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IC DESCOMPENSADA NA EMERGÊNCIA · Dx clínico superior aos exames, principalmente o perfil clínico do paciente · Principal causa de internação cardiovascular no Brasil Causas de IC descompensada: Apresentação: · IC descompensada: mais comum · Edema agudo de pulmão: mais abrupto · Choque cardiogênico IC DESCOMPENSADA: · IC nova ou crônica agudizada · 50-70% (maioria dos casos) · Geralmente leve congestão pulmonar · Quadro gradual, com retenção progressiva de líquido e congestão sistêmica · Sintomas clássicos: dispneia, edema de MMII, desconforto abdominal (congestão hepática com distensão da cápsula hepática) EDEMA AGUDO DE PULMÃO: · Início rápido dos sintomas · Frequentemente com PAS > 180 mmHg · Sintomas importantes: dispneia, mais desconforto respiratório e taquipneia - incapacidade do diafragma, com alvéolos cheios de sangue · Marcado por hipoxemia · Ausculta pulmonar alterada: crepitação e roncos - broncoespasmos CHOQUE CARDIOGÊNICO · Falha da perfusão sistêmica · Fadiga e alteração do status mental (desorientação e RNC) · Disfunção renal (oligúria, diminuição da diurese, aumento de ureia e creatinina) e de outros sistemas · Hepatite isquêmica Parâmetros que são avaliados: · Avaliados na anamnese e no exame físico: CONGESTÃO e PERFUSÃO · Congestão: congestão pulmonar, ortopneia/ DPN, dilatação venosa jugular/RHJ (refluxo hepato jugular → quando faz compressão do HD piora a turgência jugular), hepatomegalia congestiva, ascite e edema bilateral periférico (IC direita) · Perfusão: extremidades frias e pegajosas, oligúria, confusão mental, tontura e achatamento da pressão de pulso (pico PAS e PAD próximas) Critérios de Framingham para avaliação diagnóstica: Classificação NYHA: Identificação de congestão e baixo débito: Sinais e sintomas de congestão: dispneia progressiva aos esforços, DPN, ortopneia, taquipneia (FR > 22 irpm), esforço respiratório, edema pulmonar agudo, turgência jugular a 45°, refluxo hepatojugular, galope da B3, estertores pulmonares crepitantes, edema de membros inferiores, ascite, cardiomegalia ao raio X de tórax, hipertensão venocapilar ou derrame pleural ao raio X de tórax. Sinais e sintomas de baixo DC: PAS < 90 mmHg, PAS < 100 mmHg em paciente previamente hipertenso, fadiga, extremidades frias com perfusão reduzida, sudorese fria, pressão arterial com largura de pulso < 25%, desorientação, lactato elevado Classificação de Stevenson: · Com base nos sintomas de congestão e perfusão · Mais comum é o perfil B (perfundido, mas congesto) e L menos comum Tratamento: Perfil A: quente e seco → otimizar medicações com impacto em morbimortalidade e dx diferencial (IECA, BRA, INRA, BB, iSGLT2, etc) Perfil B: quente e úmido → diurético e vasodilatador Vasodilatadores: represar o sangue na veia cava, diminuindo congestão, com ação em 10-15min · 1a linha em pacientes sem hipotensão com diuréticos · EV Nitroglicerina (tridil), Nitroprussiato (Nipride) NITROGLICERINA: · 1 ampola 50mg/10ml, diluído em soro glicosado 5% 250ml. Dose 5 a 20 mcg/min. Aumentar 5 mcg/min a cada 3 a 5 minutos · Dilatação arterial e venosa, sendo a venosa mais intensa, assim a pré carga é diminuída · Efeito colateral mais comum é cefaleia NITROPRUSSIATO · Uso prolongado pode causar risco de intoxicação por cianeto · Faz uma vasodilatação arterial mais proeminente, diminui mais a pós carga · Facilita o trabalho do coração esquerdo, porque a vasodilatação diminui a pós carga, e isso aumenta a pressão VO/ SL: dinitrato de isossorbida, mononitrato de isossorbida Diuréticos: 1a linha no tratamento de volume · Opções: diurético de alça (furosemida, bumetanida) · O paciente congesto tem redução da absorção das alças intestinais por causa de edema, então se fizer VO tem absorção reduzida, por isso é preferível fazer EV. · Pode levar a excreção de 25% do Na filtrado · Diuréticos de alça: dose inicial varia se o paciente já usou o remédio, caso nunca tenha usado, iniciar com uma dose mais baixa. Tem que dobrar a dose se for inefetivo ou pensar em resistência à diurético (2,5x a dose ambulatorial) · Se houver resistência ao uso do diurético, principalmente pacientes que já fazem uso, porque podem ter hipertrofia e hiperplasia das células do túbulo distal, é associado tiazídico Hidroclorotiazida, Clortalidona). Nesse caso, cuidar com hipotensão, DHE e insuficiência renal · Lembrar que muito diurético pode fazer hipocalemia EDEMA AGUDO DE PULMÃO E QUENTE E ÚMIDO · Catastrófico · Tratamento com diurético e vasodilatador · Descobrir a causa é essencial!! · Necessidade de oxigênio · Não usar morfina Perfil C: frio e úmido · Administrar INOTRÓPICOS com ação beta- adrenérgica · Células do miocárdio precisam contrair com mais eficiência · Não é indicado uso de vasodilatadores e diuréticos de início DOBUTAMINA · Mais usado no Brasil · Pode ser associado à noradrenalina se choque cardiogênico DOPAMINA · Precursor da NA · É um inotrópico positivo e vasopressor · Dose menor que 3mcg: ativa receptor dopaminérgico D1 · Dose entre 3-10mcg: ativa receptores beta- adrenérgicos · Dose entre 10-20mcg: ativa receptores alfa- adrenérgicos · Efeitos colaterais: taquicardia, ectopias, angina, náuseas e vômitos Outros: milrinone e levosimendan · Usar vasodilatador se a pressão estiver adequada, mas o principal é usar inotrópico · Não pode começar com dobutamina em paciente hipotenso (PAS < 70): considerar vasoconstritor Perfil L: frio e seco · Paciente desidratador · Tratamento com hidratação cautelosa, considerar inotrópico e vasopressor (SF 0,9% 250 mL) · Reavaliando a todo momento · Considerar inotrópico e vasopressor · Não faz vasodilatador (já está com má perfusão) Euvolêmico - mantém baixo débito? image6.png image7.png image1.png image3.png image9.png image10.png image8.png image2.png image5.png image4.png