Buscar

Farmacologia dos Processos Infecciosos

Prévia do material em texto

Feira de Santana – BA
2024
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE EXCELÊNCIA - UNEX
DEPARTAMENTO DE SAÚDE
CURSO: FARMÁCIA
FARMACOLOGIA CLÍNICA
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
Moysés Fagundes de Araujo Neto
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
DEFINIÇÕES
QUIMIOTERÁPICO
Composto sintético capaz de destruir agentes infecciosos
ANTIBIÓTICO
Substâncias produzidas por microorganismos que matam ou inibem o crescimento de outros microrganismos
BACTEIOSTÁTICO
BACTERICIDA
2
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
AGENTES ANTIMICROBIANOS
FÍSICOS
QUÍMICOS
Os agentes antimicrobianos físicos e químicos promovem:
Esterilização (inativação total ou remoção total) = Conceito Absoluto;
 
Inativação ou eliminação parcial dos microrganismos.
AGENTES FÍSICOS
Radiação ionizantes – Rx e UV, temperaturas
AGENTES QUÍMICOS
Esterilizantes
Desinfetantes e antissépticos
Antibióticos
3
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
ANTIBIÓTICOS
A.Fleming
 manuscritos de Fleming 
4
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
ANTIBIÓTICOS
- 1929: Fleming descobre a penicilina 
- 1940: Florey e Chain conseguem a produção da penicilina
5
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
ANTIBIÓTICOS
Os Antibióticos são produzidos por microrganismos:
70%: por bactérias do gênero Streptomyces,
20%: por fungos filamentosos Penicillium e Cephalosporium
- 10%: Outras bactérias e outros fungos
Estreptomicina
Penicilina
Cefalosporinas
6
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
PROPRIEDADES IDEAIS
1. TOXICIDADE SELETIVA 
2. Permanecer ativo na presença de plasma, sangue e fluidos
3. Atingir rapidamente a concentração inibitória mantendo-se ativo por período prolongado
4. Ação preferencialmente BACTERICIDA ou BACTERIOSTÁTICA ?
5. Não ser alergênico ou produzir efeitos colaterais
6. Não propiciar o surgimento de linhagens resistentes
7
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
TIPOS DE ANTIMICROBIANOS x ESPECTRO DE AÇÃO
8
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
BASTÉRIAS GRAM POSITIVAS
9
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
BASTÉRIAS GRAM NEGATIVAS
10
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
11
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
LOCAL DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS
12
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS PELO MECANISMO DE AÇÃO
1. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PAREDE CELULAR
	- B Lactâmicos: - Penicilinas – Ex. Amoxacilina, Ampicilina
 - Cefalosporinas – Ex. : Cefepima
		 - Carbapenenos e Monobactâmicos 
2. ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DA MEMBRANA CELULAR
	- Polimixinas (A-E): Colistina
	- Polienos (Anfotericina B, Nistatina) 
3. INIBIÇÃO DA SÍNTESE PROTEÍCA
	 - 30s: Aminoglicosídeos – Gentamicina
 - 50s: Cloranfenicol e eritromicina
	
4. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLÉICOS
	Síntese de DNA: Quinolônicos Ex.: Ciprofloxacina
	Síntese de RNA: Rifampicina
5. ALTERAÇÕES NO METABOLISMO BACTERICANO
	Sulfas, Ex. Sufonamida
	Trimetoprim
	Isoniazida
13
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
INIBIDORES DA SÍNTESE DE PAREDE CELULAR
14
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
ESPECTRO DE AÇÃO - PENICILINAS
15
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
INDICAÇÕES CLÍNICAS - PENICILINAS
Meningite bacteriana
Benzilpenicilina – Benzetacil
Faringite
fenoximetilpenicilina – Pen-V-oral
Infecções das vias urinárias
amoxicilina – Amoxil
Síflis
Penicilina procaína – Despacilina
Infecções por Pseudomonas aeruginosa
piperacilina – Tazocin
16
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
ESTABILIDADE - PENICILINAS
17
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
PENICILINAS NÃO RESISTENTES À BETA-LACTAMASES
18
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
PENICILINAS RESISTENTES À BETA-LACTAMASES
19
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
CEFALOSPORINAS
20
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
INDICAÇÕES CLÍNICAS - CEFALOSPORINAS
Septicemia
Cefotaxima
Infecções das vias aéreas superiores
Cefalexina
Meningite e Pneumonia
Ceftriaxona
Sinusite
Cefadroxila
Infecções das vias urinárias durante a gravidez
21
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
CLASSIFICAÇÃO - CEFALOSPORINAS
22
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
VANTAGENS TERAPÊUTICAS
23
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
OUTROS B LACTÂMICOS
Os carbapenemos são antimicrobianos β-lactâmicos sintéticos cuja estrutura difere das penicilinas, porque o átomo de enxofre do anel tiazolidínico foi externalizado e substituído por carbono.
Imipeném, meropeném, doripeném e ertapeném são os fármacos desse grupo disponíveis atualmente.
Os monobactamos, que também desorganizam a síntese da parede celular bacteriana, são singulares, pois o anel β- lactâmico não está fundido com outro anel.
O aztreonam, que é o único monobactamo disponível comercialmente, tem atividade antimicrobiana, principalmente contra patógenos gram-negativos e não tem atividade contra gram- po- sitivos e anaeróbios.
24
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
EFEITOS ADVERSOS
25
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA
A bactéria precisa realizar síntese de proteínas.
É feita por Ribossomos.
Diferenças estruturais entre os ribossomos humanos e bacterianos (bacterianos são compostos de subunidades 30S e 50S e os mamíferos tem subunidades 40S e 60S).
Decodificação exata do RNAm
Ligações peptídicas
26
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
Tratamento	de 	 infeccõeş graves decorrentes de bacilos gram negativos
Utilidade clínica é limitada por graves toxicidades.
São derivados de Streptomyces sp. ou
Micromonospora sp.
São eficazes contra a maioria dos bacilos aeróbicos gram-negativos, incluindo os que podem ser resistentes a múltiplos fármacos, como Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter sp.
27
AMINOGLICOSÍDEOS
27
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
AMINOGLICOSÍDEOS
28
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
AMINOGLICOSÍDEOS
	Aminoglicosídeos são associados, com frequência, a antimicrobianos β-lactâmicos para obter efeito sinérgico, particularmente no tratamento de endocardite infecciosa por Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium.
29
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
TETRACICLINAS
Elas	se	ligam	reversivelmente	à
subunidade 30S do ribossoma bacteriano.
E impede que o RNA transportador (RNAt) se ligue ao complexo RNA mensageiro (RNAm)-ribossoma.
São bacteriostáticos eficazes contra uma ampla variedade de microrganismos, incluindo bactérias gram-positivas e gram-negativas, protozoários, espiroquetas, micobactérias e espécies atípicas
30
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
TETRACICLINAS
EFEITOS ADVERSOS
31
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
MACROLÍDEOS
Eles se ligam irreversivelmente a um local na subunidade 50s
do ribossomo bacteriano, inibindo, assim, a etapa de translocação
Na síntese de proteínas
Eles também podem interferir em outras etapas, como a transpeptização.
Geralmente considerados bacteriostáticos, mas podem ser bactericidas em dosagens mais elevadas;
Cetolídeos e macrolídeos têm cobertura antimicrobiana similar. Contudo, os cetolídeos são
ativos contra várias cepas gram-positivas resistentes a macrolídeos.
32
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
MACROLÍDEOS
Eritromicina: É eficaz contra vários dos mesmos microrganismos da benzilpenicilina
Claritromicina: Tem atividade similar à da eritromicina, mas também é ativa contra Haemophilus influenzae.
Azitromicina: Embora menos ativa contra estreptococos e estafilococos do que a eritromicina, a azitromicina é muito mais ativa contra as infeccõeş respiratórias por H. influenzae e Moraxella.
Telitromicina (cetolídeo): Esse fármaco tem espectro antimicrobiano similar ao da azitromicina
33
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
CLORANFENICOL
Se liga reversivelmente a subunidade ribossomal bacteriana 50s e inibe a síntese proteica na reação de peptidiltransferase
Antimicrobiano de amplo espectro, é restritoa infecções de alto risco, para as quais não existe alternativa.
Efeitos adversos
Anemia; Síndrome do bebê cinzento; Interações farmacológicas;
34
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
ANTIFENICOIS
35
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
CLINDAMICINA
Mesmo mecanismo de ação da eritromicina.
Efeitos adversos
Diarreia; Colite pseudomembranosa; Febre.
36
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
QUINOLONAS
O ácido nalidíxico é o precursor de todas as fluoroquinolonas, uma classe de antimicrobianos feitos pelo homem.
O uso das fluoroquinolonas foi ligado estreitamente a infeccõ̧ es por Clostridium difficile e à propagacã̧ o da resistência antimicrobiana em muitos microrganismos
bactericidas e exibem efeito -cida-dependente;
Mecanismo de ação: Inbem a DNA griase (Topoisomerase II) resulta em relaxamento do DNA superespiralado, promovendo quebra da fita de DNA. Inibe também a topoisomerase IV, que impacta a estabilizacã̧ o cromossomal durante a divisão celular, interferindo com a separação do DNA recém-replicado.
37
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
38
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
39
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
SULFONAMIDAS
As sulfas raramente são prescritas como fármacos únicos.
	São análogos sintéticos do PABA (ácido paraminobenzoico )
Competem com esse substrato pela enzima bacteriana, a di-hidropteroato sintetase.
Inibem a síntese bacteriana de ácido di-hidrofólico e, por isso, a formação dos cofatores essenciais.
Bacteriostáticas.
40
FARMACOLOGIA DOS PROCESSOS INFECCIOSOS
TRIMETOPRIMA
Inibidor potente da di-hidrofolato redutase bacteriana;
Tem espectro antibacteriano similar ao das sulfonamidas, sendo a trimetoprima é entre 20 e 50% mais potente do que as sulfonamidas.
Ela é associada com mais frequência a sulfametoxazol, produzindo a combinação denominada cotrimoxazol.
Efeitos adversos
Efeitos da deficiência de ácido fólico: anemia megaloblástica, leucopenia e granulocitopenia.
41
Dúvidas?
Obrigado!
image1.png
image2.png
image3.jpeg
image4.png
image5.png
image6.png
image7.jpeg
image8.jpeg
image9.png
image10.png
image11.png
image12.png
image13.png
image14.jpeg
image15.png
image16.png
image17.png
image18.png
image19.png
image20.png
image21.png
image22.png
image23.png
image24.png
image25.jpg
image26.png
image27.jpg
image28.jpg
image29.jpg
image30.png
image36.jpg
image37.png
image31.jpg
image32.jpg
image33.jpg
image34.jpg
image35.jpg
image38.jpg
image44.jpg
image39.jpg
image40.jpg
image41.jpg
image42.jpg
image43.jpg
image45.jpg
image46.jpg
image47.jpg
image48.png
image49.png
image50.png
image56.jpg
image51.png
image52.jpg
image53.jpg
image54.jpg
image55.jpg
image57.jpg
image58.jpg
image59.jpg
image60.jpg

Mais conteúdos dessa disciplina