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RESUMO AMBULATÓRIO GINECOLOGIA

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[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
RESUMO AMBULATÓRIO GINECOLOGIA 
 FISIOLOGIA FEMININA – ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA 
 
- Fases das funções reprodutivas 
femininas: preparação do corpo da 
mulher para a concepção e período da 
gravidez; 
- A reprodução começa com o 
desenvolvimento dos óvulos nos ovários, 
sendo que no meio de cada ciclo mensal 
um óvulo é expelido do folículo ovariano 
para a cavidade abdominal próxima das 
fímbrias da tuba uterina, de modo a 
cursar por uma das trompas até o útero 
onde se desenvolve o feto, a placenta, as 
membranas fetais e o bebê; 
 
1. NEUROENDOCRINOLOGIA 
- O mecanismo rítmico básico que causa as variações cíclicas, coordenadas pela interação entre os hormônios ovarianos e hipotalâmico-
hipofisários; 
- O complexo sistema nervoso central-hipófise determina a cronologia dos eventos dentro de um ovário responsivo; 
- O estresse, dieta e exercícios influenciam o eixo hipofisário-gonadal; 
a. CORRELAÇÃO ANATÔMICA E ENDÓCRINA HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE 
 
- O hipotálamo se localiza na base do cérebro, acima da junção dos nervos ópticos, formando o assoalho do terceiro ventrículo – composto por 
células neurais peptidérgicas, que secretam hormônios liberadores e inibidores em resposta aos sinais da corrente sanguínea e dos 
neurotransmissores cerebrais, uma vez que um hormônio ou neurotransmissor é sintetizado por ribossomos no citoplasma do neurônio, 
empacotado em um grânulo no complexo de Golgi e depois transportado pelo fluxo axonal ativo até o terminal neuronal para a secreção dentro 
de um vaso ou em uma sinapse; 
- Não existe uma conexão nervosa direta entre o hipotálamo e a hipófise anterior, porém essas se comunicam a partir da circulação sanguínea, 
uma vez que as artérias superiores da hipófise anterior formam uma densa rede de capilares no interior da eminência mediana, drenando para 
dentro dos vasos portais, que descem ao longo da haste hipofisária até a hipófise anterior, de modo a conduzir neuro-hormônios liberados pelo 
hipotálamo – a partir do fluxo retrógrado os hormônios hipofisários também são transportados diretamente para o hipotálamo, possibilitando 
o feedback; 
- A proliferação das células hipofisárias e a expressão genética são controladas por peptídeos hipotalâmicos e por seus receptores; 
- Alguns neuro-hormônios originários do hipotálamo apresentam efeitos estimulatórios positivos sobre o hormônio de crescimento, hormônio 
estimulador da tireoide (TSH), hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH), enquanto outros 
apresentam efeitos inibitórios como a dopamina (hormônio inibidor da prolactina) e o hormônio liberador de corticotrofina humana (CRH – 
suprime a secreção de gonadotrofina); 
- A função hipofisária é essencial para a manutenção da vida, uma vez que seus hormônios regulam a puberdade, o crescimento, a reprodução, 
o metabolismo, o equilíbrio osmótico e as respostas ao estresse; 
- O desenvolvimento e a atividade da hipófise estão sob o controle do hipotálamo, enquanto sua resposta é finamente ajustada por mensagens 
hormonais de tecidos que são os alvos dos seus hormônios; 
 
 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
b. SECREÇÃO DE GnRH PELO HIPOTÁLAMO 
 
- O GnRH é um hormônio de liberação importante formado no 
núcleo arqueado do hipotálamo, que é transportado para a 
circulação portal pelo trato tuberoinfundibular (caminho axonal) e 
para a hipófise anterior por meio do sistema portal hipotalâmico-
hipofisário, controlando a secreção dos hormônios hipofisários 
anteriores (gonadotrofinas – FSH e LH); 
**síndrome de Kallman – ausência de GnRH + defeito no olfato, 
devido à falha na migração axonal olfativa e neuronal do GnRH das 
células produtoras de GnRH que se originam na área olfativa – 
transmissão ligada ao X (mais comum em homens), autossômica 
dominante e autossômica recessiva** 
- Os padrões divergentes de FSH e LH, em resposta a um único 
GnRH, são causados por influências moduladoras do ambiente 
endócrino, especificamente os efeitos de feedback dos esteroides 
na hipófise anterior; 
- Centros Hipotalâmicos que Controlam a Liberação de GnRH – os núcleos arqueados do hipotálamo médio-basal geram a atividade neuronal 
inicial para liberação pulsátil de GnRH, controlando grande parte da atividade sexual feminina, de modo a ser acrescida pela produção moderada 
de GnRH pelos neurônios na área pré-óptica do hipotálamo anterior; 
- Influência dos fatores psíquicos na função sexual feminina - múltiplos centros neuronais do sistema límbico (sistema de controle psíquico) 
transmitem sinais aos núcleos arqueados para modificar a intensidade e a frequência da liberação de GnRH; 
- O GnRH tem funções autócrinas-parácrinas por todo o corpo, uma vez que se encontra em tecidos neurais e não neurais, com receptores em 
muitos tecidos extra-hipofisários, como o folículo ovariano e a placenta; 
- O GnRH apresenta meia-vida de 2 a 4 minutos, devido à sua rápida degradação, assim sua liberação deve ser constante para efetivo controle 
do ciclo reprodutivo; 
- Secreção Pulsátil do GnRH – o hipotálamo secreta o GnRH em pulsos de 5 a 25 minutos de duração, que ocorre a cada 1 a 2 horas, provocando 
a produção intermitente de LH a cada 90 minutos – a natureza pulsátil da liberação de GnRH (propriedade intrínseca dos neurônios de GnRH) é 
essencial à liberação de LH e FSH, influenciando-a a partir da frequência do pulso, de modo que sua infusão constante faz com que a capacidade 
de estimulação hipofisária se perda – a diminuição na frequência do pulso diminui a secreção de LH e aumenta a secreção de FSH, ocorrendo na 
fase lútea final, enquanto o aumento na frequência e na amplitude na secreção do GnRH na metade do ciclo favorce o aumento do LH necessário 
para a ovulação e início da fase lútea; 
- A produção do GnRH é coordenada pelos efeitos de feedback estimuladores positivos e inibidores negativos; 
- Feedback de alça longa – efeitos de feedback dos níveis circulantes de hormônios da glândula-alvo no hipotálamo e na hipófise; 
- Feedback de alça curta – feedback negativo dos hormônios da hipófise na sua própria secreção, através dos efeitos inibitórios nos hormônios 
liberadores no hipotálamo; 
- Feedback ultracurto - inibição pela liberação do hormônio na sua própria síntese, podendo modificar a secreção de GnRH a partir de uma gama 
de neurotransmissores, como dopamina, norepinefrina, endorfina, serotonina e melatonina; 
**na ausência de regulação ovariana, a frequência pulsátil de GnRH é de 1 pulso/hora** 
 Controle dos Pulsos de GnRH 
 
- Dopamina – os núcleos arqueado e periventricular produzem dopamina, que é transportada 
pelo trato tuberoinfundibular para o sangue portal, atuando como neuro-hormônio na 
hipófise, porém a dopamina não exerce efeito direto na secreção da gonadotrofina pela 
hipófise anterior, sendo este efeito mediado através da supressão direta na liberação de 
GnRH no hipotálamo; 
- Norepinefrina – produzida por células do mesencéfalo e do tronco encefálico inferior - 
exerce efeitos estimulatórios sobre o GnRH; 
- Serotonina – produzida pelas mesmas células que sintetizam a norepinefrina – exerce 
efeitos inibitórios sobre o GnRH, influenciando a frequência de descarga de GnRH; 
- Neuropeptídeo Y – secreção e expressão nos neurônios hipotalâmicos são regulados pelos 
esteroides gonadais – estimula a liberação pulsátil de GnRH, potencializa a resposta da 
gonadotrofina ao GnRH e estimula o apetite – na ausência de estrogênio, inibe a secreção da 
gonadotrofina; 
- Kisspeptinas – peptídeos codificados pelo gene Kiss 1, expresso no hipotálamo, essencial 
para a ativação dos neurônios do GnRH e para a secreção de GnRH – relacionam-se com a 
puberdade e com as alterações associadas aos ciclos ovulatórios; 
 Agonistas e Antagonistas de GnRH 
- O GnRH apresenta meia-vida curta devido à rápida clivagem das ligações entre seus aminoácidos, alterandosuas posições, de modo a originar 
análogos de GnRH, com propriedades diferentes; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
- Agonistas de GnRH – produzidos pela substituição de aminoácidos na posição 6 ou pela substituição da glicina-amido no terminal C – ação: 
(efeito explosão/resposta inicial) aumento nos níveis circulantes de FSH e LH, principalmente na fase folicular (resposta sustentada) após 1 a 3 
semanas, a dessensibilização e a regulação descendente da hipófise produz um estado de hipogonadismo hipogonadotrófico, com secreção de 
gonadotrofinas biologicamente inativas – a administração por via intramuscular, subcutânea ou por absorção intranasal pode ser usada para o 
tratamento da endometriose, leiomiomas uterinos, puberdade precoce ou prevenção de sangramento menstrual em pacientes 
trombocitopênicas; 
- Antagonistas de GnRH – sintetizados com múltiplas substituições de aminoácido – ligam-se aos receptores de GnRH e possibilitam uma inibição 
competitiva do GnRH, produzindo um declínio imediato nos níveis de gonadotrofinas como um efeito terapêutico imediato em 24 a 72 horas – 
utilizados para o tratamento da endometriose, câncer de próstata, puberdade precoce e infertilidade feminina – formas de administração: (via 
oral) são destruídos; (via cutânea) administrados em doses mais elevadas, podendo atingir efeitos quase iguais aos do tratamento intravenoso 
e intramuscular, com picos sanguíneos menores mais lentos, que demoram para se desenvolver e levam mais tempo para retornar a linha de 
base; (spray nasal) acrescenta-se potenciadores da absorção para aumentar a biodisponibilidade, podendo causar irritação nasal considerável; 
(implantes de liberação sustentada) administrados de modo intramuscular mensalmente; (injeção de microsferas biodegradáveis); 
 
