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Instalações Hidráulico-Sanitárias Evaldo Miranda Coiado 2a. Edição Campinas, 2007 Revisada em 2013 FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA – BAE – UNICAMP C664i Coiado, Evaldo Miranda Instalações hidráulico – sanitárias. 2.ed./ Evaldo Miranda Coiado. Campinas, SP: Evisada em 2014-01-13 426 p. Il. 1. Instalações hidráulicas e sanitárias. 2. Água – Tubulações. 3. Águas residuárias. 4. Águas pluvias. 5. Incêndi. I. Título. ISBN 978-85-906854-0-1 Cópias desta publicação podem ser solicitadas pelo e-mail: emcoiado@yahoo.com.br Instalações Hidráulico-Sanitárias Dedicatória À minha mãe Angelina e à minha sogra Orieta, duas mulheres que admiro por fazerem de todos os seus dias o dia dos filhos. À Jane, minha esposa, pelo amor, apoio, paciência e dedicação. Aos meus filhos, Olívia e Lorenzo, minhas paixões e razão de tudo. Instalações Hidráulico-Sanitárias Agradecimentos À Professora Marina S. Oliveira Ilha por ter me dado a oportunidade de ingressar no ensino e pesquisa do tema Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias. À todos os autores que compõem as referências bibliográficas. Ao Fábio Albino de Souza pela Arte Gráfica da Capa. Instalações Hidráulico-Sanitárias [i] APRESENTAÇÃO Para o desenvolvimento dos projetos de instalações hidráulicas e sanitárias de edifícios, além dos conhecimentos pré adquiridos de fenômenos de transporte, de hidráulica, de hidrologia, de desenho, de sistemas estruturais, de arquitetura, e etc, é fundamental que engenheiros, técnicos, e estudantes conheçam detalhadamente as exigências das várias normas pertinentes. O projetista dos sistemas hidráulicas prediais encontrará neste texto os fundamentos básicos de hidráulica geral aplicada, e de hidrologia, necessários ao desenvolvimento dos projetos. Esses fundamentos estão associados aos conhecimentos práticos adquiridos pelo autor e ao uso comentado das normas em vigor da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. No capítulo 1 são apresentadas: generalidades e comentários acerca da qualidade das instalações hidráulicas, concepção dos projetos, e técnicas construtivas. Nos capítulos 2, 3, e 4 são apresentadas de forma didática, as informações necessárias para o desenvolvimento de projetos dos sistemas prediais de esgoto sanitário, de água fria, e de água quente, respectivamente. Nos capítulos 5 e 6, são apresentadas as informações necessárias para o desenvolvimento de projetos dos sistemas prediais de águas pluviais e de gás combustível, respectivamente. No capítulo 7 apresentam-se as informações necessárias para o desenvolvimento de projetos dos sistemas prediais de combate a incêndio: hidrantes/mangotinhos e extintores. Para o combate a incêndio com hidrantes e mangotinhos são apresentadas concomitantes as normas da ABNT e as instruções técnicas do Corpo de Bombeiro do Estado de São Paulo, e também o Decreto Nº 56.819, de 10 de março de 2011. A partir do capítulo 2, o usuário encontrará ao longo do texto, problemas práticos ilustrativos com soluções detalhadas. E ao final de cada capítulo, a partir do capítulo 3, listas de problemas práticos propostos. Prof. Dr. Evaldo Miranda Coiado Autor [ii] Instalações Hidráulico-Sanitárias SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1.1 – Generalidades...................................................................................................... 1.2 – A qualidade das instalações hidráulicas............................................................. 1.3 – Projeto Hidráulico................................................................................................. 1.4 – Referências bibliográficas.................................................................................... CAPÍTULO 2 SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO (SPES)............................................. 2.1 – Introdução............................................................................................................ 2.2 – Terminologia adotada na NBR-8160/99............................................................... 2.3 – Classificação dos Sistemas Prediais de Esgotos Sanitários............................... 2.4 – Projeto do Sistema Predial de Esgoto Sanitário.................................................. 2.5 – Recomendações gerais....................................................................................... 2.6 – Dimensionamento................................................................................................ 2.7 – Referências bibliográficas.................................................................................... ANEXO A: Símbolos..................................................................................................... ANEXO B: Convenções gráficas................................................................................... ANEXO C: Aparelhos sanitários – medidas.................................................................. 1 1 1 2 7 8 8 8 17 20 22 27 56 57 58 59 CAPÍTULO 3 SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA (SPAF).............................................................. 3.1 – Introdução........................................................................................................... 3.2 – Terminologia adotada na NBR 5626/1998.......................................................... 3.3 – Fontes de abastecimento.................................................................................... 3.4 – Sistemas de abastecimento e distribuição.......................................................... 3.5 – Componentes e características do SPAF........................................................... 3.6 – Dimensionamento das tubulações da rede predial de distribuição..................... 3.7 – Dimensionamento do sistema de recalque......................................................... 3.8 – Cavitação em bombas........................................................................................ 3.9 – Projeto do Sistema Predial de Água Fria (SPAF)............................................... 3.10 – Problemas práticos propostos............................................................................ 3.11 – Referências bibliográficas.................................................................................. ANEXO Alturas dos pontos de utilização dos aparelhos e peças em relação ao piso acabado e detalhes.......................................................................................... CAPÍTULO 4 SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA QUENTE (SPAQ)...................................................... 4.1 – Introdução............................................................................................................ 4.2 – Terminologia adotada na NBR 7198/1993........................................................... 4.3 – Fundamentos sobre aquecimento de água.......................................................... 63 63 63 69 69 74 93 119 125 134 150 151 152 163 163 163 166 Instalações Hidráulico-Sanitárias [iii] 4.4 – Modalidades dos sistemas prediais de água quente........................................... 4.5 – Consumo de água quente.................................................................................... 4.6 – Determinação do volume a ser reservado........................................................... 4.7 – Aquecimento elétrico............................................................................................4.8 – Tipos de aquecedores elétricos e dimensionamento........................................... 4.9 – Poder calorífico de gás e óleo combustíveis........................................................ 4.10 – Aquecedor a gás individual ou local................................................................... 4.11 – Produção de água quente nas instalações centrais.......................................... 4.12 – Capacidade do storage e da potência calorífica da caldeira............................. 4.13 – Aquecimento da água com energia solar........................................................... 4.14 – Dimensionamento da tubulação de água quente sem circulação...................... 4.15 – Dimensionamento das tubulações de água quente com circulação................. 4.16 – Isolamento das tubulações................................................................................ 4.17 – Dilatação dos encanamentos............................................................................. 4.18 – Problemas práticos propostos............................................................................ 4.19 – Referências bibliográficas.................................................................................. 4.20 – ANEXO – Esquemas de montagem de aquecedores de acumulação.............. CAPÍTULO 5 SISTEMA PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS (SPAP)............................................... 5.1 – Introdução............................................................................................................ 5.2 – Terminologia adotada na NBR 10844/89............................................................. 5.3 – Exigências da NBR 10844/89.............................................................................. 