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05 - Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água e consequências da construção civil no aquecimento global

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MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO I 
Juliana Dorn Nóbrega 
Poluição sonora, consumo 
de energia, desperdício 
de água e consequências 
da construção civil no 
aquecimento global
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os impactos da poluição sonora da construção civil.
 � Analisar o aumento do consumo de energia e o desperdício de água 
na construção civil.
 � Definir os impactos da construção civil no aquecimento global.
Introdução
As atividades da construção civil compreendem as operações de mon-
tagem, construção, demolições, reparo ou alteração de uma edificação 
ou de uma estrutura. E, ao mesmo tempo que a construção civil tem um 
papel fundamental no crescimento das cidades, na geração de emprego, 
na melhoria da qualidade de vida da população e no desenvolvimento 
econômico, pode provocar diversos impactos no meio ambiente.
No que diz respeito aos impactos ambientais, o ramo da construção 
civil utiliza aproximadamente 50% do total de recursos naturais extraídos 
do meio ambiente (HERCZEG et al., 2014), sobretudo a água e a energia, 
utilizados desde a fabricação dos materiais até a construção e a vida útil 
do edifício pela população que o ocupa e pelas atividades desenvolvidas. 
Além disso, o setor construtivo produz uma grande quantidade de resí-
duos, sendo responsável por grande parte da poluição do ar nas cidades 
e pela emissão de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento 
global.
Entre os impactos negativos ocasionados no processo construtivo, a 
poluição sonora em decorrência do uso de máquinas e equipamentos 
pode promover prejuízos à qualidade de vida e à saúde dos trabalhadores, 
assim como da comunidade no entorno do local do empreendimento. 
Muitas vezes, os ruídos das máquinas e dos processos são acompanhados 
de emissão de vibrações, que, por sua vez, podem causar patologias 
nas edificações vizinhas, além de serem prejudiciais à saúde dos seres 
humanos.
Este capítulo tem como objetivo apresentar alguns conceitos fun-
damentais sobre os impactos ambientais gerados pela construção civil, 
para que os profissionais de engenharia possam compreendê-los e adotar 
soluções mitigatórias (tecnológicas, políticas e administrativas) em relação 
a essa problemática.
Poluição sonora
Um movimento mecânico repentino provoca flutuações na pressão e no des-
locamento das partículas do ar, que, por sua vez, deslocam outras partículas 
vizinhas, e assim indefinidamente, criando um movimento de onda. A sensação 
de audição é produzida quando as ondas sonoras passam através do canal 
auditivo (formado pela orelha externa, média e interna) até chegarem à orelha 
interna, onde a energia da pressão sonora é convertida em impulsos nervosos. 
Os impulsos passam pelo nervo auditivo e chegam ao cérebro, onde, finalmente, 
são interpretados como sons. A sensibilidade ao ruído varia bastante entre as 
pessoas (KROEMER; GRANDJEAN, 2007).
Uma unidade física da pressão do som muito utilizada é o micropascal (μPa) 
— a faixa de audição pelos seres humanos é bastante ampla: o som mais baixo 
que uma pessoa pode escutar é de, aproximadamente, 20 μPa. Para acomodar 
uma faixa tão grande em uma escala prática, as pressões são definidas em 
uma escala logarítmica, denominada decibel (dB), que corresponde à menor 
variação de pressão sonora que um ouvido pode distinguir.
O decibel (dB) é uma unidade de intensidade física relativa do som, que representa o 
nível de intensidade sonora.
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...2
A definição mais simples para “ruído” consiste em qualquer som que 
seja indesejável (KROEMER; GRANDJEAN, 2007). O tempo de exposição 
a determinado ruído depende do seu nível de pressão sonora, de modo que, 
quanto maior o seu valor em dB, menor será o tempo de exposição de uma 
pessoa a esse som (Figura 1).
Figura 1. Valores de decibéis e limites de exposição.
