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Faculdade de Medicina APOSTILA DE RESUMOS DO 1º TERMO Lucca Cristófano de Souza ÍNDICE Anatomia..........................................................................................03 Bioquímica........................................................................................46 Comunicação em Saúde.......................................................................72 Embriologia......................................................................................82 Ética, Política e Sociedade.................................................................106 Genética e Biologia Molecular............................................................128 Histologia.......................................................................................164 OBSERVAÇÕES Esses resumos foram todos feitos de acordo com as aulas teóricas, livro-texto e gabarito de prova das matérias do primeiro termo. As matérias de PPM I e PAPP I não possuem resumos pelo fato de serem mais práticas, PAPP inserido nas atividades da Atenção Primária e no caso do PPM, será disponibilizado os roteiros das aulas no Aprender. É sempre muito bom acompanhar a apostila e o que o professor diz para anotações de algo que tenha faltado ou então algo novo. 1 ETIMOLOGIA DE ANATOMIA ana (em partes) + tome (cortar) ANATOMIA HUMANA ✓ ANATOMIA TOPOGRÁFICA/REGIONAL → estudo dos órgãos do corpo por regiões; ✓ ANATOMIA SISTÊMICA → estudo dos órgãos que compõem um determinado sistema (conjunto de órgãos que se reúnem para realizar uma mesma função); ✓ ANATOMIA CLÍNICA → estabelece a relação de anatomia no contexto da prática médica. POSIÇÃO ANATÔMICA Corpo ereto, cabeça voltada para a frente, olhar no horizonte, membros superiores pendentes lateralmente ao corpo com as palmas das mãos voltadas para fora, e os membros inferiores próximos, pés paralelos e voltados anteriormente. PLANOS ANATÔMICOS PLANOS DE DELIMITAÇÃO São os planos “limites”, como se colocássemos um corpo em um cubo e denominássemos as delimitações: ✓ Superior (Cranial) e Inferior (Podálico); ✓ Lateral Direita e Lateral Esquerda; ✓ Anterior (Ventral) e Posterior (Dorsal). PLANOS DE SECÇÃO Planos de corte do corpo: ✓ PARASSAGITAL E SAGITAL MEDIANO : plano que divide longitudinalmente o corpo em lateral direito e lateral esquerdo; no plano sagital mediano, ocorre a divisão proporcional das partes a partir do nariz, esterno, coluna vertebral e cicatriz umbilical; ✓ FRONTAL (CORONAL): plano que divide (e faz ângulo reto com o sagital) o corpo em anterior (ventral) e posterior (dorsal); dividindo proporcionalmente a partir das orelhas e dos ombros. ✓ TRANSVERSAL: plano que divide o corpo em superior (cranial) e inferior (podálico); dividindo proporcionalmente a partir da cicatriz umbilical. 2 EIXOS ANATÔMICOS São linhas imaginárias que determinam o movimento específico e se relacionam com determinado plano: PLANOS EIXOS MOVIMENTO Sagital Latero-Lateral Flexão/Extensão Frontal Antero- Posterior Abdução/Adução Transversal Crânio- Podálico/ Longitudinal Rotação Medial e Lateral TERMOS DE POSIÇÃO Auxiliam na comparação de posições entre órgãos: ✓ Superior e Inferior (Médio) ✓ Lateral Esq. E Lateral Dir. (Médio) ✓ Anterior e Posterior (Médio) ✓ Proximal e Distal (Médio) – se refere à proximidade do crânio. ✓ Medial e Lateral (Intermédio) – se refere à proximidade do plano sagital mediano. ✓ Superficial e Profundo ✓ Interno e Externo ABREVIAÇÕES *Para se referir ao plural devemos dobrar a última letra (exs.: oo. → ossos, ligg. → ligamentos). o. → osso lig. → ligamento n. → nervo m. → músculo v. → veia a. → artéria 3 INTRODUÇÃO O Sistema Esquelético é composto por partes rígidas e não tão rígidas (cartilagens); possui mais ou menos 206 ossos (varia de autor para autor, pois alguns consideram na infância – período de maior número de cartilagens que futuramente serão substituídas pelo tecido ósseo (processo de ossificação endocondral); ou então não consideram os ossículos da orelha média (martelo, estribo e bigorna). *Caixa Torácica expande e relaxa quando inspiramos e expiramos, graças às cartilagens que conferem a elasticidade. FUNÇÕES ✓ Rigidez (sustentação); ✓ Suporte; ✓ Proteção dos Órgãos Vitais; ✓ Fixação Muscular (músculo puxa os ossos); ✓ Alavancagem ✓ Produção de Células Sanguíneas (Medulas Ósseas – vermelhas na fase inicial, também presente em alguns ossos em fases já avançadas; mas geralmente nas fases superiores estão presentes as amarelas (tutano) – o transplante de medula óssea geralmente é feito pelos ossos do esterno); ✓ Depósitos de íons cálcio (Ca) e fósforo (P). APARELHO LOCOMOTOR O Aparelho Locomotor é formado pelos seguintes sistemas: Esquelético, Articular e Muscular. Todos os sistemas têm juntos uma função: locomoção. SUBSTÂNCIAS ÓSSEAS ✓ SUBSTÂNCIA COMPACTA → rígida, confere rigidez aos ossos; ✓ SUBSTÂNCIA ESPONJOSA → trabeculada, confere a elasticidade aos ossos. *OBS 1: Num impacto, a força exercida encontra uma força de resistência da substância compacta, e quando atravessa por essa e encontra a parte esponjosa, essa força exercida é dissipada. *OBS 2: Exceção do Díploe: as calotas cranianas possuem duas camadas de substâncias compactas envolvendo uma camada de substância esponjosa (forte proteção do encéfalo). PERIÓSTEO DEFINIÇÃO/CONCEITO Periósteo é uma membrana de Tecido Conjuntivo que recobre o corpo dos ossos (exceto nas epífises dos ossos longos (cartilagens), e nem no osso alveolar propriamente dito). 4 FUNÇÕES ✓ Recobre o corpo dos ossos; ✓ Sensibilidade (nervos); ✓ Nutrição (vasos sanguíneos); ✓ Aumento em espessura. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA OSSOS LONGOS Comprimento excede a largura e a espessura - comprimento longitudinal. Compreende as Epífises Proximal e Distal, a Diáfise, a Cartilagem ou Disco Epifisial (presente em crianças e adolescentes, já que auxilia no crescimento dos ossos), e o Canal Medular (cavidade tubular, contém a medula óssea). Exemplos: Fêmur, Rádio, Ulna, Úmero, Clavícula. OSSOS ALONGADOS Achatados, o comprimento excede a largura e a espessura, porém não possui as epífises proximal e distal, cavidade medular, e cartilagem epifisial. Exemplo: costelas. OSSOS PLANOS Comprimento e largura se equivalem, mas a espessura não. Presença da Díploe (formada por uma camada de substância esponjosa compreendida entre duas camadas de substâncias compactas). Exemplos: ossos da calota craniana (exs.: frontal, occipital, parietais, temporais). OSSOS CURTOS Comprimento, largura e espessura se equivalem. Exemplos: ossos do carpo e do tarso. *SESAMOIDES → são ossos curtos presos por tendões (ex.: patela). OSSOS PNEUMÁTICOS Possuem cavidades preenchidas por ar no seu interior. Exemplo: crânio, maxila. *SINUSITE: seios infeccionados (mucosa edemaciada), há dificuldade da passagem do ar. OSSOS IRREGULARES Ossos que não possuem uma forma específica. Exemplos: vértebras lombares, mandíbula, zigomático. CLASSIFICAÇÃO TOPOGRÁFICA ESQUELETO AXIAL São os ossos do eixo central – ossos do crânio, hioide, esterno, vértebras e costelas. ESQUELETO APENDICULAR São os ossos dos membros superiores e inferiores (partes livres) com seus cíngulos (raízes, partes que conectam os membros ao tronco). ✓ MEMBROS SUPERIORES ➢ Cíngulos: escápula e clavícula ➢ Partes Livres: úmero, ulna, rádio, ossos do carpo (carpais), metacarpos e falanges. ✓ MEMBROS INFERIORES ➢ Cíngulos: ossos do quadril (ísquio, ílio e púbis) ➢ Partes Livres: fêmur, patela, tíbia, fíbula, ossos do tarso, metatarsos e falanges. OSSOS ACESSÓRIOS São os ossosextras do corpo, uma variação anatômica que deriva principalmente do osso occipital. ACIDENTES ANATÔMICOS São reparos ósseos, sempre estudados do maior acidente para o menor acidente. Alguns exemplos: linhas glúteas, crista ilíaca, acetábulo, trocânter maior e menor. *Dica p/ prova: em 2021, foi cobrado não só exemplos, como a definição de alguns acidentes em âmbitos gerais, como: corpo, incisura, processo (interessante pesquisar os demais). 5 CÍNGULOS (RAÍZES) CLAVÍCULA ✓ Extremidade Acromial (lateral) ✓ Extremidade Esternal (medial e arredondada) ✓ Tubérculo Conoide (extremidade acromial, inferior e posterior) ESCÁPULA ✓ Acrômio ✓ Processo Coracoide ✓ Cavidade Glenoide ✓ Espinha da Escápula ✓ Fossa Supra-Espinal ✓ Fossa Infra-Espinal ✓ Fossa Subescapular ✓ Margem Medial da Escápula ✓ Ângulo Inferior PARTE LIVRE ÚMERO ✓ Cabeça do Úmero ✓ Colo Anatômico ✓ Colo Cirúrgico ✓ Tubérculo Maior ✓ Tubérculo Menor ✓ Sulco Intertubercular ✓ Capítulo do Úmero ✓ Tróclea do Úmero ✓ Epicôndilo Medial do Úmero (Sulco do N. Ulnar) ✓ Epicôndilo Lateral do Úmero ✓ Fossa Coronoidea ✓ Fossa do Olecrano ULNA ✓ Olécrano ✓ Incisura Troclear ✓ Processo Coronoide da Ulna ✓ Processo Estiloide da Ulna 6 RÁDIO ✓ Cabeça do Rádio ✓ Colo do Rádio ✓ Tuberosidade do Rádio ✓ Processo Estiloide do Rádio ✓ Tubérculo Dorsal OSSOS DO CARPO ✓ O. Escafoide ✓ O. Semilunar ✓ O. Piramidal ✓ O. Pisiforme ✓ O. Trapézio ✓ O. Trapezoide ✓ O. Capitato ✓ O. Hamato OSSOS DO METACARPO ✓ Base dos Oo. Metacarpais ✓ Corpo dos Oo. Metacarpais ✓ Cabeça dos Oo. Metacarpais OSSOS FALANGES (PROXIMAL, MÉDIA E DISTAL) ✓ Base da Falange ✓ Corpo da Falange ✓ Cabeça da Falange 7 CÍNGULO (RAÍZ) OSSOS DO QUADRIL ✓ Fossa do Acetábulo ✓ Face Semilunar ✓ Incisura do Acetábulo ✓ Crista Ilíaca ✓ Espinha Ilíaca Antero Superior ✓ Incisura Isquiática Maior ✓ Incisura Isquiática Menor ✓ Espinha Isquiática ✓ Túber Isquiático ✓ Forame Obturado ✓ Fossa Ilíaca ✓ Linha Arqueada ✓ Eminência Iliopúbica ✓ Linha Pectínea do Púbis ✓ Face Sinfisial ✓ Face Auricular