5.4 – Classificação dos sistemas prediais de águas pluviais........................................ 5.5 – Parâmetros hidrológicos...................................................................................... 5.6 – Vazão de projeto.................................................................................................. 5.7 – Coberturas horizontais de laje............................................................................. 5.8 – Calhas.................................................................................................................. 5.9 – Condutores horizontais........................................................................................ 5.10 – Condutores verticais.......................................................................................... 5.11 – Problemas práticos propostos............................................................................ 5.12 – Referências bibliográficas.................................................................................. CAPÍTULO 6 SISTEMA PREDIAL DE GÁS COMBUSTÍVEL (SPGC).............................................. 6.1 – Introdução............................................................................................................ 6.2 – Definições mais importantes utilizadas pelas NBR 13932/97 e NBR 13933/97....................................................................................................................... 6.3 – Requisitos gerais (p/ GLP e GN).......................................................................... 6.4 – Sistema Predial de Gás Combustível – GLP....................................................... 6.5 – Sistema Predial de Gás Combustível – GN......................................................... 6.6 – Materiais empregados nos Sistemas Prediais de Gás Combustível................... 6.7 – Aparelhos de utilização e sua adequação aos ambientes................................... 6.8 – Chaminés............................................................................................................. 166 177 178 179 181 185 185 192 196 199 202 220 230 230 232 232 234 237 237 237 240 240 240 244 246 248 253 256 266 266 267 267 267 271 277 298 309 312 313 [iv] Instalações Hidráulico-Sanitárias 6.9 – Problemas práticos propostos.............................................................................. 6.10 – Referências bibliográficas.................................................................................. 6.11 - Símbolos............................................................................................................. CAPÍTULO 7 SISTEMAS PREDIAIS DE COMBATE A INCÊNDIO: HIDRANTES/MANGOTINHOS E EXTINTORES.......................................................... 7.1 – Introdução............................................................................................................ 7.2 – Principais substâncias utilizadas no combate a incêndio.................................... 7.3 – Classificação das edificações e áreas de risco.................................................... 7.4 – Sistema de proteção por extintores de incêndio.................................................. 7.5 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos segundo NBR – 13714/2000 da ABNT e IT22-CB-SP........................................................................................ 7.6 – Dimensionamento segundo a NBR 13714/2000 e a IT.22-CB/SP....................... 7.7 – Reserva de incêndio ........................................................................................... 7.8 – Reservatórios....................................................................................................... 7.9 – Bombas de incêndio segundo a NBR 13 714 e IT.22-CB/SP................... 7.10 – Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos segundo a NBR 13 714 e IT.22-CB/SP........................................................................... 7.11 - Bombas acopladas a motores de combustão interna segundo a NBR 13714 e IT.22-CB/SP.......................................................................... 7.12 - Casos de isenção de sistemas de hidrantes e de mangotinhos segundo a IT.22-CB/SP.................................................................................... 7.13 – Dimensionamento de Sistemas de Hidrantes e ou Mangotinhos por gravidade utilizando a IT.22-CB/SP................................................................. 7.14 – Dimensionamento de Sistemas de Hidrantes e ou Mangotinhos utilizando bomba de incêndio........................................................................................... 7.15 – Problemas práticos propostos............................................................................ 7.16 – Referências bibliográficas.................................................................................. ANEXO A DECRETO Nº 56.819, DE 10 DE MARÇO DE 2011 ESTADO DE SÃO PAULO. PARCIAL....................................................................................................................... ANEXO B CARGAS DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS POR OCUPAÇÃO....................................... 322 324 325 326 326 326 328 329 332 348 351 352 357 360 363 365 366 369 382 383 385 407 Instalações Hidráulico-Sanitárias [1] Introdução Por: Evaldo Miranda Coiado CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 1.1 – Generalidades Segundo CREA e IBAPE (1999) “O homem criou os edifícios, até certo ponto, à sua imagem e semelhança”. - Assim como o ser humano tem esqueleto, os edifícios têm estruturas. - Assim como o ser humano tem musculatura, os edifícios têm alvenaria. - Assim como o ser humano tem pele, os edifícios têm revestimentos. - Assim como o ser humano tem sistema circulatório, os edifícios têm instalações hidráulicas e elétricas”. As Instalações Hidráulicas de um edifício são constituídas pelos seguintes sistemas prediais : - Sistema Predial de Esgoto Sanitário (SPES); - Sistema Predial de Água Fria (SPAF); - Sistema Predial de Água Quente (SPAQ); - Sistema Predial de Águas Pluviais(SPAP); - Sistema Predial de Gás Combustível (SPGC); - Sistema Predial de Combate a Incêndio (SPCI); Normalização Técnica – ABNT: – NBR 5626/98 – Instalações Prediais de Água Fria – NBR 7198/93 – Instalações Prediais de Água Quente – NBR 8160/99 – Instalações Prediais de Esgotos Sanitários – NBR 10844/89 – Instalações Prediais de Águas Pluviais – NBR 13932/97 – Instalações Prediais para a Distribuição do Gás Liquefeito de Petróleo – GLP. – NBR 13933/97 – Instalações Prediais para a Distribuição do Gás Natural – (GN) – NBR 1412298 – Instalações hidráulicas, contra incêndio, sob comando, por hidrantes e mangotinhos – Procedimento. 1.2 – A qualidade das instalações hidráulicas prediais Segundo CREA e IBAPE (1999) para a garantia de sua perfeita utilização e manutenção recomenda-se manter em arquivo; e com conhecimento dos responsáveis pela edificação, todos os documentos e desenhos integrantes do projeto completo de hidráulica. Ainda segundo CREA e IBAPE, em conseqüência de vazamentos e/ou infiltrações, podem ocorrer as seguintes situações indesejáveis: [2] Instalações Hidráulico-Sanitárias Introdução Por: Evaldo Miranda Coiado - deterioração dos componentes da construção; - oxidação de ferragens no concreto armado; - trincas, fissuras e ou rachaduras na alvenaria; - deterioração da instalação elétrica; - aumento de pesos na estrutura e recalques; - ruptura de porções de terreno provocando deslizamento e afundamentos; - danos a elementos externos à edificação (automóveis, armários, etc.). As patologias verificadas nos Sistemas Hidráulicas Prediais (SHP) podem ser decorrentes de falhas originadas em qualquer etapa ao longo do processo de geração, uso/operação e manutenção dos SHP ou, o que é mais freqüente, podem ocorrer de forma cumulativa, Santos et al. (2003). Figura 1.1 – Atividades de manutenção (Fonte: Lichtenstein, 1985). 1.3 – Projeto hidráulico O projeto hidráulico de um edifício deve ser elaborado por profissionais capacitados. Segundo Santos et al. (2003) a seleção dos projetistas deve ser feita a partir da análise, entre outros, dos seguintes aspectos: - Capacitação técnica (curricula vitae da equipe de projeto); - Organograma do setor de projeto da empresa; - Metodologia de cálculo a ser utilizada; - Normalização a ser seguida; Pátio 17% Aquecimento, Luz 18% Instalaçôes Hidráulicas 22% Pintura, Aberturas 25% Estrutura 9% Outros 9% Instalações Hidráulico-Sanitárias [3] Introdução Por: Evaldo Miranda Coiado - Experiência anterior (projetos de obras similares realizados anteriormente); - Assistência técnica. 1.3.1 – Concepção do projeto A concepção do projeto compreende a proposição da solução a ser adotada, a qual é função não somente das solicitações sobre o sistema, mas também das exigências da normalização técnica, das concessionárias e órgãos públicos locais, resultando na definição do traçado dos sistemas, Santos et al. (2003). 1.3. 2 – Planejamento da distribuição das tubulações dos SHP O planejamento da distribuição das tubulações dos SHP (Sistemas Hidráulicos Prediais) consiste na definição da localização dos reservatórios de alimentação e dos espaços para o encaminhamento das tubulações (verticais e horizontais). 