Fonte: Adaptada de Eusebio (2018).
Por consequência, a emissão de ruídos promove a poluição sonora, que 
pode ser definida como toda emissão de som ofensiva ou nociva à saúde, à 
segurança e ao bem-estar da coletividade, capaz de “lesar fisiologicamente 
e/ou psicologicamente a saúde, a segurança e o bem-estar dos seres vivos, 
podendo provocar efeitos clínicos, estresse, dificuldades mentais e emocionais, 
até surdez progressiva e imediata” (ANDRADE, 2004).
A emissão de ruídos, que podem ser do tipo intermitente, contínuo ou de 
impacto, compreende um aspecto inerente à construção civil, de modo que, 
muitas vezes, grande parte dos ruídos que escutamos em um ambiente urbano 
advém das atividades desse setor. 
3Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
Alguns exemplos de ruídos no setor construtivo são os geradores de energia 
a diesel, máquinas de transporte, serviços de manutenção e reparo, solda-
gem, atividades de corte, execução de fundações, máquinas pesadas como 
caminhões, marteletes rompedores de concreto, bate-estaca, atividades de 
demolição, etc. (Figura 2). Os geradores de energia (utilizados para fornecer 
energia a equipamentos que requerem eletricidade, como máquinas de sol-
dagem e iluminação de ambientes em áreas sem fornecimento de energia) e 
motores são algumas das máquinas elétricas que produzem um grande ruído 
nos locais de construção, operações que podem ocorrer simultaneamente ou 
em tempos diferentes.
Figura 2. Níveis de intensidade do som de algumas atividades da construção civil, em 
decibéis (dB).
Fonte: Adaptada de Eusebio (2018).
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...4
Efeitos da poluição sonora
Os inconvenientes da poluição sonora proveniente do setor de construção 
civil têm impacto no bem-estar dos trabalhadores e da comunidade em geral, 
variando desde fatores psicológicos, como interferência na comunicação, 
irritabilidade e perda de sono, até problemas de saúde, como perda de audição 
temporária ou permanente, batimento cardíaco irregular, hipertensão, etc. 
De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC, 2018) 
dos Estados Unidos, 14% dos trabalhadores da construção civil apresentam 
consideráveis distúrbios na audição.
O limite de exposição ao som recomendável é de 85 dB (NIOSH, 2018). Para 
sons com intensidades acima de 120 dB, sente-se dor no ouvido, definido como 
o limiar de dor. Exposições prolongadas a níveis sonoros iguais ou superiores 
a 85 dB são capazes de causar danos à audição, podendo evoluir para perda 
auditiva irreversível. Em muitos trabalhos de construção, os trabalhadores 
estão expostos a ruídos acima desse limite em 70% do turno, mas, apesar 
disso, eles relatam que utilizam dispositivos de proteção auricular em apenas 
20% ou menos do tempo de trabalho (ZITZMAN, 2018).
Se o ruído constitui um risco à saúde humana, por que os trabalhadores 
não utilizam os dispositivos de proteção? De acordo com Zitzman (2018), os 
trabalhadores geralmente desconhecem os riscos a que estão expostos, uma 
vez que os níveis de som na construção não são tão óbvios quanto os ruídos 
industriais. No entanto, a maioria dos ruídos da construção está na faixa de 
80 a 90 dB, o que não causa dor imediatamente, mas pode apresentar efeitos 
a longo prazo.
