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ESGOTOS SANITÁRIOS CONSIDERAÇÕES GERAIS As instalações prediais de esgotos sanitários destinam-se a coletar, conduzir e afastar da edificação todos os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários, dando-lhes um rumo apropriado, normalmente indicado pelo poder público competente. O destino final dos esgotos sanitários pode ser a rede pública coletora de esgotos ou um sistema particular de recebimento e pré-tratamento em regiões (locais) que não dispõem de sistema de coleta e transporte de esgotos. As condições técnicas para projeto e execução das instalações prediais de esgotos sanitários, em atendimento às exigências míni- mas quanto a higiene, segurança, economia e conforto dos usuários, são fixadas pela NBR 8160. De acordo com a norma, o sistema de esgoto sanitário deve ser projetado de modo a: • Evitar a contaminação da água, de forma a garantir sua quali- dade de consumo, tanto no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como nos ambientes receptores. • Permit ir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações. • Impedir que os gases provenientes do interior do sistema pre- dial de esgoto sanitário atinjam áreas de utilização. • Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema. • Permitir que seus componentes sejam facilmente inspecionáveis. • Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação. • Permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispo- sitivos que facilitem sua remoção para eventuais manutenções. 163 Figura 4.1 Sistema individual. Edificação 164 SISTEMAS DE COLETA E ESCOAMENTO DOS ESGOTOS SANITÁRIOS SISTEMAS INDIV IDUAIS Nos sistemas individuais de esgoto, cada prédio possui seu próprio sistema de coleta, escoamento e tratamento, como, por exemplo, o conjunto de fossa séptica e sumidouro. Todo sistema particular de tratamento, quando não houver rede pública de coleta de esgo- to sanitário, deverá ser concebido de acordo com a normalização brasileira pertinente. O dimensionamento da fossa e do sumidouro deverá ser feito por um engenheiro, em função do número de moradores e o padrão da construção, uma vez que os resíduos gerados são proporcionais ao volume de água consumido. A fossa séptica pode ser construída com alvenaria ou ser pré-fabricada. Nos dois casos, ela deve atender às normas: • NBR 7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos; • NBR 3969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação. Águas servidas Sumidouro CI 1 CI Fossa séptica Águas servidas Sumidouro SISTEMAS COLETIVOS Nos sistemas coletivos, existem redes coletoras assentadas nas ruas da cidade, que encaminham os esgotos até um determinado local, para tratamento e posterior lançamento a um curso de água. Cada edificação deve ter a própria instalação de esgoto, inde- pendentemente de prédios vizinhos, com ligação à rede coletora pública, ou seja, cada edificação deve ter um só ramal predial, exceto em construções de grande porte (shopping centers, hotéis, hospitais etc.), que podem, a critério da concessionária local, ter mais de uma ligação de esgoto ao coletor público. Figura 4.2 Sistema coletivo. o o ,ro ,ro u,, u,, ro ro u u ~ ~ -o w -o w Caixa de inspeção inspeção -~ -~ -o -o Q.) Q.) a. a. ro ro E E ro ro a::: a::: Rede colet ora pública Rua o ,ro u,, ro u ~ -o w Caixa de inspeção -~ -o Q.) a. ro E ro a::: "' o ·;: '~ .-::: e ~ "' "' o -o g,o I.U 165 166 SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO As principais partes constituintes de uma instalação predial de esgoto sanitário estão representadas de forma esquemática nas Figuras 4.3 e 4.4. Os principais componentes de um sistema predial de esgoto são: aparelhos sanitários, desconectores ou sifões, ralos, caixas sifonadas, ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda, co- luna de ventilação, subcoletor, dispositivos de inspeção (caixa de inspeção e caixa de gordura), coletor predial e válvula de retenção. Figura 4.3 Partes constituintes de uma instalação predial de esgoto. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Banheira N40 --....... Ventilação DN 50 Lavatório DN 40 Ramal esgoto banheiro DN 75 1 1 1 1 Ramal esgoto ___ i..__ lavanderia DN 75 "' Vaso' .... - ... _ sanitário ------ DN 100 Fonte: Manual Técnico Tigre. Máquina de lavar roupas DN 50 Tanque / DN40 / Pia DN 40 / Figura 4.4 Partes constituintes de uma instalação de esgoto de banheiro em corte esquemático. Coluna de ventilação Tubo de -+-+• queda Ramal de ventilação Ramal de esgoto RAMAL DE DESCARGA Caixa sifonada Ramal de descarga é a tubulação que recebe diretamente os efluen- tes de aparelhos sanitários (lavatório, bidê, bacia etc.). O ramal da bacia sanitária deve ser ligado diretamente à caixa de inspeção (edificação térrea) ou no tubo de queda de esgoto (instalações em pavimento superior). Os ramais do lavatório, do bidê, da banheira, do ralo do chuveiro e do tanque devem ser ligados à caixa sifonada. Os ramais com efluentes de gordura (pias de cozinha) devem ser ligados à caixa de gordura (edificação térrea) ou a tubos de que- da específicos, denominados "tubos de gordura" (nas instalações em pavimento superior). Para o dimensionamento de ramais de descarga, utiliza-se tabela apropriada (ver "Dimensinamento das tubulações"), conforme recomendação da NBR 8160. DESCONECTOR (SIFÃO) Desconector é um dispositivo dotado de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto. Nas instalações prediais de esgoto, existem dois tipos bási- cos de desconectores: o sifão e a caixa sifonada. Os desconectores podem atender a somente um aparelho (sifão) ou a um conjunto de aparelhos de uma mesma unidade autônoma, como é o caso da caixa sifonada. li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 167 168 De acordo com a NBR 8.160, todos os aparelhos sanitários de- vem ser protegidos por desconectores. Todo desconector deve ter fecho hídrico com altura mínima de 50 mm, e apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele conectado. Segundo a norma, deve ser assegurada a manutenção do fecho hídrico de acordo com as solicitações impostas pelo ambiente ( evaporação, tiragem térmica, ação do vento, variações de pressão) e pelo uso propriamente dito (sucção e sobrepressão). É preciso, na compra de sifões, estar atento a essa exigência da norma. Figura 4.5 Pia com sifão. Ar ambiente -sifão Ar com odores CAIXA SIFONADA A caixa sifonada é uma caixa de forma cilíndrica provida de des- conector, destinada a receber efluentes de conjuntos de aparelhos como lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma uni- dade autônoma, assim como as águas provenientes de lavagem de pisos- nesse caso, devem ser providas de grelha. Sua tampa deve ser facilmente removível para facilitar a manutenção, mesmo a tampa dos ralos cegos. A vedação hídrica evita que odores e insetos provenientes dos ramais de esgoto penetrem pelas aberturas dos ralos. É fabricada em PVC e fer ro fundido, com diâmetros de 100 mm, 125 mm e 150 mm. Possui de uma a sete entradas de esgoto para tubulações com diâmetro de 40 mm e tem apenas uma opção de saída, com diâmetros de 50 mm e 75 mm. Deve ter sua localização adequada para receber os ramais de descarga e encaminhar a água servida para o ramal de esgoto. A posição ideal para sua localização é aquela que atenda à estética e à hidráulica. Os desconectores em geral (sifões, caixas sifonadas) e os ralos simples precisam ser posicionados em locais de fácil acesso, de modo a permitir a limpeza e manutenção periódica. Os chuveiros e