 
 
 
c. SECREÇÃO HIPOFISÁRIA DO LH E FSH 
 
- O LH e o FSH são secretados pelo gonadotrofo, localizado primeiramente nas porções 
laterais da hipófise e responsiva à estimulação pulsátil por GnRH; 
- As gonadotrofinas são sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso, sendo os hormônios 
empacotados em grânulos secretores pelo sistema de Golgi e depois armazenados como 
grânulos secretores – os grânulos secretórios maduros migram ativamente até a membrana 
celular, sofrendo extrusão em resposta ao GnRH; 
**a limitação do ritmo de secreção de FSH e LH é a síntese das subunidades Beta de cada 
gonadotrofina** 
- A ligação do GnRH ao seu receptor na hipófise ativa múltiplos mensageiros e respostas – 
(evento imediato) liberação secretória de gonadotrofinas; (respostas tardias) ação de 
autopotencialização/self-priming, que gera respostas ainda maiores aos pulsos subsequentes 
de GnRH, permitindo um incremento na secreção de gonadotrofinas durante o ciclo, sendo 
essa resposta dependente da exposição ao estrogênio e aumentada pela progesterona; 
**células secretórias da hipófise anterior: gonadotrofos, lactotrofos, tireotrofos, 
somatotrofos e corticotrofos** 
- Interações autócrinas e parácrinas (envolvem peptídeos sintetizados pelas próprias células hipofisárias) se combinam para controlar a secreção 
da hipófise anterior – as citocinas intra-hipofisárias e os fatores de crescimento regulam o desenvolvimento e a replicação das células hipofisárias 
e a síntese hormonal e secreção – (inibina) secretada pelas células granulosas, responsável por inibir seletivamente a secreção de FSH e estimular 
a atividade do LH, estimulando o aumento do n° de receptores de GnRH, com pouco ou nenhum efeito sobre a produção do hormônio de 
crescimento, ACTH e prolactina; (ativina) derivada das células das granulosas e dos gonadotrofos hipofisários, sendo responsável por aumentar 
a secreção de FSH (estimula a formação de receptores de GnRH e aumenta a resposta da hipófise a GnRH) e inibir as respostas da prolactina, 
ACTH e hormônio de crescimento, enquanto os efeitos da ativina são bloqueados pela inibina e pela folistatina; (folistatina) peptídeo secretado 
por uma variedade de células hipofisárias, responsável por se ligar a ativina, reduzindo sua atividade, e assim inibir a síntese e secreção de FSH 
e a resposta de FSH ao GnRH; 
- As gonadotrofinas também são secretadas de forma pulsátil, refletindo o padrão do GnRH – a medida dos pulsos do LH é usada como indicador 
da secreção pulsátil de GnRH; 
- Ocorre um aumento do padrão pulsátil da secreção de gonadotrofina logo antes da puberdade, com o aumento do LH durante a noite; 
- Após a puberdade a secreção pulsátil aumentada é mantida durante o período de 24 horas, mas varia em amplitude e frequência; 
- Na puberdade, a atividade do núcleo arqueado começa com baixa frequência de liberação de GnRH e continua ao longo de um ciclo de 
aceleração da frequência, caracterizado pela passagem de relativa inatividade para a ativação noturna, até o padrão completo adulto – as 
alterações progressivas em FSH e LH refletem a ativação da secreção pulsátil do GnRH; 
- Características dos pulsos de LH durante o ciclo menstrual: 6,5 UI/L de 90 em 90 minutos na fase folicular inicial; 5 UI/L na fase folicular 
intermediária; 7,2 UI/L de 60 em 60 minutos na fase folicular final; 15 UI/L de 100 em 100 minutos na fase lútea inicial; 12,2 UI/L na fase lútea 
intermediária; e 8 UI/L de 200 em 200 minutos na fase lútea final; 
d. SECREÇÃO DE PROLACTINA 
- A prolactina é produzida na hipófise anterior, no endométrio e no miométrio; 
- Funções da prolactina: (1) lactogênese; (2) supressão da sexualidade imediatamente após a excitação e orgasmo em homens e mulheres, por 
pelo menos 1 hora; 
- Gene para a proteína Pit-1 – participa na mediação dos sinais hormonais estimulatórios e inibitórios para a transcrição genética da prolactina 
– mutações neste gene resultam em falha na secreção de prolactina e interferem na diferenciação e no crescimento das células da hipófise 
 Tanicitos 
- Células ependimais de corpos celulares ciliados, que revestem o terceiro ventrículo sobre a eminência mediana, terminando nos vasos portais; 
- Podem transportar materiais do LCS ventricular até o sistema portal, como as substâncias da glândula pineal, vasopressina ou ocitocina; 
- Modificam-se morfologicamente em resposta aos esteroides e exibem alterações morfológicas durante o ciclo ovariano; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
anterior, podendo gerar a ausência de secreção do hormônio de crescimento, prolactina e TSH, além da ausência de células tróficas na hipófise 
(hipopituitarismo); 
- Estrogênio – estimula a transcrição genética da prolactina, ao interagir com a proteína Pit-1; 
- Agentes que controlam o AMP cíclico e os canais de cálcio estimulam ou inibem a atividade promotora da prolactina; 
- Fatores que exercem efeito estimulador na secreção da prolactina: TRH (no hipotireoidismo, a elevação da secreção de TRH gera 
hiperprolactinemia), peptídeos intestinais vasoativos (VIP), fator de crescimento epidérmico e GnRH – interagem entre si, afetando a 
responsividade lactotrófica geral; 
- Dopamina – exerce controle inibitório sobre a secreção de prolactina, ao ser liberada na circulação portal, e sobre o desenvolvimento e 
crescimento lactotrófico – também suprime os níveis de cálcio intracelular; 
- Os opioides endógenos apresentam atividade inibitória na liberação e na estimulação da dopamina, como a serotonina e o neuropeptídeo Y; 
- A homeostase da prolactina é regulada principalmente pela própria prolactina, retroalimentando-se nos neurônios liberadores da dopamina, 
uma vez que o sistema dopaminérgico é estimulado pela prolactina (reduz a secreção) e inibido pelo estrogênio (aumenta a secreção); 
- Os níveis de prolactina são mais elevados durante o sono; 
- Fármacos antigos usados para tratar transtornos psicológicos (risperidona e amilsulprida) são antagonistas do receptor dopamínico, de modo 
a bloquear a atividade inibitória da dopamina na secreção hipofisária da prolactina, favorecendo o aumento dos níveis de prolactinana 
circulação; 
e. SECREÇÃO DE OPIÁCEOS ENDÓGENOS 
- Classes de opiáceos: endorfinas (deriva do peptídeo proopiomelanocortina/POMC produzido nos lobos anterior e intermediário da hipófise, 
no hipotálamo, no sistema nervoso simpático, nas gônadas, placenta, trato gastrointestinal e pulmões), encefalinas (deriva da proencefalina A 
e B) e dinorfinas (deriva da prodinorfina); 
- O sistema opiáceo hipofisário é um sistema para secreção na circulação, enquanto o sistema oipáceo hipotalâmico permite a distribuição via 
axônios, visando à regulação de outras regiões cerebrais e a hipófise; 
- Beta-endorfina – opiáceo 5 a 0 vezes mais potente, que atua como neurotransmissor, neuro-hormônio e neuro-modulador – influencia uma 
variedade de funções hipotalâmicas, regulando a reprodução, temperatura e funções cardiovascular e respiratória, além de influenciar funções 
extra-hipotalâmicas como a percepção da dor e do humor; 
- Proencefalina A – produzida na medula suprarrenal, cérebro, hipófise posterior, coluna vertebral e trato gastrointestinal – são os peptídeos 
opioides endógenos melhores distribuídos no cérebro, estando envolvidos como neurotransmissores inibitórios na modulação do sistema 
nervoso autônomo; 
- Prodinorfina – presente no cérebro e no trato gastrointestinal – produz a dinorfina, que apresenta alta potência analgésica e efeitos 
comportamentais; 
- Esses peptídeos agem através de diferentes receptores, presentes nos terminais nervosos dos neurônios sensoriais, no sistema límbico, nos 
centros do tronco cerebral para reflexos, no cérebro e na coluna vertebral; 
- O tônus opioide é importante parte da função e do ciclo menstrual – os níveis de endorfina endógena aumentam durante todo o ciclo desde 
níveis mais baixos durante a menstruação (atividade hipotalâmica baixa), até os níveis mais elevados durante a fase lútea (atividade hipotalâmica 
alta); 
- A redução na frequência pulsátil de LH, aumenta a liberação de endorfina, permitindo afirmar que os opiáceos endógenos inibem a secreção 
de gonadotrofina através da supressão da liberação hipotalâmica de GnRH; 
**os opiáceos não têm efeito sobre a resposta hipofisária do GnRH** 
- Os esteroides gonadais modificam a atividade opioide endógena, e o feedback negativo dos esteroides nas gonadadotrofinas é mediado por 
opiáceos endógenos – como os níveis flutuantes de opiáceos endógenos no ciclo menstrual estão relacionados com as alterações nos níveis de 
estradiol e progesterona, especula-se que os esteroides sexuais estimulam diretamente a atividade dos receptores opioides endógenos; 
- Os opiáceos endógenos exercem influência inibidora sobre a secreção de GnRH; 
- Existe uma ausência de efeito opioide nos níveis pós-menopausa e ooforectomizadas das gonadotrofinas, sendo a resposta aos opiáceos 
restaurada com a administração de estrogênio e/ou progesterona, uma vez que tanto um, quanto o outro, isoladamente, aumentam os opiáceos 
endógenos; 
- O estrogênio reforça a ação da progesterona, podendo explicar a supressão máxima de GnRH e a frequência pulsátil de gonadotrofina durante 
a fase lútea – o feedback negativo da progesterona na secreção de GnRH é mediado em parte pelos opiáceos endógenos, sendo esse o principal 
mecanismo para inibição da ovulação associada à contracepção à base de progestógeno; 
- O tônus inibidor dos opiáceos endógenos é reduzido no momento do incremento ovulatório, permitindo uma liberação da supressão, devido 
à redução induzida pelo estrogênio na ligação ao receptor opioide e liberação do opioide; 
- Os principais opiáceos que afetam a liberação de GnRH são a beta-endorfina e a dinorfina, com efeito na modulação do caminho da 
catecolamina norepinefrina; 
- A alteração no tônus opioide media o estado hipogonadotrófico visto com níveis elevados de prolactina, exercícios e outras condições de 
amenorreia hipotalâmica, enquanto a inibição opioide endógena não desempenha um papel causal no atraso da puberdade ou problemas 
hereditários, como a síndrome de Kallmann; 
- A secreção reduzida de GnRH associada à amenorreia hipotalâmica é mediada por aumento no tônus inibitório opioide endógeno; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
- O hormônio liberador de corticotrofrina (CRH) inibe a secreção hipotalâmica de GnRH diretamente, aumenta a secreção de opioide endógena 
inibindo indiretamente e aumenta o cortisol que inibe diretamente a responsividade hipofisária ao GnRH – ex.: mulheres com amenorreia 
hipotalâmica apresentam hipercortisolismo; 
**o estrogênio estimula a atividade de CRH, de modo a explicar a maior vulnerabilidade do eixo reprodutivo ao estresse nas mulheres** 
- Não existe um papel fisiológico da regulação opioide endógeno de prolactina, porém a administração de morfina, encefalina e endorfina causa 
a liberação de prolactina, mediada pela secreção da dopamina; 
- Todos os hormônios hipofisários são modulados por opiáceos, com efeitos fisiológicos importantes sobre ACTH, gonadotrofinas e vasopressina; 
f. PRODUÇÃO DE CATECOLESTROGÊNIOS 
- A enzima que converte os estrogênios em catecolestrogênios (2-hidroxilase) é ricamente concentrada no hipotálamo; 
- Apresentam face de catecol e face de estrogênio, que garante o seu potencial de interagir com catecolamina e com os sistemas mediados por 
estrogênio; 
- Não apresentam um papel definido, mas pode interagir entre as catecolaminas e a secreção de GnRH; 
g. CAMINHO DA HIPÓFISE POSTERIOR 
- Hipófise posterior - prolongação direta do hipotálamo via haste hipofisária; 
- Hipófise anterior – surge do epitélio faríngeo que migra para a posição com a hipófise posterior; 
- Células neurossecretoras separadas nos núcleos supraóptico e paraventricular produzem vasopressina e ocitocina como partes de grandes 
moléculas precursoras que contêm a neurofisina (peptídeo transportador, que se divide em neurofisina I e neurofisina II); 
- A atividade transcricional dos genes da ocitocina e da vasopressina é regulada por fatores endócrinos, como os esteroides sexuais e o hormônio 
da tireoide, através de elementos de resposta hormonal localizados no sentido ascendente; 
- Os neurônios secretam a proteína precursora pró-pressofisina, que contém vasopressina e neurofisina, e a proteína precursora pró-oxifisina, 
que contém ocitocina e neurofisina – mutações no gene codificador da proteína precursora pró-hormônio produzem alterações na neurofisina, 
impedindo o formato conformacional necessário para o transporte da vasopressina até a hipófise, de modo a resultar na diabetes insipidus; 
- Os hormônios e suas neurofisinas são armazenados juntos e liberados ao mesmo tempo na circulação – as neurofisinas são clivadas dos seus 
neuro-hormônios associados durante o transporte axonal dos corpos celulares neuronais nos núcleos supraópticos e paraventriculares até a 
hipófise posterior; 
**as neurofisinas só apresentam como função o transporte axonal da ocitocina e vasopressina** 
- Caminho posterior – é complexo – o transporte da vasopressina e ocitocina até a hipófise posterior ocorre por duas vias: (1) através de tratos 
nervosos que emanam dos núcleos supraópticos e paraventriculares e descem pela eminência mediana para terminarem na hipófise posterior; 
(2) secreção de hormônios no líquido cerebrospinal e no sistema portal; 
- A ocitocina e a vasopressina circulam como peptídeos livres com uma meia-vida rápida; 
- A vasopressina e a ocitocina podem atingir a hipófise anterior e influenciar a secreção de ACTH (consequentemente da vasopressina) e a 
secreção da gonadotrofina (consequentemente da ocitocina); 
- A concentração da vasopressina e da ocitocina no líquido cerebroespinal exibe um ritmo circadiano, com níveis mais elevados durante o dia, 
sugerindo um mecanismo diferente para a secreção de LCS comparada à liberação da hipófise posterior; 
**a vasopressina e a ocitocina também atuam como hormônios parácrinos e autócrinos, sendo encontrados no ovário, oviduto, testículos e 
glândulassuprarrenal** 
- Neurofisina I / Estrogênio Neurofisina - estimulada por estrogênio e relacionada com a ocitocina – sua elevação é iniciada 10 horas após a 
elevação do estrogênio, precedendo a elevação do LH e durando mais tempo do que o incremento deste; 
- Ocitocina – liberada de forma episódica, ocorrendo 3 jatos a cada 10 minutos – estímulos para a sua secreção: (1) coito, devido ao reflexo de 
Ferguson, causado pela estimulação vaginal e cervical; (2) estímulos olfatórios, visuais e auditivos – estímulos inibitórios: (1) peptídeos opioides 
- ações: (1) compete com a mesma enzima de degradação hipotalâmica do GnRH, desse modo a ocitocina no sangue portal pode inibir o 
metabolismo do GnRH, aumentando o seu volume disponível; (2) influencia no parto, uma vez que seus níveis são aumentados durante a 
gestação (produção local no âmnio, cório e na decídua), assim como a sensibilidade do miométrio à ocitocina (os receptores de ocitocina no 
miométrio aumentam em 80 vezes na gestação), inicialmente com picos noturnos e posteriormente com elevações significativas durante o 
trabalho de parto, de modo a estimular contrações musculares no útero e estimular a síntese de prostaglandina na decídua e no miométrio, que 
causa a dilatação cervical; (3) estimula as contrações mioepiteliais na mama, causando a ejeção do leite, quando a sucção gera impulsos 
mamilares, que são transmitidos ao hipotálamo (simultaneamente à amamentação ocorrem contrações uterinas); (4) contrações musculares do 
orgasmo; (5) contribui para o transporte de esperma na ejaculação; (6) inibe o apetite; (7) estimula o comportamento sexual; 
- Neurofisina II / Nicotina Neurofisina - estimulada pela nicotina e por hemorragias, sendo relacionada com a vasopressina; 
- Vasopressina – estímulos principais para sua secreção: (1) mudanças na osmolaridade do sangue, percebidas pelos osmorreceptores do 
hipotálamo; (2) alterações no volume sanguíneo, percebidas pelos receptores de volume do átrio esquerdo, arco aórtico e seio carotídeo; (3) 
estímulos psicogênicos, como dor e medo; (4) ação da angiotensina II, sugerindo outro mecanismo para a ligação entre equilíbrio fluido e 
vasopressina - ações: (1) atua sobre o aprendizado e memória; (2) coopera com o hormônio liberador de corticotrofina para causar aumento na 
produção de ACTH; (3) regulação da osmolaridade e volume sanguíneo, atuando como vasoconstritor potente e como hormônio antidiurético; 
(4) regula a liberação de insulina; 
**o cortisol pode modificar o limiar osmótico para a liberação da vasopressina** 
- Diabetes insipidus – perda de água em razão da ausência de ação da vasopressina nos túbulos renais, secundária a um defeito na síntese ou 
secreção de vasopressina, ou seja, sua produção e excreção não respondem às alterações da osmolaridade; 
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- Síndrome da Secreção Inapropriada de ADH – a secreção contínua e autônoma de vasopressina ocasiona a secreção inapropriada do ADH, que 
é um hormônio antidiurético, gerando retenção de água – etiologia: associa-se a transtornos cerebrais e à produção por tumores malignos; 
h. CÉREBRO E OVULAÇÃO 
 