Veja o que Kroemer e Grandjean (2007, p. 260) falam sobre os riscos de perder a audição 
em razão da exposição inadequada a ruídos:
A estimulação forte e repetitiva por um som intenso pode gerar a perda 
auditiva, que é apenas temporária no início, mas depois de “ensurdecer”, 
repetidamente, pode gerar um dano permanente. Isto é denominado 
perda auditiva induzida por ruído (PAIR), que geralmente ocorre 
pela degeneração lenta, mas progressiva, das células sensíveis ao som 
do ouvido interno. Quanto mais intenso e repetitivo é o ruído, quanto 
5Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
maior é o dano para a audição. O ruído que consiste predominantemente 
de altas frequências é mais danoso do que os de baixa frequência. Por 
exemplo, um tiroou uma explosão pode danificar imediatamente as 
células do ouvido. A sensibilidade ao ruído varia bastante de uma pessoa 
para outra. Algumas pessoas que são particularmente sensíveis podem 
sofrer perda auditiva permanente em apenas alguns meses, enquanto 
pessoas menos sensíveis podem mostrar os primeiros sintomas somente 
depois de muitos anos de exposição.
No Quadro 1, são apresentados alguns efeitos psicológicos e fisiológicos 
do ruído: no primeiro caso, o ruído pode provocar irritabilidade, alteração 
do estado de alerta e perturbação do sono; já os efeitos fisiológicos resultam 
de efeitos sintomáticos do estado de alarme mental, gerado pelo aumento da 
estimulação do sistema nervoso autônomo (KROEMER; GRANDJEAN, 2007).
Muitas máquinas e equipamentos que provocam ruído também estão 
associados à emissão de vibrações, as quais podem causar danos à saúde, 
provocados pela ressonância nas partes internas do corpo e por exigirem uma 
resposta dos músculos e do esqueleto, além de provocar danos neurológicos 
e circulatórios. O efeito da vibração também pode colocar em risco a estabi-
lidade estrutural e causar patologias não estruturais nas edificações vizinhas 
(ARAÚJO; CARDOSO, 2010).
Fonte: Adaptado de Kroemer e Grandjean (2007).
Efeitos 
psicológicos
 � Irritabilidade
 � Efeitos no desempenho de concentração mental, 
pensamento e reflexão
 � Interferência nas atividades mentais complexas, que 
exigem muita precisão e interpretação de informações
 � Redução do tempo total do sono e do sono profundo
Efeitos 
fisiológicos
 � Aumento da pressão sanguínea
 � Aceleração da frequência cardíaca
 � Contração dos vasos sanguíneos da pele
 � Aumento do metabolismo
 � Redução da velocidade de digestão
 � Aumento da tensão muscular
Quadro 1. Efeitos psicológicos e fisiológicos do ruído
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...6
Medidas mitigadoras
Os métodos de controle do ruído no setor de construção civil podem envolver 
medidas de controle de engenharia e de controle administrativo, para con-
servação do ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância, além de 
medidas de proteção individual, que reduzam a exposição dos trabalhadores 
aos riscos, conforme apresentado a seguir.
Segundo Nwasinachi e Jonah (2015), as medidas de controle de engenharia 
consideram a manutenção periódica dos equipamentos existentes, a seleção 
de novas tecnologias e de máquinas com dispositivos de amortecimento e 
silenciadores que as tornem menos ruidosas, e a utilização de barreiras de 
proteção ao som.
Como medidas de controle administrativo, de acordo com Berg e 
Nathanson (2019), incluem-se as restrições de acesso aos locais de constru-
ção, a rotação apropriada dos trabalhadores envolvidos em atividades muito 
ruidosas, o planejamento das atividades e o desligamento dos equipamentos 
quando não utilizados.
As medidas de proteção individual consistem na utilização de equipamen-
tos de proteção, em situações em que as medidas de controle administrativo 
e de engenharia não são suficientes para reduzir os ruídos a um nível seguro, 
abaixo de 85 dB (BALLESTEROS; FERNANDEZ, 2010). Esses equipamentos 
são: a) os protetores auriculares do tipo tampão de inserção no canal auditivo, 
que reduzem o ruído em até 30 dB; b) os protetores auriculares do tipo concha 
que cobrem toda a orelha externa e reduzem o ruído em até 40 dB; e c) os 
capacetes que cobrem toda a cabeça. Recomenda-se a utilização dos protetores 
tampão quando o nível do ruído estiver entre 85 e 100 dB e as conchas para 
níveis acima de 100 dB (KROEMER; GRANDJEAN, 2007).