as águas de lavagemde pisos podem ser co- letados em ralos simples (secos), os quais devem ser ligados às caixas sifonadas. Entretanto, devido a razões de estética, alguns projetistas preferem localizar a caixa sifonada no box do chuvei- ro. Nesse caso, o ralo do box não deve ser localizado no centro geométrico dessa pequena área, pois fatalmente o usuário se posi- cionará sobre ele, podendo danificá-lo ou ser vítima de acidentes. Portant o, deve-se posicionar o ralo num dos cant os do box, de preferência junto à parede oposta à por ta de acesso, não somente para se evitar que a água saia do box, como para se eliminar os problemas acima citados. "' o ·;: '~ .-::: e ~ "' "' o -o g,o I.U 169 170 Figura 4.6 Caixa sifonada montada com grelha (com 7 entradas). A B Fonte: Tigre. RALOS D i -------.!..-- 1 i i i 1 Existem dois tipos de ralo: seco (sem proteção hídrica) e sifonado (com proteção hídrica). Normalmente, os ralos secos são ut ilizados para receber águas provenientes de chuveiro (box), pisos laváveis, áreas externas, terraços, varandas etc. Não devem, entretanto, receber efluentes de ramais de descarga. Os ralos também são fabricados em ferro fundido e em PVC. Existem diversos tipos e modelos de ralo em PVC, porta-grelhas, grelhas sem suporte, grelhas com dispositivo de vedação rotativo e grelhas em inox e em alumínio anodizado. Além dos ralos tradicionais (seco e sifonado) a Tigre apresenta outros modelos, tais como: ralo de saída articulada, antiespuma, anti-infilt ração e o ralo linear (ver Figura 4.8). Figura 4.7 Ralo seco. r···· 1 Fonte: Tigre. RALO DE SAÍDA ARTICULADA* A função do ralo com saída articulada é coletar águas servidas e pluviais de terraços e pisos e permitir flexibilidade na saída para o ramal de descarga. O ralo com saída articulada apresenta vários benefícios em relação aos ralos convencionais: • Facilidade de instalação e racionalização do traçado da instalação; • Permite a instalação de prolongamentos DN 100, anti- -infiltração e antiespuma Tigre; • Impede o entupimento do sistema de esgoto; • Maior vazão de operação (melhor desempenho hidráulico). RALO ANTIESPUMA* É um dispositivo que bloqueia o retorno do ralo ou caixa sifonada, permitindo a captação de água no local onde está instalado. Esse bloqueio acontece porque quando a espuma começa a ser escoada pela tubulação de entrada das caixas e ralos e tenta passar pela grelha, a bor racha interna do antiespuma dobra e impede sua passagem. Além de evitar o refluxo de espuma, evita a contaminação do ambiente por insetos, e é o único compatível com todas as caixas sifonadas do mercado. Estão disponíveis nos seguintes diâmetros: DN 100 e DN 150. Os principais benefícios do ralo antiespuma são: • Vedação eficiente e durável garantida pelo anel de vedação em borracha nitrílica; • Acaba com o incoveniente do retorno da espuma; • Pode ser aplicado em ralos e caixas sifonadas instaladas nas áreas de serviços ou até de banheiros; • É fácil de limpar e instalar; • Coleta a água do piso enquanto bloqueia a espuma. li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U ' TUBOS e Conexões Tigre S.A . Manual técnico Tigre : orienta- ções técnicas sobre instalações hidráulicas prediais/Tigre S.A . Joinville : Tigre, 2008. 