1.3.2.1 – Técnica construtiva 1 (tradicional) Trechos verticais. Embutimento das tubulações na alvenaria, por meio de rasgos executados na alvenaria provocando as seguintes conseqüências negativas: - queda na produtividade; - geração de entulhos; - dificuldades na fase de manutenção (devido a não acessibilidade às tubulações); - desempenho acústico será insatisfatório. Trechos horizontais. Para os trechos horizontais existem as seguintes formas de encaminhamento das tubulações: - Lajes rebaixadas (em desuso devido as dificuldades de execução); - Embutimento na alvenaria; - Forro falso do pavimento inferior (mais utilizado atualmente por permitir acessibilidade à tubulação). Na Figura 1.2 apresenta um esquema de encaminhamento das tubulações dos SPES e SPAF, com alguns trechos embutidas na alvenaria e outros passando por forro falso. 1.3.2.2 – Técnica construtiva 2 (mista) Trechos verticais. Passagem pelos vazios dos blocos. Trechos horizontais. Passagem por blocos canaletas e/ou pelo forro falso. Esta forma de encaminhamento reduz, mas não elimina rasgos na parede no caso de necessidade de manutenção, uma vez que somente as tubulações que passam pelo forro falso estão mais acessíveis. [4] Instalações Hidráulico-Sanitárias Introdução Por: Evaldo Miranda Coiado 1.3.2.3 – Técnica construtiva 3 (“shafts”) Trechos verticais. Encaminhamento das tubulações através de “shafts”. A adoção de “shafts” é bastante interessante em edifícios de alvenaria estrutural, uma vez que nesse método construtivo as paredes possuem função portante, não podendo ser procedida a embutimento das tubulações da forma tradicional, Santos et al.,2003. Trechos horizontais: Encaminhamento dos trechos horizontais pode ser feito da mesma maneiro que as indicadas nas Figuras 1.2, e 1.3. A Figura 1.5 mostra encaminhamentos das tubulações dos SPES, os trechos verticais (colunas) passando por “shafts” e os trechos horizontais passando por forro falso. Nos edifícios de alvenaria estrutural, podem ser utilizados também os blocos hidráulicos que compõem as paredes hidráulicas, as quais não possui função portante, Figura 1.6. M IN . 2 ,0 0 M A X. 2 ,2 0 1, 30 1, 10 0,50 Figura 1.2 – Encaminhamento das tubulações dos SPES e SPAF – Trechos verticais embutidos na alvenaria e trechos horizontais passando por forro falso. Instalações Hidráulico-Sanitárias [5] Introdução Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 1.3 – Encaminhamento das tubulações – trechos verticais pelos vazios dos blocos e trechos horizontais por forro falso 1.3.2.4 – Técnica construtiva 4 Encaminhamento dos ramais e subramais sobre a alvenaria, no interior de um enchimento. Na Figura 1.7 são apresentados encaminhamentos das tubulações pelo enchimento da alvenaria. Figura 1.4 – Bloco canaleta. [6] Instalações Hidráulico-Sanitárias Introdução Por: Evaldo Miranda Coiado 1.3.2.5 – Técnica construtiva 5 Esta solução permite o acesso praticamente a todos os trechos dos SHP. Consiste na adoção conjunta de “shafts” para o encaminhamento das colunas e sobreposição à alvenaria dos ramais e sub-ramais, sem enchimento. Vantagens: • Não há necessidade de efetuar cortes na alvenaria; • A execução é facilitada; • Aumento da produtividade e da qualidade dos SHP; • As atividades de manutenção são extremamente facilitadas. "SHAFTS" TQ CV Figura 1.5 – Encaminhamento das tubulações – trechos verticais (colunas) passando por “shafts” e trechos horizontais por forro falso. Instalações Hidráulico-Sanitárias [7] Introdução Por: Evaldo Miranda Coiado 19 0 29 5 145 50 295 14 5 25 25 25110 110 47 ,5 47 ,5 50 Figura 1.6 – Bloco hidráulico. Figura 1.7 – Encaminhamento das tubulações pelo enchimento da alvenaria. 1.4 – Referências bibliográficas CREA - IBAPE. Manual do Proprietário: A Saúde dos Edifícios. Rip Editores, 1999. LICHTENSTEIN, N. B.. Patologia das Construções. 1985. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Engenharia Civil) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo /USP, São Paulo. SANTOS, D. C. dos; ILHA, M. S. O.; e NUNES, S. S. Qualidade dos Sistemas Hidráulicos Prediais: EC. 712 – Instalações Prediais, Hidráulicas e Sanitárias. Faculdade de Engenharia Civil. UNICAMP, 2003. [8] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado CAPÍTULO 2 SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO (SPES) 2.1 – Introdução Definição: O Sistema Predial de Esgoto Sanitário (SPES) é o conjunto de tubulações e acessórios (aparelhos sanitários, e acessórios) destinadoa coletar e transportar o esgoto sanitário, garantir o encaminhamento dos gases para a atmosfera e evitar o encaminhamento dos mesmos para os ambientes sanitários. O SPES deve atender a NBR 8160 (ABNT, 1999). 2.2 – Terminologia adotada na NBR-8160/99 Apresenta-se, a seguir, a terminologia adotada na NBR 8160/99 acrescida de ilustrações para melhor entendimento. 2.2.1 – Altura do fecho hídrico Profundidade da camada líquida, medida entre o nível de saída e o ponto mais baixo da parede ou colo inferior do desconector, que separa os compartimentos ou ramos de entrada e saída desse dispositivo. (Figura 2.1). Figura 2.1a – Indicação da altura do fecho hídrico em um sifão. Figura 2.1b – Indicação da altura do fecho hídrico em uma bacia sanitária. 2.2.2 – Aparelho sanitário Aparelho ligado à instalação predial e destinado ao uso da água para fins higiênicos ou a receber dejetos e águas servidas. 2.2.3 – Bacia sanitária Aparelho sanitário destinado a receber exclusivamente dejetos humanos. Instalações Hidráulico-Sanitárias [9] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 2.2.4 – Barrilete de ventilação Tubulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, destinada a receber dois ou mais tubos de ventilação. 2.2.5 – Caixa coletora É a caixa onde se reúnem despejos cujo esgotamento exige elevação mecânica (bombeamento). 2.2.6 – Caixa de gordura É a caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que esses resíduos escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma. (Figura 2.2). - Cálculo do volume de retenção na caixa de gordura individual (CGI): - π.152.26 = 18,4 Litros - Caixa de gordura individual (CGI) também chamada caixa de gordura pequena (CGP) de concreto. Usada para uma cozinha. - Fecho hídrico 20 cm. Figura 2.2 – Caixa de gordura pequena (CGP). (Fonte: Highlight/CaddProj, 2006) 2.2.7 – Caixa de inspeção/passagem É a caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações. (Figura 2.3). 2.2.8 – Caixa de passagem/inspeção Destina-se a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto sanitário. (Figura 2.4). 2.2.9 – Caixa sifonada É a caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação secundária de esgoto. [10] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 2.2.10 – Coletor predial Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular. (Figura 2.5). Figura 2.3 – Caixa de inspeção. (Fonte: Catálogo Tigre) Figura 2.4 – Caixa de passagem. (Fonte: Highlight/CaddProj, 2006) 2.2.11 – Coletor público Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgotos dos coletores prediais em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. (Figura 2.5) Instalações Hidráulico-Sanitárias [11] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 2.2.12 – Coluna de ventilação É a canalização vertical destinada à ventilação dos desconectores situados em pavimentos superpostos. Desenvolve-se através de um ou mais andares, e sua extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada ao tubo ventilador primário ou ao barrilete de ventilação. (Figura 2.6). Figura 2.5 – Ramal de esgoto, sub coletor e coletores predial e público. 2.2.13 – Curva de raio longo Conexão em forma de curva cujo raio médio de curvatura é maior ou igual a duas vezes o diâmetro interno da peça. 2.2.14 – Desconector É o dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto. Exemplos: sifões sanitários, ralos sifonados e caixas sifonadas. (Figura 2.1). 2.2.15 – Diâmetro nominal (DN) Simples número que serve como designação para projeto e para classificar, em dimensões, os elementos das tubulações, e que corresponde, aproximadamente, ao diâmetro interno da tubulação em milímetros. 2.2.16 – Dispositivos de inspeção Peça ou recipiente para inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações. Exemplo: bujão ou cap. (Figura 2.7). 2.2.17 – Dispositivos de tratamento de esgoto Unidades destinadas a reter corpos sólidos e outros poluentes contidos no esgoto sanitário com o encaminhamento do líquido depurado a um destino final, de modo a não prejudicar o meio ambiente. [12] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 2.2.18 – Esgoto industrial Despejo líquido resultante dos processos industriais. Figura 2.6 – Coluna de ventilação e tubo de queda. Figura 2.7 – Bujão ou cap. 2.2.19 – Esgoto sanitário Despejo proveniente do uso da água para fins higiênicos. 2.2.20 – Facilidade de manutenção Viabilidade prática de manutenção do sistema predial. 2.2.21 – Fator de falha Probabilidade de que o número esperado de aparelhos sanitários, em uso simultâneo, seja ultrapassado. Instalações Hidráulico-Sanitárias [13] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 2.2.22 – Fecho hídrico É a camada líquida de nível constante, que em um desconector veda a passagem de gases.