitor faça muitas reflexões, ou que leve muito tempo para notá-las, pois as informações estão escritas, nítidas, claras, objetivas. As informações implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas podem ser subentendidas.
Observe o poema a seguir.
Minha sombra
De manhã
a minha sombra
Com meu papagaio e o meu macaco
Começam a me arremedar.
E quando saio
A minha sombra vai comigo
Fazendo o que eu faço
Seguindo os meus passos.
Depois é meio-dia.
E a minha sombra fica do tamaninho
De quando eu era menino.
Depois é tardinha.
E a minha sombra tão comprida
Brinca de pernas de pau.
Minha sombra , eu só queria
Ter o humor que você tem,
Ter a sua meninice,
Ser igualzinho a você.
E de noite quando escrevo,
Fazer como você faz,
Como eu fazia em criança:
Minha sombra
Você põe a sua mão
Por baixo da minha mão,
Vai cobrindo o rascunho dos meus poemas
Se saber ler e escrever.
LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958
De acordo com o texto, a sombra imita o menino
(A) de manhã.
(B) ao meio-dia.
(C) à tardinha.
(D) à noite.
O Homem que entrou pelo cano
      Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira. 
      Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante. 
      No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”. Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto. 
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.
O conto cria uma expectativa no leitor pela situação incomum criada pelo enredo. O resultado não foi o esperado porque
(A) a menina agiu como se fosse um fato normal. 
(B) o homem demonstrou pouco interesse em sair do cano. 
(C) as engrenagens da tubulação não funcionaram. 
(D) a mãe não manifestou nenhum interesse pelo fato.
Exercícios sobre intertextualidade explícita e implícita
A intertextualidade pode ser encontrada nos diversos gêneros textuais, inclusive nas HQs.
O cartum Vida de Passarinho, do cartunistaCaulos, estabelece um interessante diálogo com um famoso texto-fonte de nossa literatura. Assinale a alternativa que cita esse texto-fonte:
a) Canção do exílio, de Gonçalves Dias.
b) Erro de português, de Oswald de Andrade.
c) No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade.
e) Não há vagas, de Ferreira Gullar.
d) José, de Carlos Drummond de Andrade.
(UEL)
Disponível em Super Interessante. Acesso em 10 out. 2014
O gordo é o novo fumante
Nunca houve tanta gente acima do peso – nem tanto preconceito contra gordos.
De um lado, o que há por trás é uma positiva discussão sobre saúde. Por outro, algo de podre: o nascimento de uma nova eugenia.
Em relação ao texto, considere as afirmativas a seguir:
I. O código não verbal, principalmente no que se refere ao segundo desenho, revela o discurso preconceituoso e, consequentemente, um aspecto ideológico.
II. O sentido de proibição é captado por meio da intertextualidade estabelecida entre os códigos não verbais a qual, por sua vez, revela aspectos ligados ao gênero do humor.
III. O conteúdo expresso na placa revela que, futuramente, indivíduos obesos sofrerão ainda mais discriminação social.
IV. O efeito de sentido expresso pelo conteúdo não verbal serve para reforçar o caráter polissêmico da placa.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
MAIS INTERPRETAÇÃO:
1. Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero […].
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.
ASSIS, M. A causa secreta, Disponível em: www.dominimopublico.gov.br Acesso em: 9 out. 2015.
No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O que singulariza esse procedimento narrativo é o registro do(a)
A. Indignação face à suspeita do adultério da esposa.
B. Tristeza compartilhada pela perda da mulher amada.
C. Espanto diante da demonstração de afeto de Garcia.
D. Prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio.
E. Superação do ciúme pela comoção decorrente da morte.
2. TEXTO I
Terezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão
Acudiu três cavalheiros
Todos os três de chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo, seu irmão
O terceiro foi aquele
A quem Tereza deu a mão
Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado).
TEXTO II
Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida.
Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012.
O comentário do texto II sobre o texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados contextos,
A. Assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente.
B. Mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais.
C. Conserva a influência religiosa sobre certas culturas.
D. Preserva a diversidade cultural e comportamental.
E. Reforça comportamentos e padrões culturais.
6. A ascensão social por meio do esporte mexe com o imaginário das pessoas, pois em poucos anos um adolescente pode se tornar milionário caso tenha um bom desempenho esportivo. Muitos meninos de famílias pobres jogam com o objetivo de conseguir dinheiro para oferecer uma boa qualidade de vida à família. Isso aproximou mais ainda o futebol das camadas mais pobres da sociedade, tornando-o cada vez mais popular.
Acontece que esses jovens sonham com fama e dinheiro, enxergando no futebol o único caminho possível para o sucesso. No entanto, eles não sabem da grande dificuldade que existe no início dessa jornada em que a minoria alcança a carreira profissional. Esses garotos abandonam a escola pela ilusão de vencer no futebol, à qual a maioria sucumbe.
O caminho até o profissionalismo acontece por meio de um longo processo seletivo que os jovens têm de percorrer. Caso não seja selecionado, esse atleta poderá ter que abandonar a carreira involuntariamente por falta de uma equipe que o acolha. Alguns podem acabar em subempregos, à margem da sociedade, ou até mesmo em vícios de correntes dese fracasso e dessa desilusão. Isso acontece porque no auge da sua formação escolar e na Condição juvenil de desenvolvimento, eles não se preparam e não são devidamente orientados para buscar alternativas de experiências mais amplas de ocupação fora e além do futebol.
