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Contratos e Avaliação de Ativos

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Exercício Contabilidade Financeira – RCC 0204
Ano 1 - A empresa Capri é proprietária de extensa área de terras, as quais estão além de suas necessidades operacionais. Então, resolve arrendar as que estão à oeste do seu prédio central, as quais compreendem 10.000 hectares; estão registradas em sua contabilidade por R$ 5.000.000; sendo que seu valor justo de mercado na data era de R$ 8.000.000. Achou um interessado (Cia MPC) no negócio e concordaram em um contrato de cessão de uso por 5 anos, ao custo de R$ 60.000 por ano; devidos sempre no primeiro dia útil de cada ano. A taxa de juros em vigor é de 5% aa.
A Cia Capri tinha, também, 20 unidades de tratores semi-novos, registrados por R$ 200.000 cada um, que serão depreciados em 10% ao final do ano 1 e, nesta data conclui um projeto de arrendamento financeiro deles, por meio de um contrato de 8 anos, com pagamentos anuais de R$ 30.000 ao ano. A taxa de juros envolvida é de 6% aa.
Ano 2 - A Cia MPC aplicou R$ 150.000 na preparação do solo arrendado, sementes/mudas e mão-de-obra durante o primeiro ano, mais R$ 80.000 no ano 2. Ao final deste ano, sua plantação da fruta X já tem valor justo, menos despesa de vender, equivalente, de R$ 3,00 por unidade tipo exportação e, R$ 1,00 tipo nacional. A empresa tem a expectativa de produzir 700.000 unidades da primeira e 100.000 da segunda. 
Ano 3 – Ao final deste ano, chegada a época de colheita, a MPC providencia a avaliação a valor justo, menos despesa de vender, e constata que o valor está, respectivamente, em R$ 7,00 e R$ 4,00, neste caso, no mercado local sem gastos adicionais e, em cidade à 300 quilômetros por R$ 6,00, com frete de R$ 20.000 e custo de transação e R$ 50.000 por conta do vendedor. Ela tem 680.000 unidades para colher do tipo exportação e 150.000 do tipo nacional. Procedeu à colheita.
Ano 4 – no dia 2 de janeiro, A Cia MPC encontrou um comprador interessado na totalidade da fruta X – tipo exportação, sendo a negociação no valor de R$ 8,00 por unidade, sendo que o vendedor deveria entregar na sede do cliente, assumindo o gasto de frete (R$ 90.000). O combinado é que o pagamento se daria 60 dias após o recebimento do produto. O transporte tem que ser por estrada. O contrato prevê que o cliente pode devolver a mercadoria se não for aprovada na inspeção de qualidade, havendo para isso 15 dias de prazo, após o recebimento; normalmente, ocorrem devoluções na ordem de 10% do produto entregue. Alguns empecilhos físicos na estrada implicaram na entrega 30 dias depois. Decorrido 10 dias da entrega, o cliente comunica que 50.000 unidades tinham as características de produção nacional e não de exportação, portanto, as devolve; sendo os custos (R$ 30.000) por conta do vendedor. 
O transporte foi feito com equipamento de resfriamento próprio da companhia MPC, o qual estava registrado na contabilidade por R$ 300.000, depreciação acumulada de 30% e vida útil restante de 70%. Entretanto, dadas as situações adversas enfrentadas na referida entrega, foram identificadas perdas na capacidade de continuar operando equivalentes a 40% em termos de valor e vida útil remanescente, considerando as condições de negociações normais entre participantes do mercado. 
Quanto às frutas para o mercado nacional, mais as devoluções, foram vendidas no mercado mais vantajoso, definido no ano 3, com acréscimo de R$ 1,00 por unidade. O comprador tem a possibilidade de devolução se não houver atendimento dos padrões de qualidade, o que tem acontecido, em média, no percentual de 5% do total das unidades vendidas. 
Pergunta-se: qual a situação contábil das duas empresas (Capri e MPC) ao final do ano 4? Identifique as 5 etapas dos contratos com clientes