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O Edifício Andrea (1)

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CURSO ENGENHARIA CIVIL 
 
 
ALUNO: FRANCISCO JOSE SILVA 
SANTOS RA 01580006526 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO DESABAMENTO DO EDIFICIO ANDREA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
2022 
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Sumário 
 
Introdução .............................................................................................3 
1 Objetivos .........................................................................................3 
1.1 Desabamento..................................................................................4 
1.2 Responsabilidade ...........................................................................4 
2 Metodologia......................................................................................5 
3 Resultados........................................................................................7 
4 Conclusões.......................................................................................9 
5 Referências......................................................................................10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
O Edifício Andrea, estava situado na Rua Tibúrcio Cavalcante n° 2405 , 
Bairro Dionisio Torres , Fortaleza /CE, CEP: 60120002. 
O Edifício Andrea obteve registro oficializado em 1982 e foi construído 
em 1995.Em um documento divulgado pelo CREA, o prédio possuía seis 
andares e o sétimo andar se tratava de uma cobertura, sua construtora era a 
empresa Alpha. Após a inauguração, o edifício raramente passava por vistorias 
da Prefeitura de Fortaleza, já que em 2012 a prefeitura sancionou uma lei 
obrigando os edifícios a apresentarem de firma periódica certificados de 
vistoria, garantindo a manutenção da estrutura. Porém, as fiscalizações eram 
sempre adiadas. A primeira vistoria estava prevista para 2015, 2016 e em 
seguida 2017. Entretanto, no dia do desabamento, a prefeitura informou que o 
imóvel era considerado irregular. 
Um dia antes do acidente que provocaria o desabamento do edifício, 
bem como as colunas de sustentação completamente rachadas e com peças 
ainda antigas diretas do estacionamento. Coincidentemente, o prédio estava 
passando por uma reforma 
1. Objetivos 
Esse relatório tem como objetivo falar sobre as vitimas que morreram e 
as que ficaram com sequelas no acidente. O intuito ´mostrar o colapso total da 
estrutura do edifício, analisar o acidente tecnicamente, fazer o levantamento 
das informações, montar um cenário mostrando de quem era as 
responsabilidades, o que poderia ser feto apar evitar esse tipo de fatalidade e 
qual será as punições que os responsáveis irão levar. 
 
 
 
 
 
Antes e depois do desabamento 
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1.1 Desabamento 
O desabamento do edifício ocorreu por volta das 10h28 do dia 15 de 
outubro de 2019, terça-feira , feriado escolar Dia do Professor e a edificação 
desabou por completo .O impacto da queda assustou muitos moradores 
próximos do condomínio , inclusive comerciantes que imediatamente saíram 
correndo largando tudo para trás. Algumas lojas próximas ao imóvel também 
foram atingidas. Logo após a queda, as Ruas Tibúrcio Cavalcante, bem como 
as transversais ficaram tomadas pela fumaça dos escombros. 
Sete pessoas foram resgatadas com vida dos escombros do edifício e 
nove pessoas morreram no local. 
1.2 Responsabilidade 
Um dos envolvidos no acidente é o engenheiro José Anderson Gonzaga 
dos Santos engenheiro responsável pela reforma. No depoimento à comissão 
especial montada pela entidade o profissional descreveu os diálogos que teve 
com a sindica Maria das Graças Rodrigues, última vítima encontrada sob os 
escombros sobre o que seria realizado e o que aconteceu no dia ao 
desmoronamento. 
 
