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divorcio litigioso, guarda compartilhada, partilha de bens

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE 
FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE CIDADE/ESTADO 
 
 
 
Fulano, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade 
n° __________, CPF/MF nº___.___.___-___, residente e domiciliado à rua 
______________________________, em Cidade/UF, endereço eletrônico 
________________________________, por intermédio de sua advogada 
abaixo assinado, conforme procuração em anexo (anx. ---), com escritório 
profissional situado à Rua ___, QD___, LT___, setor ______________, 
Cidade/UF, onde receberá eventuais intimações, vem respeitosamente a 
presença de Vossa Excelência ajuizar à seguinte: 
 
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO, C/C GUARDA COMPARTILHADA E 
PARTILHA DE BENS, 
 
Em face de Sicrana, nacionalidade, estado civil, profissão, cédula de 
identidade nº ________, CPF/MF nº __.__.__-__, residente e domiciliada à rua 
___, nº____, Bairro ____, Cidade/UF, com fulcro no art. 266 §6º da 
Constituição Federal, pelas razões de fato e de direito a seguir aludidas: 
 
I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Com base nos arts. 98 e 99 do CPC/2015, bem como no art. 5º, LXXIV, da 
CF/88, vem requer o benefício da Justiça Gratuita, por ser pobre na concepção 
jurídica do termo, não podendo arcar com as custas processuais sem seu 
prejuízo próprio e de sua família, conforme declaração em anexo (fls___). 
 
II- DOS FATOS 
O requerente constitui casamento, em regime de comunhão parcial de bens, na 
data de (dia) ___, de (mês) ______, de (ano) ______, conforme cópia da 
certidão de casamento em anexo (fls. ___). 
Adveio da união matrimonial dos cônjuges dois filhos, Fulano Filho, de 8 anos, 
e Fulana Filha de 5 anos, conforme cópia da certidão de nascimento de ambos 
em anexo (fls. ___). 
Insta observar que, após à Emenda Constitucional 66/2010, não mais é 
possível a interferência estatal na autonomia de vontade privada, 
principalmente no Direito de Família, proporcionando a dissolução do 
casamento pelo divórcio imediato, independentemente de culpa, motivação ou 
da prévia separação judicial. 
O requerente saiu de sua casa no dia __, de ______, de ____, por volta das 
__H e ___ Min., com apenas a roupa que vestia e levando consigo mais três 
peças de vestimenta, deixando todo o resto que havia na casa para a 
requerida, e que desde que saiu de sua casa, contribui com a criação dos 
filhos, com o pagamento de R$500,00 (quinhentos reais) mensais. 
Deste feita, por não haver mais a possibilidade da convivência comum do 
casal, e que por parte da requerida não houve a possibilidade de divórcio 
consensual, se faz necessária a propositura da presente ação. 
 
III- DOS BENS 
Na constância do casamento, o casal adquiriu vários bens, que se seguem 
listados abaixo: 
 TV LED 42 polegadas – 01, 
 Sofá 2 e 3 lugares – 01; 
 Rack – 01; 
 Geladeira branca, duplex, – 01; 
 Armário 12 portas, – 01; 
 Fogão, branco cinco bocas – 01; 
 Micro-ondas – 01; 
 Maquina de lavar roupa, 13 kg – 01; 
 Cama de casal – 01; 
 Cama de solteiro – 02; 
 
Ainda, o casal adquiriu uma casa, imóvel quitado, em nome do requente, 
valorada em R$65.000,00 (sessenta e cinco mil reais), na cidade de 
Cidade/UF, conforme cópia da escritura em anexo (fls. ___), e um lote, em 
nome da requeria na cidade de Cidade/UF, a ser avaliado, conforme cópia da 
matrícula do Registro de Imóveis em anexo (fls. ___). 
 
IV- DO DIREITO 
De acordo com o que dispõe o art. 1.658 e 1.660 ambos do Código Civil: 
“Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que 
sobrevierem ao casal, na constância do casamento”. 
“Art. 1.660. Entram na comunhão: 
I – os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda 
que só em nome de um dos cônjuges.” 
Assim, dado o regime do casamento das partes pela comunhão parcial de 
bens, entram na partilha todos os bens adquiridos durante a constância do 
casamento, os quais foram todos listados, ainda que eventuais bens tenham 
sido adquiridos por um só dos cônjuges. 
 
