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Roxanne Cabral – Fisiologia – M3 – 2017.2 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ASPECTOS ANATÔMICOS Gônadas: possui túbulos seminíferos. Músculo Cremaster: ajuda a aproximar ou afastar o testículo do corpo e isso regula a temperatura que ele é exposto. Adequado: variação de ±1ºC da temperatura corporal p/ viabilidade celular. Plexo Pampiniforme: drenagem das gônadas, muito relacionado com varicocele. Pênis: Músculos cavernosos e esponjosos, glande com receptor sensorial protegida pelo prepúcio (relação com fimose). FUNÇÕES Propicia a reprodução através da espermatogênese e espermiogênese | Desempenho durante a cópula |Produção de Hormônios | Testosterona propicia eritropoiese, crescimento muscular e de pelos. Espermatogênese transformações das espermatogônias nos gametas masculinos (espermatozóide – sptz); estímulo para esse processo ocorre na puberdade. Ocorre até o fim da vida do homem. Existe andropausa, mas não suficiente a ponto de interromper. Espermiogênese diferenciação de espermátide em sptz. Prod. de sptz 70 dias, cada ciclo ~ 64 sptz. Espermatozóide cabeça (acrossoma com muitas enzimas proteolíticas, ex. hialuonidase), peça intermediaria (tem muitas mitocôndrias), peça principal (muitos microtúbulos – influxo de cálcio o omovimenta) e peça final. DESENVOLVIMENTO Período Gestacional: a gônada é formada e fica no abdome inicialmente. Células germinativas primordiais darão origem às espermatogônias, elas migram para a região da gônada e permanece em latência até ocorrer estimulo hormonal (LH e FSH na puberdade) para diferenciação delas. Puberdade: hipóteses de início: Na infância há GnRH em pequenas qntd e muitos hormônios esteroidais (adrenal principal produtora) com ação inibitória. Adrenarca – DHEA pela adrenal – 7 a 8 anos de idade – inicia os caracteres sexuais secundários, mesmo sem testosterona. O eixo ainda é coibido. Por algum motivo desconhecido, fatores inibidores por GnRH são minizados e com isso, GnRH é produzido PUBERDADE. GnRH [Hipotálamo] FSH e LH [Adeno-hipófise]. ESPERMATOZÓIDES Amadurece ao longo do processo de produção/armazenamento/pós-ejaculação. Amadurecimento: epidídimo. Principal local de armazenamento: ducto deferente. No trato genital feminino é que ocorrerá a capacitação do sptz. O acrossoma é muito rígido, pois tem vesículas de colesterol, depois de ejaculado não haverá mais essas vesículas, assim, o acrossoma se torna menos rígido, com isso, enzimas proteolíticas podem começar a agir para promover fecundação. Outra mudança é que a permeabilidade para o cálcio na peça principal aumenta. PROCESSO DE PENETRAÇÃO DO ESPERMATOZÓIDE SPTZ se aproxima do cúmulus oóforus hialuronidase facilita a entrada do sptz no cúmulus chega na Zona Pelúcida, onde tem uma ptn chamada ZP3 todo conteúdo de enzimas proteolioticas é liberado para proteólise e entrada no ovócito com isso, ptn ZP2 da zona pelúcida é então exposta ocorre ancoragem do sptz nas ZP2 sptz consegue então penetrar no ovócito cauda e peça intermediária degenera Outro sptz não se liga porque com a 1ª ancoragem, é disparada sinalização via cálcio e liberação de vários grânulos corticais de cálcio cálcio altera conformação das proteínas ZP2 e ZP3, assim, nenhum outro sptz se liga. RAZOES DE INFERTILIDADE Temperatura inadequada, deficiência hormonal, processos inflamatórios, doenças infecciosas. Somente sptz com forma adequada da cabeça e com presença de flagelo funcional que consegue promover fecundação. SEMÊN 3,5mL: constituído por: 400milhões sptz (10%), líquido prostático e liquido da vesícula seminal (aumenta vol). O pH é pouco alcalino. Líquido prostático - dá aspecto leitoso – tem Ca+2, citrato, enzimas de coagulação (pro-fibrinolisina), pró-enzima (fibrinolisina) que desfaz coágulo. Quando ocorre a ejaculação é importante ter