Colunas do estacionamento do edifício 
 
José Anderson esteve no edifício junto com um pedreiro e o segundo 
engenheiro, isso por volta das 9h20 do dia 15 – uma hora antes de a estrutura 
ruir. Ele chamou a síndica para mostrar a situação dos pilares, que estavam 
fofos. O emboço não estava mais aderindo à estrutura e, nesse caso, não 
precisaria ter cautela de escoramento .Esse foi o posicionamento do 
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profissional , por isso o pedreiro fez uma demonstração para mostrar com mais 
detalhes o que estava ocorrendo. 
2. Metodologia 
Análise Técnica 
Como observamos nos fatos o edifício foi construído de forma totalmente 
irregular, mas foi permitido o seu uso para fins residenciais pela prefeitura 
mesmo sem nenhum laudo técnico que afirmasse que o edifício estava apto 
para a moradia. 
Após analisarmos os fatos observamos que não há falta de 
manutenções e vistorias preventivas de profissionais competentes, para afirmar 
que a estrutura não tem risco para a moradia, outro ponto e que dava para 
notar que o edifício estava em ruína pois segundo fotos e imagens mostradas e 
também vídeos com sua estrutura de ferro totalmente exposta a oxidação. 
Era possível observar a fachada pelas fotos que deveria haver uma 
análise para verificar a deterioração e desprendimento da estrutura, outro ponto 
que observamos nas imagens foi que o prédio já havia sofrido intervenções em 
seu aço que estava exposto, provavelmente tentaram tampar da forma 
incorreta a estrutura , pode ser que não houve o recobrimento mínimo segundo 
a norma. 
 
 
 
 
 
 
 
 Por imagens e vídeos adquiridos no Google, imagens fornecidas 
/adquiridas por terceiros e exposto. Caracterizado como não atendido a 
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NBR5674(Manutenção em Edificações) por parte do condomínio, haja visto o 
alto grau de resistência do aço estruturais, das diversas camadas de 
revestimentos ineficazes sobre o aço dos pilares, bem como pelas imagens da 
própria fachada, além de demais elementos citados neste relatório. 
 
Levantamento das informações 
Segundo o Engenheiro, com valor de 22 mil reais para a reforma e 
adequação do edifício. Mas podemos observar ao ver na imagem abaixo do 
pilar da estrutura, esse valor seria insuficiente para fazer as devidas reformas, 
ART que foi feita pelo engenheiro não ia impedir nenhum desastre dessa forma 
ou seja o mesmo foi negligente em cento ponto. 
Observamos também que foi possível notar o descaso da prefeitura com 
relação a obras serviços que são executados no estado. Pois havia muitos 
anos e essa edificação ainda não estava nos parâmetros da norma brasileira. 
Além da negligência da prefeitura com a fiscalização rotineira do edifício, houve 
também uma falha da empresa e atual prestadora de serviços que falhou em 
não possuir nenhum relatório seguindo a NBR 1680. 
 
 
 
 
 
 
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Poderia ser evitado? Sim. Se vários fatores fossem analisados como a 
prefeitura não ter feito a liberação do edifício para as pessoas residirem , as 
empresas responsáveis pelas reformas nos decorrer dos anos fizessem as 
reformas adequadamente o Engenheiro José Anderson fosse realista ao ver a 
situação do edifício e solicitasse a evacuação do prédio até ser feito as devidas 
escoras no edifício para s reparos necessários , e os moradores deveriam se 
retirar da edificação que que fossem tomadas as medidas corretas de 
segurança. 
As punições 
A estrutura já estava toda comprometida e o profissional prestador de 
serviços errou em não seguir os procedimentos mínimos para não haver 
mortes sendo eles a evacuação do edifício, o pessoal do condomínio errou em 
não seguir as normas de edificação habitacional, o governo deve tomar 
medidas m que as prefeituras não pensem só em arrecadas com impostos, 
mas preze pela a vida das pessoas. 
3. Resultado 
Problema estrutural foi apenas maquiado, ou seja, as armaduras que 
estavam expostas foram cobertas com massa de concreto. Em depoimentos 
alguns moradores apontaram que o prédio já havia passado por reformas 
anteriores, e o problema estrutural ao invés de ser resolvido teria sido coberto, 
fazendo com que os problemas ganhassem maior dimensão ao longo dos 
anos. 
Através de laudotécnico, a polícia, juntamente com peritos criminais e 
engenheiros do Núcleo de Perícia em Engenharia Legal e Meio Ambiente, 
concluíram os fatores que foram cruciais para o desabamento do Edifício 
Andrea fora: 
 Falha no processo de execução 
 Sistema de manutenção inadequado quando tinha 
acréscimos de cargas(sobcarga) inserida sobre o pavimento da 
cobertura, que foi erguida após a construção da edificação, o que 
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provocou a redução do coeficiente de segurança ( a construção de 
cômodos -quartos e banheiro em um espaço de 60 m2 
 A falha da empresa responsável pela reforma e dos seus 
profissionais prestadores de serviços; 
 Técnica equivocada durante a obra, o que prejudicou a 
estabilidade da estrutura; 
 Ausência de relatório da reforma e de escoramento das 
estruturas dos pilares de sustentação, conforme determinada na 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
 