V- DA GUARDA COMPARTILHADA 
Cumpre ressaltar que os filhos do casal são menores, tendo em vista o que 
dispõe a Lei 13.058/2014, que estabelece que, por regra, a guarda entre os 
pais deve ser compartilhada. Com isso, vem pedir que seja deferido o pedido 
de guarda compartilhada, levando em consideração que ambos, o autor e a ré 
possuem a possibilidade de exercer a guarda compartilhada, pleiteado pelo 
autor que não quer ser privado da criação de seus filhos, podendo através de 
prévio aviso visita-los e realizar todas demais obrigações como genitor, de 
forma harmônica. 
Nesse sentido, dispõe o entendimento do TJ/RS que, a guarda compartilhada é 
sempre o ideal a ser buscado, tendo em vista o que é melhor para os filhos; 
APELAÇÃO CÍVEL.FAMÍLIA. AÇÃO DE ALTERAÇÃO E 
REVISÃO DE ALIMENTOS. 1. ESTABELECIMENTO DE 
GUARDA COMPARTILHADA. ADEQUEÇÃO. 
PRESERVAÇÃO DOS SUPERIORES INTERESSES DA 
CRIANÇA. De acordo com o art. 1.584, §2º, do CCB, 
com redação dada pela Lei nº 13.058/2014, quando não 
houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do 
filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a 
exercer o poder familiar, será aplicada a guarda 
compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao 
magistrado que não deseja a guarda do menor. 
Conforme entendimento sufragado pelo STJ, a guarda 
compartilhada é a regra no ordenamento jurídico brasileiro, 
somente não se mostrando recomendável a sua fixação 
quando restar demostrada a existência de impedimento 
insuperável ao seu exercício, o que não ocorre na espécie. 
A genitora, que até então exercia a guarda unilateral, não 
manifestou concretamente qualquer abjeção ao 
compartilhamento da guarda, somente tecendo 
considerações acerca de eventuais prejuízos decorrentes 
de alteração da rotina do menor, o que não se 
implementará, porquanto ora defere-se a guarda 
compartilhada com manutenção da base de moradia junto 
à genitora. Ademais, o genitor não pleiteou qualquer 
alteração ao regime de visitação vigente, pretendendo 
apenas que lhe seja possibilitada participação mais ativa a 
vida do filho, que é justamente o que a guarda 
compartilhada visa, conforme art. 1.583, inc. I, do CCB. 2. 
(...) UNÂNIME. (TJRS, Apelação 70077593796, Relator(a): 
Luiz Felipe Brasil Santos, Oitava Câmara Cível, Julgado 
em: 16/08/2018, Publicado em: 23/08/2018). 
Por fim, em razão da narrativa fática que envolve o presente caso, com amparo 
nos dispositivos legais preambularmente invocados, requer que seja deferida a 
regularização de guarda do menos para a modalidade COMPARTILHADA, 
expedindo-se assim o respectivo termo. 
 
VI- DOS ALIMENTOS 
Por se encontrar trabalhando, o autor paga mensalmente a quantia de 
R$500,00 (quinhentos reais) para os dois filhos, sendo a quantia de 50% para 
cada um. Contudo, não há documentação do valor estipulado que se é pago 
para os filhos, havendo somente um acordo verbal entre as partes, sabendo 
que desde a separação de fato do casal, o pai nunca deixou de cumprir com a 
quantia aqui discriminada para a manutenção dos filhos que vivem com a 
genitora. 
Assim, requer o autor da presente, que siga o valor estipulado já pago para os 
dois filhos, em R$500,00 (quinhentos reais), que nas devidas condições em 
que se encontra consegue manter o pagamento. 
 
VII- DOS PEDIDOS 
Ante o exposto requer o recebimento da presente, com a finalidade de que o 
mérito seja julgado totalmente procedente os pedidos que a seguir interpõe: 
 1 . A concessão de pedido de gratuidade de justiça, nos termos do art. o 
5º, inciso LXXIV da Constituição Federal, por não ter condições de arcar 
com as custas processuais e honorários advocatícios em detrimento de 
seu sustento e de sua família, 
 2. Seja dispensada a designação de audiência de conciliação e 
mediação, com base no Art. 319, VII, do NCPC/2015; 
 3. A citação da requerida, no endereço mencionado, pararesponder a 
presente, querendo, sob pena de sofrer os efeitos da revelia; 
 4. O provimento do pedido de guarda compartilhada, tendo em vista a 
melhor condição para os filhos; 
 5. A fixação dos alimentos na quantia que já vem sendo paga pelo pai, 
no valor de R$500,00 (quinhentos reais) sendo o montante de 50% para 
cada um dos filhos, 
 6. Que seja condenado ao pagamento da proporção de 50% referente 
do imóvel a ser vendido, no valor de R$65.000,00 (sessenta e cinco mil 
reais), ficando o valor de R$32.500,00 (trinta e dois mil e quinhentos 
reais) para cada cônjuge, bem como, seja decretado o divórcio litigioso 
do casal; 
 7. Seja determinado ao cartório competente a averbação do divórcio na 
forma da lei; 
 8. Ao final requer a vossa excelência, seja expedido o competente 
formal de partilha de todos os bens do casal, fixando a metade de todos 
os bens discriminados para cada um dos cônjuges, inclusive ao lote na 
cidade de Goiânia/GO, que necessita de avaliação por profissional 
competente para a real valoração do imóvel; 
 9. A intimação do Digníssimo Representante do Ministério Público, para 
intervir em todos atos do processo, ex vi art. 82, II do Código de 
Processo Civil, haja vista a presente se tratar de interesse de menores; 
 10. Requer que os presentes autos corram sobre SEGREDO DE 
JUSTIÇA haja vista a presente demanda se tratar de hipótese prevista 
no art. 189, II, do NCPC; 
 11. Por fim requer, se necessário, provar o exposto por todos os meios 
em direito admitidos, em especial a juntada de novos documentos, oitiva 
de testemunhas e o depoimento pessoal das partes; 
Dá-se à causa o valor de R$___________________, (________ reais). 
Nestes Termos, 
Pede e espera deferimento. 
 
Cidade/UF, Dia___, Mês________________, Ano_______. 
Advogado___________________________________. 
OAB/UF, nº_____________

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