OBS.: Ílio + Ísquio + Púbis → OSSOS DO QUADRIL OBS. 2: Ossos do Quadril + Sacro/Cóccix → PELVE PARTE LIVRE FÊMUR ✓ Cabeça do Fêmur ✓ Fóvea da Cabeça do Fêmur ✓ Colo do Fêmur ✓ Trocânter Maior ✓ Trocânter Menor ✓ Crista Intertrocantérica ✓ Linha Áspera ✓ Face Poplítea ✓ Côndilo Medial do Fêmur ✓ Côndilo Lateral do Fêmur ✓ Epicôndilo Lateral do Fêmur ✓ Epicôndilo Medial do Fêmur ✓ Face Patelar PATELA 8 TÍBIA ✓ Côndilo Medial da Tíbia ✓ Côndilo Lateral da Tíbia ✓ Eminência Intercondilar ✓ Tuberosidade da Tíbia ✓ Maléolo Medial ✓ Face Articular Inferior ✓ Incisura Fibular FÍBULA ✓ Cabeça da Fíbula ✓ Ápice da Cabeça da Fíbula ✓ Colo da Fíbula ✓ Face Articular do Maléolo Lateral ✓ Maléolo Lateral OSSOS DO TARSO ✓ O. Tálus ✓ Tróclea do Tálus ✓ O. Calcâneo ✓ O. Navicular ✓ O. Cuboide ✓ O. Cuneiforme Medial ✓ O. Cuneiforme Intermédio ✓ O. Cuneiforme Lateral OSSOS DO METATARSO ✓ Base dos Oo. Metatarsais ✓ Corpo dos Oo. Metatarsais ✓ Cabeça dos Oo. Metatarsais OSSOS FALANGES (PROXIMAL, MÉDIA E DISTAL) ✓ Base da Falange ✓ Corpo da Falange ✓ Cabeça da Falange 9 CRÂNIO O Crânio é um conjunto de ossos que estão organizados em: ✓ NEUROCRÂNIO → são os ossos da calota craniana; ✓ VISCEROCRÂNIO → são os ossos da face. NEUROCRÂNIO (8) ✓ O. Frontal (vista anterior e superior) ✓ Oo. Parietais (vista superior e lateral) ✓ Oo. Temporais (vista lateral, inferior e interna) ✓ O. Occipital (vista posterior) ✓ O. Esfenoide (vista interna, inferior e lateral) ✓ O. Etmoide (vista interna e anterior) VISCEROCRÂNIO (14) ✓ Oo. Nasais (vista anterior e lateral) ✓ Oo. Zigomático (vista anterior e lateral) ✓ Oo. Maxila (vista anterior, lateral e inferior) ✓ O. Mandíbula (vista anterior e lateral) ✓ Oo. Palatinos (vista inferior) ✓ O. Vômer ✓ Oo. Lacrimais ✓ Oo. Conchas Nasais VISTA ANTERIOR DA FACE EXOCRANIANA EXTERNA ✓ Arco Supraciliar (acima da margem supra- orbital) ✓ Órbita (composta por faces orbitais do o. zigomático, do o. maxila, o. frontal, do o. etmoide, e das asas maior e menor do esfenoide; o. lacrimal e processo orbital do o. palatino) ✓ Abertura Piriforme (formato de pêra) ✓ Mento (O. Mandíbula) ✓ Corpo da Mandíbula VISTA LATERAL DA FACE EXOCRANIANA EXTERNA ✓ Ptério (ponto craniométrico em forma de H, encontro dos oo. Frontal, parietal, temporal e esfenoide) ✓ Arco Zigomático ✓ Meato Acústico Externo ou Poro (O. Temporal) ✓ Processo Mastoide (O. Temporal) ✓ Processo Estiloide do O. Temporal ✓ Ramo da Mandíbula ✓ Côndilo da Mandíbula ✓ Margem Inferior da Mandíbula (Ângulo) 10 VISTA POSTERIOR DA FACE EXOCRANIANA EXTERNA ✓ Protuberância Occipital Externa (local da úlcera de decúbito do Sr. Afrânio) FOSSA CEREBRAL ANTERIOR ✓ Crista Etmoidal (O. Etmoide) ✓ Lâmina Cribiforme (O. Etmoide – nervo olfatório) FOSSA CEREBRAL MÉDIA ✓ Canal Óptico (anterior à Sela Turca) ✓ Sela Turca (Fossa Hipofisária) ✓ Asa Menor do Esfenoide ✓ Fissura Orbital Superior (passagem dos nervos cranianos) ✓ Asa Maior do Esfenoide ✓ Forame Redondo ✓ Forame Oval ✓ Forame Espinhoso ✓ Canal Carótico (abertura interna – artéria interna) ✓ Forame Jugular (veia jugular interna) ✓ Parte petrosa do O. Temporal (ossículos da orelha média – bigorna, estribo e martelo) ✓ Meato Acústico Interno ou Poro (O. Temporal) FOSSA CEREBRAL POSTERIOR ✓ Forame Magno (Medula Espinal) ✓ Fossa Cerebelar (aloja o cerebelo) ✓ Canal do Hipoglosso ✓ Sulco do Seio Transverso ✓ Sulco do Seio Sigmoide ✓ Protuberância Occipital Interna VISTA INFERIOR DA FACE EXOCRANIANA EXTERNA ✓ Processo Palatino da Maxila (Palato Duro) ✓ Lâmina Palatina do O. Palatino (Palato Duro) ✓ Processo Pterigoide do O. Esfenoide ✓ Processo Mastoide (O. Esfenoide) ✓ Processo Estiloide do O. Temporal ✓ Canal Carótico (abertura externa) ✓ Forame Jugular (medial ao processo estiloide do O. Temporal) ✓ Forame Magno (O. Occipital) ✓ Processo Articular do O. Occipital 11 COLUNA VERTEBRAL VÉRTEBRAS TÍPICAS ✓ Corpo Vertebral ✓ Arco Vertebral ✓ Lâmina do Arco Vertebral ✓ Pedículo do Arco Vertebral ✓ Forame Vertebral ✓ Processo Espinhoso ✓ Processos Transversos ✓ Processos Articulares Superiores ✓ Processos Articulares Inferiores ✓ Forame Intervertebrais (entre as incisuras superior e inferior) VÉRTEBRAS CERVICAIS (7) São em quantidade de 7, nas quais as duas primeiras (Atlas e Áxis possuem algumas diferenças das outras (CIII – CVII), mostradas abaixo: ✓ CI (Atlas) – não possui processo espinhoso. ➢ Arco Anterior ➢ Arco Posterior ➢ Face Articular Superior ➢ Fóvea do Dente ✓ CII (Áxis) ➢ Dente do Áxis (anterior) ✓ CIII – CVII ➢ Forame Transversário (nos processos transversos do arco vertebral) ➢ Processo Espinhoso Bífido – com exceção da CVII que possui um processo espinhoso pontiagudo) ➢ Unco do Corpo (superior) VÉRTEBRAS TORÁXICAS (12) ✓ Processo Espinhoso (afilado e inclinado inferiormente) ✓ Fóveas Costais (superior e inferior, no corpo vertebral junto ao pedículo) ✓ Fóveas Costais Transversas (nas extremidades dos processos transversos) – as fóveas são locais de articulação com a costela. 12 VÉRTEBRAS LOMBARES (5) ✓ Processo Espinhoso (quadrilátero e retilíneo) VÉRTEBRAS SACRAIS (5) Essas vértebras se fundem para formar o sacro, que possui 2 faces (pélvica – lisa e côncava, e dorsal – rugosa e convexa). ✓ Promontório ✓ Forames Sacrais – apresentam-se em 4 pares. ✓ Crista Sacral Mediana e Laterais (posterior) ✓ Canal Sacral (continuidade do canal vertebral) ✓ Hiato Sacral (abertura inferior do canal sacral – pela ausência de lâmina e processo espinhoso de S5). ✓ Face Auricular (lateral – articula-se com oosso do quadril) CÓCCIX (4) É um osso formado pelo conjunto de 4 vértebras coccígeas; pequeno, triangular, remanescente da cauda e inserção músculo e ligamento. CURVATURAS DA COLUNA VERTEBRAL ✓ LORDOSE: curvatura normal da coluna que surge com a extensão do corpo a partir da posição fetal → concavidades, cervical e lombar; ✓ CIFOSE: curvatura normal da coluna conferida pela fase fetal, pela posição em que se encontra o bebê → convexidades, torácica e sacral; ✓ ESCOLIOSE: é uma curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, determinada pela rotação das vértebras, em C ou em S. 13 DEFINIÇÃO E FUNÇÕES Se trata do fechamento superior e inferior que oclui abertura inferior do tronco, dando suporte aos órgãos abdomino-pélvicos – não deixando com que estes caiam por musculatura enfraquecida (prolapso urogenital). O Soalho Pélvico Feminino é formado pelos óstios da uretra, vaginal e anal – todos vistos em posição ginecológica. PERITÔNIO É uma fáscia (membrana serosa) que reveste as paredes da cavidade abdominal – peritônio parietal; e recobre os órgãos abdomino-pélvicos – peritônio visceral. DIAFRAGMA DA PELVE Sua função é sustentar as vísceras pélvicas. Ele limita a mobilidade e resiste ao aumento de pressão intra- abdominal. Possui as seguintes estruturas: 1. Fáscia Visceral (deriva do tecido Extraperitoneal) 2. Fáscia Superior do Diafragma da Pelve 3. Músculo Levantador do Ânus e Coccígeo 4. Fáscia Inferior do Diafragma da Pelve PERÍNEO Região em forma de losango dividida em dois trígonos, delimitados lateralmente pelos túberes isquiáticos, superiormente pela sínfise púbica, e inferiormente pelo sacro e cóccix. 1. Trígono Urogenital 2. Trígono Anal *Ao centro há o Corpo do Períneo. TRÍGONO UROGENITAL Possui as seguintes estruturas: 1. Pele; 2. Fáscia Superficial do Períneo (Tecido Subcutâneo); 3. Fáscia Profunda do Períneo 4. Espaço Superficial do Períneo ➢ M. Transverso Superficial do Períneo ➢ M. Isquiocavernoso – envolve o ramo do pênis e do clitóris (auxilia na ereção de ambos) ➢ M. Bulboesponjoso – ereção, cobre o bulbo do vestíbulo e realiza a constrição da vagina na mulher, e expulsa as últimas gotas de urina e sêmen da uretra. 5. Fáscia Inferior do Trígono Urogenital 6. Espaço Profundo do Períneo ➢ M. Transverso Profundo do Períneo ➢ M. Esfíncter Externo da Uretra 7. Fáscia Superior do Trígono Urogenital 14 TRÍGONO ANAL Possui as seguintes estruturas: 1. Pele; 2. Fáscia Superficial; 3. Fossa Isquioanal → possui o Nervo Pudendo (dor), que inerva o corpo do períneo – se houver abcessos (pus), deve-se fazer uma punção. *Observar o Lig. Anococcígeo, e os Mm. Esfíncter Externo do Ânus e o Levantador do Ânus. CENTRO TENDÍNEO DO PERÍNEO OU CORPO DO PERÍNEO Local de amarradura/encontro dos óstios vaginal e anal (local onde ocorre o prolapso urogenital). Portanto é o local de encontro dos músculos: Bulboesponjoso, Transverso Superficial, Transverso Profundo e Esfíncter Externo do Ânus. 15 ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS São os órgãos que atuam no processo de reprodução. ✓ Ovários (gônadas femininas) – produção do óvulo (gameta feminino); ✓ Tubas Uterinas – encaminhamento desse óvulo para o útero; ✓ Útero – nidação e desenvolvimento do feto; ✓ Vagina – passagem de espermatozoide no ato sexual, e do feto no parto normal. EXTERNOS São os órgãos (excitatórios e de lubrificação) coadjuvantes da reprodução, além de protegerem a região. Ao conjunto dos órgãos externos dá-se o nome de pudendo ou vulva. ✓ Monte do Púbis (Monte de Vênus) ✓ Lábios Maiores do Pudendo ✓ Lábios Menores do Pudendo ✓ Clitóris ✓ Vestíbulo da Vagina ✓ Bulbo do Vestíbulo ✓ Glândulas Vestibulares Maiores (Bartholin) PERITÔNIO São lâminas duplas de membrana serosa que recobrem os órgãos e as paredes das cavidades, podem ser denominados: ✓ PERITÔNIO VISCERAL: recobrem os órgãos; ✓ PERITÔNIO PARIETAL: recobrem as paredes. FUNÇÕES: Proteção dos órgãos, ligação dos órgãos à parede ou então a outro órgão, permite a mobilidade dos órgãos – sendo assim chamados: ✓ Órgãos Peritoneais – mobilidade (ex.: ovário, cólon sigmoide e parte superior do reto). ✓ Órgãos Parcialmente Peritoneais – pouca mobilidade (ex.: uretra e reto). ✓ Órgãos Retroperitoneais – s/ mobilidade (ex.: rins e ureteres). OVÁRIOS (2) DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS São as gônadas femininas, podendo serem vistos somente na vista posterior. Possuem forma ovoide, achatados, antes da menstruação possuem cor branco- rósea; após sucessivas ovulações possuem cor róseo- acinzentado, recoberto por cicatriz albicans, têm o tamanho parecido ao de uma ameixa (4 a 5 cm). São laterais ao útero, na parede lateral da pelve menor. Faz parte do Sistema Genital Feminino e do Sistema Endócrino. FUNÇÕES � Ovogênese – processo que consiste na formação de óvulos; em intervalos de 28 dias os ovócitos maturam-se até se tornarem óvulos (gametas femininos). � Glândula Endócrina – produzem estrógeno (que estimulam os caracteres secundários femininos – mamas, aumento do quadril, atuação na tonalidade da voz, pelos pubianos), e progesterona (estimula o desenvolvimento e o equilíbrio hormonal na gravidez, vida fértil). 