171 172 ' TUBOS e Conexões Tigre S.A. Manual técnico Tigre: o rienta- ções técnicas sobre instalações hidráulicas prediais/Tigre S.A. Joinv ille: Tigre, 2008. RALO ANTI-INFILTRAÇÃO* Sua função principal é impedir a infiltração de água entre o piso e a caixa sifonadajuntamente com o sistema de impermeabilização. São fabricados nas bitolas DN 100 e 150. A grande vantagem desse tipo de ralo é coletar a água de uma provável infiltração entre o piso e o sistema de impermeabilização que se integra ao corpo da caixa sifonada, conduzindo a água para o interior da caixa sifonada e, desta forma, impedindo que a in- filtração percole para a parte inferior da laje ou do terreno. Além disso, de acordo com o fabricante, apresentam outros benefícios: • Ser de fácil instalação: as ranhuras na parte inferior faci- litam a fixação e impedem a formação de bolhas de ar na argamassa de assentamento; • Ser compatível com todos os sistemas de impermeabilização do mercado; • Possuir limitadores e área recartilhada para fixação na manta, impedindo sua má instalação. RALO LINEAR* A sua função principal é captar água servida em sacada, box de banheiros, lavanderias etc. Também é muito utilizado em transição de sacada-sala. De acordo com o fabricante, o produto resulta em boa economia de mão de obra e material, pois como o caimento é feito em uma direção única, não há necessidade de recortes e adaptações no piso. São fabricados em PVC, com as seguintes dimensões: 50, 70 e 90 cm de comprimento e 5,5 cm de largura. As cores disponíveis são: grelhas brancas e areia (corpo branco) e grelhas cinza e inox (corpo cinza). Os principais benefícios do ralo linear são: • Design inovador: combina com qualquer ambiente; • Maior vazão de captação de água; • Fácil instalação: conexões soldadas com adesivo para PVC; • Fácil limpeza: material de PVC livre de incrustações; • Versatilidade: pode ser usado para escoamento de água do chuveiro ou aplicado em varandas, lavanderias e pisos comerciais. Figura 4.8 Ralos especiais (saída articulada, antiespuma, anti-infiltração e ralo linear). Ralo de saída articulada Ralo antiespuma Ralo linear Ralo anti-infiltração "' o ·;: ' ~ .-::: e: ~ "' "' o -o g,o I.U 173 174 RAMAL DE ESGOTO O ramal de esgoto recebe os efluentes dos ramais de descarga. Suas ligações ao subcoletor ou coletor predial devem ser efetuadas por caixa de inspeção, em pavimentos térreos, ou tubos de queda, em pavimentos sobrepostos. Em edifícios com mais de um pavimento, o ramal de esgoto do térreo deverá ser ligado diretamente à caixa de inspeção, por tubulação independente. Para seu dimensionamento, utiliza-se tabela apropriada (ver "Dimensionamento das tubulações") , de acordo com a NBR 8160. Figura 4.9 Ligação de ramal de esgoto. Tubo de queda Ramal de ventilação RAMAL COM EFLUENTE DE GORDURA Os ramais com efluentes de gordura (pias de cozinha) devem ser ligados à caixa de gordura (edificação térrea) ou a "tubos de gor- dura" (nas instalações em pavimento superior). TUBO DE QUEDA Tubo de queda é a tubulação vertical existente nas edificações de dois ou mais pavimentos, que recebe os efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de descarga. Ele deve ser instalado, sempre que possível, com alinhamento vertical (sem desvios) e diâmetro uni- forme. O tubo de queda não deve ter diâmetro inferior ao da maior tubulação a ele ligada (normalmente, o ramal da bacia sanitária, que possui diâmetro de 100 mm). O diâmetro nominal mínimo do tubo de queda que recebe efluentes de pias de copa, cozinha ou de despejo é igual a 75 mm. Para o dimensionamento de tubos de queda, deve ser consul- tada tabela específica (ver "Dimensionamento das tubulações"), de acordo com recomendações da NBR 8160. Figura 4.10 Tubo de queda em edifícios com mais de dois pavimentos. CV TO Cobertura 3º Pavimento 2º Pavimento 1 º Pavimento Térreo 1::1:==~ Subcoletor Subsolo li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 175 176 TUBO VENTILADOR E COLUNA DE VENTILAÇÃO Tubo ventilador é aquele destinado a possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para o interior das instalações de esgoto e vice- -versa, com a finalidade de protegê-las contra possíveis rupturas do fecho hídrico dos desconectores (sifões). Quando desenvolvido por um ou mais pavimentos, esse tubo