um coágulo fraco, geralmente no colo uterino, propiciando a finalização da maturação do sptz no trato genital feminino. Líquido da Vesícula Seminal – último prod. e dá aspecto mucoso - substâncias energéticas – frutose, prostaglandinas (propicia maior mov. dos sptz no trato genital feminino e induz contrações leves peristálticas que favorece a chegada do sptz na ampola). HORMÔNIOS Principais hormônios da espermatogênese: Gonadotrofinas LH e FSH - LH receptor nas células de Laydig Testosterona. Testosterona fica no interior da gônada para ação parácrina pois se liga a ABP. - FSH receptor nas células de Sertoli Espermatogênese. Muito ligado ao recrutamento de espermatogônias; estimula a prod. de ABP (é necessária alta concentração de testosterona na gônada e isso é possível pois ela se liga a ABP). Propicia presença de proteases que favorece a diferenciação do sptz. - Enzima aromatase (presente em Sertoli): produz estrógeno que tem sinergismo positivo favorecendo a espermatogênese. Estrogênio também vai para corrente sanguínea. - GH: propicia o início da divisão das espermatogônias (ação fraca). Células de Sertoli precisam ficar bem ancoradas. Há junções com as espermátides (p/ manter o proc. de diferenciação). Nas junções há caderinas, prod. por cél. de Sertoli em ambiente com alta concentração de testosterona, o que é propiciado por presença ABP (s/ FSH não tem ABP, s/ ABP a testosterona não se mantem na gônada. Assim haverá pouca caderina, comprometendo o proc. de diferenciação e não terá prod. adequada sptz. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GÔNODA Núcleo arqueado do Hipotálamo produz GnRH [forma pulsátil] adeno-hipófise nos gonadotrofos produção de LH e FSH [forma pulsátil] testículo – células de Laydig (produz testosterona) ou células de Sertoli. Obs.: GnRH estimula a produção de LH e FSH, acredita-se que pelos diferentes tipos de pulso (rápido LH; lentos FSH). ISH (hormônio estimulador de cél intersticiais - Laydig) = LH Roxanne Cabral – Fisiologia – M3 – 2017.2 • Contra-regulação: Testosterona tem ação sistêmica e ação parácrina devido à presença de ABP. Níveis séricos de testosterona fazem feedback negativo com Hipotálamo/Adeno-hipófise (inibindo LH), para inibir também o FSH deve haver níveis altos de testosterona. Com a produção de sptz, cél de Sertoli produzem inibina do tipo D, a qual faz feedback negativo na adeno-hipófise inibindo FSH, não tem ação no hipotálamo. Além da testosterona, DHT, estrogênio podem inibir o eixo HH. Muito uso de andrógenos exógenos: coíbe o eixo HHG infertilidade reversível. HORMÔNIOS Testosterona: precursor é o colesterol, existe em maior quantidade. Di-hidrotestosterona (DHT): é mais ativa. As duas atuam nos tecidos alvos. A testosterona é convertida em DHT nos tecidos alvos pela enzima 5αredutase do tipo II. Células de Laydig são muito numerosas no recém-nascido ficam quiescentes voltam a ficar numerosas na puberdade. O recém-nato tem pico de LH, pois as cels de Laydig ainda estão ativas e porque os esteroides caem de forma muito drástica, depois fica baixo até a puberdade. Depois tem declínio hormonal e de sptz a partir dos 65 anos. Ginecomastia – disfunção hormonal - aumento do tec mamário em homens (maior presença de LH), o qual tem os mesmos receptores no homem e na mulher. A testosterona inibe o desenvolvimento da mama. Com desequilíbrio – muito LH, muita testosterona, assim aromatases, prod. mais estradiol, que agirá no tecido mamário o estimulando o crescimento. Proteínas Transportadoras: ABP (túbulos seminífero), globulina ligadora de hormônios sexuais e participação também de albumina (lig. mais forte c/ globulina, assim, albumina biodisponibiliza mais facilmente). Metabolização: Por 5αredutase, Testosterona em DHT. Por aromatase, Testosterona em Estradiol. Testosterona circulante não usada vai para o fígado, é