16 LIGAMENTOS ✓ LIGAMENTO PRÓPRIO DO OVÁRIO OU ÚTERO- OVÁRICO: fixa a parte medial do ovário na parte lateral do útero; ✓ LIGAMENTO SUSPENSOR DO OVÁRIO : liga o ovário lateralmente à parede da pelve; ✓ LIGAMENTO MESOVÁRIO: fixa o ovário ao ligamento largo. TUBAS UTERINAS DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS São um órgão duplo (assim como os ovários), medindo aproximadamente de 12 a 15 cm. A sua extremidade medial fica lateralmente na região do corno do útero, enquanto a extremidade distal fica livre. *LIGAMENTO MESOSSALPINGE – fixa as tubas ao ligamento largo. FUNÇÕES ✓ Captação do óvulo (fimbrias – varredura); ✓ Local onde ocorre a fecundação; ✓ Encaminhamento do óvulo ao útero. PORÇÕES ✓ INFUNDÍBULO: possui uma abertura em seu centro denominada óstio abdominal da tuba uterina, além de fimbrias (falsos pés) que realizam movimentos ciliares para a captura do óvulo; ✓ AMPOLA: local de fertilização; ✓ ISTMO: porção estreita, menos calibrosa e menos móvel; ✓ PARTE UTERINA (INTRAMURAL) : possui o óstio uterino da tuba, que permite a entrada do óvulo e sua fixação no endométrio (nidação). COMUNICAÇÕES E GRAVIDEZ ECTÓPICA ✓ Comunicações com o meio ambiente – através do útero e vagina. ✓ Com a cavidade peritoneal – pelo infundíbulo. GRAVIDEZ ECTÓPICA ➔ implantação do futuro embrião em outro lugar que não seja o útero (porção superior do endométrio) – ex.: gravidez tubária. Ocorre o fechamento do lúmen, geralmente por peritonite (infecção); o embrião então começa a se desenvolver na tuba, e conforme vai crescendo o embrião essa tuba rompe e não ocorre o prosseguimento da gravidez) – sangue e outros resquícios do embrião cai na cavidade pélvica também causando peritonite. 17 ÚTERO DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS É um órgão central e oco em formato de pêra, com musculatura lisa (que possibilita os movimentos peristálticos – contração e relaxamento). Possui as seguintes medidas: 7 – 10 cm de comprimento, 4 – 5 cm de largura e 2 – 3 cm de espessura. Se encontra na cavidade da pelve menor, na região mediana, entre a bexiga e colo sigmoide e reto. Sua parte superior se liga nas tubas uterinas, enquanto sua parte inferior se conecta à vagina. Irrigado pela artéria uterina. FUNÇÕES ✓ Permite a descamação e a eliminação dos restos menstruais; ✓ Contrai e relaxa na hora do parto para eliminação do feto (permite a volta ao normal). ESCAVAÇÕES ✓ ESCAVAÇÃO VESICOUTERINA (posteriormente à bexiga e anteriormente ao útero); ✓ ESCAVAÇÃORETOUTERINA – Fundo de Saco de Douglas (anteriormente ao reto e posteriormente ao útero). *Punção de Douglas ➔ punção vaginal feita na escavação retouterina. LIGAMENTOS ✓ LIGAMENTO LARGO: sobra do peritônio (que recobriu quase que totalmente o útero) nas laterais – diferencia em: Mesométrio, Mesovário e Mesossalpinge; ✓ LIGAMENTO REDONDO: fixa o útero na região da sínfise púbica e lábios maiores (sai abaixo da tuba uterina anterior lateral, desce até o ligamento inguinal e fixa na região do monte púbis; ✓ LIGAMENTO UTEROSSACRO: fixa a parte do istmo do útero no sacro; ✓ LIGAMENTO TRANSVERSO: fixa o colo do útero na parede lateral. ✓ MESOMÉTRIO – fixa o útero na região da parede lateral. PORÇÕES ✓ Externamente: ➢ Fundo – possui o corno (local de inserção das tubas uterinas); ➢ Corpo ➢ Istmo – parte mais afilada; ➢ Colo ✓ Internamente: ➢ Abertura para as tubas (óstio da tuba uterina); ➢ Canal Cervical ➢ Óstio Uterino ➢ Fórnice da Vagina (anterior e posterior). *Fórnices Anterior e Posterior → neste último faz-se coleta ou injetam coisas, por ser uma região de fácil acesso pela cavidade abdominal. CAMADAS Do interno para o externo, temos: ✓ ENDOMÉTRIO – mucosa ✓ MIOMÉTRIO – muscular ✓ PERIMÉTRIO – serosa 18 REGIÕES DO LIGAMENTO LARGO ✓ MESOSSALPINGE – fixa as tubas uterinas ao ligamento largo; ✓ MESOVÁRIO – fixa o ovário no ligamento largo; ✓ MESOMÉTRIO – fixa o útero na região da parede lateral. *O espaço entre a lâmina anterior e posterior do ligamento largo onde se encontram os vasos é denominado Paramétrio. Deve-se tomar cuidado pois a infecção pode adentrar por essa região. VAGINA DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS É um órgão tubular, fibromuscular (músculo membranáceo – capacidade de dilatação); considerado o órgão de cópula feminino. Possui 8cm de comprimento (dilata até 10 cm para auxílio durante o parto); é o canal de parto (normal), lubrificada pela intensa rede vascular da mucosa, e aumenta lubrificação na excitação sexual. LOCALIZAÇÃO (“NASCEMOS ENTRE FEZES E URINA”) É localizada entre a bexiga urinária e o reto – possui contato com o meio externo através do óstio vaginal (na região central entre os lábios e abaixo do ureter). ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS Ao conjunto de órgãos da Genitália Externa Feminina dá-se o nome de Pudendo ou Vulva. São eles: ✓ MONTE DO PÚBIS: recoberto por pelos pubianos (puberdade – fator hormonal); ✓ LÁBIOS MAIORES DO PUDENDO: duas pregas de tecido que apresentam externamente pelos pubianos lateralmente, vascularização – quando as pernas estão aduzidas há o encontro das pregas formando a Rima do Pudendo; ✓ LÁBIOS MENORES DO PUDENDO: duas pregas glabras (s/ pelos), com bastante irrigação – se estendem anteriormente formando o prepúcio do clitóris (protege o frênulo e glande da clitóris; o ramo é protegido pelo M. Isquiocavernoso). ✓ CLITÓRIS: órgão erétil, trabeculado e poroso, quando ocorre o ingurgitamento sanguíneo, a glande do clitóris sai do prepúcio e se expõem; ✓ VESTÍBULO: região entre os lábios menores, que contém superiormente o óstio da uretra e inferiormente o óstio da vagina. Retirando-se a pele temos: ✓ BULBO DO VESTÍBULO: massa de tecido erétil que fica abaixo do bulbo esponjoso; ✓ GLÂNDULAS VESTIBULARES MAIORES : desembocam no canal vaginal, promovendo lubrificação para auxílio no ato sexual (Glândulas de Bartholin). 19 CONSIDERAÇÕES GERAIS O Sistema Muscular é constituído histologicamente por miofibrilas (actina e miosina – proteínas musculares contráteis); constitui cerca da metade do peso total do corpo, e pode ser dividido em 3 tipos: ✓ MÚSCULO LISO (vísceras e vasos sanguíneos); ✓ MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO (são fixos aos ossos, conferindo movimentação de um segmento); ✓ MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO (presente no Miocárdio). FUNÇÕES Confere forma ao corpo, vísceras ocas e vasos sanguíneos; Promove movimento e manutenção da postura. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO PARTES ✓ Tendão Proximal – fixo (ORIGEM) ✓ Tendão Distal – móvel (INSERÇÃO) ✓ VENTRE – parte contrátil ✓ FÁSCIA MUSCULAR - revestimento TIPOS DE TENDÕES São esbranquiçados por conter fibras colágenas. ✓ Cilíndrico ✓ Laminar (Aponeurose) CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM ✓ Uníceps ✓ Bíceps ✓ Tríceps ✓ Quadríceps FÁSCIAS E SEPTOS ✓ FÁSCIA: é o revestimento individualizado de músculos e regiões musculares; ✓ SEPTOS: divisão em compartimentos anterior, posterior, lateral e medial) – da fáscia externa que se estende e se espessa até o osso. TERMINOLOGIA ✓ De acordo com a localização; ✓ De acordo com a função; ✓ De acordo com a forma. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ✓ AGONISTA – realiza sua ação normal; ✓ ANTAGONISTA – realiza uma ação contrária; ✓ SINERGISTA – se unem para realizar uma mesma ação; ✓ FIXADOR – fixam uma articulação, uma postura. NEUROTRANSMISSORES NEUROTRANSMISSÃO → Sistema Nervoso Central emite um comando muscular através da sua região anterior por uma fibra motora, que vai levar até o músculo (ganha fibra nervosa), e estimula a placa motora do músculo (contração) – acetilcolina trazida 20 pelo axônio estimula placa motora (o ecstasy vai desorganizar a neurotransmissão, provocando os espasmos). ESPASMOS → São movimentações incontroláveis dos músculos (contração e relaxamento) causadas por estímulos de neurotransmissores. O excesso de ecstasy causou espasmos, por alteração à nível celular nervoso ou muscular, alterando o tampão ácido-base. BOLSAS E BAINHAS SINOVIAIS Têm a função de proteger os tendões e músculos. MEMBROS SUPERIORES OMBRO ✓ MÚSCULO DELTOIDE – Origem: clavícula e escápula; atravessa uma articulação, Inserção: úmero. ➢ Anteriormente: potente flexor (do braço); ➢ Lateralmente: potente abdutor (do braço); ➢ Posteriormente: potente extensor (do braço). ✓ MÚSCULO SUPRA-ESPINAL – Origem: fossa supra-espinal (escápula), Inserção: tubérculo maior do úmero. Potente abdutor do braço. ✓ MÚSCULO INFRA-ESPINAL – Origem: fossa infra-espinal (escápula), Inserção: tubérculo maior do úmero. Potente rotador lateral do braço. ✓ MÚSCULO REDONDO MENOR – Origem: escápula, Inserção: tubérculo maior do úmero. Potente rotador lateral e adutor do braço. ✓ MÚSCULO SUBESCAPULAR – Origem: fossa subescapular (escápula), Inserção: tubérculo menor do úmero. Potente rotador medial do braço. ✓ MÚSCULO REDONDO MAIOR – Origem: escápula, Inserção: tubérculo menor do úmero (s/ passar pela articulação, traz o braço para perto – potente rotador medial e adutor do braço). *Os músculos supra-espinal, infra-espinal, redondo menor e subescapular se estendem à cabeça do úmero sobre a cavidade glenóide (e os aproxima), formando uma polia que conferem rotação da articulação do ombro (articulação glenoumeral) e estabilização – denomina-se MANGUITO ROTADOR. *Os músculos supra-espinal, infra-espinal, e redondo menor são rotadores laterais do braço; o M. Subescapular é rotador medial do braço. BRAÇO Fossa Cubital – anterior ao cotovelo. COMPARTIMENTO ANTERIOR ✓ M. BÍCEPS BRAQUIAL – biarticular (ombro e cotovelo) . ➢ Dois tendões de origem (cabeça longa e curta - processo coracoide da escápula); um tendão de inserção (rádio) ➢ Flexor do antebraço e braço, e supinador. ✓ M. CORACOBRAQUIAL – origem: processo coracoide (escápula), inserção: face medial do corpo do úmero – profundo ao m. bíceps braquial. ➢ Potente flexor e adutor do braço (sinergista do m. bíceps braquial) ✓ M. BRAQUIAL – origem: metade distal do úmero, inserção: processo Coronoide e tuberosidade da ulna. Flexor do antebraço (sinergista do m. bíceps braquial) COMPARTIMENTO POSTERIOR ✓ M. TRÍCEPS BRAQUIAL – biarticular, origens: porção longa - processo coracoide (escápula); porção medial – ½ distal da face posterior do úmero; porção curta – ½ proximal da face posteriordo úmero, inserção: olécrano (ulna). ➢ Extensor do antebraço (antagonista ao m. bíceps braquial). 21 ANTEBRAÇO COMPARTIMENTO ANTERIOR ✓ M. FLEXOR ULNAR DO CARPO – origem: epicôndilo medial do úmero e olécrano, inserção: carpos). Flexor do punho e adutor da mão. ✓ M. FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS – origem: epicôndilo medial do úmero e processo Coronoide da ulna, inserção: falanges. Flexor dos dedos. ✓ M. FLEXOR RADIAL DO CARPO – origem: epicôndilo medial do úmero, inserção: metacarpos. Flexor do punho e abdutor da mão. ✓ M. PRONADOR REDONDO – origem: epicôndilo medial do úmero e processo Coronoide da ulna, inserção: 1/3 da diáfise do rádio. Pronador (rádio sobre a ulna – palma para baixo) e auxilia na flexão do cotovelo. *Podem gerar epicondilite medial (trabalhando muito as mãos com flexão e pro nação). *Síndrome do Túnel do Carpo (LER): na região do carpo forma-se um túnel (retináculo dos flexores) por onde passam os mm. flexores superficiais e profundos dos dedos e o nervo mediano – o trabalho constante causa a compressão do nervo, causa incapacidade de flexionar os dedos. PARTE PROFUNDA: ✓ M. FLEXOR PROFUNDO DOS DEDOS – origem: ulna e rádio, inserção: falanges. Flexor do punho e dos dedos. ✓ M. PRONADOR QUADRADO – origem: ulna, inserção: rádio. Pronador (este e o redondo, giram o rádio sobre a ulna (mão para baixo)). COMPARTIMENTO POSTERIOR ✓ M. BRAQUIORRADIAL – origem: úmero, inserção: processo estiloide do rádio. Potente flexor do antebraço e pronador. ✓ M. EXTENSOR RADIAL LONGO E CURTO DO CARPO – origem: epicôndilo lateral do úmero, inserção: metacarpos. Extensor do punho. ✓ M. EXTENSOR DOS DEDOS – origem: epicôndilo lateral do úmero, inserção: falanges. Extensor do punho. ✓ M. EXTENSOR ULNAR DO CARPO – origem: epicôndilo lateral do úmero, inserção: metacarpos. Extensor do punho e adutor da mão. PARTE PROFUNDA: ✓ M. SUPINADOR (em oblíqua) – origem: epicôndilo lateral, inserção: rádio. Supinador (mão voltada para cima (volta do rádio)). 22 MÃO PALMA DA MÃO ✓ MM. DA REGIÃO TENAR (polegar) ✓ MM. DA REGIÃO CENTRAL ➢ Mm. Interósseos Palmares ➢ Mm. Lumbricais – origem: tendão do m. flexor profundo dos dedos, inserção: tendão do m. extensor dos dedos. ✓ MM. DA REGIÃO HIPOTENAR (dedo mínimo) DORSO DA MÃO ✓ MM. INTERÓSSEOS DORSAIS *São flexores, abdutores e realizam oponência (encontro do polegar com o dedo mínimo). MEMBROS INFERIORES OSSOS DO QUADRIL ✓ M. ILÍACO – preenche a fossa ilíaca; ✓ M. PSOAS MAIOR – lateral ao m. ilíaco (origem: nos corpos vertebrais lombares) ✓ M. ILIOPSOAS – junção dos dois anteriores, que passam por baixo do Ligamento Inguinal (espinha ilíaca ântero-superior até a sínfise púbica); origem: osso do quadril possui a sua inserção no fêmur – flexão da coxa. ✓ M. GLÚTEO MÁXIMO – origem crista ilíaca, inserção: fêmur, realiza extensão da coxa e rotação lateral do quadril; ✓ M. GLÚTEO MÉDIO – origem: crista ilíaca, inserção: trocânter maior, realiza abdução da coxa (junto ao m. glúteo mínimo) e rotador medial da coxa; ✓ M. GLÚTEO MÍNIMO – origem: asa ilíaca, inserção: trocânter maior, realiza abdução da coxa (junto ao m. glúteo médio) e rotador medial da coxa; ✓ M. PIRIFORME – origem: incisura isquiática maior, inserção: trocânter maior, potente rotador lateral da coxa e abdutor da coxa, fica na altura do m. glúteo médio. COXA COMPARTIMENTO ANTERIOR Origem: osso do quadril, inserção: tuberosidade da tíbia, trazem em movimento a coxa e a perna (atravessem duas articulações – biarticulares, quadril e joelho. ✓ M. TENSOR DA FÁSCIA LATA – origem: espinha ilíaca ântero-superior, inserção: trato íleo-tibial. Flexor, abdutor e rotador medial do quadril e rotação lateral do joelho. ✓ M. SARTÓRIO – salta por sobre a coxa, origem: espinha ilíaca ântero-superior, inserção: tuberosidade da tíbia. Flexor, abdutor e rotador lateral da coxa e flexor e rotador medial do joelho. 23 ✓ M. QUADRÍCEPS – flexor da coxa e extensor da perna, são quatro ventres que vão ter origem: osso do quadril inserção: na tuberosidade da tíbia se juntam ao tendão do quadríceps. Nomes dos ventres: ➢ Ventre Reto Femoral ➢ Ventre Vasto Medial ➢ Ventre Vasto Lateral ➢ Ventre Vasto Intermédio COMPARTIMENTO MEDIAL ✓ M. PECTÍNEO – profundo a artéria e veia femoral, origem: púbis, inserção: linha pectínea do fêmur. Potente adutor e flexor da coxa; ✓ M. ADUTOR LONGO – origem: púbis, inserção: linha áspera. Adutor da coxa. ✓ M. ADUTOR CURTO – origem: púbis, inserção: linha áspera; adutor da coxa. ✓ M. ADUTOR MAGNO – origem: tuberosidade isquiática, púbis e ísquio; inserção: linha áspera. Adutor da coxa. ✓ M. GRÁCIL – medial à coxa, origem: sínfise púbica, inserção: tuberosidade da tíbia. Adutor da coxa, flexor e rotador medial do joelho. *Os adutores (origem no osso do quadril, inserção na região da coxa), são responsáveis pela aproximação da coxa ao plano sagital mediano (adução). COMPORTAMENTO POSTERIOR Possuem origem nos ossos do quadril e inserção na tíbia (biarticulares – ação sobre a coxa e a perna). ✓ M. SEMI TENDÍNEO – origem: tuberosidade isquiática, inserção: tuberosidade da tíbia. Extensor do quadril, flexor e rotador medial do joelho. ✓ M. SEMI MEMBRANÁCEO (profundo ao M. Semi Tendíneo) – origem: tuberosidade isquiática, inserção: côndilo medial da tíbia. Extensor do quadril, flexor e rotador medial do joelho. ✓ M. BÍCEPS FEMORAL – extensor do quadril, flexor e rotador lateral do joelho. ➢ Cabeça longa – origem: tuberosidade isquiática, inserção: cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia. ➢ Cabeça curta – origem: linha áspera, inserção: cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia. 24 PERNA COMPARTIMENTO ANTERIOR ✓ M. TIBIAL ANTERIOR – origem: tíbia, inserção na região do tarso, atua sobre a articulação do tornozelo – dorso flexor – dorso do pé próximo da perna) ✓ M. EXTENSOR LONGO DO HÁLUX (origem: tíbia, inserção: Hálux), extensor do hálux ✓ M. EXTENSOR LONGO DOS DEDOS – origem: côndilo lateral da tíbia e fíbula, inserção nas falanges, extensor dos dedos. COMPARTIMENTO LATERAL ✓ MM. FIBULARES ➢ Longo (superficial) – origem: fíbula, inserção na região do pé (metatarsos e tarsos), flexor plantar e eversor do pé (planta do pé para fora). ➢ Curto (profundo) – origem: fíbula, inserção na região do pé (metatarsos), flexor plantar e eversor do pé. COMPARTIMENTO POSTERIOR ✓ M. GASTROCNÊMICO LATERAL – origem: côndilo lateral do fêmur, inserção: calcâneo. Flexor do joelho e flexor plantar do tornozelo (“pé de bailarina”). ✓ M. GASTROCNÊMICO MEDIAL – origem: côndilo medial do fêmur, inserção: calcâneo. Flexor do joelho e flexor plantar do tornozelo. *Tendão do Calcâneo (Tendão de Aquiles) – prende três músculos (Tríceps Sural). ✓ M. SÓLEO – origem: tíbia e cabeça da fíbula, inserção: calcâneo. Flexor plantar do tornozelo; (profundo aos Mm. Gastrocnêmicos Lateral e Medial). ✓ M. TIBIAL POSTERIOR – origem: côndilo lateral do fêmur, inserção: calcâneo. Inversor (planta do pé para dentro). PÉ COMPARTIMENTO PLANTAR ✓ FASE DE APOIO (MARCHA): ao tocar o solo ➢ Fase de toque do calcanhar (contato inicial): M. Tibial Anterior – dorsiflexão. ➢ Fase de apoio completo do pé (resposta a carga): mm. em manutenção de postura, planta do pé no solo. ➢ Fase de apoio médio: deslocamento anterior da tíbia sobre a tróclea do tálus. ➢ Fase de saída: elevação do calcanhar (apoio terminal) – Mm. Gastrocnêmico e Sóleo realizam a flexão plantar. ➢ Fase de Propulsão: saída dos dedos principalmente do hálux (pré- balanço). ✓ FASE DE BALANÇO (MARCHA): elevação do pé ao andar, caminhar ➢ Fase de balanço inicial (aceleração): o pé em flexão plantar (Mm. 25 Gastrocnêmico e Sóleo) e a perna flete. ➢ Fase de balanço médio: quando o pése encontra sob o corpo. ➢ Fase de balanço final (desaceleração): o corpo se prepara para o toque do calcanhar em processo de velocidade diminuída, já iniciando a dorsiflexão. COMPARTIMENTO DORSAL ✓ Há duas faixas de Tecido Conjuntivo Denso que organiza os tendões – RETINÁCULO DOS EXTENSORES. ✓ M. EXTENSORES DOS DEDOS – origem: calcâneo, inserção: dedos. ✓ M. INTERÓSSEOS DOS DEDOS – origem: entre os metatarsos, inserção: falanges. Abdutor dos dedos e flexor. 