- A liberação de GnRh é resultado de relações complexas e coordenadas entre os neuro-hormônios, as gonadotrofinas hipofisárias e os esteroides 
gonadais; 
- O centro cíclico no cérebro feminino é a hipófise, pois, apesar do GnRH (produzido no hipotálamo) desempenhar um papel permissivo e da sua 
secreção pulsátil ser um pré-requisito para a função hipofisária normal, as respostas de feedback que regulam os níveis de gonadotrofina são 
controladas pelo feedback esteroide ovariano nas células das hipófises anteriores; 
- A secreção de GnRH aumenta os níveis de LH e FSH em cerca de 5 minutos, fazendo com que o LH atinja um pico em 20 a 25 minutos e o FSH 
em 45 minutos – o pool/secreção produz a resposta inicial, enquanto a resposta posterior depende de um segundo pool de reserva de 
gonadotrofinas aramazenadas; 
- Ações positivas principais de GnRH na elaboração da gonadotrofina: (1) síntese e armazenamento (pool de reserva) de gonadotrofinas; (2) 
ativação, com movimento de gonadotrofinas de um pool de reserva para um pool pronto para secreção direta, em uma ação de autopotenciação 
(self-priming); (3) liberação imediata ou secreção direta das gonadotrofinas; 
- A secreção, a síntese e o armazenamento se alteram durante o ciclo; 
- Início do Ciclo – níveis de estrogênio baixos, secreção e níveis de armazenamento baixos, ocorrendo aumento dos níveis de estradiol, maior 
aumento no armazenamento, com pouca alteração na secreção – no começo da fase folicular, o estrogênio tem um efeito positivo sobre a 
síntese e resposta de armazenamento, desenvolvendo um suprimento de gonadotrofinas para atender às exigências de incremento durante o 
ciclo; 
**a liberação prematura das gonadotrofinas é impedida por uma ação negativa/inibitória do estradiol na resposta secretória hipofisária a 
GnRH** 
- Metade do ciclo – as respostas subsequentes ao GnRH são maiores do que as respostas iniciais, indicando que cada resposta induz a liberação 
de gonadotrofinas, como também ativa o pool de armazenamento para a resposta seguinte; 
- A ação sensibilizadora ou potencializadora do GnRH envolve um aumento no número dos seus próprios receptores e requer a presença de 
estrogênio, uma vez que o próprio estrogênio é capaz de aumentar o número de receptores de GnRH – a elevação no nível de estrogênios na 
metade do ciclo prepara os gonadotrofos para mais respostas a GnRH; 
 Feedback Positivo – Pulso Pré-Ovulatório de Hormônio Luteinizante 
- O incremento ovulatório de LH é uma resposta à ação do feedback positivo do estradiol na hipófise anterior, uma vez que quando o nível de 
estradiol na circulação atinge uma concentração crítica e esta concentração é mantida por um período de tempo crítico, a ação inibitória sobre 
a secreção de LH muda para uma ação estimulatória; 
- Acredita-se que a ação do feedback positivo envolve muitos mecanismos, incluindo o aumento na concentração dos receptores de GNRH e o 
aumento na sensibilidade da hipófise a GnRH; 
- O estrogênio, na primeira metade do ciclo ovariano, apresenta efeito de feedback positivo sobre o LH e o FSH, estimulando a secreção 
hipofisária de LH e em menor proporção do FSH, porém no restante do ciclo mensal apresenta efeito de feedback negativo; 
- O aumento do estrogênio na última parte da primeira metade do ciclo ovariano causa inicialmente a supressão da secreção de FSH e LH, mas 
em seguida aumenta a secreção de LH de 6 a 8 vezes (ocasiona a ovulação) e a do FSH cerca de 2 vezes; 
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- Secreção de grandes quantidades de LH pela hipófise anterior por 1 ou 2 dias, iniciado cerca de 24 a 48 horas antes da ovulação – sem esse 
pico a ovulação não ocorre; 
- O FSH também apresenta um pequeno pico pré-ovulatório; 
 Feedback Negativo 
 