(Figura 2.1). 2.2.23 – Instalação primária de esgoto É o conjunto de tubulações e dispositivos onde têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. (Figura 2.8). 2.2.24. – Instalação secundária de esgoto É o conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. (Figura 2.8). 2.2.25 – Ralo seco Recipiente sem proteção hídrica, dotada de grelha na parte superior, destinado a receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro. (Figura 2.9). Figura 2.8 – Instalação primária e secundária de esgoto. 2.2.26 – Ralo sifonado Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinada a receber água de lavagem de piso ou de chuveiro e efluentes da instalação de esgoto sanitário de um mesmo pavimento. Faz parte da instalação de esgoto primário. (Figura 2.10). [14] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.9 – Ralo seco. Figura 2.10 – Ralo sifonado. 2.2.27 – Ramal de descarga É a tubulação que recebe diretamente efluentes de um aparelho sanitário. Sendo, portanto, uma canalização secundária de esgoto, com exceção do ramal de descarga das bacias sanitárias, que pode ser considerada tubulação primária de esgotos. (Figura 2.11). 2.2.28 – Ramal de esgoto É a tubulação primária que recebe efluentes de ramais de descarga diretamente, ou a partir de um desconector. (Figura 2.11). 2.2.29 – Ramal de ventilação É o tubo ventilador interligando o desconector, ou ramal de descarga, ou de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um ventilador primário. (Figura 2.11). 2.2.30 – Rede pública de esgoto sanitário É o conjunto de tubulações pertencentes ao sistema urbano de esgoto sanitário, diretamente controlado pela autoridade pública. Instalações Hidráulico-Sanitárias [15] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.11 – Ramais de descarga, de esgoto, e de ventilação. 2.2.31 – Sifão É o desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto sanitário. (Figura 2.1.) 2.2.32 – Subsistema de coleta e transporte É o conjunto de aparelhos sanitários, tubulações e acessórios destinados a captar o esgoto sanitário e conduzi-lo a um destino adequado (rede pública de esgoto sanitário, fossa séptica). 2.2.33 –Subsistema de ventilação É o conjunto de tubulações ou dispositivos destinados a encaminhar os gases para a atmosfera e evitar que os mesmos se encaminhem para os ambientes sanitários. Pode ser dividido em ventilação primária e secundária. 2.2.34 – Subcoletor É a tubulação que recebe efluente de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgotos. (Figuras 2.5 e 2.11). [16] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 2.2.35 – Tubo de queda É a tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga. (Figuras 2.11). 2.2.36 – Tubo ventilador É a tubulação destinada a possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para o sistema de esgoto e vice-versa ou à circulação de ar no interior do mesmo, com a finalidade de proteger o fecho hídrico dos desconectores e encaminhar os gases para a atmosfera. (Figura 2.11). 2.2.37 – Tubo ventilador de alívio É o tubo ventilador ligando o tubo de queda ou ramal de esgoto ou de descarga à coluna de ventilação. 2.2.38 – Tubo ventilador de circuito. É o tubo ventilador secundário ligado a um ramal de esgoto e servido a um grupo de aparelhos sem ventilação individual. (Figura 2.12). 2.2.39 – Tubulação de ventilação primária É o prolongamento do tubo de queda acima do ramal mais alto a ele ligado e com a extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da cobertura do prédio. (Figura 2.11). 2.2.40 – Tubulação de ventilação secundária É o conjunto de tubos e conexões com a finalidade de promover a ventilação secundária do sistema predial de esgoto sanitário. (Figura 2.11). 2.2.41 – Unidade de Hunter de Contribuição (UHC) É um fator numérico que representa a contribuição considerada em função da utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário. 2.2.42 – Ventilação primária É a ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo núcleo do tubo de queda, o qual é prolongada até a atmosfera, constituindo a tubulação de ventilação primária. (ver item 2.2.39). 2.2.43 – Ventilação secundária É a ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo interior de colunas, ramais ou barriletes de ventilação, constituindo a tubulação de ventilação secundária. (ver item 2.2.40) Instalações Hidráulico-Sanitárias [17] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.12 – Tubo ventilador de circuito. 2.3 – Classificação dos Sistemas Prediais de Esgotos Sanitários O critério de classificação do SPES é baseado no tipo de ventilação adotado. Assim, têm-se as seguintes tipologias mais comuns: 2.3.1 – SPES com ventilação primária, e secundária constituída de coluna e ramais de ventilação O subsistema de ventilação desta tipologia divide-se em primário e secundário. A ventilação primária é basicamente a extensão do tubo de queda além do ramal conectado mais elevado; esta extensão é denominada tubo ventilador primário e sua extremidade fica em contacto com a atmosfera. Já a ventilação secundária é composta de colunas e ramais de ventilação. (Figura 2.13) [18] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 2.3.2 – SPES com ventilação primária, e secundária constituída somente da coluna ventilação Esta tipologia, conforme Figura 2.14, diferencia-se da tipologia anterior apenas pelo fato de não apresentar ramais de ventilação, isto é, a ventilação secundária consta somente de uma coluna conectada ao tubo de queda. 2.3.3 – SPES apenas com ventilação primária Nesta tipologia, há apenas previsão da ventilação primária, através do prolongamento do tubo de queda, Figura 2.15. Figura 2.13 – SPES com ventilação através do tubo primário, coluna e ramais de ventilação. Instalações Hidráulico-Sanitárias [19] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.14 – SPES com ventilação através do tubo ventilador primário e coluna de ventilação. Figura 2.15 - SPES apenas com ventilação primária. [20] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 2.4 – Projeto do Sistema Predial de Esgoto Sanitário As etapas do projeto do SPES são as seguintes: • Planejamento; • Dimensionamento; • Desenhos e memorial descritivo. 2.4.1 – Planejamento Nesta etapa o projetista deve definir juntamente com os outros projetistas envolvidos (arquitetos, engenheiros de estruturas, engenheiros elétricos, e etc) as técnicas construtivas a serem adotadas. Devem ser observadas todas as recomendações das normas, bem como os componentes e características do SPES. Por exemplo, tipo de material a ser adotado existente no mercado, PVC, ou outro. É considerada a etapa mais importante. 2.4.2 – Dimensionamento Concebido o SPES, na etapa de planejamento, procede-se o dimensionamento, onde as dimensões obtidas deverão atender às solicitações previstas em conformidade com a NBR-8160/99. 2.4.3 – Desenhos e documentação básica 2.4.3.1 – Desenhos Concluído o dimensionamento do sistema, elabora-se o projeto, o qual constam de simbologia utilizada, representações gráficas e um conjunto de documentos. A representação gráfica (desenhos) deve conter, basicamente, o seguinte: • Planta 1:200 – situação • Planta 1:50 – uma para cada pavimento diferenciado (planta baixa da cobertura, do pavimento tipo, do térreo, e do subsolo) apresentando: - Localização dos tubos de queda, ramais, e desvios; - Localização das colunas de ventilação; - Localização de dispositivos diversos; - Declividades e seus sentidos; - Diâmetros; - Conexões. • Planta 1:50 – térreo apresentando: Instalações Hidráulico-Sanitárias [21] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado - Localização dos tubos de queda, ramais, e desvios; - Localização das colunas de ventilação; - Localização dos sub-coletores, do coletor predial e ponto de ligação à disposição final; - Localização, dimensões e cotas do fundo das caixas de inspeção; - Localização de ralos e canaletas; - Declividades e seus sentidos; - Indicação do ponto de ligação final; - RN e cotas do terreno e dos pisos internos; - Diâmetros; - Conexões. • Esquema vertical (fluxograma) sem escala, no qual serão apresentados os principais componentes dos sistemas de encaminhamento e ventilação; - Diâmetros; - Conexões. • Detalhes 1:20 - Plantas dos ambientes sanitários apresentando o traçado e diâmetros das tubulações. Em todas as plantas devem constar: - Identificação da obra; - Nome do responsável técnico e seu número no CREA; - Lista de material; - Tipo de material; - Numeração das colunas, caixas, etc; - Simbologia. Nos anexos são apresentadas a simbologia e algumas representações gráficas usualmente empregadas no projeto dos SPES. 2.4.3.2 – Documentação básica A documentação básica é a seguinte: Memorial descritivo. “A Instalação de Esgotos Sanitários segue rigorosamente os princípios preconizados na NBR-8160/99, disposições legais do Estado (Código Sanitário Estadual) e do Município (Prescrição Municipal), bem como as prescrições dos fabricantes dos diversos materiais e equipamentos. A IES compõem-se do conjunto de canalizações, aparelhos sanitários e demais acessórios”. [22] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Memorial de cálculo. “A Instalação de Esgotos Sanitários foi dimensionada com base nas Unidades Hunter de Contribuição (UHC), de acordo com as tabelas apresentadas na NBR 8160/99 – Instalações Prediais de Esgotos Sanitários. Foram observados as recomendações dos diversos fabricantes das tubulações, aparelhos e dispositivos a serem instalados”. Especificações técnicas. As especificações, devidamente subdivididaspelos tipos de projeto e relacionadas por itens, devem apresentar todas as características dos serviços, materiais e equipamentos. Em relação aos materiais, devem ser citadas as normas a eles pertinentes, seu padrão de qualidade e eventuais testes para recebimento e aceitação. Com relação aos equipamentos, a marca, características técnicas e critérios de recebimento. Relação de Materiais e Equipamentos Apresentar planilhas de orçamento, compostas por planilhas de quantitativos (lista de material). 