denomina-se "coluna de ventilação". Sua extremidade superior, nesse caso, deve ser aberta à atmosfera e ultrapassar o telhado ou a laje de cobertura em, no mínimo, 30 cm. Para impedir a entrada de folhas, água de chuva e outros tipos de obstrução na colunade ventilação, a TIGRE oferece os "Termi- nais de Ventilação," fabricados nos diâmetros de 50, 75 e 100 mm. Esses dispositivos dispensam a colocação de cotovelos com telas de proteção (Figura 4.13) nas extremidades das colunas de ventilação. De acordo com a NBR 8160, a extremidade aberta de um tubo ventilador ou coluna de ventilação deve situar-se a uma altura mí- nima igual a 2 m acima de terraço, no caso de laje ut ilizada para outros fins além da cobertura. Com relação ao projeto arquitetônico, não deve estar situada a menos de 4 m de qualquer janela, porta ou vão de ventilação, salvo se elevada pelo menos 1 m das vergas dos respectivos vãos. O tubo ventilador e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que possível, instalados em uma única prumada. De- vem ter diâmetros uniformes, sendo que, em residências térreas, normalmente, adota-se como diâmetro o valor de 50 mm e, em edifícios com mais de dois pavimentos, o mínimo de 75 mm. Para o dimensionamento das colunas de ventilação, devem ser consulta- das tabelas apropriadas (ver "Dimensionamento das tubulações"), conforme recomendações da NBR 8160. RAMAL DE VENTILAÇÃO É o trecho da instalação que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal de esgoto, de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário. A ligação do ramal de ventilação a uma coluna de ventilação (tubo ventilador primário) deve ser feita de modo a impedir o acesso de esgoto sanitário ao interior dele. Dessa maneira, toda tubula- ção de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1 % , de modo que qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente, por gravidade, para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador tenha origem. O ramal deve ser ligado a coluna de ventilação 15 cm, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais alto dos aparelhos sanitários (referente aos aparelhos sanitários com seus desconectores ligados à tubulação de esgoto primário, como bacias sanitárias, pias de cozinha, tanques de lavar, máquinas de lavar etc.), excluindo-se os que despejam em ralos ou caixas sifonadas de piso. A distância entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e a conexão de mudança do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta possível, sendo que, entre a saída do aparelho sanitário e a inserção do ramal de ventilação, a distância deve ser igual a, no mínimo, duas vezes o diâmetro do ramal de descarga. Figura 4.11 Detalhes da ventilação. 2,00 m • -- ••• ti • ................... ·-·· ... ·-·· ·-··. VP Terraço .. ·- .... . . -·· "' o ·;: ,ra .-::: e ra "' "' o -o O() "' I.U 177 178 Figura 4.12 Ventilação do ramal de esgoto. Figura 4.13 Detalhe da ventilação primária (ligação da ventilação no último pavimento). ;;.300 mm Cobertura DET. Te rmina l de ventilação Último pavimento Ramal de ventilação Tubo de queda Figura 4.14 Detalhe da ligação do ramal de ventilação. Vem do vaso Esgoto Corte AA SUBCOLETOR Subcoletor é a tubulação horizontal que recebe os efluentes de um ou mais tubos de queda ou de ramais de esgoto. Devem ser cons- truídos, sempre que possível, na parte não edificada do terreno. No caso de edifícios com vários pavimentos, normalmente, são fixados sob a laje de cobertura do subsolo, por meio de braçadeiras. Nesses casos, devem ser protegidos e de fácil inspeção. Os subcoletores deverão possuir um diâmetro mínimo de 100 mm para uma declividade de 1 % (mínima) , intercalados por caixas de inspeção ou conexões que possuam dispositivos para tal