A edificação já estava fadada ao desabamento, quando os pilares 
tinham seu aço estrutural em alto estado de aderência, somado ao 
revestimento com emboço onde deveria existir concreto; (NBR6118)A empresa 
e profissional prestadora de serviços, errou em não seguir o procedimento 
mínimos para garantir o não colapso, ou mesmo, a evacuação dá 
edificação; (NBR16280)O Condomínio Andrea negligenciou a NBR5674 que 
dista sobre as manutenções e modificações habitacionais; A prefeitura errou 
em não fiscalizar as edificações existentes, criando leis e cobrando seu a 
seguir, assim como a Lei 6400 do RJ, dentre outras. A estrutura se encontrava 
em seu estado limite de esforços, onde já havia falta de recobrimento de 
concreto que agiria na depressão (falha responsável pelo colapso),estando o 
aço/concreto distribuindo cargas com outros elementos que não deveriam tertal 
propósito, tal acúmulo de erros, acarretou igualmente ao efeito do Edifício 
Liberdade no centro do Rio de Janeiro, no que chama-se última gota antes do 
transbordo, ou seja, os recobrimentos de emboços não deveriam ter função 
estrutural, mas, assumiram tal função devida as diversas negligenciadas 
 
 
 
 
 
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4. Conclusões 
A definição de responsabilidade civil do profissional leva em conta 
diversos fatores, como por exemplo, às cláusulas contratuais, à solidez e 
segurança da construção, e até mesmo, os danos causados a terceiros. 
O trabalho é uma atividade eminentemente social e as pessoas estão 
valorizando cada vez mais o ambiente, a equipe, as oportunidades de 
crescimento e aprendizado e as perspectivas de futuro. 
Segundo dados oficiais, o Brasil é o quarto colocado mundial em número 
de acidentes fatais do trabalho. De acordo com o Governo, é registrada no país 
cerca de uma morte a cada 3,5 horas de jornada diária e são gastos mais de 
R$ 14 bilhões por ano com acidentes de trabalho. “Por isso, é importante o 
empenho crescente para reduzir cada vez mais a quantidade de acidentes de 
trabalho. 
A fiscalização de obras é imprescindível para se obter a garantia do 
desempenho e da segurança da construção. Ou seja, o engenheiro civil realiza 
um levantamento e fornece todas as informações referentes ao processo de 
execução, verificando se o projeto obedece às especificações e aos prazos 
estabelecidos. 
Essa etapa é fundamental para se obter maior eficiência na obra, uma 
vez que se faz o acompanhamento da aplicação dos materiais , o controle de 
recebimentos dos recursos e das notas fiscais, além da gestão de todo o 
cronograma do empreendimento. 
Após os sete andares do prédio virarem ruínas por possíveis erros na 
execução de reforma nos pilares, o debate sobre a importância da inspeção 
predial e da manutenção estrutural das construções de Fortaleza e do Ceará 
veio à tona. 
A fiscalização ainda pode contribuir para evitar inúmeros erros e 
imprevistos que prejudiquem o bom andamento do empreendimento. 
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Referências 
https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2021/10/14/dois-anos-do-
desabamento-do-edificio-andrea-entre-a-dor-e-a-chance-de-recomecar.html 
BACON, C.; FITZGERALD, B. Uma estrutura sistêmica para o campo de sistemas 
de informação. banco de dados para avanços em sistemas de informação, v.32, 
n. 2, pág. 46-67, primavera de 2001. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023. Informação e 
documentação: referências - elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. 
 
https://www.academia.edu/40930429/AN%C3%81LISE_DE_DESABAMENTO_
CONDOM%C3%8DNIO_DO_EDIF%C3%8DCIO_RESIDENCIAL_ANDREA_R
ua_Tiburcio 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2021/10/14/dois-anos-do-desabamento-do-edificio-andrea-entre-a-dor-e-a-chance-de-recomecar.html
https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2021/10/14/dois-anos-do-desabamento-do-edificio-andrea-entre-a-dor-e-a-chance-de-recomecar.html

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