- A inibição estrogênica da secreção de FSH na hipófise está associada à diminuição da 
expressão hipofisária da ativina, mas também o estradiol inibe diretamente a subunidade 
FSH beta, influenciando proteínas correspressoras (proteínas adaptadoras) a se ligarem ao 
gene e suprimirem a transcrição; 
- Efeito inibidor do estrogênio – forte efeito estrogênico em inibir a produção do LH e do FSH; 
- Efeito da progesterona – apresenta pouco efeito inibidor, porém multiplica o efeito inibidor 
estrogênico; 
- Seus efeitos operam de modo direto na hipófise anterior e de modo indireto no hipotálamo, 
diminuindo a secreção e a frequência de pulsos de GnRH; 
- Inibina – hormônio secretado em conjunto com os hormônios esteróides sexuais pelas 
células da granulosa do corpo lúteo ovariano, que inibe a secreção de FSH e em menor 
proporção do LH, pela hipófise anterior; 
 Continuidade do Processo 
- O incremento no decorrer do ciclo deve ocorrer no momento certo do ciclo para ovular um folículo maduro pronto e à espera,assim o próprio 
folículo garante este grau extremo de coordenação e tempo ao gerar os feedbacks dos esteroides sexuais; 
- O GnRH está aumentado no sangue periférico das mulheres na metade do ciclo, a partir de ajustes realizados por efeitos simultâneos na 
secreção pulsátil de GnRH e resposta hipofisária a GnRH, uma vez que os neurônios de GnRH do hipotálamo apresentam receptores de 
estrogênio alfa e beta, que permite o controle das alterações cíclicas na liberação de GnRH; 
- A influência na frequência hipotalâmica da secreção de GnRH pode influenciar a resposta da hipófise a GnRH, uma vez que frequências mais 
rápidas ou mais lentas dos pulsos de GnRH resultam em números mais baixos de receptores de GnRH na hipófise, assim, é necessário um pico 
crítico de frequência para um pico no n° de receptores estrogênicos e para um pico na resposta durante o ciclo; 
**o desligamento do incremento de GnRH pode ocorrer devido á regulação descendente por causa do GnRH excessivo** 
- A resposta diferencial de FSH e LH, proveniente da mesma célula hipofisária, à frequência dos pulsos de GnRH é uma consequência da relação 
entre os efeitos endócrinos clássicos do estrogênio, progesterona e inibina e as ações autócrinas/parácrinas da ativina e folistatina; 
- Mais FSH e LH são secretados no decorrer do ciclo em uma forma molecular com maior atividade biológica; 
- A influência estrogênica na síntese da gonadotrofina é um método adicional para a maximização dos efeitos biológicos do incremento durante 
o ciclo; 
- FSH – sua resposta bifásica é modulada pelo equilíbrio da ativina e da folistatina, criado pelos efeitos do estrogênio e inibina – as isoformas de 
FSH com maior atividade biológica aumentam durante o final da fase lútea, sendo essa uma alteração que é inapropriadamente orientada para 
a propulsão do crescimento do novo folículo ovariano para o ciclo seguinte – o incremento do FSH no decorrer do ciclo desempenha um papel 
crítico para assegurar a ovulação e um corpo lúteo normal; 
- O corpo lúteo normal requer a indução adequada de um número de receptores de LH nas células da granulosa e uma ação específica de FSH, 
uma vez que este efetua importantes mudanças intrafoliculares necessárias para a expulsão física do óvulo; 
- Progesterona – começa a ser secretada imediatamente antes da ovulação, uma vez que quando os níveis crescentes de LH produzem a alteração 
morfológica da luteinização no folículo em ovulação, a camada granulosa começa a secretar progesterona diretamente na corrente sanguínea – 
funções: (1) em níveis baixos e na presença de estrogênio, aumenta a secreção hipofisária de LH e é responsável pelo incremento de FSH em 
resposta ao GnRH, ou seja, exerce ação facilitadora apenas na resposta hipofisária ao GnRH; (2) em níveis altos (após a ovulação, durante a 
rápida e completa luteinização), na presença do estrogênio, exerce uma profunda ação de feedback negativo para suprimir a secreção de 
gonadotrofina no hipotálamo e na hipófise, mediando o abrandamento dos pulsos de GnRH no final da fase lútea e favorecendo a elevação do 
FSH para iniciar o ciclo seguinte; 
**altos níveis de progesterona inibem a ovulação em nível hipotalâmico** 
- O processo de luteinização é inibido pela presença do oócito, gerando uma relativa supressão da secreção de progesterona, que assegura que 
somente baixos níveis de progesterona cheguem até o cérebro; 
i. GLÂNDULA PINEAL 
- As funções reprodutivas do hipotálamo podem estar sob o controle inibitório do cérebro via glândula pineal; 
- A glândula pineal é um órgão neuroendócrino ativo que responde a estímulos fóticos e hormonais e exibe ritmos circadianos; 
- A glândula pineal capta os sinais ópticos na retina a partir de uma sequência de fibras pré-gangionares e pós-ganglionares; 
- A síntese da melatonina é controlada pela estimulação da norepinefrina, que é liberada pela estimulação simpática que ocorre na ausência de 
luz; 
- A melatonina é sintetizada e secretada pela glândula pineal e circula no sangue como um hormônio clássico, afetando órgãos-alvo distantes, 
como os centros neuroendócrinos do sistema nervoso central – a melatonina pode atingir o hipotálamo a partir do CSF, por meio do transporte 
de tanicitos; 
- A glândula pineal é fonte de substâncias gonadais inibidoras, porém seus mecanismos não são absolutamente essenciais para a função gonadal; 
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- Tumores pineais hiperplásicos associam-se à função gonadal reduzida, enquanto os tumores pineais destrutivos associam-se à puberdade 
precoce; 
- A glândula pineal serve como interface entre o ambiente e a função hipotalâmico-hipofisária, de modo que a escuridão aumenta a melatonina, 
que causa redução de GnRH; 
- As alterações gonadais associadas à melatonina são mediadas via hipotálamo e sugerem um efeito supressor gonadal na secreção pulsátil de 
GnRH e na função reprodutiva; 
- A atividade pineal é coordenada por hormônios e neurônios, uma vez que apresenta receptores para os hormônios sexuais ativos, estradiol, 
testosterona, di-hidrotestosterona, progesterona e prolactina; 
- A glândula pineal converte a testosterona e a progesterona em metabólitos 5 alfa-reduzidos ativos, e os androgênios são aromatizados em 
estrogênios; 
j. SECREÇÃO DE GONADOTROFINA DURANTE A VIDA FETAL, INFÂNCIA E PUBERDADE 
- O desenvolvimento da hipófise anterior nos humanos começa entre a quarta e a quinta semanas de vida fetal, e na 12ª semana de gestação a 
conexão vascular entre o hipotálamo e a hipófise torna-se funcional; 
- A produção de gonadotrofina ocorre na vida fetal, na infância e na idade adulta; 
- O GnRH é detectado no hipotálamo com 10 semanas de gestação e entre 10 a 13 semanas inicia-se a produção de FSH e LH, quando a conexão 
vascular se encontra completa; 
- Os picos de concentração hipofisária de FSH e LH ocorrem aproximadamente entre 20 e 23 semanas de vida intrauterina, ocorrendo um pico 
nos níveis circulantes às 28 semanas; 
- O aumento na taxa de produção das gonadotrofinas até a metade da gestação reflete a crescente capacidade do eixo hipotalâmico-hipofisário 
de desempenho na sua capacidade total; 
- Nos fetos do sexo masculino os níveis de FSH e LH hipofisários e circulantes é maior do que nos fetos do sexo masculino, devido à produção de 
testosterona testicular e inibina; 
- Na outra metade da gestação, inicia-se uma sensibilidade crescente à inibição por esteroides, com resultante decréscimo na secreção de 
gonadotrofina; 
**a sensibilidade total aos esteroides não é atingida até o final da primeira infância** 
- Após o nascimento, ocorre elevação nas gonadotrofinas, devido aos altos níveis de esteroides placentários; 
- No primeiro ano de vida existe uma atividade folicular considerável nos ovários, porém com o tempo a secreção de gonadotrofina é suprimida; 
**em bebês prematuros o aumento pós-natal de gonadotrofinas é ainda maior** 
- Na primeira infância, a elevação do FSH pós-natal é mais marcada e sustentada no sexo feminino, sendo mais baixos os valores de LH – atividade 
similar à fase folicular do ciclo menstrual; 
- Após a elevação pós-natal, os níveis de gonadotrofina atingem seu ponto mais baixo durante o início da infância, em torno de 6 meses de idade 
nos meninos e 1 a 2 anos nas meninas, e então aumentam levemente entre 4 e 10 anos; 
- No sexo feminino a supressão das gonadotrofinas começa no final da infância, com duração curta, enquanto no sexo masculino é menos 
duradoura; 
- Na infância ocorrem baixos níveis de gonadotrofinas na hipófise e sangue, pouca resposta da hipófise a GnRH e máxima supressão hipotalâmica, 
porém este baixo nível não é mantido pelos ovários ou testículos, mas sim por uma força inibitória central dentro do cérebro, que restringe a 
secreção pulsátil de GnRH, enquanto espera um sinal para dar início à puberdade; 
k. SEQUÊNCIA DE OSCILAÇÃO DO FEEDBACK DO SISTEMA HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO-OVARIANO 
 Fase Pós-Ovulatória- Feedback Negativo na Hipófise Anterior e no Hipotálamo 
- Ocorre entre a ovulação e o início da menstruação, quando o corpo lúteo secreta grandes quantidades de progesterona, estrogênio e inibina, 
sendo que esses suprimem a secreção de FSH e LH; 
- Reduz os níveis de FSH e de LH 3 a 4 dias antes do início da menstruação; 
 Fase de Crescimento Folicular 
- Ocorre 3 dias antes da menstruação; 
- Liberação do efeito de feedback negativo na hipófise anterior e no hipotálamo – o corpo lúteo regride quase à involução total e a secreção de 
estrogênio, progesterona e inibina do corpo lúteo diminui a um nível baixo, findando o efeito de feedbcack negativo que suprimia a secreção de 
FSH e de LH; 
- Cerca de 1 dia depois (início da menstruação), a secreção hipofisária de FSH começa a aumentar em até o dobro; 
- Vários dias depois da menstruação, a secreção de LH aumenta ligeiramente; 
- O FSH e o LH iniciam o crescimento de novos folículos ovarianos, com consequente secreção de estrogênio, atingindo seu pico de secreção no 
12° ou 13° dia após o início do novo ciclo sexual feminino mensal; 
- O efeito de feedback negativo do estrogênio faz com que durante o período de crescimento folicular (11 a 12 dias) a secreção de FSH e de LH 
caiam gradativamente, atingindo seu fim súbito no 11° ou 12° dia após o início do ciclo mensal; 
 Pré-Ovulação 
- Ocorre após o fim súbito da secreção de FSH e de LH, quando o alto nível de estrogênio ou o começo da secreção de progesterona pelos 
folículos causa efeito estimulador de feedback positivo na hipófise anterior; 
- Pico Pré-ovulatório – o aumento do estrogênio gera um feedback positivo na hipófise anterior, gerando um aumento súbito e acentuado da 
secreção de LH e em menor proporção do FSH, de modo a ocasionar a ovulação e o desenvolvimento do corpo lúteo; 
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- Após esse o sistema hormonal inicia seu novo ciclo até a próxima ovulação; 
2. OOGÊNESE E DESENVOLVIMENTO FOLICULAR NOS OVÁRIOS 
 