finali- dade. Esses elementos de inspeção deverão ser previstos sempre que houver mudança de direção do subcoletor ou quando houver a interligação de outras tubulações de esgoto. Os subcoletores podem ser dimensionados pelo somatório das Unidades de Hunter de Contribuição (UHC), conforme a tabela extraída da NBR 8160 (ver "Dimensionamento das tubulações"). Figura 4.15 Rede coletora no subsolo de um prédio. T0 -1 0 150 Pelo teto T0-2 Figura 4.16 Detalhe de pé de coluna. . ~. Curva 87° 30' curta 8 z o com bolsas para pé de coluna. Obs.: prever visita de inspeção:----- Fonte: Tigre. T0-4 Tubo de queda Laje . -· . . - . DN-1 00 Subcoletor ro "O ro U'> ro u Caixa de "' o ·;: '~ .-::: e ~ "' "' o -o g,o I.U 179 180 CAIXAS DE INSPEÇÃO E GORDURA CAIXA DE INSPEÇÃO É a caixa destinada a permit ir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações de esgoto. É instalada em mudanças de direção e de declividade ou quando o comprimento da tubulação de esgoto (subcoletor ou coletor predial) ultrapassa 12 m. Pode ser de con- creto, alvenaria ou plástico. Quanto à forma, pode ser prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 60 cm, ou cilíndrica, com diâmetro mínimo de 60 cm. A profundidade máxima dessa caixa deve ser de 1 m. A tampa deve ficar visível e nivelada ao piso e ter vedação perfeita, impedindo Figura 4.17 Caixas de inspeção e gordura em alvenaria. Tampa de concreto armado 0 Revestimento interno com arg. cimento/areia Nível Alvenaria de tijo los de barro assentes com argamassa de cimento/areia 0 Lastro de Corte concreto (a) Caixa de inspeção 1 (1) > •m ·;: 0 "' > ' 10) . _JJf' ." r T 1 Corte (b) Caixa de gordura 1 Ta mpa removível de oncreto armado c 0 • p Lastr o de reto f conc 1 0 \ 0 "v 0 • 1 1 • ( 1 1 ) ~ 60 x 60 (mín.) Planta +-'---0 ..... - LI ~::::;~:~:' norma loca l ~---~ 'li\, L Planta a saída de gases e insetos de seu interior. Em lugares como gara- gens, a caixa deve ser localizada de forma a não ser afetada pelo peso dos veículos. Em prédios com vários pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a menos de 2 m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas. CAIXA DE GORDURA É a caixa destinada a reter, em sua parte superior, as gorduras, gra- xas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando, dessa maneira, que esses com- ponentes escoem livremente pela rede de esgoto e gerem obstrução. Nas instalações residenciais, é usada para receber esgotos que contêm resíduos gordurosos provenientes de pias de copa e cozinha. Sua utilização é exigida em alguns códigos sanitários es- taduais e posturas municipais. Quando o uso da caixa de gordura não for exigido pela autoridade pública competente, sua adoção ficará a critério do projetista. No uso corporativo (hospitais, restaurantes, indústrias) a sua obrigatoriedade abrange todo o território nacional. As caixas de gordura pré-fabricadas ou pré-moldadas podem ser construídas em concreto armado, argamassa armada, plástico ABS, fibra de vidro, cerâmica, placas de PVC, polietileno, polipro- pileno ou outro material comprovadamente resistente à corrosão provocada pelos esgotos. As caixas de gordura pré-moldadas em concreto apresentam o inconveniente de não se adaptarem aos tubos em PVC, provocan- do trincas com o passar do tempo e posteriores infiltrações. Já as fabricadas em plásticos (ABS, PVC) ou mesmo, em fibra e vidro, permitem a conexão de anel de PVC flexível. De acordo com a NBR 8160, para a coleta de apenas uma cozi- nha, pode ser usada a caixa de gordura pequena (CGP) ou uma cai- xa de gordura simples (CGS). A CGP é cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas: diâmetro interno de 30 cm; parte submersa do septo de 20 cm; capacidade de retenção de 18 litros; diâmetro nominal da tubulação de saída