26 DEFINIÇÃO/CONCEITO É o sistema responsável pela troca de gases entre nosso organismo e o meio ambiente (HEMATOSE). Deve ser filtrado, umidificado, aquecido. VIAS AÉREAS SUPERIORES ✓ Nariz: órgão responsável pela olfação (captação através de raízes nervosas que vão levar a informação dos cheiros ao cérebro); permite passagem de ar (filtra, aquece e umidifica). ✓ Faringe ✓ Laringe: órgão fonador, produção da nossa voz. VIAS AÉREAS INFERIORES ✓ Traqueia ✓ Brônquios ✓ Bronquíolos ✓ Pulmões PARTE OU PORÇÃO CONDUTORA: transporta o ar, filtrando (vibrissas), aquecendo (vascularização da mucosa) e umedecendo. Órgãos: Nariz, Faringe, Laringe, Traqueia, Brônquios e Bronquíolos. PARTE OU PORÇÃO RESPIRATÓRIA: troca de CO2 do sangue pelo O2 do ar (hematose). Órgãos: Pulmões (Bronquíolos Respiratórios, Ductos Alveolares, Sacos Alveolares e Alvéolos). NARIZ FUNÇÕES ✓ Olfação; ✓ Permitir a passagem de ar; ✓ Filtração, aquecimento e umidificação do ar. NARIZ EXTERNO NARIZ EXTERNO: como o próprio nome sugere é a parte externa do órgão nariz. Constituído de: ápice do nariz, dorso do nariz, raiz do nariz e asas do nariz; *NARINAS → abertura do nariz. CAVIDADE NASAL Vai da narina até o Cóano, é recoberta por mucosa (a partir do limiar). Constituído pelo VESTÍBULO DO NARIZ com as vibrissas (pelos) e pelo LIMIAR DO NARIZ. SEPTO NASAL → É a parede medial que divide as narinas esquerda e direita. Formado por cartilagens anteriormente; superiormente por lâmina perpendicular do O. Etmoide, e posteriormente pelo O. Vômer; recoberto por mucosa. As paredes laterais são compostas de CONCHAS NASAIS (elevações) e MEATOS NASAIS (depressões); a lâmina do etmoide forma as conchas nasais superior e média, e a concha nasal inferior é formada por um outro osso. Processo Palatino da Maxila, Lâmina Horizontal do O. Palatino e um pedaço do Palato Mole → formam o SOALHO DA CAVIDADE NASAL. O teto é formado pela lâmina cribiforme (crivosa) e um pedaço do o. esfenoide. 27 *Região Olfatória/Bulbo Olfatório → porção superior; Região Respiratória → porção inferior. SEIOS PARANASAIS Cavidades encontradas nos ossos, preenchidas por ar, recobertas por mucosa. ✓ Seios Frontais ✓ Células Etmoidais ✓ Maxilar ✓ Esfenoidal DRENAGEM DE MUCOS → para recesso esfenoetmoidal – abertura do seio esfenoidal; para bolha etmoidal (profunda a concha nasal média) – abertura anterior do seio etmoidal; para hiato semilunar (abaixo da bolha etmoidal) – abertura do seio maxilar; para infundíbulo etmoidal – abertura do seio frontal; para meato nasal inferior – abertura do ducto nasolacrimal. APARELHO NASO-LACRIMAL Responsável por realizar a drenagem das lágrimas para o meato nasal inferior. FARINGE Órgão constituído de M. Estriado Esquelético, pertencente a dois sistemas: Sistema Respiratório (passagem do ar) e Sistema Digestório (passagem de comida). Na vista posterior se torna possível observar: ✓ Septo Nasal ✓ Nasofaringe ✓ Orofaringe ✓ Laringofaringe NASOFARINGE Região que vai do Cóano até a Úvula, e que possui: ✓ Tonsila Faríngea (posterior e superior) → órgão linfático (defesa do organismo); ✓ Recesso Faríngeo (abaixo da Tonsila); ✓ Toro Tubário (lateral); ✓ Prega Salpingo-Palatina (anterior ao Toro Tubário); ✓ Prega Salpingo-Faríngea (final do Toro Tubário); ✓ Óstio Faríngeo da Tuba Auditiva (contato da nasofaringe com a orelha média) – balanceamento da pressão externa com a interna); ✓ Músculo Levantador do Toro ou do Véu Palatino (região mais elevada) – abre o óstio; ✓ Músculo Salpingopalatino; ✓ Músculo Salpingofaríngeo *Todos esses músculos se encontram quando se retira a mucosa). 28 OROFARINGE Região que vai da Úvula até a Cartilagem Epiglótica, e que possui: ✓ Istmo das Fauces (comunicação entre a cavidade oral e a orofaringe); ✓ Tonsila Palatina (amídala) – contida na depressão entre os arcos (Fossa Tonsilar); ✓ Tonsila Lingual; ✓ Arco ou Prega do Palatoglosso ✓ Arco ou Prega do Palatofaríngeo *Tonsila Palatina + Lingual + Faríngea → Anel Imunitário ou Imunológico (proteção de microrganismos via respiratória e via oral). LARINGOFARINGE Região que vai da Cartilagem Epiglótica até a Cartilagem Cricoide, e que possui: ✓ Ádito da laringe (permite a passagem de ar). LARINGE DEFINIÇÃO É um tubo constituído por cartilagens, ligamentos, músculos e revestida de mucosa; anteriormente à região cervical (CIII – CVI) – 4 a 5 cm. FUNÇÕES: respiratória, fonação e auxilia na deglutição (impedindo que os alimentos entrem na parte respiratória); CARTILAGENS ÍMPARES – ASSOCIADAS À RESPIRAÇÃO ✓ Tireóidea ✓ Cricóidea (forma de anel de sinete) ✓ Epiglótica (forma de folha) PARES – ASSOCIADAS À FONAÇÃO ✓ Aritenóidea ✓ Corniculada ✓ Cuneiforme ✓ Tritícea CARTILAGEM ELÁSTICA → não se ossificam; são elas: epiglótica, corniculada, cuneiforme e tritícia. CARTILAGEM HIALINA → vão se ossificar; são elas: tireóidea, cricóidea e aritenóidea. CARTILAGEM TIREÓIDEA Possui forma de escudo, composta de lâminas direita e esquerda que se projeta superiormente (Corno Superior) e inferiormente (Corno Inferior – liga esta cartilagem à cricoide); possui uma Incisura Tireóidea Superior na região mediana, abaixo dessa incisura uma saliência (Proeminência Laríngea – Pomo de Adão, nos homens, provoca a mudança da tonalidade da voz). Possui ligando ao o. hioide, a Membrana Tíreo- Hióidea, reforçada pelos Ligg. Tíreo-Hióideo Mediano 29 e Tíreo-Hióideo Lateral (nesse último pode ter fixado a cartilagem tritícea). CARTILAGEM CRICOIDE Possui forma de anel de sinete, possui o arco (anterior), lâmina (posterior), Ligamento Cricotireoideo Mediano (cricotirotomia – abertura para a diminuição da passagem do ar). CARTILAGEM ARITENOIDE Repousa sobre a lâmina da cricoide (posterior), ela é ligada com a fonação. Aparenta forma de uma pirâmide (ápice → cartilagem corniculada e cuneiforme; base → cone ou processo vocal, possui um ligamento que faz o movimento de báscula para a abertura e fechamento da prega vocal). CARTILAGEM EPIGLÓTICA Possui forma de folha com a parte inferior (Pecíolo) que fixa na cartilagem tireóidea, e a parte superior fixa no o. hioide; importante na deglutição impedindo que o alimento caia na parte respiratória (tampa o ádito da laringe – por onde o ar entra). PREGAS DA LARINGE ✓ PREGA VESTIBULAR OU FALSA (superior): mucosa recobre o lig. vestibular – de proteção; ✓ PREGA VOCAL OU VERDADEIRA (inferior): mucosa recobre o lig. vocal – de fonação. *Entre essas pregas tem-se uma depressão que é denominada Ventrículo da Laringe, possui glândulas que vão lubrificar a laringe. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LARINGE ✓ MM. SUPRA-HIÓIDEOS: Digástrico, Estilo- Hióideo, Milo-Hióideo, Genio-Hióideo (internamente) – participam da elevação da laringe. ✓ MM. INFRA-HIÓIDEOS: Esterno-Hióideo, Omo-Hióideo, Esternotireóideo, Tíreo- hióideo – abaixam a laringe, o hióide e o soalho da boca, fixa o osso hioide para facilitar o trabalho dos mm. supra-hióideos. MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LARINGE São diretamente ligados à fonação. ✓ Aritenóideos Transverso e Oblíquo; ✓ Tireoaritenóideo (interno a cartilagem aritenóidea); ✓ Cricoaritenóideo lateral; ✓ Cricoaritenóideo posterior (abdução da prega vocal – respiração); 30 ✓Cricotireóideo (tensiona/puxa a prega vocal mudando a tonalidade); ✓ Vocal. *OBS.: Os 3 primeiros → fazem a adução da prega vocal (ar expirado quando a prega vocal está fechada, passa e vibra nessa prega produzindo a voz). CAVIDADES DA LARINGE ✓ SUPRAGLOTE, SUPERIOR OU VESTÍBULO: da cartilagem epiglótica até a prega vestibular; ✓ GLOTE OU MÉDIA: entre a prega vestibular e prega vocal; ✓ INFRAGLOTE OU INFERIOR: da prega vocal até o final da cricoide. TRAQUEIA LIMITES A traqueia se estende da Cartilagem Cricoide até o último Anel Traqueal – formato de uma calcinha, dando abertura ao brônquio principal direito, e ao brônquio principal esquerdo – internamente essa possui uma prega mediana – CARINA (direcionamento da intubação para o brônquio principal direito ou brônquio principal esquerdo). CONSTITUINTES ✓ Anéis Traqueais ✓ Ligamentos Anulares ✓ Membrana Traqueal (posterior) – músculo liso, se relaciona com o esôfago que trabalha como mola na deglutição (sobe e desce o bolo alimentar; movimentos peristálticos) LOCALIZAÇÃO Na região do pescoço (C5) e no tórax até o ângulo esternal – ângulo de Louis (2ª costela) – anterior ao 31 esôfago, entre as cavidades pulmonares, onde vai se bifurcar em brônquio principal esquerdo e direito (localizados no mediastino). IRRIGAÇÃO E INERVAÇÃO IRRIGAÇÃO DA TRAQUEIA → aorta leva sangue arterial para a traqueia pelas artérias: aa. brônquicas, aa. esofágicas, e aa. intercostais posteriores. INERVAÇÃO DA TRAQUEIA → n. laríngeo-recorrente D/E (ramo do n. vago). *OBS.: TRAQUEOSTOMIA → inserir o traqueostomo na região da membrana cricotireoidea – temporária (ocorre sutura); se for permanente, corta-se o anel traqueal. TÓRAX PAREDE TORÁCICA Abertura superior da cavidade torácica tem como limite anteriormente o manúbrio, posteriormente o corpo de T1 e lateralmente as primeiras costelas. ESTERNO É um osso plano (visto anteriormente); possui Incisura Jugular (parte inicial - Manúbrio); as costelas se articulam lateralmente ao esterno, com as cartilagens costais; Corpo (porção medial) Processo Xifoide (porção final) COSTELAS As costelas precisam de elasticidade para fazer os movimentos expiratórios e inspiratórios, conferida pelas cartilagens costais e músculos intercostais. São divididas e classificadas em: ✓ VERDADEIRAS: 1º – 7º par de costelas ✓ FALSAS: 8º, 9 e 10ª costela, se unem a cartilagem da 7ª para chegar ao esterno, são oblíquas; ✓ FLUTUANTES: 11º e 12º par de costelas, não se articulam com cartilagem nenhuma (frágeis). Possuem Extremidade Esternal (se articulam com o esterno); além de cabeça que se articula com a fóvea costal, e Tubérculo Costal que se articula com a fóvea transversária – fóveas são partes das vértebras torácicas; e o Sulco Costal. 