2.5 – Recomendações gerais As recomendações, apresentadas a seguir, seguem a NBR-8160/99 e são de caráter geral. Casos específicos devem ser consultados na referida norma. A) Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por desconectores, os quais podem atender apenas um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de um mesmo ambiente. B) As caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta dos despejos de conjuntos de aparelhos sanitários (lavatórios, bidês, chuveiros) de um mesmo ambiente, além de águas provenientes de lavagem de pisos; neste caso as caixas sifonadas devem ser providas de grelhas. Quanto às bacias sanitárias, as mesmas já são providas internamente de um desconector, devendo, assim, serem ligadas diretamente ao tubo de queda. (Figura 2.16). C) Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único alinhamento. Quando necessário, os desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou inferior a 900, de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 450. D) Para edifícios de dois ou mais andares, quando os tubos de queda recebem efluentes contendo detergentes geradores de espuma, pelo menos uma das seguintes soluções, a fim de evitar o retorno de espuma para os ambientes sanitários, deve ser adotada: • Não conectar as tubulações de esgoto e de ventilação nas regiões de ocorrências de sobrepressão; Instalações Hidráulico-Sanitárias [23] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado • Atenuar a sobrepressão através de desvios do tubo de queda para a horizontal, utilizando uma curva de 900 de raio longo ou duas curvas de 450; • Instalação de dispositivos que evitem o retorno de espuma. Figura 2.16 – Bacia sanitária ligada diretamente ao tubo de queda. São consideradas regiões de sobrepressão. (Figura 2.18): • O trecho, de comprimento igual a L=40.φ, (φ= diâmetro do trecho considerado), imediatamente a montante de desvio para horizontal. O trecho de comprimento igual a L=10.φ, imediatamente a jusante do mesmo desvio. O trecho horizontal de comprimento igual a L=40.φ, imediatamente a montante do próximo desvio e o próximo trecho vertical a jusante de L=10.φ; • O trecho de comprimento igual a L=40.φ, imediatamente a montante da base do tubo de queda e o trecho do coletor ou subcoletor imediatamente a jusante da mesma base de L=10.φ; • Os trechos a montante e a jusante do primeiro desvio na horizontal do coletor ou subcoletor, com comprimentos iguais a L=40.φ e a L=10.φ, respectivamente; • O trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação secundária, com comprimento igual a L=40.φ, a partir da ligação da base da coluna com o tubo de queda ou ramal de esgoto. [24] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.17 – Dispositivos de inspeção nos ramais de descarga das pias de cozinha e máquinas de lavar louças. E) Para pias de cozinha e máquinas de lavar louças, devem ser previstos tubos de queda especiais com ventilação primária. Estes tubos devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva. F) Recomenda-se o uso de caixas de gordura para efluentes que contenham resíduos gordurosos. G) As pias de cozinha e/ou máquinas de lavar louças instaladas superpostas em vários pavimentos devem descarregar em tubos de quedas exclusivos, os quais conduzem os esgotos para caixas de gordura coletivas; sendo vetado o uso de caixas de gordura individuais nos andares. H) O interior das tubulações deve ser sempre acessível através de dispositivos de inspeção. I) Desvios em tubulações enterradas devem ser feitos empregando-se caixas de inspeção. J) A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou de uma coluna de ventilação deve: • Prolongar-se verticalmente pelo menos 0,30 m acima da cobertura; todavia, quando esta atender outros fins além de simples cobertura, a elevação vertical deve ser, no mínimo, de 2,00 m, Figura 2.19; não sendo conveniente o referido prolongamento, pode ser usado um barrilete de ventilação; • Conter um terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a entrada das águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação. K) O projeto do subsistema de ventilação dever ser feito de modo a impedir o acesso de esgoto sanitário na interior do mesmo. Instalações Hidráulico-Sanitárias [25] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado L) O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que possível, instalados em uma única prumada. Figura 2.18 – Regiões de sobrepressão. (Fonte: ABNT- NBR 8160:1999) Figura 2.19 – Prolongamento do tubo de queda e/ou coluna de ventilação. (Fonte: ABNT- NBR 8160:1999) M) Todo o desconector deve ser ventilado. A distância máxima de um desconector até o ponto onde o tubo ventilador que o serve está conectado consta no Quadro 2.1. [26] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Quadro 2.1 – Distância máxima de um desconector ao tubo ventilador Fonte: NBR 8160 – ABNT/99 DN do ramal de descarga Distância máxima (m) 40 1,00 50 1,20 75 1,80 100 2,40 DN = diâmetro nominal N) Toda coluna de ventilação deve ter: • Diâmetro uniforme; • A extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga; • A extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo ventilador primário a uma distância mínima de 15 cm acima do nível de transbordamento da água do mais elevado aparelho sanitário por ele servido, e que tenham seus desconectores ligados à tubulação de esgoto primário (bacias sanitárias, pias de cozinha, tanques de lavar roupa, etc), excluindo-se aparelhos sanitários que despejem em ralos sifonados de piso. O) Quando não for conveniente o prolongamento de cada tubo ventilador até acima da cobertura, pode ser usado um barrilete de ventilação. P) As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do sistema de ventilação do sistema de esgotos sanitários devem ser feitas com conexões apropriadas: • Quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de junção a 450; • Quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da tubulação, elevando-se o tubo ventilador de uma distância de até 15 cm, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais alto dos aparelhos sanitários por ele ventilados, antes de ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-se o que se segue: - A ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 900 ou junção 450, com a derivação instalada em ângulo, de preferência, entre 450 e 900 em relação ao tubo de esgoto. (Figura 2.20); - Quando não houver espaço vertical para a solução apresentada no item acima, podem ser adotados ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por junção de 450 ao respectivo ramal de esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive mínimo de 2%; Instalações Hidráulico-Sanitárias [27] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado - A distância entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e o cotovelo de mudança do trecho horizontalpara a vertical deve ser a mais curta possível. Q) Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada diretamente ao tubo de queda, o tubo de queda pode ser ventilado imediatamente abaixo da ligação do ramal da bacia sanitária. (Figura 2.21). R) É dispensada a ventilação do ramal de descarga de uma bacia sanitária ligada através de ramal exclusivo a um tubo de queda a uma distância máxima de 2,40 m, desde que esse tubo de queda receba, do mesmo pavimento, imediatamente abaixo, outros ramais de esgoto ou de descarga devidamente ventilados. (Figura 2.22). S) Bacias sanitárias instaladas em bateria devem ser ventiladas por um tubo ventilador de circuito ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre a última e a penúltima bacia sanitária, Figura 2.12. Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de, no máximo, oito bacias sanitárias, contadas a partir da mais próxima ao tubo de queda. 2.6 – Dimensionamento O SPES funciona por gravidade, isto é, existe pressão atmosférica ao longo de todas as tubulações, característica esta mantida pelo sistema de ventilação. As tubulações do SPES podem ser dimensionadas pelo Método das Unidades Hunter de Contribuição (UHC) ou pelo Método Hidráulico devendo, em qualquer um dos casos, ser respeitados os diâmetros mínimos dos ramais de descarga apresentados no Quadro 2.2. Neste texto será apresentado somente o Método das Unidades de Contribuição (UHC) por ser o mais utilizado. O Método Hidráulico pode ser consultado em ABNT/NBR 8160:1999. 