- Oogênese – etapas em que um oócito 
(ovo em desenvolvimento) se diferencia 
em um óvulo maduro; 
- Desenvolvimento embrionário inicial – 
as células germinativas primordiais da 
endoderme dorsal do saco vitelino 
migram ao longo do mesentério do 
intestino posterior, sofrendo uma série 
de divisões, para o epitélio germinal, 
presente na superfície externa do ovário, 
ao atingi-lo as células germinativas 
primordiais migram para o interior do 
córtex ovariano se convertendo em 
ovogônias (oócitos primordiais); 
- Células da granulosa – células 
fusiformes do estroma ovariano (tecido 
de suporte do ovário) que se reúnem em 
torno das ovogônias, adquirindo 
características epitelioides – garantem 
nutrição ao óvulo e secretam um fator 
inibidor da maturação do oócito, 
mantendo o ovogônia parada em seu 
estado primordial (estado de prófase da 
divisão meiótica); 
- Folículo primordial – óvulo imaturo circundado por camada única de células da granulosa – formado ao nascimento da menina em todos os 
seus óvulos; 
- Oócito primário – formado após o folículo primordial sofrer mais duas divisões celulares (folículo primário), mas ainda detido na prófase I; 
- As oogônias só completam a replicação mitótica e a primeira fase da meiose no quinto mês de desenvolvimento fetal, quando a mitose das 
células germinativas cessa e não se formam mais oócitos adicionais; 
- Número de oócitos no nascimento – são cerca de 1 a 2 milhões; 
- Divisão meiótica – ocorre após a puberdade, mensalmente até a menopausa, quando o oócito primário é dividido em oócito secundário (óvulo 
grande – expelido do folículo maduro na ovulação) e primeiro corpo polar (pequeno), cada um com 23 cromossomos duplicados; 
- O corpo polar pode sofrer ou não uma segunda divisão meiótica e depois se desintegra; 
- Segunda divisão meiótica – ocorre com o oócito secundário, separando parcialmente as cromátides irmãs até pausa na meiose, que só se 
conclui se o óvulo for fertilizado; 
- Meiose final – ocorre quando o óvulo liberado pelo ovário (ovulação) é fecundado – de modo que metade das cromátides irmãs permanece no 
óvulo fecundado, enquanto a outra metade é liberada em um segundo corpo polar, que se decompõe; 
- Número de oócitos na puberdade – são cerca de 300 mil, sendo que só uma pequena porcentagem deles atinge a maturidade, enquanto os 
demais degeneram, tornando-se atrésicos; 
- Idade reprodutiva – 13 aos 46 anos de idade em média – durante essa apenas 400 a 500 folículos primordiais se desenvolvem para expelir seus 
óvulos; 
- Menopausa – fim da capacidade reprodutora – permanecem nos ovários poucos folículos primordiais, que se degeneram ao longo do tempo; 
3. SISTEMA HORMONAL FEMININO 
 
- Hierarquias Hormonais: hormônio de liberação hipotalâmica (hormônio liberador de 
gonadotropina - GnRH), hormônios sexuais hipofisários anteriores (hormônio 
foliculoestimulante [FSH] e hormônio luteinizante [LH] – secretados em resposta à liberação 
de GnRH) e hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona – secretados em resposta à 
liberação dos hormônios secretados hipofisários); 
- A secreção dos hormônios é modificada durante as diferentes partes do ciclo sexual 
feminino mensal, exceto do GnRH, que mantém seus pulsos curtos 1 vez a cada 90 minutos 
durante todo o ciclo; 
- FSH e LH – hormônios gonadotrópicos liberados pela hipófise anterior – são glicoproteínas; 
- Estrogênio e Progesterona – hormônios sexuais esteróides secretados pelos ovários; 
4. CICLO OVARIANO MENSAL – CICLO SEXUAL MENSAL FEMININO – CICLO MENSTRUAL 
- Variações rítmicas mensais da secreção dos hormônios femininos, gerando alterações nos ovários e em outros órgãos sexuais; 
- Dura em média 28 dias; 
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- Ciclos de duração anormal – curto (20 dias - polimenorréia) ou longo (45 dias - oligomenorréia) – associa-se à menor fertilidade; 
- Durante o ciclo mensal um único óvulo é liberado dos ovários, de modo que um único feto cresça por vez; 
- No decorrer do ciclo menstrual o endométrio uterino é preparado para o período de implantação do óvulo fertilizado; 
a. EFEITOS DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS NOS OVÁRIOS 
- Os hormônios gonadotrópicos FSH e LH, secretados pela hipófise anterior, sofrem alterações cíclicas de aumento e redução a cada mês, 
regulando as mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo menstrual; 
**em sua ausência os ovários permanecem inativos, como durante a infância que não ocorre secreção de hormônios gonadotrópicos** 
- Puberdade – período em que a secreção do FSH e do LH inicia (entre os 9 e os 12 anos de idade), ocasionado o começo dos ciclos sexuais 
mensais normais entre os 11 e 15 anos de idade, a partir da menarca (primeiro ciclo menstrual); 
- O FSH e o LH se combinam com os seus receptores nas membranas das células-alvo ovarianas, ativando o sistema segundo mensageiro do 
monofosfato de adenosina cíclico, que ocasiona a formação da proteína cinase e a fosforilação de enzimas chaves, de modo a estimular a síntese 
de hormônios sexuais, a secreção das células e o seu crescimento e proliferação; 
b. FASE FOLICULAR DO CICLO OVARIANO 
 
- As células granulares que envolvem o óvulo no folículo primordial 
secretam fator inibidor da maturação do oócito que impedem a sua 
maturação; 
- Após a puberdade, a secreção hipofisária de FSH e LH significativa 
gera o crescimento dos folículos ovarianos e dos ovários; 
- Folículos Primários – primeiro estágio de crescimento folicular, 
com aumento moderado do óvulo e de outras camadas de células 
da granulosa; 
- Aumento do FSH e do LH – ocorre durante os primeiros dias de 
cada ciclo sexual mensal feminino, sendo o aumento do FSH 
anterior e maior do que o do LH; 
- Efeito do FSH e do LH – aceleram o crescimento de 6 a 12 folículos 
primários por mês, inicialmente gerando uma rápida proliferação 
das células da granulosa (aparecem novas camadas); 
- Teca – segunda massa de célulasformada pelo agrupamento em diversas camadas de células fusiformes derivadas do interstício ovariano por 
fora das células da granulosa – divide-se em: teca interna (células com características epitelioides semelhantes às das células da granulosa – 
secretam estrogênio e progesterona) e teca externa (forma a cápsula de tecido conjuntivo vascular do folículo em desenvolvimento); 
- FSH – estimula o crescimento inicial do folículo primário até o estágio antral; 
- Folículos vesiculares – folículos ainda maiores formados pelo crescimento acelerado a partir do estágio antral; 
- Os folículos secretam estrogênio; 
- Causas do crescimento acelerado do folículo: estrogênio, combinação FSH estrogênio e ação conjunta do LH e do estrogênio; 
- Estrogênio – é secretado no folículo e faz com que as células da granulosa formem quantidades cada vez maiores de receptores de FSH; 
- Efeito feedback positivo – efeito do estrogênio que torna as células da granulosa ainda mais sensíveis ao FSH; 
- Combinação do FSH e dos estrogênios – promovem receptores de LH nas células originais da granulosa, permitindo a estimulação pelo LH e 
pelo FSH, de modo a aumentar mais rápido a secreção folicular; 
- A ação conjunta do estrogênio e do LH causa a proliferação das células tecais foliculares e aumento da sua secreção; 
- Juntamente ao crescimento dos folículos antrais, que se dá de modo quase explosivo, os óvulos também aumentam de volume cerca de 3 
vezes; 
**durante o aumento do folículo, o óvulo permanece incrustado na massa de células da granulosa, em um pólo do folículo** 
- Após uma semana de crescimento, um dos folículos começa a crescer mais que os outros (5 a 11 folículos) que estavam em desenvolvimento 
e agora involuem (sofrem atresia), formando folículos atrésicos; 
- Hipótese para atresia dos folículos – as grandes quantidades de estrogênio do folículo em crescimento mais rápido agem no hipotálamo, 
deprimindo a secreção intensa de FSH, de modo a bloquear o crescimento posterior dos folículos menos desenvolvidos, permitindo que o folículo 
maior continue a crescer por conta dos efeitos do feedback positivo intrínseco, enquanto os demais sofrem atresia; 
- Importância do processo de atresia – permite que apenas um dos folículos cresça o suficiente para a ovulação mensal, evitando que mais de 
uma criança se desenvolva em cada gravidez; 
- Folículo maduro – folículo único que atinge diâmetro de 1 a 1,5 cm na ovulação; 
c. OVULAÇÃO 
- Ocorre 14 dias após o início da menstruação em mulheres com ciclo sexual de 28 dias; 
- Processo antes de ovular – a parede externa protuberante do folículo incha rapidamente e o estigma (pequena área no centro da cápsula 
folicular) se projeta como um bico; 
- Em cerca de 30 minutos, o líquido começa a vazar do folículo pelo estigma e após cerca de 2 minutos o estigma se rompe inteiramente, lançando 
o líquido mais viscoso (presente na porção central do folículo) para fora; 
- Durante a expulsão do líquido mais viscoso, o óvulo também é expulso juntamente a coroa radiata (massa de células da granulosa); 
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 Pico de LH 
- O LH é necessário ao crescimento folicular final e à ovulação; 
- 2 dias antes da ovulação sua secreção aumenta de 6 a 10 vezes, atingindo o pico cerca de 16 horas antes da ovulação; 
**o FSH aumenta de 2 a 3 vezes ao mesmo tempo** 
- A ação sinérgica do FSH e do LH sobre o folículo faz com que esse dilate nos últimos dias antes da ovulação; 
- Ação específica do LH – age sobre as células da granulosa e tecais, convertendo-as em células secretoras de progesterona; 
- Um dia antes da ovulação, a secreção de estrogênio começa a cair, enquanto a de progesterona aumenta; 
- A ovulação ocorre nesses ambientes de crescimento rápido do folículo, menor secreção de estrogênio após fase prolongada de secreção 
excessiva e início da secreção de progesterona; 
**sem o pico pré-ovulatório inicial de LH a ovulação não ocorre** 
 Início da Ovulação 
 