32 ESPAÇO INTERCOSTAL Entre uma costela e outra tem-se espaços intercostais (recobertos com músculos intercostais), que requerem sangue, portanto possuem nervos e vasos intercostais, passam internamente pelo sulco costal: Veia intercostal posterior, artéria intercostal posterior e nervo intercostal (macete – VAN). *OBS.: M. Diafragma oclui inferiormente a cavidade torácica, e ele é inervado pelo Nervo Frênico. BRÔNQUIOS BRÔNQUIOS PRINCIPAIS ✓ DIREITO → curto, diâmetro maior, mais verticalizado – se dirigem ao pulmão direito, maioria de achados de corpos estranhos no pulmão devido a verticalização); ✓ ESQUERDO → longo, diâmetro menor, mais horizontalizado – se dirigem ao pulmão esquerdo) *OBS.: estes vão até o HILO do pulmão. BRÔNQUIOS LOBARES São os brônquios de 2ª ordem, são intrapulmonares; pulmão direito (SUPERIOR, MÉDIO E INFERIOR), pulmão esquerdo (SUPERIOR E INFERIOR). BRÔNQUIOS SEGMENTARES São os brônquios de 3ª ordem, e assim como os lobares também são intrapulmonares. *OBS.: estas 3 ordens formam a ÁRVORE BRÔNQUICA, recoberta pela Pleura Visceral. BRONQUÍOLOS E ALVÉOLOS Se as paredes de cartilagens dos brônquios são perdidas tem-se os bronquíolos; as paredes desses, vão ficando tão delgadas que vão formando bolhas (alvéolos) – na porção final tem-se os sacos alveolares – o ar já não tem para onde ir, se não aos vasos dessa região. A hematose ocorre na BARREIRA ALVÉOLO-CAPILAR. PLEURAS PLEURA PARIETAL → reveste as cavidades pulmonares direita e esquerda; esta é inervada pelos Nervos Intercostais e Nervo Frênico (dor). ✓ PLEURA COSTAL → face voltada às costelas; ✓ PLEURA DIAFRAGMÁTICA → face voltada ao diafragma; ✓ PLEURA MEDIASTINAL → face voltada ao mediastino; ✓ CÚPULA PLEURAL → acima da 1ª costela, na fossa supraclavicular (sinal de saboneteira) → ausculta nessa fossa o ápice do pulmão. PLEURA VISCERAL → recobre a árvore brônquica (pulmão), inervada e vascularizada pelo Nervo Vago e vasos que suprem os pulmões; N. Vago não induz dor ao cérebro, portanto “dor no pulmão” se dá pelos nervos que inervam a pleura parietal. *Entre uma pleura e outra existe o líquido pleural seroso (deslizamento/evita atrito/aderência entre as pleuras). 33 *RECESSO COSTODIAFRAGMÁTICO → localizado por volta do 8º espaço intercostal, local de contato da pleura costal com a pleura diafragmática; onde vai receber exsudato. PULMÕES CONSTITUINTES ✓ ÁPICE → cúpula pleural ✓ BASE → cúpula diafragmática ✓ FACES → costal, mediastinal e diafragmática ✓ MARGENS → anterior, incisura cardíaca (pulmão esquerdo – língula, que é um apêndice), posterior e diafragmática (inferior). ✓ LOBOS → superior, médio e inferior, possuem dentro deles os brônquios lobares. ✓ FISSURAS → conferidas pela pleura visceral em: horizontal (4ª costela) e oblíquas (6ª costela); as duas no pulmão direito (3 lobos) e apenas oblíqua no esquerdo (2 lobos). ✓ HILO → abertura na face mediastinal, revestida por pleura visceral onde as estruturas (pedículos) entram (artéria pulmonar e brônquios principais) e saem (2 veias pulmonares); a partir do hilo ocorre a ramificação dos brônquios principais. ✓ IMPRESSÕES: impressão cardíaca, impressão aórtica, impressões costais. SEGMENTOS BRONCOPULMONARES É a subdivisão dos lobos pulmonares, unidades funcionais do tecido pulmonar, que são audíveis. Vão abrigar os brônquios, artérias e veias segmentares. MECÂNICA RESPIRATÓRIA INSPIRATÓRIO: necessita de expansibilidade (Sr. Osvaldo não possuía) e elasticidade pulmonar → costelas se elevam, esterno para frente, pleura parietal acompanha as costelas e o diafragma abaixa – o diafragma e os mm. intercostais externos são considerados inspiratórios. EXPIRATÓRIO: o diafragma abaixa a cúpula, as costelas voltam a sua obliquidade, e o esterno se espreme – os mm. intercostais internos são considerados expiratórios. *OBS.: Sr. Osvaldo → diminuição da expansibilidade pelo depósito da sílica (silicose) nas regiões dos alvéolos a nível capilar (compromete a hematose) – cianose; traz uma formação fibrosa; diminuição do O2 traz confusão ao cérebro (aeróbico). 34 DEFINIÇÃO Coração é um órgão muscular interno (músculo estriado cardíaco), de contração involuntária, que tem a função de bombeamento de sangue. Possui forma de cone truncado, apresenta: ✓ BASE (vasos, átrios e aurículas) – voltada posterior e medialmente; ✓ ÁPICE – voltado anteriormente e para esquerda. LOCALIZAÇÃO O coração se encontra dentro da caixa torácica – posterior ao esterno e às cartilagens costais; anterior à coluna vertebral (TV – TVIII) e ao esôfago. Compreendido entre os campos pleuro-pulmonares (num local denominado mediastino médio); repousado sobre o diafragma. CAMADAS É recoberto pelos pericárdios: Fibroso (externamente), Seroso Parietal (internamente), e o Seroso Visceral/Epicárdio (recobre o órgão) – entre o pericárdio e o epicárdio encontra-se um espaço que contém o Líquido Pericardiano, que evita atrito. Pericárdio Parietal → Epicárdio (pericárdio serosovisceral) → Miocárdio → Endocárdio (interno às câmaras cardíacas). CONFIGURAÇÃO EXTERNA ANTERIOR (FACE ESTERNOCOSTAL): Tronco Pulmonar (base), Aorta, Veia Cava Superior (chega no átrio direito), Ventrículo Direito e Esquerdo (ápice está no ventrículo esquerdo), Sulco Interventricular Anterior (separa os ventrículos – passa artéria interventricular anterior), Aurícula Direita e parte do Átrio Direito, Aurícula esquerda, e Sulco Coronário (separa átrio de ventrículo – passa artéria coronária direita e a artéria circunflexa). POSTERIOR (FACE DIAFRAGMÁTICA): Átrio Esquerdo (só observado nessa vista posterior), Átrio Direito, Sulco Interatrial, Veia Cava Inferior (entrando no átrio direito), 4 Veias Pulmonares chegando no átrio esquerdo, Sulco Interventricular Posterior, Seio Coronário (só vista posterior – chega no átrio esquerdo). CÂMARAS DIREITAS: AD e VD – internamente chega-se sangue venoso (são venosas), no AD: ✓ de cabeça, pescoço, membros superiores, e parte de tronco – pela veia cava superior; ✓ de membros inferiores e abdômen – pela veia cava inferior; ✓ do coração – pelo seio coronário Esse sangue venoso é levado através do tronco pulmonar para os pulmões para ser oxigenado, assim que ocorre esse processo, sangue arterial do pulmão retorna ao coração no AE pelas veias pulmonares. CÂMARAS ESQUERDAS: VE e AE – são arteriais. 35 CONFIGURAÇÃO INTERNA A parede do VD (delgada, sangue venoso) e parede de VE (espessa – 3x mais grossa, pois a contração nessa região deve ser mais vigorosa, a fim de enviar sangue arterial para o corpo todo); Trabéculas Cárneas (rugosidades) – são transformadas em forma de pilares (Músculos Papilares), em forma de ponte (apenas em VD – Trabécula Septomaginal – conduzir o impulso nervoso, sistema excito-condutor, se estimula sozinho), e em formas de cristas (Crista Supraventricular); Septo Interventricular (interno/cardíaco) – separa internamente o VD e o VE (não permite a troca de sangue); AD (presença de Músculos Pectíneos em sua parede); AE (parede lisa, mm. pectíneos apenas na aurícula esquerda); e no Septo Interatrial, tem-se a Fossa Oval (depressão – caso ela não se fecha e ocorre a comunicação interatrial, numa ausculta se escuta o “sopro”); APARELHO VALVAR (válvula/valva atrioventricular direita ou tricúspide, cordas tendíneas e mm. papilares); válvula/valva atrioventricular esquerda ou bicúspide ou mitral; valva semilunar pulmonar (separa o tronco pulmonar do VD); valva semilunar aórtica (separa o VE da aorta). *As cordas tendíneas e os mm. papilares são responsáveis pelos movimentos da sístole e da diástole. Se houver enfraquecimento ocorre o refluxo de sangue. TIPOS DE CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO SISTÊMICA OU GRANDE CIRCULAÇÃO Aqui o sangue é levado do coração para os tecidos e, depois, é levado novamente para o coração. Essa circulação inicia quando o sangue sai do VE pela artéria aorta. Dessa parte partem ramos que irrigam todo o corpo. Nos capilares sanguíneos, o sangue faz trocas gasosas com as células do tecido e torna-se rica em CO2. Após as trocas gasosas, o sangue é coletado pelas vênulas que levam o sangue até as veias cavas superior e inferior. As veias cavas levam o sangue para o coração, desembocando no átrio direito. CIRCULAÇÃO PULMONAR OU PEQUENA CIRCULAÇÃO Na circulação pulmonar, o sangue é levado do coração até o pulmão e, posteriormente, volta ao coração. Essa circulação inicia-se quando o sangue sai do ventrículo direito pela artéria pulmonar em direção aos pulmões. A artéria pulmonar ramifica-se e segue cada uma para um pulmão. Nesse órgão elas se ramificam em artérias de pequeno calibre até os capilares que envolvem os alvéolos pulmonares. Nos alvéolos, ocorrem as trocas gasosas (hematose), que se caracterizam pela passagem do gás carbônico do sangue para o interior dos alvéolos e do oxigênio presente nos alvéolos para o interior do capilar. Após o processo de hematose, o sangue segue pelas vênulas e, posteriormente, para as veias