2.6.1 – Método das Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) Este método baseia-se na atribuição de UHC para cada aparelho sanitário integrantes do SPES a ser dimensionado. Essas unidades constam na NBR 8160/99, e encontram-se reproduzidos no Quadro 2.2. Definidas as UHC dos aparelhos sanitários integrantes do sistema, inicia-se o dimensionamento dos demais componentes, conforme será apresentado a seguir. [28] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.20 – Ligação de ramal de ventilação. (Fonte: ABNT- NBR 8160:1999) Figura 2.21 – Ligação de ramal de ventilação. Impossibilidade de ventilação do ramal de descarga da bacia sanitária. (Fonte: ABNT- NBR 8160:1999) Instalações Hidráulico-Sanitárias [29] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.22 – Dispensa de ventilação de ramal de descarga de bacia sanitária (Fonte: ABNT- NBR 8160:1999) 2.6.1.1 – Subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário A) - Tubulações A1) Ramais de descarga: Para os ramais de descarga devem ser adotados, no mínimo, os diâmetros apresentados no Quadro 2.2. Para aparelhos não relacionados neste Quadro, devem ser estimadas as UHC correspondentes e o dimensionamento deve ser feito utilizando o Quadro 2.3. [30] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Quadro 2.2 – Unidades Hunter de Contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga. Fonte: ABNT/99 - NBR 8160 Aparelhos sanitários UHC DN mínimo do ramal de descarga Bacia sanitária 6 100(1) Banheira de residência 2 40 Bebedouro 0,5 40 Bidê 1 40 Chuveiro De residência 2 40 Coletivo 4 40 Lavatório De residência 1 40 De uso geral 2 40 Mictório Válvula de descarga 6 75 Caixa de descarga 5 50 Descarga automática 2 40 De calha 2(2) 50 Pia de cozinha 3 50 Pia de cozinha industrial Preparação 3 50 Lavagem de panelas 4 50 Tanque de lavar roupas 3 40 Máquina de lavar louças 2 50(3) Máquina de lavar roupas 3 503 (1) O diâmetro nominal DN mínimo para o ramal de descarga de bacia sanitária pode ser reduzido para DN 75, caso justificado pelo cálculo de dimensionamento efetuado pelo método hidráulico apresentado no anexo B (da NBR 8160) e somente depois da revisão da NBR 6452:1985 (aparelhos sanitários de material cerâmico), pela qual os fabricantes devem confeccionar variantes das bacias sanitárias com saída própria para ponto de esgoto de DN75, sem necessidade de peça especial de adaptação. (2) Por metro de calha – considerar como ramal de esgoto (Ver Quadro 2.4). (3) Devem ser consideradas as recomendações dos fabricantes. Instalações Hidráulico-Sanitárias [31] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Quadro 2.3 – Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) para aparelhos não relacionados no Quadro 2.2. Fonte: ABNT/99 - NBR 8160 Diâmetro nominal mínimo do ramal descarga (DN) Número de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) 40 2 50 3 75 5 100 6 A2) Ramais de esgoto: Para os ramais de esgoto deve ser utilizado o Quadro 2.4. Quadro 2.4 – Dimensionamento dos ramais de esgoto. Fonte: ABNT/99 - NBR 8160 Diâmetro nominal mínimo do tubo (DN) Número máximo de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) 40 3 50 6 75 20 100 160 A3) Tubos de queda: Os tubos de queda podem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme Quadro 2.5 Quadro 2.5 – Dimensionamento de tubos de queda Fonte: ABNT/99 - NBR 8160 Diâmetro nominal do tubo (DN) Número máximo de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) Prédios de até 3 pavimentos Prédios com mais de 3 pavimentos 40 4 8 50 10 24 75 30 70 100 240 500 150 960 1900 200 2200 3600 250 3800 5600 300 6000 8400 [32] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Quando os tubos de queda apresentarem desvios da vertical, eles devem ser dimensionados da seguinte maneira: i) Quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 450 com a vertical, o tubo de queda deve ser dimensionado utilizando o Quadro 2.5; ii) Quando o desvio formar ângulo superior a 450 com a vertical, deve ser dimensionado da seguinte maneira: - A parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente, com base no número de Unidade Hunter de Contribuição dos aparelhos acima do desvio, de acordo com o Quadro 2.5; e a parte horizontal do desvio de acordo com o Quadro 2.6, uma vez que, neste caso, o trecho é tratado como subcoletor; - A parte do tubo de queda abaixo do desvio com base no número de Unidade Hunter de Contribuição de todos os aparelhos que descarregam neste tubo de queda, de acordo com o Quadro 2.5, não podendo o diâmetro adotado ser menor do que o da parte horizontal. A Figura 2.23 ilustra os desvios citados e opções de ventilação. A4) Coletor predial e subcoletores: O coletor predial e os subcoletores são dimensionados pelas somatórias das UHC conforme Quadro 2.6. O coletor predial deve ter, no mínimo, um DN igual a 100. No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais deve ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número de Unidades Hunter de Contribuição UHC. Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do número de UHC. B) - Desconectores Os desconectores devem atender aos seguintes requisitos: B1) Ter fecho hídrico com altura mínima de 5 cm; B2) Apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele conectado. Instalações Hidráulico-Sanitárias [33] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.23 – Desvios do tubo de queda. (Fonte: ABNT- NBR 8160:1999) Quadro 2.6 – Dimensionamento de subcoletores e de coletor predial. Fonte: ABNT/99 - NBR 8160 Diâmetro nominal do tubo (DN) Número máximo de unidades de Hunter de Contribuição em função dasdeclividades mínimas (%) 0,5% 1,0% 2,0% 4% 100 - 180 216 250 150 - 700 840 1 000 200 1 400 1600 1 920 2 300 250 2 500 2 900 3 500 4 200 300 3 900 4 600 5 600 6 700 400 7 000 8 300 10 000 12 000 [34] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado As caixas sifonadas devem ser dimensionadas utilizando o Quadro 2.7 Quadro 2.7 – Dimensionamento das caixas sifonadas. ABNT/99 - NBR 8160 Diâmetro nominal (DN) (mm) Valor máximo de UHC a montante da caixa sifonada 100 06 125 10 150 15 No caso das caixas sifonadas especiais, o fecho hídrico deve ter altura mínima de 20 cm; as mesmas devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente removível e o orifício de saída deve ter o diâmetro nominal, de no mínimo DN75. C) - Dispositivos complementares C1) Caixas de gordura As caixas de gordura são dimensionadas em função do número de cozinhas por elas atendidas utilizando um dos seguintes procedimentos: i) Para a coleta de apenas uma pia de cozinha pode ser usada a caixa de gordura pequena (CGP), Quadro 2.8; ii) Para a coleta de uma ou mais cozinhas deve ser usada, pelo menos, a caixa de gordura simples (CGS), Quadro 2.8; iii) Para a coleta de duas a doze cozinhas deve ser usada, pelo menos, a caixa de gordura dupla (CGD), Quadro 2.8; iv) Para a coleta de mais de doze cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais, quartéis, e etc., devem ser previstas caixas de gorduras especiais (CGE), prismáticas de bases retangulares, com as seguintes características: 1) Distância mínima entre o septo e a saída: 20 cm; 2) Volume da câmara de retenção de gordura obtida pela seguinte equação: V = 2.N + 20 (2.1) Na qual: N = número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura no turno em que existe mais afluxo; V = volume em litros. 3) Altura molhada: 60 cm; Instalações Hidráulico-Sanitárias [35] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado 4) Parte submersa do septo: 40 cm; 5) Diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100. Quadro 2.8 – Tipologia das caixas de gordura em função das dimensões características para as CGP, CGS, e CGD. Fonte: ABNT/99 - NBR 8160 Características Tipologia Caixa de Gordu- ra Pequena (CGP) Caixa de Gordu- ra Simpres (CGS) Caixa de Gordu- Ra Dupla (CGD) Diâmetro interno (cm) 30 40 60 Parte submersa do septo (cm) 20 20 35 Capacidade de retenção (litros) 18 31 120 Diâmetro nominal da tubulação de saída (mm) 75 75 100 C2) Caixas de passagem As caixas de passagem devem ter as seguintes características: i) Quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 15 cm e, quando prismáticas de base poligonal, permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual a 15 cm; ii) Ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações de esgoto primário; iii) Ter altura mínima igual a 10 cm, iv) Ter tubulação de saída dimensionada pelo Quadro 2.4 de dimensionamento de ramais de esgoto, sendo o diâmetro nominal mínimo igual a DN 50. D) Dispositivos de inspeção O interior das tubulações, embutidas ou não, deve ser acessível por intermédio de dispositivo de inspeção. Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser respeitadas, no mínimo as seguintes condições: i) A distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser superior a 25m, Figura 2.24; ii) A distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de inspeção mais próximo não deve ser superior a 15m, Figura 2.24; [36] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado iii) Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitárias, caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeção, não devem ser superiores a 10,0m. Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas devem ser feitos mediante o emprego de caixas de inspeção ou poços de visita. Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a menos de 2m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas, Figura 2.24. D1) Caixas de inspeção A caixa de inspeção é um dispositivo destinado a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução das canalizações, a junção de coletores e a mudança de declividade. As caixas de inspeção devem ter: i) Profundidade máxima de 100 cm; ii) Forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 60 cm, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 60 cm; iii) Tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação; iv) Fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos. Figura 2.24 – Distâncias entre os dispositivos de inspeção. D2) Poço de visita Os poços de devem ter: i) Profundidade maior que 100 cm; Instalações Hidráulico-Sanitárias [37] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado ii) Forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 110 cm, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 110 cm; iii) Degraus que permitam o acesso ao seu interior; iv) Tampa removível e que garanta perfeita vedação; v) Fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar a sedimentação de partículas sólidas; vi) Duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 180 cm, sendo a parte inferior formada pela câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 150 cm, e a parte superior formada pela câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno mínimo de 60 cm. 2.6.2 – Inclinação das tubulações “horizontais” 2.6.2.1 – Ramais de descarga e de esgoto Todos os trechos “horizontais” previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante. Recomendam-se as seguintes declividades mínimas: A1) 2% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou inferior a 75; A2) 1% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou superior a 100. 2.6.2.2 – Subcoletores e coletor predial Todos os trechos “horizontais” previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante. Recomendam-se as seguintes declividades mínimas: A1) 2% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou inferior a 75; A2) 1% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou superior a 100. A declividade máxima a ser considerada é de 5% 2.6.3 – Instalação de recalque 2.6.3.1 – Introdução O dimensionamento da instalação de recalque das águas residuárias (esgoto) deve levar em conta os seguintes dados: A) A capacidade da bomba, que deve atender à vazão máxima provável de contribuição dos aparelhos e dos dispositivos instalados que possam estar em funcionamento simultâneo; B) O tempo de detenção do esgoto na caixa; [38] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado C) O intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor. 2.6.3.2 – Dimensionamento da caixa coletora A caixa coletora, Figura 2.25, deve ter a sua capacidade calculada de modo a evitar a freqüência exagerada de partida e parada das bombas por um volume insuficiente, bem como a ocorrência de estados sépticos por um volume exagerado. No caso da caixa coletora receber os efluentes de bacias sanitárias, deve ser considerado o atendimento aos seguintes aspectos: A) A caixa coletora deve possuir uma profundidade mínima igual a 90 cm, a contar da geratriz inferior da tubulação afluente maisbaixa; o fundo deve ser suficientemente inclinado, para impedir a deposição de materiais sólidos quando a caixa for esvaziada completamente; B) A caixa coletora deve ser ventilada por um tubo ventilador, preferencialmente independente de qualquer outra ventilação utilizada no edifício; C) Deve ser instalado pelo menos dois grupos moto-bombas para funcionamento alternado. Estas bombas devem permitir a passagem de esferas com diâmetro de 6 cm, e o diâmetro nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 75. No caso da caixa coletora não receber os efluentes de bacias sanitárias, devem ser considerados os seguintes aspectos: A) A profundidade mínima deve ser igual a 60 cm; B) As bombas devem permitir a passagem de esfera de 1,8 cm e o diâmetro nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 40. As tubulações de sucção devem ser previstas de modo a se ter uma para cada bomba e possuir diâmetro nominal uniforme e nunca inferior ao das tubulações de recalque. As tubulações de recalque devem atingir um nível superior ao do logradouro, de maneira que impossibilite o refluxo do esgoto, devendo ser providas de dispositivos para este fim. O volume útil da caixa coletora pode ser determinado através da seguinte equação: 4 .tQVu = (2.2) Na qual: Vu = volume compreendido entre o nível máximo e o nível mínimo de operação da caixa (faixa de operação da bomba), em metros cúbicos; Instalações Hidráulico-Sanitárias [39] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Q = vazão da bomba em (m3/min.), sendo, no mínimo, igual a duas vezes a vazão afluente de esgoto à caixa coletora. t = intervalo de tempo em minutos, maior ou igual a 10 minutos, entre duas partidas consecutivas do motor. O volume total da caixa coletora é igual a soma do volume útil da caixa coletora e os volumes ocupados pelas bombas (se forem do tipo submersível), tubulações e acessórios da instalação que se encontrem no interior da caixa coletora. O tempo de detenção do esgoto na caixa coletora pode ser determinado utilizando a seguinte equação: q Vd t= (2.3) Na qual: d = tempo de detenção do esgoto na caixa coletora, em minutos. Não deve ser maior que 30 minutos; Vt = volume total da caixa coletora, em m3; q = vazão média de esgoto afluente, em m3/min. 2.6.4 – Dimensionamento do subsistema de ventilação No caso das tubulações do subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário terem sido dimensionadas pelo método do número de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC), as tubulações do subsistema de ventilação devem ser dimensionadas a partir da seguinte metodologia: 2.6.4.1 – Ramal de ventilação O diâmetro nominal do ramal de ventilação não deve ser inferior aos limites que constam no Quadro 2.9. 2.6.4.2 – Coluna de ventilação O diâmetro nominal da coluna de ventilação é determinado utilizando o Quadro 2.10 em função: do DN do tubo de queda ou do ramal de esgoto, da quantidade de UHC, e do comprimento vertical da coluna de ventilação. Este comprimento é medido desde a extremidade superior da coluna de ventilação, que se encontra em contacto com a atmosfera até a sua base, no encontro com o tubo de queda (ventilador primário). [40] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.25 – Caixa coletora e sistema de recalque. [Fonte: Highlight Caddproj Hidráulica, 2006] Quadro 2.9 – Dimensionamento de ramais de ventilação. Fonte: ABNT/99 - NBR 8160 Grupos de aparelhos sem bacias sanitárias Grupos de aparelhos com bacias sanitárias Número de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) Diâmetro nominal do ramal de ventilação (DN) Número de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) Diâmetro nominal do ramal de ventilação (DN) Até 12 40 Até 17 50 13 a 18 50 18 a 60 75 19 a 36 75 - - 2.6.4.3 – Barrilete de ventilação O diâmetro nominal mínimo de cada trecho de acordo com o Quadro 2.10, sendo que o número de UHC de cada trecho é a soma das unidades de todos os tubos de queda Instalações Hidráulico-Sanitárias [41] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado servidos pelo trecho, e o comprimento a considerar é o mais extenso, da base da coluna de ventilação mais distante da extremidade aberta do barrilete, até essa extremidade. 2.6.4.4 – Tubo ventilador de circuito O diâmetro nominal mínimo de acordo com o Quadro 2.10. 2.6.4.5 – Tubo ventilador complementar Diâmetro nominal não inferior à metade do diâmetro do ramal de esgoto a que estiver ligado. 2.6.4.6 – Tubo ventilador de alívio Diâmetro nominal igual ao diâmetro nominal da coluna de ventilação a que estiver ligado. Exemplo prático 2.1 Considere um prédio de apartamentos com pavimento térreo e 12 pavimentos tipo, Figura 2.26.a, e Figura 2.26.b. A área de serviço e a cozinha de um dos apartamentos do pavimento térreo são mostradas na Figura 2.26.c; e as áreas de serviço e as cozinhas, dos pavimentos tipo, sobrepostas às do pavimento térreo são mostradas na Figura 2.26.d. Os banheiros de um dos apartamentos do pavimento térreo e dos pavimentos tipo sobrepostos são apresentados nas Figuras 2.26.e, e 226.f, respectivamente. A altura total da coluna de ventilação, medida desde o sub-coletor (localizado no pavimento térreo) até o barrilete de ventilação, localizado na última laje é de 39 m. Cada banheiro contém: chuveiro, bacia sanitária e lavatório. Cada cozinha é constituída de uma pia, e cada área de serviço de tanque e máquina de lavar roupas. Pede-se: a) Dimensionar os ramais de descarga e de esgoto; b) Dimensionar os tubos de queda; c) Dimensionar os sub-coletores e coletor (para o dimensionamento do coletor considere que cada pavimento (térreo e tipo) contém 4 apartamentos iguais; d) Dimensionar os ramais de ventilação; e) Dimensionar as colunas de ventilação; f) Dimensionar o barrilete de ventilação 1, (considere que as tubulações de ventilação primárias, constituídas pelo prolongamento