- O LH aumenta rapidamente a secreção dos hormônios esteróides foliculares que contêm 
progesterona; 
- A teca externa começa a liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos, causando a dissolução 
e enfraquecimento da parede capsular do folículo, de modo a dilatar o folículo e degenerar 
o estigma; 
- Ocorre um rápido crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular e a secreção 
de prostaglandinas (vasodilatadoras) nos tecidos foliculares -> promovem a transudação de 
plasma para o folículo, contribuindo para sua dilatação; 
- A dilatação folicular e a degeneração simultânea do estigma causam o rompimento do 
folículo, com a liberação do óvulo, por volta do 14º dia do ciclo; 
d. FASE LÚTEA DO CICLO OVARIANO 
- Células luteínicas – formadas a partir da transformação das células da granulosa e tecais internas remanescentes, nas primeiras horas após a 
expulsão do óvulo do folículo – características: maiores (aumentam em diâmetro 2 a 3 vezes) e amareladas (devido as inclusões lipídicas); 
- Luteinização – processo de transformação das células da granulosa e tecais em células luteínicas – estimulado pelo LH (secretado durante o 
pico ovulatório) e pela extrusão do óvulo do folículo - controlado pelo fator inibidor da luteinização; 
- Corpo Lúteo – massa total de células, que apresenta suprimento vascular bem desenvolvido; 
- As células luteínicas recém-formadas são programadas para proliferar, aumentar, secretar e degenerar, sequencialmente por 12 dias; 
**gonadotropina coriônica – hormônio secretado pela placenta durante a gravidez que pode agir sobre o corpo lúteo, prolongando sua vida nos 
primeiros 2 a 4 meses de gestação** 
- Progesterona e estrogênio – são produzidos nos retículos endoplasmáticos lisos intracelulares das células da granulosa do corpo lúteo, sendo 
que durante a fase lútea a progesterona é produzida em maior quantidade; 
- Androstenediona e testosterona – androgênios (hormônios masculinos) produzidos pelas células tecais – em sua maioria são convertidos nas 
células da granulosa, pela enzima aromatase, em estrogênios (hormônios femininos); 
- Desenvolvimento do Corpo Lúteo – cresce até 1,5 cm, atingindo o diâmetro máximo cerca de 7 a 8 dias após a ovulação, quando começa a 
involuir, perde suas funções secretoras e sua característica amarelada; 
- O estrogênio e a progesterona, secretados pelo corpo lúteo durante a fase luteínica, exercem efeitos de feedback negativo na hipófise anterior, 
mantendo intensidades reduzidas de FSH e LH; 
- Inibina – hormônio secretado em pequenas quantidades pelas células luteínicas, que inibe a secreção de FSH pela hipófise anterior; 
- Processo de involução – degeneração completa do corpo lúteo, que termina cerca de 12 dias após a formação do corpo lúteo, ou seja, 26° dia 
do ciclo sexual feminino (2 dias antes da menstruação) – causas: baixas concentrações sanguíneas de FSH e LH; 
- Corpus Albicans – corpo lúteo involuído cerca de 12 dias depois da ovulação (fim do processo de involução) – nas semanas subseqüentes é 
substituído por tecido conjuntivo e absorvido ao longo dos meses; 
- A parada súbita de secreção de estrogênio, progesterona e inibina pelo corpo lúteo remove a inibição por feedback da hipófise anterior, 
permitindo que ela secrete FSH e LH, de modo a iniciar um novo ciclo ovariano; 
- A redução do estrogênio e da progesterona causa a menstruação uterina; 
5. FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS OVARIANOS 
- São esteróides sintetizados nos ovários a partir do colesterol e do acetil coenzima A, derivados do sangue, cujas moléculas se combinam para 
formar o núcleo esteroide apropriado; 
- Sintetiza-se primeiro a progesterona e os androgênios (testosterona e andostenediona); 
- Durante a fase folicular do ciclo, grande parte da progesterona e a maior parte dos androgênios são convertidos em estrogênio pela enzima 
aromatase, nas células da granulosa; 
- A conversão ocorre apenas nas células da granulosa, já que as células da tecanão têm aromatase; 
**os androgênios são produzidos nas células da teca, mas migram para as células da granulosa adjacentes para serem convertidos em 
estrogênios** 
- A ação da aromatase é estimulada pelo FSH; 
- Ocorre grande secreção de progesterona na fase lútea do ciclo, devido à sua grande quantidade formada;
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
 
- 1/15 a mais de testosterona é secretado no plasma da mulher 
pelos ovários, do que é secretado no plasma masculino pelos 
testículos; 
- O estrogênio e a progesterona são transportados no sangue 
ligados à albumina plasmática e a globulinas de ligação específica a 
estrogênio e progesterona, a partir de ligações fracas que são 
rapidamente quebradas para sua liberação nos tecidos; 
- Degradação do Estrogênio – ocorre no fígado, que inicialmente os 
conjuga para formar glicuronídeos e sulfatos, excretando-os na bile 
(maior parte) e na urina, além de converter estradiol e estrona 
(estrogênios potentes) em estriol (impotente); 
**hiperestrinismo – aumento da atividade dos estrogênios no 
corpo, devido à redução da função hepática** 
- Degradação da Progesterona – ocorre no fígado, que a degrada 
em outros esteróides que não têm efeito progestacional, sendo o 
principal produto final da degradação o pregnanediol; 
**cerca de 10% da progesterona original é excretada na urina como 
pregnanediol, possibilitando estimar a formação de progesterona 
no corpo** 
a. ESTROGÊNIO 
 