pulmonares. Essas veias são responsáveis por levar o sangue novamente para o coração. O sangue chega a esse órgão pelo átrio esquerdo. ^: 36 CONCEITO Sistema que juntamente ao muscular e ao esquelético (Aparelho Locomotor), vão conferir a movimentação; articular une os ossos promovendo alavancas. Articulações são as conexões ou junções que existem entre as partes do esqueleto, permitindo ou não movimento. São 3 tipos de articulações: ✓ ARTICULAÇÕES FIBROSAS: são imóveis, sem movimento ou apenas por vibrações; ✓ ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS: são semimóveis, possuem movimentos permanentes ou temporárias; ✓ ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: são móveis, possibilitam amplo movimento – utilizam eixos. ARTICULAÇÕES FIBROSAS Em linhas gerais são articulações que possuem Tecido Conjuntivo Fibroso, e não possuem movimento. SUTURAS São as “costuras” que estão presentes no crânio. ✓ SERRÁTIL OU DENTEADA: Tecido Conjuntivo Fibroso em forma de serra. ➢ Sutura Sagital – entre os oo. parietais; ➢ Sutura Coronal – entre o o. frontal e os oo. parietais; ➢ Sutura Lambdoide – entre o occipital e os oo. Parietais. *No crânio fetal não há suturas serráteis, e sim Tecido Conjuntivo Fibroso → espaços entre os ossos da calota craniana são chamados de FONTÍCULAS OU FONTANELAS; na hora do parto (se normal), estes espaços são diminuídos permitindo uma menor circunferência para passar no canal vaginal; essas fontanelas são importantes: pois se formarem uma depressão é sinal de desidratação; permite o desenvolvimento e crescimento do encéfalo. O líquor (LCR) em excesso aumenta a pressão dentro do crânio, provocando a hidrocefalia – afastamento das suturas (permitem extrair esse líquor). FONTANELA ANTERIOR (maior) → entre o O. Frontal e os Oo. Parietais; FONTANELA POSTERIOR → entre o O. Occipital e Oo. Parietais; FONTANELA ÂNTERO-LATERAL → entre os Oo. Frontal, Esfenoide, Temporal e Parietal; FONTANELA PÓSTERO-LATERAL → entre os Oo. Occipital, Temporal e Parietal. ✓ PLANA: Tecido Conjuntivo Fibroso em forma linear. ➢ Articulação Sutura Internasal; ➢ Articulação Sutura Palatina Mediana; ➢ Articulação Sutura Palatina Transversa *No desenvolvimento pode ocorrer uma Fissura Labiopalatal (que compromete a alimentação do indivíduo, pois pode cair em traqueia, brônquios, pulmões. 37 ✓ ESCAMOSA: Tecido Conjuntivo Fibroso em forma de escama de peixe (bisel). ➢ Sutura Escamosa ou Temporoparietal SINDESMOSES Estão localizadas nos membros superiores (antebraço) e inferiores (perna). Lâmina com maior tecido conjuntivo fibroso, que vai unir as lâminas ou laterais dos ossos. – Ex.: Membrana Interóssea do antebraço e da perna. Exs.: Articulação Rádio-Ulnar Distal – falsa sindesmose (em supinação e pronação, esses ossos vão rodar - movimento); Articulação Tíbio-Fibular Distal. *Ligg. Tibiofibular Anterior e Posterior. GONFOSES Estão localizadas entre as raízes dos dentes e os processos alveolares (maxila e mandíbula) – ex.: Articulação Dentoalveolar. ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS SINCONDROSE ✓ TEMPORÁRIA: Tem tendência a ossificar, a perder movimento, pois o tecido que interpõe essa articulação é Cartilagem Hialina – espaço de cartilagem que desaparecem: entre epífise e diáfise (nos ossos longos – cartilagem epifisial); está nos ossos do quadril; além de Art. Esfenooccipital e Art. Esfenoetmoidal. ✓ PERMANENTE: não ocorre ossificação. – ex.: Articulação Esternocostal (entre o esterno e a 1ª costela) SÍNFISE Tecido que interpõe é o de Fibrocartilagem – ex.: Sínfise Intervertebral (entre um corpo vertebral e outro – composta por Disco Intervertebral, formado pelo anel fibroso e núcleo pulposo – este último principalmente amortece o peso). *Hérnia de Disco → rompimento do anel fibroso e liberação do núcleo pulposo, que irrita o sistema nervoso (principalmente nos nervos que estãopassando pelo forame intervertebral). Normalmente ocorre nas vértebras lombares. 38 LIGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL Ligamento Longitudinal Anterior → anteriormente e lateralmente, cobrindo os corpos vertebrais temos uma faixa larga que impede a hiperextensão da coluna vertebral; Ligamento Longitudinal Posterior → dentro do canal vertebral e recobre posteriormente o corpo vertebral; Ligamento Amarelo → acessório da articulação intervertebral, está entre uma lâmina e outra. Ligamento Interespinhal ou Interespinhoso → entre os processos espinhos superior e inferior. Lig. Supraespinhal ou Ligamento Supraespinhoso → unindo as pontas destes OBS.: Esses três (acessórios da Articulação Intervertebral) + Lig. Longitudinal Posterior → impedem a hiperflexão da coluna vertebral. Outra articulação cartilagínea sínfise → Disco Interpúbico (Sínfise Púbica) – não possui núcleo pulposo) – na gestação as mulheres recebem o hormônio relaxina nos ossos do quadril para a dilatação para a deposição do feto. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS São articulações consideradas extremamente móveis em seus respectivos eixos. Essas articulações possuem líquido sinovial (sinóvia). *Luxação → separação de articulações CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA ✓ ARTICULAÇÃO SINOVIAL ESFEROIDE → formato esférico dentro do seu receptáculo; exs.: do ombro e do quadril – triaxial. ✓ ARTICULAÇÃO SINOVIAL PLANA → movimentam apenas em deslizamento (ex.: articulação sacroilíaca) ✓ ARTICULAÇÃO SINOVIAL GÍNGLIMO → dobradiça; ex.: articulação do cotovelo. ✓ ARTICULAÇÃO SINOVIAL ELIPSOIDE → possui uma “semi-lua”; ex.: rádiocarpal; ✓ ARTICULAÇÃO SINOVIAL SELAR (côncavo c/ côncavo); ex.: esterno-clavicular. ✓ ARTICULAÇÃO SINOVIAL TROCOIDE → tem formato de um eixo longitudinal. EIXOS ✓ EIXO TRANSVERSAL → flexão e extensão ✓ EIXO LONGITUDINAL → rotação lateral e medial ✓ EIXO SAGITAL → abdução e adução GRAU DE MOVIMENTO A-AXIAL OU NÃO AXIAL → não utiliza de eixos para se movimentar (realiza apenas báscula/deslizamento) – ex.: sacroilíaca (e todas as outras superfícies planas). UNIAXIAL → possui um eixo de movimento (2 movimentos). 39 BIAXIAL → possui dois eixos de movimento (4 movimentos). TRIAXIAL → possui três eixos de movimento (6 movimentos) – ex.: articulação do ombro/glenoumeral. DENOMINAÇÃO É sempre dada pelos ossos que unem através dessas articulações. EXEMPLOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: do joelho, sacroilíaca, coxofemoral, úmeroulnar/do cotovelo, glenoumeral/do ombro, esterno clavicular, do tornozelo/talocrural). ELEMENTOS COMUNS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ✓ CÁPSULA ARTICULAR (envolve a articulação); ✓ MEMBRANA SINOVIAL (internamente à capsula articular, parte de trás da cápsula) – nutre as articulações trazendo vasos sanguíneos e produzindo sinóvia; ✓ SUPERFÍCIE/CAVIDADE ARTICULAR (superfície óssea revestida por cartilagem hialina – para não desgastar os ossos, se desgastados formam o pó de osso (formando o osteófito)); ✓ CAVIDADE ARTICULAR (onde está o líquido sinovial); ✓ LÍQUIDO SINOVIAL OU SINÓVIA viscoso, formado por glicoproteínas que é liberado pelo sangue na superfície articular, que realiza a lubrificação e nutrição da articulação – se extravasado ele é liberado e causa inchaço. ELEMENTOS ESPECÍFICOS/ACESSÓRIOS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ✓ DISCOS → cartilagem que auxilia no impacto (está, por exemplo, na articulação temporo- mandibular, esternoclavicular). ✓ MENISCOS → igual o disco o que muda é sua localização que é no joelho (amortecem os côndilos – altura desigual). ✓ LIGAMENTOS → Extracapsulares (fora da cápsula) e Intracapsulares. Possuem os ligamentos extracapsulares e intracapsulares → joelho e quadril. ALGUMAS ARTICULAÇÕES ART. DO JOELHO Gínglimo ou Côndilar – 2 faces côncavas + 2 côndilos femorais. Realiza flexão/extensão e rotação passiva. ART. DO TORNOZELO ART. DO OMBRO E DO QUADRIL Tendão do bíceps femoral se torna ligamento intracapsular pois ele ganha a cápsula que fica com um 40 espessamento superior. *Ligg. Coracoclavicular e Coracoacromial. EM SÍNTESE... 41 SISTEMA DIGESTÓRIO CONCEITO É um conjunto de órgãos interligados que tem por finalidade modificar quimicamente os alimentos ingeridos para serem absorvidos. ÓRGÃOS ✓ Boca (dente e gengivas); ✓ Cavidade Oral – vestíbulo da boca, cavidade oral propriamente dita; ✓ Faringe – orofaringe e laringofaringe; ✓ Esôfago ✓ Estômago ✓ Intestinos – Delgado e Grosso ✓ Glândulas e Anexos – glândulas salivares, fígado, pâncreas. BOCA E CAVIDADE ORAL A boca (região bucal) compreende os lábios superior e inferior (externamente), ângulo da boca e a rima labial (ou bucal). A cavidade oral é dividida em regiões através dos dentes (onde a região anterior dos dentes vai ser denominada VESTÍBULO DA BOCA e a posterior dos dentes vai ser denominada CAVIDADE ORAL PROPRIAMENTE DITA). VESTÍBULO DA BOCA Compreende os seguintes componentes: ✓ Lábios Superior e Inferior (internamente); ✓ Rima Labial ou da boca; ✓ Bochecha; ✓ Gengiva; ✓ Dentes. CAVIDADE ORAL PROPRIAMENTE DITA Compreende os seguintes componentes: ✓ Palatos Duro e Mole; ✓ Úvula Palatina; ✓ Língua (dorso, raiz, m. genioglosso); ✓ Soalho da Cavidade Oral; ✓ Istmo das Fauces – relação lateral encontram- se as Tonsilas Palatinas (Amídalas). *OBS.: Portanto é possível determinar que a cavidade oral possui duas comunicações: uma pela Rima da Boca ou Labial e uma pelo Istmo das Fauces. PALATO DURO E PALATO MOLE Constituem o teto da cavidade oral, e concomitantemente o soalho da cavidade nasal. Palato Duro é formado pelos Processos Palatinos da Maxila e pela Lâmina Horizontal do O. Palatino. Posteriormente é encontrada já uma musculatura e não mais osso → Palato Mole; e uma parte pendular (apêndice) que ganha a Orofaringe → ÚVULA PALATINA. 