Regulamentação
Algumas normas de segurança e legislações regulamentam a exposição ao 
ruído por trabalhadores da construção civil e estabelecem valores de referência 
aceitáveis em áreas habitadas.
A ABNT NBR 10.151:2000 define as condições para a avaliação da aceita-
bilidade do ruído em comunidades, para o exterior e o interior de edificações, 
com base na medição do nível de pressão sonora equivalente. 
7Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
A ABNT NBR 10.152:2017 estabelece os procedimentos técnicos a serem 
adotados na execução de medições de níveis de pressão sonora em ambien-
tes internos a edificações, além de valores de referência para avaliação dos 
resultados em função da finalidade de uso do ambiente, como aeroportos, 
cinemas, escritórios, hotéis, etc.
O Anexo nº.1 da Norma Regulamentadora NR 15 de Segurança de Trabalho 
(NR-15) para atividades e operações insalubres define os limites de tolerância 
para ruído contínuo ou intermitente, relacionando o nível do ruído à máxima 
exposição diária permissível. No Anexo nº. 2 da mesma norma, definem-se 
os limites de tolerância para ruído de impacto, que compreendem aqueles que 
apresentam picos de energia acústica de duração inferior a 1 seg (BRASIL, 
1978).
Ainda, é preciso respeitar as legislações municipais, estaduais e federais 
quanto ao controle e à fiscalização de atividades que promovam poluição 
sonora.
Consumo de água e energia
Nas últimas décadas, o processo de urbanização tem sido crescente: no ano de 
1950, apenas 30% da população do mundo morava em áreas urbanas, número 
que aumentou para uma proporção de 55% em 2018 (NAÇÕES UNIDAS, 2018). 
Com o aumento populacional e da industrialização das cidades, surgiram 
demandas maiores por edificações e infraestruturas, suprimento de água, 
energia, alimentos, além de outros insumos. A construção civil utiliza mais 
da metade dos recursos extraídos do planeta para a produção e a manutenção 
do ambiente construído (CBCS, 2014).
Diante disso, a disponibilidade dos recursos naturais fica comprometida 
não somente pelo aumento de exploração desses recursos, mas também pela 
poluição ambiental originada nas diversas atividades humanas, podendo afetar 
a qualidade dos recursos disponíveis, o que torna imprescindível a busca de 
um desenvolvimento sustentável para o suprimento das necessidades atuais 
e de gerações futuras.
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...8
Água e energia
De toda a água existente no mundo, apenas 2,5% do volume total é classifi-
cado como água-doce, total do qual 70% encontra-se nas geleiras, 0,3% em 
rios e lagos, e 30% compõe o manancial subterrâneo (CALIJURI; CUNHA; 
POVINELLI, 2010). As águas utilizadas para uso humano são provenientes 
de recursos hídricos superficiais, como rios e lagos, e de águas subterrâneas. 
Para a captação de água superficial, muitas vezes são necessárias estruturas 
de armazenamento (reservatórios), para regularização das vazões, a fim de 
garantir um suprimento de água de maneira contínua à população. Em virtude 
das variações climáticas, os regimes de precipitação têm sido modificados e 
os eventos extremos de seca ficada cada vez mais frequentes.
A captação de água subterrânea é realizada pela extração de água dos 
aquíferos, formações geológicas capazes de reter a água em sua estrutura 
porosa. Quando a taxa de exploração é superior à taxa de recarga natural 
de água, acontece o rebaixamento do nível de água e, consequentemente, 
do volume armazenado pelo aquífero. O vazamento de contaminantes pode 
infiltrar no solo e chegar até a água subterrânea, promovendo uma poluição 
capaz de se estender por quilômetros.
No que diz respeito à produção de energia, as fontes de energia podem ser 
classificadas em renováveis e não renováveis. A utilização de fontes de energia 
não renováveis provoca a emissão de gases de efeito estufa.