- Estrogênios presentes em quantidades significativas: b-estradiol, estrona e estriol; 
- Estradiol – estrogênio principal - mais importante dos estrogênios secretado pelos ovários 
– sua potência é 12 vezes a da estrona e 80 vezes do estriol; 
- Estrona – formada principalmente nos tecidos periféricos de androgênios secretados pelos 
córtices adrenais e pelas células tecas ovarianas, mas ainda secretado em pequena 
quantidade pelo ovário; 
- Estriol – estrogênio fraco, produzido a partir da oxidação do estradiol e da estrona no fígado; 
- Função: promovem a proliferação e o crescimento de células responsáveis pelo 
desenvolvimento das características sexuais secundárias da mulher, ou seja, dos órgãos 
sexuais e dos outros tecidos relacionados à reprodução; 
- Produção: é secretado na mulher não grávida pelos ovários e pelos córtices adrenais 
(quantidade mínima), sendo que durante a gravidez a placenta também o produz; 
 Efeito no Sistema Reprodutor Feminino 
- Na puberdade, os hormônios gonadotrópicos hipofisários influenciam o aumento da quantidade de estrogênios secretada em cerca de 20 vezes 
ou mais, em relação à infância; 
- O aumento súbito do estrogênio faz com que os órgãos sexuais femininos se alterem dos infantis para os de adulto; 
- Aumento da genitália externa – ocorre com o depósito de gordura no monte pubiano, nos grandes lábios e nos pequenos lábios; 
- Efeito sobre o epitélio vaginal – o epitélio vaginal do tipo cubóide é alterado para o tipo estratificado, que é mais resistente a traumas e a 
infecções; 
- Alterações Uterinas – nos primeiros anos de puberdade o tamanho do útero aumenta de 2 a 3 vezes e ocorrem alterações no endométrio 
uterino, uma vez que o estrogênio causa a proliferação acentuada do estroma endometrial e grande desenvolvimento das glândulas 
endometriais (fornecem nutrição ao óvulo, quando este é implantado); 
- Alterações nas Trompas de Falópio - faz com que os tecidos glandulares do revestimento mucoso se proliferem, aumenta o número de células 
epiteliais ciliadas que a reveste e intensifica a atividade dos cílios (batem em direção ao útero, propelindo o óvulo fertilizado); 
- Alterações nas Mamas – a mama feminina que é primordialmente igual a dos homens, sob influência do estrogênio começa a desenvolver os 
tecidos estromais mamários, o sistema de ductos cresce, a gorda começa a se depositar nas mamas e os lóbulos e alvéolos se desenvolvem até 
certo ponto – os estrogênios iniciam o crescimento das mamas e do aparato produtor de leite, sendo responsável pela aparência externa 
característica da mama feminina adulta, mas não a converte em órgão produto de leite; 
 Efeitos no Sistema Ósseo 
- Os estrogênios estimulam o crescimento ósseo; 
- Os estrogênios estimulam o fator inibidor de osteoclastogênese / osteoprotegerina, sendo esta uma citocina que inibe a atividade osteoclástica 
nos ossos, ou seja, impede a reabsorção óssea; 
- Os estrogênios causam a união das epífises com a haste dos ossos longos na puberdade, razão pela qual ao entrar nos anos reprodutivos o 
crescimento das mulheres cessa rápido; 
- Devido à maior potência do efeito estrogênico sobre o crescimento ósseo das mulheres do que o efeito da testosterona nos ossos dos homens, 
o crescimento da mulher cessa anos antes em relação a esses; 
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**a mulher que não apresenta estrogênio cresce centímetros a mais do que a mulher normal madura, pois suas epífises não se uniram no tempo 
normal** 
- Após a menopausa, a redução acentuada da secreção de estrogênio pelos ovários ocasiona uma maior atividade osteoclástica nos ossos, a 
diminuição da matriz óssea e o menor depósito de cálcio e fostato ósseos, podendo gerar a osteoporose, quando ocorre de forma mais acentuada 
– fundamenta o tratamento profilático com reposição de estrogênio para prevenir os efeitos osteoporóticos de enfraquecimento ósseo; 
 Efeitos no Depósito Proteico 
- O efeito promotor de crescimento do estrogênio nos órgãos sexuais, ossos e tecidos fundamenta o aumento da proteína corporal total, gerando 
um equilíbrio nitrogenado positivo; 
**a testosterona causa depósito maior e mais potente de proteínas em meio geral, do que os estrogênios** 
 Efeitos no Metabolismo Corporal 
- Os estrogênios aumentam ligeiramente o metabolismo corporal; 
**a testosterona masculina aumenta o metabolismo corporal em 3 vezes, em relação ao estrogênio** 
- O estrogênio causa depósito de quantidades maiores de gordura nos tecidos subcutâneos, nas mamas, nos glúteos e nas coxas, fazendo com 
que a porcentagem de gordura corporal no corpo da mulher seja maior do que no corpo do homem; 
 Efeitos na Pele e na Distribuição de Pelos 
- Efeitos na Pele – os estrogênios fazem com que a pele desenvolva textura macia e lisa e torne-se mais vascularizada (aspecto mais quente e 
com maior probabilidade de cortes superficiais); 
- Efeitos nos Pelos – os estrogênios não afetam muito a distribuição de pelos; 
**o desenvolvimento de pelos após a puberdade na região pubiana e nas axilas deve-se as quantidades crescentes de androgênios secretados 
pelas glândulas adrenais femininas** 
 Efeitos no Equilíbrio Eletrolítico 
- Os estrogênios causam retenção de sódio e água nos túbulos renais de forma mais branda do que os hormônios adrenocorticais; 
- Na gravidez a enorme formação de estrogênios pela placenta contribui para a retenção de líquido no corpo; 
b. PROGESTERONA 
- Mais importante das progestinas; 
**pequenas quantidades de outras progestinas, como a 17-a-hidroxiprogesterona, são secretadas em conjunto com a progesterona, 
apresentando efeitos similares** 
- Preparam o útero para a gravidez e as mamas para lactação; 
- Produção: é secretado na mulher não grávida pelos ovários, especificamente pelo corpo lúteo, sendo em quantidades significativas apenas 
durante a segunda metade de cada ciclo ovariano, enquanto que durante a gravidez a placenta também produz progesterona depois do 4° mês 
de gestação; 
 Efeito no Sistema Reprodutor Feminino 
- Alterações Uterinas – na última metade do ciclo sexual feminino mensal, a progesterona promove alterações secretoras no endométrio uterino, 
preparando-o para implantação do óvulo fertilizado; e diminui a intensidade e a frequência das contrações uterinas, impedindo a expulsão do 
óvulo implantado; 
- Alterações nas Trompas de Falópio – a progesterona aumenta a secreção pelo revestimento mucoso das trompas de Falópio, sendo essa 
necessáriapara nutrição do óvulo fertilizado em divisão, durante sua passagem pela trompa antes da implantação uterina; 
- Alterações nas Mamas – a progesterona promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos mamários e a proliferação das células alveolares, 
fazendo com que a mama aumente, inche e adquira sua natureza secretora de leite; 
**a prolactina (hormônio hipofisário anterior) é responsável pelo estímulo adicional à preparação e secreção da mama, finalizando a tarefa de 
converter as mamas em órgãos produtores de leite** 
6. CICLO ENDOMETRIAL MENSAL 
 
 
- Ciclo endometrial do revestimento do útero, que apresenta 3 estágios básicos: proliferação 
do endométrio, desenvolvimento de alterações secretoras no endométrio e descamação 
endometrial; 
- Associa-se à produção cíclica mensal de estrogênios e progesterona pelos ovários; 
a. FASE PROLIFERATIVA / ESTROGÊNICA 
- Ocorre antes da ovulação, no início de cada ciclo mensal, quando parte do endométrio foi descamada pela menstruação no fim do ciclo anterior; 
- Útero pós-menstruação – resta apenas uma fina camada de estroma endometrial e poucas células epiteliais restantes, estando estas localizadas 
nas porções remanescentes profundas das glândulas e criptas do endométrio; 
- Durante a primeira parte do ciclo ovariano mensal, o ovário secreta grande quantidade de estrogênio, que ocasiona a rápida proliferação de 
células do estroma e células epiteliais uterinas, de modo a reepitalizar a superfície endometrial entre 4 a 7 dias; 
- Na segunda semana, o crescimento das células estromais, das glândulas endometriais e dos vasos sanguíneos no endométrio, ocasionados pelo 
estrogênio, fazem com que o endométrio aumente muito sua espessura antes da ovulação, atingindo cerca de 3 a 5 milímetros de espessura; 
- Muco do canal cervical – muco fino e pegajoso secretado pelas glândulas endometriais da região cervical, que se alinha em filamentos ao longo 
do canal, ajudando a guiar o espermatozoide na direção correta da vagina ao útero; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
b. FASE SECRETORA / PROGESTACIONAL 
- Ocorre depois da ovulação, durante a última metade do ciclo mensal; 
- Nessa fase a progesterona e o estrogênio são secretados em grande quantidade pelo corpo lúteo; 
- Alterações Endometriais – o estrogênio estimula uma leve proliferação celular adicional, enquanto a progesterona causa inchaço e acentua o 
desenvolvimento secretor endometrial; as glândulas aumentam em tortuosidade, o excesso de substâncias secretoras se acumula nas células 
epiteliais glandulares, o citoplasma das células estromais aumenta, o depósito de lipídios e glicogênio das células estromais aumenta e, em 
proporção ao desenvolvimento da atividade secretora, o fornecimento sanguíneo ao endométrio aumenta e os vasos ficam mais tortuosos -> 
fazem com que cerca de uma semana após a ovulação, no pico da fase secretora, o endométrio atinja 5 a 6 mm de espessura; 
- Finalidade as alterações endometriais – produzir endométrio altamente secretor, que contenha grande quantidade de nutrientes armazenados, 
para prover condições apropriadas à implantação do óvulo fertilizado, durante a última metade do ciclo mensal; 
- Leite uterino – secreções uterinas que fornecem nutrição ao óvulo fertilizado, a partir do momento que esse chega à cavidade uterina, vindo 
da trompa de Falópio (3 a 4 dias após a ovulação), até sua implantação (7 a 9 dias após a ovulação); 
- Após a implantação do óvulo no endométrio, as células trofoblásticas na superfície do blastocisto começam a digerir o endométrio e a absorver 
as substâncias endometriais armazenadas, disponibilizando grandes quantidades de nutrientes para o embrião recém-implantado; 
c. MENSTRUAÇÃO 
- Causa: involução do corpo lúteo com diminuição da secreção do estrogênio e da progesterona, cerca de 2 dias antes do final do ciclo mensal, 
devido à não fertilização do óvulo; 
**a redução da progesterona apresenta maior significância na causa da menstruação** 
- Efeitos seqüenciais da redução dos hormônios ovarianos: (1) a redução da estimulação das células endometriais por esses, é seguida pela rápida 
involução do endométrio para cerca de 65% da sua espessura prévia; (2) os vasos sanguíneos tortuosos, que levam sangue às camadas mucosas 
do endométrio, ficam vasoespásticos nas 24 horas que precedem a menstruação, devido à liberação de material vasoconstritor (como as 
prostaglandinas) na involução; (3) a perda da estimulação hormonal, somada ao vasoespasmo e à diminuição dos nutrientes ao endométrio 
desencadeia a necrose do endométrio e dos seus vasos sanguíneos; 
- Fases da Necrose do Endométrio: (1) o sangue penetra na camada vascular do endométrio, fazendo com que as áreas hemorrágicas cresçam 
rapidamente em cerca de 24 a 36 horas; (2) de forma gradativa, em alguns locais de hemorragia, as camadas externas necróticas do endométrio 
se separam do útero, até que em 48 horas após o início, todas as camada superficiais do endométrio já descamaram; (3) a massa de tecido 
descamada, o sangue na cavidade uterina e os efeitos contráteis das prostaglandinas e das demais substâncias no descamado em degeneração 
iniciam as contrações que expelem os conteúdos uterinos; 
- Composição líquido menstrual: 40 mililitros de sangue + 35 mililitros de líquido seroso; 
- Fator de impedimento da coagulação – uma fibrinolisina é liberada em conjunto com o material endometrial necrótico, impedindo a coagulação 
do líquido menstrual, no entanto, em caso de sangramento excessivo da superfície uterina, a quantidade de fibrinolisina pode não ser suficiente 
para impedir a coagulação; 
- Coágulos na menstruação – representa evidência clínica da doença uterina; 
- O sangramento cessa 4 a 7 dias após o início da menstruação, sendo esse o período de reepitelização do endométrio; 
- Leucorreia – alguma substância liberada pela necrose endometrial faz com que grandes quantidades de leucócitos sejam liberadas em conjunto 
com o material necrótico e o sangue – faz com que o útero seja muito resistente às infecções durante a menstruação, apresentando um 
importante efeito protetor; 
7. CICLO ANOVULATÓRIO 
- Causa: pico pré-ovulatório de LH não tem grandeza suficiente, fazendo com que a ovulação não ocorra; 
- Nesse as fases do ciclo sexual continuam, mas são alteradas; 
- A ausência de ovulação leva ao não desenvolvimento do corpo lúteo, não ocorrendo secreção de progesterona na última porção do ciclo; 
**a progesterona não é necessária à manutenção do ciclo em si** 
- O ciclo é encurtado em vários dias, mas o ritmo continua; 
- Ocorrência: geralmente fazem-se presentes nos primeiros ciclos sexuais depois do início da puberdade e alguns meses a anos antes da 
menopausa – justificativa: pico de LH não é potente o bastante nessas épocas para provocar a ovulação; 
8. PUBERDADE 
 