de 75 mm. A CGS também é cilín- drica, com as seguintes dimensões mínimas: diâmetro interno de 40 cm; parte submersa do septo de 20 cm; capacidade de retenção de 31 litros e diâmetro nominal da tubulação de saída de 75 mm. Em edifícios com pavimentos sobrepostos, os ramais de pias de cozinha devem ser ligados em tubos de queda independentes(tubos de gordura), que conduzirão os efluentes para uma caixa de gordura coletiva, localizada no pavimento térreo. Nesses casos, não é permitido o uso de caixas individuais em cada pavimento. li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 181 Tabela 4.1 Caixa de gordura prismática (base retangular) Quantidades Dimensões internas mínimas (cm) Núm e ro de Núme ro de Capacidade Comprimento Largura Altura Altura da cozi nhas refeições da caixa ( L) (c) (L) (H) saída (n) (a x c x L) (A) 1* 13* • * * * - 2 - 31 44 22 47 32 3 - 44 50 25 50 35 4 - 50 52 26 52 37 5 - 56 54 27 53,5 38,5 6 - 63 56 28 55 40 7 - 71 58 29 57,5 42,5 8 - 77 59 29,5 59 44 9 - 83 60 30 61 46 10 - 90 62 31 62 47 11 - 97 64 32 62,5 47,5 12 - 105 66 33 63 48 13 - 111 68 34 63 48 14 - 118 70 35 63 48 15 - 124 72 36 63 48 16 a 28 100 216 90 40 75 60 29 a 36 125 288 120 40 75 60 37 a43 150 360 120 50 75 60 44 a 57 200 432 120 60 75 60 58 a 73 250 504 120 70 75 60 74 a 86 300 588 140 70 75 60 87 a 100 350 756 140 90 75 60 101 a 115 400 810 150 90 75 60 116 a 129 450 918 170 90 75 60 * Info rmações a respeito de caixas de gordura me no res e /o u de formato cilíndrico constam da 182 no rma NBR 8160 - Sistemas Prediais de Esgoto Sanitári o - Pro jeto e Execução. Figura 4.18 Esquema de funcionamento da caixa de gordura. Tampão Camada de gordura a ser retirada Septo CAIXA MÚLTIPLA É uma caixa de plástico desenvolvida pela Tigre, que pode ser uti- lizada como caixa de gordura, de inspeção e de águas pluviais. De acordo com o fabricante, o produto consiste de kits com componen- tes intercambiáveis, que, em função da necessidade da instalação, podem ser montados para uso de qualquer uma das três versões. As caixas já vêm pré-montadas, bastando completar com tampa ou grelha e com prolongadores, se necessário. Para a montagem, basta encaixar as peças por meio das juntas elásticas. A caixa múltipla apresenta algumas vantagens em relação às tradicionais de concreto e alvenaria: pelo fato de ser fabricada em PVC, não sofre ataque químico do esgoto sanitário; é facilmente adaptável em qualquer tipo de terreno; possui um isolamento que impede a passagem de odores; fácil acabamento com o piso, pois o formato quadrado das tampas facilita o acabamento para qualquer tipo de piso (cimentado, cerâmico, pavimentado) permite ligação em desnível (por meio de prolongadores podem ser criadas entradas em alturas diferentes das demais ligações); profundidade ajustável (de 1 cm em 1 cm, por meio dos prolongadores sem entrada); é fácil transportar em função da leveza do material; fácil de limpar (a superfície lisa não gera incrustação de gordura e impurezas). Além dessas vantagens, as juntas elásticas previnem contra vaza- mentos de esgoto para o solo (que podem poluir os lençóis de água e fazer o solo ceder) e garantem que a água do solo não entre na caixa, como acontece em regiões com nível do lençol de água muito elevado - litoral, por exemplo. li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 183 184 * Manual Técnico Tigre. Figura 4.19 Caixa múltipla. Fonte: Tigre. / / * CARACTERISTICAS TECNICAS Caixa de inspeção de esgoto • Possui três entradas e uma saída DN 100; • Fundo em formato de canaleta, com declividade; • Estanqueidade garantida por juntas elásticas; • Dimensões: DN 300 x 218; • Possuem versões com e sem Tampa e Porta Tampa. Caixa de gordura ), • Possui 2 entradas DN 75 e 1 entrada DN 50 e com saída DN 