As fontes não renováveis são aquelas passíveis de se esgotarem por serem 
utilizadas com velocidade bem maior que os milhares de anos necessários 
para a sua formação. Nesta categoria estão os derivados de petróleo, os com-
bustíveis radioativos, a energia geotérmica e o gás natural.
Fontes renováveis são aquelas cuja reposição pela natureza é bem mais rápida 
do que sua utilização energética, como no caso das águas dos rios, marés, 
sol e ventos, ou cujo manejo pode ser efetuado de forma compatível com asnecessidades de sua utilização energética, como no caso da biomassa — cana-
-de-açúcar, florestas energéticas e resíduos animais, humanos e industriais 
(REIS; SILVEIRA, 2001, p. 44).
O consumo de energia no mundo aumentou em 2,3% no ano de 2018, 
representando quase o dobro da taxa média de crescimento desde 2010 (IEA, 
2019). Considerando ainda o ano de 2018, a energia renovável corresponde a 
25% da matriz energética global. No Brasil, em virtude da disponibilidade de 
recursos hídricos, a energia hidroelétrica representa uma parcela significativa 
da matriz energética no país.
9Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
Água, energia e o setor construtivo
O setor de edificações (incluindo o ambiente construído e a construção civil) 
é o maior consumidor final de energia no mundo, e, no Brasil, é responsável 
por 48,5% do consumo total de energia elétrica. O consumo de energia se dá 
em quatro áreas principais (CBCS, 2014):
 � extração, fabricação, produção e transporte de materiais de construção;
 � construção, que corresponde à energia no canteiro de obras;
 � operação de edificações e ambiente urbano;
 � demolição no final da vida útil da edificação.
No Quadro 2, são apresentados alguns valores de energia “embutida” ou 
o custo energético de alguns produtos de extenso uso na construção civil.
Fonte: Marques, Haddad e Martins (2001).
Material (kJ/kg) Observações
Aço 20 a 50 Produto acabado, a partir do minério
Água tratada 0,001 a 0,01 A partir de reservatórios naturais
Alumínio 227 a 342 Metal a partir da bauxita
Calcário 0,07 a 0,1 A partir de jazidas naturais
Cimento 5 a 9 A partir das matérias-primas
Madeira serrada 3 a 7 A partir da árvore em pé
Oxigênio 6 a 14 A partir do ar
Papel 25 a 50 A partir da árvore em pé
Polietileno 87 a 115 A partir do petróleo
Quadro 2. Energia embutida ou custo energético de alguns produtos
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...10
O desperdício de energia pode ocorrer de diversas formas, desde os pro-
cessos industriais até a sua utilização no ambiente construído. Uma tendência 
mundial consiste em optar por equipamentos e máquinas energeticamente mais 
eficientes. A seguir, são apresentadas algumas políticas públicas de eficiência 
energética voltadas a edificações, aparelhos e equipamentos, e indústria, 
definidas pela International Energetic Agency (2011 apud CBCS, 2014).
Edificações
 � Códigos de obras mandatórios e padrões mínimos de desempenho.
 � Consumo zero net em edificações.
 � Melhorias na eficiência energética em edificações existentes.
 � Etiquetagem energética ou certificações para edifícios.
 � Desempenho energético para componentes construtivos e sistemas.
Aparelhos e equipamentos
 � Padrões mínimos de desempenho obrigatórios e etiquetas.
 � Padronização de testes e protocolos de medição.
 � Políticas de transformação de mercado.
Indústria
 � Gerenciamento energético.
 � Equipamentos e sistemas com alta eficiência energética.
 � Serviços de eficiência energética para pequenas e médias empresas.
 � Políticas complementares para incentivar a eficiência energética na 
indústria.