- Início da fase adulta; 
- Causa: aumento gradual na secreção dos hormônios 
gonadotrópicos pela hipófise, que inicia por volta dos 8 anos de 
idade; 
- Na mulher, o hipotálamo não secreta quantidades significativas 
de GnRH durante a infância, pois apesar de ser capaz, não recebe 
sinal apropriado das outras áreas cerebrais para desencadear sua 
secreção; 
- Como o hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH, a hipófise e os ovários infantis, que também já se encontram capazes de 
funcionar, não recebem os estímulos apropriados, não ocorrendo os ciclos sexuais femininos mensais; 
- O início da puberdade se relaciona a algum processo de amadurecimento que ocorre em algum ponto do cérebro (provavelmente o sistema 
límbico); 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
- Na puberdade ocorrem níveis crescentes da secreção de estrogênio, de modo que, nos primeiros anos de vida reprodutiva, ocorre um aumento 
adicional da secreção de estrogênio; 
- Menarca - primeiro ciclo de menstruação, que ocorre entre os 11 e 16 anos de idade; 
9. MENOPAUSA 
- Definição – período em que os ciclos sexuaiscessam totalmente e os hormônios femininos (estrogênio e progesterona) caem a quase zero; 
- Período Perimenopausal – ocorre entre os 40 e os 50 anos de idade, quando o ciclo sexual se torna irregular e a ovulação muitas vezes não 
ocorre; 
- Causa: esgotamento dos ovários, uma vez que durante a vida reprodutiva da mulher muitos dos seus folículos primordiais, que atingiram o 
estágio de folículo maduros, participaram da ovulação (cerca de 400), enquanto outros milhares degeneraram, de modo que por volta dos 45 
anos restam poucos folículos primordiais, reduzindo a produção de estrogênios pelos ovários abaixo de um nível crítico, que não consegue mais 
inibir a produção de FSH e LH; 
- Caracterizada pela produção estrogênica e de progesterona dos ovários quase nula, enquanto a produção de FSH e LH torna-se elevada e 
contínua; 
- Mudanças fisiológicas ocasionadas pela perda dos estrogênios: fogachos (rubor extremo da pele), sensações psíquicas de dispnéia, 
irritabilidade, fadiga, ansiedade e diminuição da resistência e da calcificação dos ossos – apresentam magnitude considerável em apenas 15% 
das mulheres, tornando necessário a instituição de tratamento; 
- Tratamento possível: administração diária de estrogênio em pequenas quantidades, diminuído sua dose gradativamente – objetivo: reverter 
ou evitar os sintomas graves nas mulheres na pós-menopausa – devido ao fato de poder aumentar os riscos de doença cardiovascular, esse 
tratamento não é mais prescrito de forma sistemática às mulheres pós-menopáusicas, devendo-se considerar os aspectos individuais de cada 
paciente e o seu poder de escolha; 
 REFERÊNCIAS 
- GUYTON. Tratado de Fisiologia Médica. 13 ed. 2017. Capítulo 82 (Pg 2980 – 3021); 
- FEBRASGO. Manual de Ginecologia Endócrina. 2015. Cap 1 (pg 8 – 13) e Cap 2 (Pg 15 – 20); 
- HOFFMAN. Et. Al. Ginecologia de Williams. 2 ed. 2014. Cap 15 (Pg 418 – 454); 
- TAYLOR. Et. Al. Speroff’s Clinical Gynecologic Endocrinology and Infertility. 9ª ed. Cap 4 (pg 271 – 339) e Cap 5 (pg 351 - 413); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
 MENOPAUSA 
- Progressão endocrinológica gradual que leva mulheres em idade reprodutiva de menstruações regulares, cíclicas e previsíveis, características 
dos ciclos ovulatórios, para o fim dos períodos menstruais, devido à senescência ovariana; 
- Menopausa – um ano após a cessação da menstruação; 
- Pós-menopausa – anos que se seguem após um ano após a cessação da menstruação; 
- Transição Menopáusica (Perimenopausa/Climatério em termos leigos) – período de tempo relativo ao final do período reprodutivo, no final 
dos 40 e início dos 50 anos de idade – inicia com irregularidade do ciclo menstrual e se estende até um ano após a cessação permanente da 
menstruação – varia entre 4 e 7 anos, iniciando-se comumente aos 47 anos – apresenta oscilações mais erráticas nos hormônios reprodutivos 
femininos, que podem levar a um conjunto de sintomas físicos e psicológicos; 
- Insuficiência ovariana prematura – cessação da menstruação antes dos 40 anos de idade – associa-se a níveis elevados do hormônio folículo-
estimulante (FSH); 
- A média de idade das mulheres vivenciando seu último período menstrual (FMP) é de 51,5 anos, mas a cessação das menstruações causada 
por insuficiência ovariana pode ocorrer em qualquer idade; 
- Inúmeras influências ambientais, genéticas e cirúrgicas podem acelerar o envelhecimento ovariano – ex.: (tabagismo) antecipa a idade da 
menopausa em aproximadamente 2 anos; (quimioterapia, radioterapia pélvica, cirurgias ovarianas e histerectomia) antecipam a menopausa; 
- Atualmente grande parte das mulheres vive pelo menos 1/3 da vida após a menopausa; 
1. ESTÁGIOS DE STRAW 
 
- A vida reprodutiva e pós-reprodutiva é 
dividida em 7 estágios segundo o 
relatório de STRAW, sendo esses 
definidos a partir do período menstrual 
final (FMP), com 5 precedendo o FMP e 2 
posteriores; 
- Estágio (- 5) – início do período 
reprodutivo; 
- Estágio (- 4) – pico reprodutivo; 
- Estágio (- 3) – final do período 
reprodutivo; 
- Estágio (- 2) – início da transição menopáusica – ciclos menstruais regulares, porém intervalo entre os ciclos pode ser alterado em 7 dias ou 
mais, sendo que comumente os ciclos se tornam mais curtos – apresentam níveis de FSH elevados e níveis de estrogênio sérico aumentados no 
início da fase folicular – os ciclos ovulatórios normais podem ser intercalados com ciclos anovulatórios durante essa transição, podendo ocorrer 
concepção a qualquer momento; 
- Estágio (- 1) – final da transição – apresenta 2 ou + falhas na menstruação e pelo menos um intervalo intermenstrual de 60 dias ou mais, em 
razão de períodos cada vez mais longos de anovulação; 
- Estágio (+ 1a) – primeiro ano depois do FMP; 
- Estágio (+ 1b) – período do 2° a 5° ano após a menopausa; 
- Estágio (+ 2) – anos pós-menopáusicos posteriores; 
2. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS 
a. ALTERAÇÕES NO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIO 
 Vida Reprodutiva 
 o núcleo arqueado do hipotálamo basal medial libera em forma pulsátil o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), que se liga aos 
receptores hipofisários estimulando a liberação cíclica do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo estimulante (FSH), que estimulam 
a produção ovariana dos esteroides sexuais, como estrogênio, progesterona e inibina – o estrogênio e a progesterona exercem feedback positivo 
e negativo sobre a produção das gonadotrofinas hipofisárias e sobre a amplitude e frequência dos pulsos de GnRH, enquanto a inibina (produzida 
nas células da granulosa) exerce importante influência no feedback negativo sobre a secreção de FSH pela adeno-hipófise – o ciclo endócrino 
rigorosamente regulado produz ciclos menstruais ovulatórios regulares e previsíveis; 
- Hormônio Antimulleriano (AMH) - glicoproteína secretada pelas células da granulosa dos folículos secundários e pré-antrais – as concentrações 
circulantes se mantêm relativamente estáveis ao longo do ciclo menstrual nas mulheres em idade reprodutiva, correlacionando-se ao número 
de folículos antrais precoces, de modo a ser utilizado como marcador da reserva ovariana; 
 Transição Menopáusica 
- A transição entre os ciclos ovulatórios até a menopausa se inicia ao final da quinta década de vida (estágio – 2), com elevação discreta dos 
níveis de FSH (devido à redução da secreção ovariana de inibina e consequente redução do feedback negativo) e consequente aumento da 
resposta folicular ovariana, de modo a causar elevação global dos níveis de estrogênio; 
- Nas mulheres perimenopáusicas a produção de estradiol oscila com essas flutuações no nível de FSH e pode alcançar concentrações mais altas 
do que as observadas em mulheres com menos de 35 anos; 
- Os níveis de estradiol não se reduzem significativamente até a fase tardia da transição menopáusica; 
- Apesar dos ciclos menstruais regulares, os níveis de progesterona são mais baixo na fase inicial da transição menopáusica, em comparação com 
as mulheres na meia-idade reprodutiva; 
[GABRIELA BARBOSA] Turma 74– Medicina Unimontes 
 
- Os níveis de testosterona não variam significativamente durante a transição menopáusica; 
- Os níveis de AMH caem acentuadamente e progressivamente ao longo da transição menopáusica; 
 Final da Transição Menopáusica 
- A mulher apresenta redução da foliculogênese e maior incidência de ciclos anovulatórios, em comparação as mulheres no meio da idade 
reprodutiva; 
- Nesse período, os folículos ovarianos sofrem uma taxa acelerada de perda até que ocorra exaustão no suprimento de folículos; 
- A redução na qualidade e na capacidade de secreção de inibina pelos folículos em fase de envelhecimento gera aumento nos níveis de FSH; 
 Menopausa 
- A insuficiência ovariana cessa a liberação de hormônio esteroide ovariano, abrindo a alça de feedback negativo; 
- O GnRH é liberado

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