42 ÁREA DE TRANSIÇÃO (CAVIDADE ORAL → OROFARINGE) Superiormente é encontrada a Úvula Palatina, inferiormente a dorso da língua; lateralmente são observados os Arcos: PALATOGLOSSO (anterior) e PALATOFARÍNGEO (posterior), entre eles é encontrada a TONSILA PALATINA (na Fossa Tonsilar). Todos esses componentes vão constituir o que é denominado ISTMO DAS FAUCES . LÍNGUA O Soalho da Cavidade Oral é constituído pela raiz da língua e pelo M. Milo-Hioide. FUNÇÕES ✓ Paladar (papilas gustativas), mastigação e deglutição; ✓ Articulador da fala (fonação); ✓ Inibe ou detém o fluxo de ar. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA ✓ M. Genioglosso FARINGE OROFARINGE Úvula à Cartilagem Epiglótica. LARINGOFARINGE Cartilagem Epiglótica à Cartilagem Cricoide. *OBS.: Os engasgos acontecem como uma resposta do corpo quando o bolo alimentar não é encaminhado para o esôfago por uma má neurotransmissão que compromete a epiglote, fazendo com que o ádito da laringe não seja fechado; portanto o alimento toma espaço no Sistema Respiratório. ESÔFAGO À nível de cartilagem cricoide, posterior a ela, contém um tubo denominado esôfago. ESÔFAGO CERVICAL → região do esôfago compreendida na região do pescoço (mantém relação com a cricoide e com a faringe); ESÔFAGO TORÁCICO → tubo adentra a abertura superior da cavidade torácica (mantém relação com os corpos vertebrais torácicos, brônquios principais e arco aórtico. ESÔFAGO ABDOMINAL → ele ganha passagem no M. Diafragma (pelo HIATO ESOFÁGICO) para chegar ao estômago (CÁRDIA DO ESTÔMAGO). PERISTALTISMO Contrações involuntárias da musculatura lisa do esôfago através de ondas de movimentos, levando o bolo alimentar a atravessar toda a sua extensão. CONSTRIÇÕES DO ESÔFAGO O Esôfago em toda a sua extensão como um tubo, não apresenta uma morfologia linear, e sim constrições durante todo o seu comprimento: ✓ CONSTRIÇÃO CRICOFARÍNGEA → entre faringee esôfago; ✓ CONSTRIÇÃO BRONCOAÓRTICA → cruzamento com arco aórtico e brônquio principal esquerdo; ✓ CONSTRIÇÃO DIAFRAGMÁTICA → hiato esofágico. 43 *OBS.: Por refluxo gastroesofágico (vômito e ácido) passando pela “linha Z” (transição entre a mucosa lisa do esôfago para a pregueada do estômago) – quando o estômago está cheio, a musculatura vai ficando frouxa permitindo a livre movimentação do estômago abdominal (Hérnia Esofágica). IRRIGAÇÃO E DRENAGEM ✓ A. Tireoídea Inferior; ✓ Aa. Esofágica; ✓ A. Gástrica Esquerda. *OBS.: a drenagem acontece em dois sistemas: Sistema Porta (abdominal) e Sistema Ázigo (torácica). INERVAÇÃO ✓ Nervo Vago (autonômico); ✓ Nervo Laríngeo-Faríngeo. DEGLUTIÇÃO O processo de deglutição é dividido em 3 fases: FASE ORAL: Formação do bolo alimentar a partir da mastigação e da umidade concedida pela saliva – língua empurra esse bolo alimentar para a orofaringe; FASE FARÍNGEA: A língua bloqueia a cavidade oral, palato mole bloqueia a nasofaringe, pregas vocais se fecham, a laringe sobe e o seu ádito é tampado pela cartilagem epiglote; e por último o esfíncter do esôfago se abre permitindo a entrada do polo alimentar; FASE ESOFÁGICA: Ocorre aqui o peristaltismo, que são movimentos de ondas que permitem a movimentação do bolo alimentar por todo o comprimento do esôfago até que chegue à região conhecida como Cárdia do Estômago. 1 DEFINIÇÃO É o conjunto de reações bioquímicas catalisadas e reguladas por enzimas. *A Bioquímica é o estudo do ser humano em nível molecular e o conjunto de reações realizadas por essas moléculas. VIAS METABÓLICAS CATABOLISMO (VIAS CATABÓLICAS) Tem origem a partir de macromoléculas – carboidratos, gorduras e proteínas – que são ricas em energia (várias ligações químicas), que sofrem uma quebra (lise), formando assim moléculas menores – H2O, CO2, NH3 – que possuem menos energia (poucas ligações químicas). Libera energia na forma de calor e ATP. ANABOLISMO (VIAS ANABÓLICAS) Tem origem a partir de moléculas menores que realizam síntese de macromoléculas. Processo que absorve a energia liberada pelo catabolismo (por exemplo) para sua realização. MOLÉCULAS MENORES MACROMOLÉCULAS Aminoácidos Proteínas Monossacarídeos Polissacarídeos Ácidos Graxos Lipídeos Bases Nitrogenadas Ácidos Nucleicos *Acima alguns exemplos de compostos, e suas devidas transformações ao sofrer catabolismo ou anabolismo. APLICAÇÃO - DIETA Lembrando dos princípios da Termodinâmica, a passagem do calor se passa do corpo mais quente para o corpo mais frio. Portanto, no inverno com a liberação de calor para o ambiente, o corpo tende a degradar mais os alimentos constituindo o processo de catabolismo. No verão há uma necessidade menor, ocorrendo a absorção desse calor que vai ser utilizado para processos catabólicos de formação de macromoléculas (sensação de pouca fome). EXEMPLO DE CATABOLISMO OXIDAÇÃO DE MACROMOLÉCULAS → doação de elétrons ou hidrogênio, que são aderidos às coenzimas, estas posteriormente sofrem novamente oxidação, e agora são absorvidos pelo O2, formando H2O e ATP. BIOENERGÉTICA VARIAÇÃO DE ENERGIA LIVRE DE GIBBS (△G): é a energia necessária para se realizar trabalho. △G = △H – T. △S △G>0 △G<0 △G=0 Endergônica Exergônica Equilíbrio Não Espontânea Espontâneo -------------------- △H – Variação de Entalpia (calor liberado ou absorvido); △S – Variação de Entropia (estado de desorganização de reagentes e produtos); T – Temperatura; Endergônica → energia livre dos produtos é maior que a dos reagentes (precisam de energia, trabalho para serem realizadas); Exergônica → a energia livre dos reagentes é maior que a dos produtos (não precisa de energia, trabalho para serem realizadas). ATP E ADP ✓ ATP: Adenosina Trifosfato, é um nucleotídeo – formado por: base nitrogenada (adenina) + açúcares (pentose) + fosfato (três) – rica em energia por conta da ligação entre os fosfatos. ✓ ADP: Adenosina Difosfato, formado a partir da retirada de um fosfato do ATP – processo que libera energia (que vai ser utilizada para processos anabólicos, contrações musculares e processos de transporte ativo). 2 ENZIMAS CONCEITO São proteínas ou catalisadores biológicos que aceleram as reações, diminuindo suas energias de ativação. ESTRUTURA Como se trata de uma proteína, são formadas por um conjunto de aminoácidos, que podem estar em 4 tipos de estruturas: PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA, TERCIÁRIA OU QUATERNÁRIA. CENTRO ATIVO/SÍTIO CATALÍTICO São os locais de acoplamento dos substratos às enzimas – formando o Complexo Enzima-Substrato [ES] ou Sistema Chave-Fechadura). *Toda enzima é específica para cada substrato (especificidade). NOMENCLATURA Nome do Substrato + (-ase) Exs.: amilase, catalase, lactase. Exceções: pepsina, tripsina. REAÇÕES ENZIMÁTICAS Qualquer reação enzimática deve conter os seguintes itens: ✓ Substrato; ✓ Enzima (fica em cima da seta, pois ela não é consumida); ✓ Produtos EX.: HIDRÓLISE DA LACTOSE Lactose + H2O → Glicose + Galactose – enzima lactase *Os intolerantes à lactose são pessoas que produzem pouca lactase, portanto não há a quebra da lactose, e por isso necessitam comprar enzimas lactase em farmácias para que consigam degradar essa lactose. COFATORES DEFINIÇÃO São substâncias necessárias ao funcionamento das enzimas, participando junto com o substrato. TIPOS ✓ ATIVADORES: contém elementos inorgânicos (geralmente metais) que ativam enzimas; ✓ COENZIMAS COENZIMAS São moléculas orgânicas derivadas em sua maioria de vitaminas hidrossolúveis (C e do complexo B). *Vitaminas também podem ser lipossolúveis (A, D, E, K). 3 Podem ser TRANSPORTADORAS DE HIDROGÊNIO ou TRANSPORTADORAS DE GRUPOS QUÍMICOS. *Pacientes com cansaço físico, mental ... os médicos receitam vitaminas e minerais (vitaminas → coenzimas; minerais → ativadores). 4 ABSORÇÃO Absorção é a passagem do tubo digestório para a corrente sanguínea, onde 95% do etanol é absorvido na mucosa intestinal, e 5% na mucosa gástrica. Alguns fatores que podem interferir na absorção: ✓ Temperatura (maior temperatura, maior absorção); ✓ Alimentos (retardam a absorção); ✓ Presença de CO2. DISTRIBUIÇÃO A distribuição do etanol pelo corpo se dá pelos seguintes meios: ✓ 80% - 90% metabolizado no fígado; ✓ 2% – 10% são eliminados pelo ar expirado (funcionamento do TESTE DO BAFÔMETRO), ou excretado na urina; ✓ Pequena parte é distribuída para outros tecidos. OXIDAÇÃO DO ETANOL VIA PRINCIPAL Esta via se realiza quando se ingere álcool moderadamente (“socialmente”). Etanol (CH3CH2OH) sofre oxidação (doa H para o NAD, formando NADH), sob a ação da enzima ADH (Álcool Desidrogenase), ocorre no citosol → Acetaldeído (CH3CHO) sofre oxidação (doa H para o NAD, formando NADH), sob a ação da enzima ALDH (Aldeído Desidrogenase), ocorre na mitocôndria → Acetato (CH3COO--). VIA ALTERNATIVA Esta via se realiza quando se ingere álcool em uma quantidade exagerada, desenvolve a tolerância ao etanol – metabolismo é mais rápido). Etanol → Acetaldeído sofre oxidação pela ação de um conjunto de enzimas (CYP450). *Ambas as vias ocorrem no FÍGADO. OBSERVAÇÕES ✓ Asiáticos tem menos ALDH, portanto há um acúmulo de acetaldeído, provocando dor de cabeça e vermelhidão. ✓ No homem há mais ADH, ou seja, as mulheres possuem uma absorção mais rápida do etanol; os homens já degradam parte do álcool antes mesmo de ser absorvido. ✓ Oxidação → doação de elétrons ou hidrogênio; Redução → ganho de elétrons ou hidrogênio. ACETILCOA O Acetato (CH3COO--) forma uma coenzima, AcetilCoA, que produz energia (CO2+H2O+ATP), também pode formar: ✓ Ácidos Graxos → que formam gordura (triacilglicerol); ✓ Corpos