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Casos Concetos 1 ao 16 - Direito Processual Penal 2 (1) (1)-1-12-2

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“O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de
diploma de curso superior.
§ 1.º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica
relacionada com a natureza do exame.”
A inovação legislativa dispensou a antiga exigência de dois peritos no mínimo para a produção do laudo
pericial, pois, com a alteração na redação do art. 159, caput, basta agora que a perícia seja realizada por
"perito oficial".
Tendo sido a expressão empregada no singular, resta clara a intenção do legislador de se contentar,
de agora em diante, com a perícia realizada por apenas um perito. Nesse contexto, passa a ser regra o que
era exceção.
Exercício Suplementar.
(Ministério Público – BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que:
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham desaparecidos
os vestígios do crime;
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de Direito, fundado
no exame das provas em conjunto;
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou
modifiquem;
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas pela parte
interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão prestar compromisso legal;
Xe) Todas as afirmativas estão incorretas.
DIREITO PROCESSUAL PENAL 2.
CASO CONCRETO 3.
Mévio Araújo foi denunciado por crime de apropriação indébita de um computador de que tinha
a precedente posse. No curso da instrução, restou provado que o computador pertencia a uma entidade
central de direito público e que Mévio desempenhava função por delegação do poder público. A partir daí, o
magistrado entendeu de sentenciar, com adoção do artigo 383, do CPP, concluindo por condenar Mévio nas
penas do artigo 312 c/c art. 327, CP. Inconformada, a defesa interpôs recurso de apelação sustentando a
violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5, LIV e LV da
CF). Com base nisto, responda: O recurso da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua
resposta.
Resposta: Sim o recurso da defesa deve ser considerado procedente visto que no caso ocorre “mutatio
libelle” pois há alteração/adição de fatos. De acordo com art. 384, CPP, ele deveria ter remetido ao MP
para o aditamento da denúncia e depois abertura de prazo a defesa, para, assim proferir sentença. Neste
caso houve então a violação dos princípios de ampla defesa, devido processo legal e correlação.
Exercício Suplementar.
(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta:
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem julgamento do
mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que
recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva;
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, pois as primeiras
servem para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo
trancar a relação processual. Enquanto que as decisões interlocutórias simples trancam a relação processual
sem julgar o meritum causae;

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