convertida e conjugadae seus metabólitos são inativos e serão excretados. MECANISMOS DE AÇÃO (testosterona e DHT) Ação Genômica (mais intensa) – testosterona se solta da globulina, adentra tecido alvo que tem a 5αredutase que a converte maior parte da testosterona em DHT. Receptor de Andrógeno (RA, em geral citoplasmático) é o mesmo para as duas formas, mas DHT tem mais afinidade. Complexo Hormônio-Receptor adentra o núcleo e estimula a expressão gênica. Ação não Genômica – nível alto de testosterona na gônada, além da qntd de receptores, com isso, se acredita que ela adentre o núcleo e ativa cascatas de sinalizações que estimula DNA, com ação da testosterona (não da DHT) menor, mas mais rápida (em próstata, miócitos). Ação significativa na gônada. Não se liga no RA. EFEITOS - testosterona e DHT Região SRY no cromossomo Y diferenciação do feto em menino. Feto: HCG (hormônio coriônico prod. pela placenta – órgão transitório) estimula cel. Laydig a prod. Testosterona conversão em DHT que atua para diferenciação em sexo masculina (pênis/escroto/glândulas acessórias). Cél. de Sertoli produz o AHM. Criptorquidia: deve ocorrer descida dos testículos até 3 meses de vida, não ocorrendo usa hormônio (HCG – faz isso gestação) ou cirurgia. Pós-nascimento: DHT: aumento do diâmetro e comprimento do pênis, pelos, calvice (DHT coíbe cres. de pelo no topo da cabeça). Testosterona: hipertrofia musculo da laringe (aumento do timbre de voz), acnes, aumento do tônus musculatura como um todo, ação anabólica intensa, desenvolvimento ósseo (gênero masculino tem mais densidade e padrão ósseo), eritropoiese. PATOLOGIAS Hipogonadismo – pode ser por agenesia (não forma testículo) ou indivíduos euneicos (perda dos testiculos) – indivíduos mantem padrão infantil, não haverá muitos caracteres secundários, aumento do timbre da vez. Eunuquismo Hipotalâmico – síndrome, causa obesidade. Erro no hipotálamo que não consegue liberar GnRH. Hipergonadismo – alteração nas células de Laydig com grande prod. de testosterona (raro, tumores são mais comum em Sertoli). Teratoma – prod. de gonadotrofinas. FATORES DO ATO SEXUAL Neural – estímulo em regiões erógenas (escroto, glande, anus) gerando vasodilatação em região peniana com ereção. Psíquico – imaginação/desejo. ESTÁGIOS DO ATO SEXUAL (fisiologicamente) Ereção – reg. Parassimpática - bastante fluxo sanguíneo nos corpos cavernosos e esponjosos. Ação de NO, relaxamento vascular, sangue no pênis causa a ereção. É cessada porque o GMPc é convertido em GMP graças a fosfodiesterase tipo 5. Interferentes: Álcool dificulta a transmissão neural; nicotina interfere em longo prazo na espermatogênese e na vascularização arterial (aumenta endotelina); Fatores emocionais; Traumas; Cirurgia na próstata lesionando o nervo cavernoso. Lubrificação (peq) - reg. Parassimpática - glândulas bulbouretrais, uretrais. Mulher produz mais fluido que o homem. Emissão – reg. Simpática – sêmen pronto e preenchendo ducto deferente e uretra. Ejaculação - reg. Simpática – sêmen exteriorizado, lançado. Resolução – após ejaculação a ereção cessa por ação da fosfodiesterase, diminui o fluxo sanguíneo, o membro se torna flácido (detumescente). Muito rápido. Priaprismo quando a resolução demora a ocorrer. Causas: fatores que influenciam na vasodilatação positivamente – hemácias com formato diferente, leucemia, lesão em nervo, algumas drogas podem dificultar o retorno venoso. Risco: isquemia ou trombose. Reversão: Cirúrgica. Causa dor. Varicocele acomete mais o testículo esquerdo, varizes em veia do plexo pampiniforme levam ao aumento de temp. no órgão o que causa infertilidade. Castração (em tumor p. ex) não muito prejudicial para adulto (reduz musculatura, densidade óssea, menor qntd de ejaculado). Vasectomia controle de natalidade através do homem. Corta-se e liga os 2 canais deferentes. S/ dano p/ o homem.