É possível evitar o desperdício de água nas edificações a partir da utiliza-
ção de equipamentos economizadores de água, como as bacias acopladas, as 
torneiras de fechamento automático, os dispersores nas torneiras e as válvulas 
redutoras de pressão. Novas tecnologias também têm sido desenvolvidas para 
o reuso da água e o aproveitamento da água pluvial em processos industriais 
e habitações, para consumos não potáveis. 
11Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
Os consumos de água e energia estão diretamente interligados, uma vez 
que é necessário usar energia para o bombeamento de água, o aproveitamento 
dos recursos hídricos (fontes superficiais e subterrâneas) e o abastecimento 
das cidades e dos sistemas prediais, além de estarem interligados aos ciclos 
de vida dos materiais de construção. Algumas ações para a diminuição do 
uso de materiais construtivos, e, consequentemente, dos recursos naturais, 
incluindo a água e energia, consiste em: 
 � maximização da vida útil dos componentes e edifícios; 
 � estratégias para reduzir perdas na construção; e 
 � melhoria do processo de gestão e aumento da reciclagem dos resíduos 
(CBCS, 2014).
De maneira geral, algumas estratégias podem ser delineadas visando à 
sustentabilidade da construção, como aumentar o grau de industrialização, 
selecionar materiais adequados ao clima para reduzir o consumo de energia na 
fase de uso do edifício, melhorar a qualidade e o detalhamento dos projetos, 
melhorar o gerenciamento das obras e aumentar a durabilidade dos materiais 
(CBCS, 2014).
Há programas de etiquetagem e certificação de desempenho energético em equipa-
mentos individuais e edificações inteiras, como apresentado pelo Conselho Brasileiro 
de Construção Sustentável (CBCS, 2014). 
O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e o Selo Procel definem níveis mínimos 
de desempenho para equipamentos importantes, como geladeiras, ventiladores de 
teto, lâmpadas e pequenos sistemas de ar-condicionado. Já o Programa PBE Edifica 
define níveis de eficiência energética em edificações públicas, residenciais e de serviços.
Impactos da construção civil 
no aquecimento global
Uma das grandes preocupações atuais refere-se ao fenômeno de mudanças 
climáticas, que representa uma ameaça aos seres humanos e a outras formas 
de vida do planeta, definido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças 
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...12
Climáticas (IPCC) como uma variação estatisticamente significativa no estado 
médio do clima ou em sua variabilidade, que persiste por um período prolon-
gado (BARRY; CHORLEY, 2013). Alguns efeitos das mudanças climáticas são 
aumento das temperaturas médias, aumento do nível dos mares, derretimento 
de geleiras e modificação da frequência e intensidade de fenômenos climáticos 
extremos, como chuvas extremas, furacões, secas e ciclones (KIBERT, 2020).
Um dos fatores determinantes no aquecimento global consiste no aumento 
da concentração atmosférica de alguns gases, como gás carbônico (CO2), 
metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e clorofluorcarbonos (CFCs), conhecidos 
como gases de efeito estufa, por sua capacidade de reter na atmosfera parte 
da radiação solar incidente sobre a superfície da Terra, provocando o aumento 
das temperaturas globais (Quadro 3).
Fonte: Adaptado de Rosswell (1991 apud MARQUES; HADDAD; MARTINS, 2001).