dos TQ1, TQ2, e TQ3 serão conectados ao barrilete 1, e que a distância vertical mais extensa é de 41 m); g) Dimensionar as caixas de gordura, (considere 4 pessoas por apartamento); [42] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Quadro 2.10 – Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação. (Fonte: ABNT/99 - NBR 8160) Diâmetro nominal do tubo de queda ou do ramal de esgoto (DN) Número de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação 40 50 75 100 150 200 250 300 Comprimento permitido (m) 40 8 46 - - - - - - - 40 10 30 - - - - - - - 50 12 23 61 - - - - - - 50 20 15 46 - - - - - - 75 10 13 46 317 - - - - - 75 21 10 33 247 - - - - - 75 53 8 29 207 - - - - - 75 102 8 26 189 - - - - - 100 43 - 11 76 299 - - - - 100 140 - 8 61 229 - - - - 100 320 - 7 52 195 - - - - 100 530 - 6 46 177 - - - - 150 500 - - 10 40 305 - - - 150 1 100 - - 8 31 238 - - - 150 2 000 - - 7 26 201 - - - 150 2 900 - - 6 23 183 - - - 200 1 800 - - - 10 73 286 - - 200 3 400 - - - 7 57 219 - - 200 5 600 - - - 6 49 186 - - 200 7 600 - - - 5 43 171 - - 250 4 000 - - - - 24 94 293 - 250 7 200 - - - - 18 73 225 - 250 11 000 - - - - 16 60 192 - 250 15 000 - - - - 14 55 174 - 300 7 300 - - - - 9 37 116 287 300 13 000 - - - - 7 29 90 219 300 20 000 - - - - 6 24 76 186 300 26 000 - - - - 5 22 70 152 Instalações Hidráulico-Sanitárias [43] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.26.a – Planta pavimento térreo (1 apto). [44] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.26.b – Planta pavimentos tipo (1 apto). Instalações Hidráulico-Sanitárias [45] Sistema Predialde Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.26.c – Área de serviço e cozinha de um dos apartamentos do pavimento térreo. [46] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.26.d – Área de serviço e cozinha de um dos apartamentos dos pavimentos tipo. Instalações Hidráulico-Sanitárias [47] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.26.e – Banheiros de um dos apartamentos do pavimento térreo. [48] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Figura 2.26.f – Banheiros de um dos apartamentos dos pavimentos tipo. Solução: A.) RAMAIS DE DESCARGA E DE ESGOTO A.1) Dimensionamento dos ramais de descarga e de esgoto – Pavimento Térreo, (área de serviço e cozinha), Figura 2.26.c: Trecho (PIA – CG). Ramal de esgoto: Do Quadro 2.4, tem-se que para (3 UHC) o diâmetro seria o DN40, mas, consultando o Quadro 2.2, prevalecerá o diâmetro mínimo DN50. Instalações Hidráulico-Sanitárias [49] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Trecho (MLR – CS). Ramal de descarga: Do Quadro 2.2, tem-se que para máquina de lavar roupas (3 UHC) o diâmetro mínimo é de DN50. Trecho (TQ – CS). Ramal de descarga: Do Quadro 2.2, tem-se que para tanque de lavar roupas (3 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Trecho (CS – CI-1). Ramal de esgoto: Receberá efluentes do tanque de lavar roupas e da máquina de lavar roupas (6 UHC). Do Quadro 2.4, tem-se diâmetro mínimo DN50. A.2) Dimensionamento dos ramais de descarga e de esgoto – Pavimentos TIPO, (área de serviço e cozinha), Figura 2.26.d: Trecho (PIA – TQ2). Ramal de esgoto: Do Quadro 2.4, tem-se que para (3 UHC) o diâmetro seria o DN40, mas, consultando o Quadro 2.2, prevalecerá o diâmetro mínimo DN50. Trecho (MLR – CS). Ramal de descarga: Do Quadro 2.2, tem-se que para máquina de lavar roupas (3 UHC) o diâmetro mínimo é de DN50. Trecho (TQ – CS). Ramal de descarga: Do Quadro 2.2, tem-se que para tanque de lavar roupas (3 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Trecho (CS – TQ1). Ramal de esgoto: Receberá efluentes do tanque de lavar roupas e da máquina de lavar roupas (6 UHC). Do Quadro 2.4, tem-se diâmetro mínimo DN50. A.3) Dimensionamento dos ramais de descarga e de esgoto – Pavimento Térreo, (banheiros), Figura 2.26.e: Trecho (LV1 – CS1). Ramal de descarga: Do Quadro 2.2, tem-se que para lavatório de residência (1 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Trecho (RS1 – CS1). Ramal de descarga: O ralo seco (RS) receberá efluentes do chuveiro. Do Quadro 2.2, tem-se que para chuveiro de residência (2 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. [50] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Trecho (LV2 – CS2). Ramal de descarga: Do Quadro 2.2, tem-se que para lavatório de residência (1 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Trecho (RS2 – CS1). Ramal de descarga: O ralo seco (RS) receberá efluentes do chuveiro. Do Quadro 2.2, tem-se que para chuveiro de residência (2 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Trecho (BS1 – BS2). Ramal de esgoto: Do Quadro 2.2, tem-se que para bacia sanitária (6 UHC) o diâmetro mínimo é de DN100. Trecho (BS2 – 3). Ramal de esgoto: Receberá efluentes de duas bacias sanitárias (12 UHC). Do Quadro 2.4, para 6<UHC≤20 o diâmetro nominal mínimo é DN75. Mas do Quadro 2.2, verifica-se que o diâmetro mínimo para tubos acoplados à bacias sanitárias é de DN 100. Portanto, o diâmetro deste trecho será DN100. Trecho (CS1 – CS2). Ramal de descarga: Conecta as duas caixas sifonadas. Receberá efluentes de 1 lavatório de residência (1 UHC), e de dois chuveiros de residência (4 UHC), totalizando 5 UHC. Do Quadro 2.3, tem-se que para 5 UHC o diâmetro mínimo será DN75. Mas, neste caso, como o diâmetro de saída das caixas sifonadas é DN50, então será adotado o DN50, com uma redução de DN50 para DN40, na entrada da CS2. Trecho (CS2 - 1). Ramal de esgoto: Receberá efluentes de 2 lavatórios de residência (2 UHC), e de dois chuveiros de residência (4 UHC), totalizando 6 UHC. Do Quadro 2.4, tem-se que para 6 UHC o diâmetro mínimo será DN50. Trecho (3 – CI-3). Ramal de esgoto: Receberá efluentes de duas bacias sanitárias (12 UHC), de dois lavatórios de residência (2 UHC), de dois chuveiros de residência (4 UHC), totalizando 18 UHC. Do Quadro 2.4, para 6<UHC≤20 o diâmetro nominal mínimo é DN75. Mas do Quadro 2.2, verifica-se que o diâmetro mínimo para tubos acoplados à bacias sanitárias é de DN 100. Portanto, o diâmetro deste trecho será DN100. A.4) Dimensionamento dos ramais de descarga e de esgoto – Pavimentos TIPO, (banheiros), Figura 2.26.f: Trecho (LV1 – CS1). Ramal de descarga: Do Quadro 2.2, tem-se que para lavatório de residência (1 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Instalações Hidráulico-Sanitárias [51] Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado Trecho (RS1 – CS1). Ramal de descarga: O ralo seco (RS) recebe as águas residuárias do chuveiro. Do Quadro 2.2, tem-se que para chuveiro de residência (2 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Trecho (LV2 – CS2). Ramal de descarga: Do Quadro 2.2, tem-se que para lavatório de residência (1 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Trecho (RS2 – CS1). Ramal de descarga: O ralo seco (RS) receberá efluentes do chuveiro. Do Quadro 2.2, tem-se que para chuveiro de residência (2 UHC) o diâmetro mínimo é de DN40. Trecho (BS1 – BS2). Ramal de esgoto: Do Quadro 2.2, tem-se que para bacia sanitária (6 UHC) o diâmetro mínimo é de DN100. Trecho (BS2 – 3). Ramal de esgoto: Receberá efluentes de duas bacias sanitárias (12 UHC). Do Quadro 2.4, para 6<UHC≤20 o diâmetro nominal mínimo é DN75. Mas do Quadro 2.2, verifica-se que o diâmetro mínimo para tubos acoplados à bacias sanitárias é de DN 100. Portanto, o diâmetro deste trecho será DN100. Trecho (CS1 – CS2). Ramal de descarga: Conecta as duas caixas sifonadas. Receberá efluentes de 1 lavatório de residência (1 UHC), e de dois chuveiros de residência (4 UHC), totalizando 5 UHC. Do Quadro 2.3, tem-se que para 5 UHC o diâmetro mínimo será DN75. Mas, neste caso, como o diâmetro de saída das caixas sifonadas é DN50, então será adotado o DN50, com uma redução de DN50 para DN40, na entrada da CS2. Trecho (CS2 - 1). Ramal de esgoto: Receberá efluentes de 2 lavatórios de residência (2 UHC), e de dois chuveiros de residência (4 UHC), totalizando 6 UHC. Do Quadro 2.4, tem-se que para 6 UHC o diâmetro mínimo será DN50. Trecho (3 – TQ3). Ramal de esgoto: Receberá efluentes de duas bacias sanitárias (12 UHC), de dois lavatórios de residência (2 UHC), de dois chuveiros de residência (4 UHC), totalizando 18 UHC. Do Quadro 2.4, para 6<UHC≤20 o diâmetro nominal mínimo é DN75. Mas do Quadro 2.2, verifica-se que o diâmetro mínimo para tubos acoplados à bacias sanitárias é de DN 100. Portanto, o diâmetro deste trecho será DN100. B) TUBOS DE QUEDA [52] Instalações Hidráulico-Sanitárias Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES] Por: Evaldo Miranda Coiado B.1) Dimensionamento do Tubo de Queda (TQ1): O (TQ1) receberá efluentes de 12 áreas de serviços. Cada área de serviço contém: uma máquina de lavar roupas - MLR, (3 UHC); um tanque de lavar roupas – TQ, (3 UHC). Portanto, a somatória das UHC será igual a 72. Do Quadro 2.5, para prédios com mais de 3 pavimentos, e 70<UHC≤500 obtém-se DN100. B.2) Dimensionamento do Tubo de Queda (TQ2): O (TQ2) receberá efluentes de 12 cozinhas. Cada cozinha contém: uma pia - PIA, (3 UHC). Portanto, a somatória das UHC será igual a 36. Do Quadro 2.5, para prédios com mais de 3 pavimentos, e 24<UHC≤70 obtém-se DN75. B.3) Dimensionamento do Tubo de Queda (TQ3): O (TQ3) receberá efluentes de 24 banheiros. Cada banheiro contém uma bacia sanitária