BALZANO, O N MORAIS, J. S. A formação do jogador de futebol e sua relação Com a escola EFDeportes, n. 172, set 2012 (adaptado)
Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jovens depositarem suas esperanças de futuro no futebol, o texto critica o(a)
A. Despreparo dos jogadores de futebol para ajudarem suas famílias a superar a miséria.
B. Garantia de ascensão social dos jovens pela carreira de jogador de futebol.
C. Falta de investimento dos clubes para que os atletas possam atuar profissionalmente e viver do futebol.
D. Investimento reduzido dos atletas profissionais em sua formação escolar, gerando frustração e desilusão profissional no esporte.
E. Despreocupação dos sujeitos com uma formação paralela à esportiva, para habilitá-los a atuar em Outros setores da vida.
8. E aqui, antes de continuar este espetáculo, e necessário que façamos uma advertência a todos e a cada um. Neste momento, achamos fundamental que cada um tome uma posição definida. Sem que cada um tome uma posição definida, não é possível continuarmos. É fundamental que cada um tome uma posição, seja para a esquerda, seja para a direita. Admitimos mesmo que alguns tomem uma posição neutra, fiquem de braços cruzados. Mas é preciso que cada um, uma vez tomada sua posição, fique nela! Porque senão, companheiros, as cadeiras do teatro rangem muito e ninguém ouve nada.
FERNANDES, M.; RANGEL, F. Liberdade, liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2009,
A peça Liberdade, liberdade, encenada em 1964, apresenta o impasse vivido pela sociedade brasileira em face do regime vigente. Esse impasse é representado no fragmento pelo(a)
A. Barulho excessivo produzido pelo ranger das cadeiras do teatro.
B. Indicação da neutralidade como a melhor opção ideológica naquele momento.
C. Constatação da censura em função do engajamento social do texto dramático.
D. Correlação entre o alinhamento politico e a posição corporal dos espectadores.
E. Interrupção do espetáculo em virtude do comportamento inadequado do público.
13. Naquela manhã de céu limpo e ar leve, devido à chuva torrencial da noite anterior, saí a caminhar com o sol ainda escondido para tomar tenência dos primeiros movimentos da vida na roça. Num demorou nem um tiquinho e o cheiro intenso do café passado por Dona Linda me invadiu as narinas e fez a fome se acordar daquela rema letárgica derivada da longa noite de sono. Levei as mãos até a água que corria pela bica feita de bambu e o contato gelado foi de arrepiar. Mas fui em frente e levei as mãos em concha até o rosto. Com o impacto, recuei e me faltou o fôlego por alguns instantes, mas o despertar foi imediato. Já aceso, entrei na cozinha na buscação de derrubara fome e me acercar do aconchego do calor do fogão à lenha. Foi quando dei reparo da figura esguia e discreta de uma senhora acompanhada de um garoto aparentando uns cinco anos de idade já aboletada na ponta da mesa em proseio íntimo com a dona da casa. Depois de um vigoroso “Bom dia!”, de um vaporoso aperto de mãos nas apresentações de praxe, fiquei sabendo que Dona Flor de Maio levava o filho Adão para tratamento das feridas que pipocavam por seu corpo, provocando pequenas pústulas de bordas avermelhadas.
GUIÂO, M. Disponível em: www.revistaecologico.com.br. Acesso em: 10 mar. 2014 (adaptado)
A variedade linguística da narrativa é adequada à descrição dos fatos. Por isso, a escolha de determinadas palavras e expressões usadas no texto está a serviço da
A. Localização dos eventos de fala no tempo ficcional
B. Composição da verossimilhança do ambiente retratado.
C. Restrição do papel do narrador à observação das cenas relatadas.
D. Construção mística das personagens femininas pelo autor do texto.
E. Caracterização das preferências linguísticas da personagem masculina.
15. A lavadeira começou a viver como uma serviçal que impõe respeito e não mais como escrava. Mas essa regalia súbita foi efêmera. Meus irmãos, nos frequentes deslizes que adulteravam este novo relacionamento, eram dardejados pelo olhar severo de Emilie; eles nunca suportaram de bom grado que uma índia passasse a comer na mesa da sala, usando os mesmos talheres e pratos, e comprimindo com os lábios o mesmo cristal dos copos e a mesma porcelana das xícaras de café. Uma espécie de asco e repulsa tingia-lhes o rosto, já não comiam com a mesma saciedade e recusavam-se a elogiar os pastéis de picadinho de carneiro, os folheados de nata e tâmara, e o arroz com amêndoas, dourado, exalando um cheiro de cebola tostada. Aquela mulher, sentada e muda, com o rosto rastreado de rugas, era capaz de tirar o sabor e o odor dos alimentos e de suprimir a voz e o gesto como se o seu silêncio ou a sua presença que era só silêncio impedisse o outro de viver.
HATOUM, M. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
Ao apresentar uma situação de tensão em família, o narrador destila, nesse fragmento, uma percepção das relações humanas e sociais demarcada pelo
A. Predomínio dos estigmas de classe e de raça sobre a intimidade da convivência.
B. Discurso da manutenção de uma ética doméstica contra a subversão dos valores.
C. Desejo de superação do passado de escassez em prol do presente de abastança.
D. Sentimento de insubordinação à autoridade representada pela matriarca da família.
E. Rancor com a ingratidão e a hipocrisia geradas pelas mudanças nas regras da casa.
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