Gases Fontes antropogênicas
Gás carbônico
CO2
 � Combustão de combustíveis fósseis
 � Desmatamento
 � Mudanças no uso da terra
Clorofluorcarbonos
CFC
 � Espuma plástica para embalagens
 � Solventes
 � Aerossol spray propelentes
 � Processos industriais
 � Refrigeração
Metano
CH4
 � Atividades agrícolas
 � Combustão de combustíveis fósseis
 � Queima de biomassa
 � Vazamento de gás natural
Óxido nitroso
N2O
 � Fertilizantes
 � Queima de biomassa
 � Conversão da terra para fins de agricultura
 � Combustão de combustíveis fósseis
Quadro 3. Fontes antropogênicas de gases de efeito estufa
13Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
Apesar de o gás carbônico apresentar um potencial multiplicador do efeito 
estufa inferior ao de outros gases (Quadro 4), é o principal contribuinte do 
aquecimento global, em razão das elevadas taxas de emissão de CO2 prove-
nientes de atividades antropogênicas diversas, como queima de combustíveis 
fósseis em usinas de energia, transporte, sistemas energéticos prediais, pro-
dução de cimento e agricultura (Figuras 3 e 4). É importante salientar que o 
CO2 está presente naturalmente na atmosfera como parte do ciclo de carbono, 
que representa a circulação natural de carbono entre a atmosfera, o oceano, 
o solo, as plantas e os animais. No entanto, as atividades humanas estão al-
terando o ciclo de carbono pela adição de mais CO2 à atmosfera, assim como 
pelos desmatamentos, o que diminui a capacidade naturalde estabilizar as 
concentrações de CO2 pelas florestas e a armazenagem de carbono no solo 
(EPA, 2019).
Fonte: Adaptado de Kilbert (2020).
Gás atmosférico Multiplicador do efeito estufa
CO2 (dióxido de carbono) 1
CH4 (metano) 21
NO2 (óxido nitroso) 310
Refrigerante CFC-11 (CCl3F) 1.320
Refrigerante CFC-12 (CF2Cl2) 6.650
Refrigerante HCFC-22 (CHClF2) 1.350
Ozônio superficial 100
Nota: O multiplicador indica quantos gramas de impacto de equivalente de CO2 são causados 
por um grama do gás.
Quadro 4. Valores multiplicadores do efeito estufa de vários gases atmosféricos
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...14
Figura 3. Emissões globais de gases de efeito 
estufa por setor econômico.
Fonte: Adaptada de IPCC (2014).
Figura 4. Emissões globais de gases de efeito estufa.
Fonte: Adaptada de IPCC (2014).
15Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
A construção civil contribui significativamente para as emissões de CO2, 
em grande parte pela produção da indústria cimentícia e pela utilização de 
recursos não renováveis nesse setor. A produção de cimento é fonte de aproxi-
madamente 8% das emissões de CO2 do mundo (LEHNE; PRESTON, 2018).
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 
(COP24), realizada no ano de 2018 na Polônia, representantes do setor ci-
mentício se reuniram para debater os meios para atender aos requerimentos 
estabelecidos no Acordo de Paris de 2015 sobre as alterações climáticas. 
Nessa conferência, estabeleceu-se que as emissões anuais da indústria de 
cimento devem ser reduzidas em pelo menos 16% até o ano de 2030 (LEHNE; 
PRESTON, 2018; RODGERS, 2018).
Alguns progressos têm sido feitos no setor no sentido de reduzir as emissões 
de gases de efeito estufa, principalmente pela melhoria na eficiência energética 
de novas plantas industriais e pela utilização de materiais alternativos para 
queima nos fornos, em substituição aos combustíveis fósseis.
Na produção de cimento, a maior quantidade de emissão de CO2 se dá 
na etapa de produção do clínquer, o principal constituinte do material. Con-
siderando o ciclo de vida do cimento, 95% das emissões do gás carbônico 
ocorrem na etapa de produção, havendo também contribuição dos sistemas 
de transporte, porém em uma escala muito inferior (LIMA; JOHN, 2010).
O cimento é constituído essencialmente por calcário e argila, homoge-
neizados e moídos até a obtenção de um pó bastante fino, uma mistura que 
é levada a grandes fornos cilíndricos rotativos e aquecida à temperatura de 
aproximadamente 1.500ºC. O processo de calcinação separa o material entre 
óxido de cálcio e CO2, e o material é parcialmente fundido gerando um produto 
na forma de esferas com diâmetros entre 3 e 25 mm, denominado clínquer. 
Então, este é resfriado e misturado com um pequeno teor de gipsita (sulfato 
de cálcio), sendo novamente moído para formação de um pó fino, resultando 
no cimento portland (NEVILLE, 2016).
Geralmente, o forno é alimentado por carvão pulverizado ou outra fonte 
de calor, como gás ou outros materiais combustíveis. Para a produção de 
1 tonelada de cimento, estima-se que sejam necessários entre 100 kg e 
350 kg de carvão, conforme o processo empregado (NEVILLE, 2016). Dessa 
forma, as emissões de CO2 na produção de clínquer decorrem da queima 
de combustíveis e da decomposição química das matérias-primas (LIMA; 
JOHN, 2010). Aproximadamente 50% das emissões de CO2 são geradas na 
etapa de calcinação, 40% na queima de combustíveis fósseis utilizados nos 
fornos e o restante nas atividades de moagem, homogeneização e transporte 
das matérias-primas.
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...16
Podemos adotar algumas soluções para reduzir o impacto da construção 
civil sobre o aquecimento global, sendo exemplos de medidas mitigatórias 
(RODGERS 2018; TRENGA, 2018):
 � aumento do ciclo de vida dos materiais e dos edifícios;
 � aumento da vida útil das estruturas de concreto;
 � aumento do uso de elementos pré-fabricados, reduzindo a perda de 
materiais na obra;
 � melhoria no planejamento do projeto;
 � seleção de materiais com menor carbono incorporado;
 � seleção de fornecedores transparentes na produção dos manufaturados;
 � utilização de materiais recicláveis;
 � utilização de fontes de energia renováveis;
 � eficiência energética nas plantas industriais de cimento;
 � inovações e desenvolvimento de tecnologias voltadas à produção de 
cimento.
No que diz respeito à redução das emissões provenientes do cimento, 
algumas ações e os respectivos potenciais de impactos são apresentados no 
Quadro 5. Como mais da metade das emissões do cimento é gerada pela rea-
ção química de calcinação, a mudança no tipo de combustível ou o aumento 
da eficiência energética têm impactos menos significativos que a captura e 
o armazenamento de carbono, a produção e a utilização de novos tipos de 
cimento ou a substituição do clínquer por materiais alternativos (Quadro 6).
Fonte: Adaptado de Rodgers (2018).
Ações Impactos
Captura de carbono e armazenamento 95 a 100%
Novos tipos de cimento 90 a 100%
Substituição ao clínquer 70 a 90%
Combustíveis alternativos 40%
Eficiência energética 4 a 8%
Quadro 5. Porcentagem de redução nas emissões na fase de produção de cimento pela 
adoção de ações diversas
17Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
Fonte: Adaptado de Timperley (2018).
Captura de carbono e 
armazenamento
Emissões dos fornos de cimento 
podem ser capturadas e 
armazenadas. No entanto, tais 
tecnologias ainda estão em estágios 
de pesquisa e demonstração
Cimentos “novos” alternativos
O desenvolvimento de cimentos 
sem clínquer pode reduzir as 
emissões significativamente
Substituição ao clínquer
A proporção de clínquer pode ser 
substituída por outros materiais, como 
cinzas volantes e escória de alto forno
Redução do uso de cimento 
no ambiente construído
Reciclagem ou reuso de concreto, 
além de projeção de edifícios 
com menos concreto
Quadro 6. Medidas para redução das emissões de CO2 por cimento
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19Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...
Todos os links para sites da Web fornecidos neste livro foram testados, o que levou 
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entanto, pelo fato de a rede ser extremamente dinâmica e suas páginas estarem 
constantemente mudando de local e conteúdo, os editores declaram não ter qualquer 
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referidas em tais links.
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Leitura recomendada
ARAÚJO, V. M. Práticas recomendadas para a gestão mais sustentável de canteiro de obras. 
2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia) — Departamento de Engenharia de 
Construção Civil, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
Poluição sonora, consumo de energia, desperdício de água...20

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