100; • Superfície totalmente lisa, não gera incrustação de gordura; • Contém cesta de limpeza para auxiliar na retirada dos resíduos sólidos (gordura) ; • Volume de retenção de 19 litros (superior ao exigido pela norma NBR 8160), atendendo a uma pia de cozinha residencial; • Dimensões: DN 558 x 300; • Possui versões com e sem Tampa e Porta Tampa. COLETOR PREDIAL De acordo com a NBR 8160, coletor predial é o t recho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de es- goto ou de descarga ou caixa de inspeção geral, e o coletor público. Toda edificação deve ter a própria instalação de esgoto, com a respectiva ligação ao coletor público, que deve ser feita por gra- vidade. Portanto, ter cota de nível suficientemente mais elevada. A distância entre a ligação do coletor predial com o público e o disposit ivo de inspeção mais próximo não deve ser superior a 15 m. O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo de 100 mm. O dimensionamento é feito pelo somatório das Unidades de Hunter de Contribuição (UHC), conforme a tabela extraída da NBR 8160 (ver "Dimensionamento das tubulações"). Figura 4.20 Coletor predial. Tubo de ventilação Esgoto secundário Esgoto primário Caixa sifonada Máximo 15 m VÁLVULA DE RETENÇÃO É uma conexão instalada nos ramais prediais, após as caixas de inspeção, que impede o retorno do esgoto em situações como: inundações, enchentes, refluxo de marés, entupimentos, vazões elevadas em período de chuva. Pode também ser utilizada em ra- mais prediais de águas pluviais. li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 185 186 MATERIAIS UTILIZADOS De acordo com a NBR 8160, os materiais a serem empregados nos sistemas prediais de esgoto sanitário devem ser especificados em função do tipo de esgoto a ser conduzido, de sua temperatura, dos efeitos químicos e físicos e dos esforços ou solicitações mecânicas a que possam ser submetidas as instalações. Os materiais usual- mente empregados nas tubulações e conexões de esgoto são o PVC linha sanitária (série normal e reforçada) , o ferro fundido e a manilha cerâmica. Não podem ser utilizados, nos sistemas prediais de esgoto sanitário, materiais ou componentes não constantes da normalização brasileira. Em virtude de suas vantagens o PVC é o material mais utiliza- do nos sistemas prediais de esgoto. Para as tubulações aparentes, instaladas na horizontal e suspensas em lajes, é recomendável a utilização de tubos mais reforçados, como da Linha Série R, da Tigre. Nos pontos críticos da instalação, como nos pés de coluna (tubos de queda), podem ocorrer choques provocados pela queda de resíduos sólidos normalmente encontrados nos esgotos. As curvas da Linha Série R da Tigre, para pé de coluna , foram fabricadas com um reforço extra de espessura de parede. Por isso, são espe- cialmente indicadas para uso nesses pontos críticos. Os tubos de ferro fundido são incombustíveis e possuem alta resistência a choques. Por essa razão, são mais utilizados nas ins- talações aparentes, particularmente em garagens de subsolos ou pilotis, onde exista a possibilidade de ocorrer acidentes. Também apresentam como vantagens: alta resistência a produtos químicos; alta durabilidade; resistência a altas temperaturas. As manilhas cerâmicas são mais utilizadas para receber efluentes industriais e solventes orgânicos e também possuem resistência à ação de solos agressivos e de correntes eletrolíticas. TRAÇADO DAS INSTALAÇÕES É de fundamental importância uma análise minuciosa dos pro- jetos de estrutura e arquitetura, antes de elaborar o traçado das instalações. As prumadas de esgoto e ventilação, assim como as de água fria e quente, devem ser definidas pelo profissional de instalações, para adequar-se às barreiras impostas pelo projeto de estrutura e integrar-se de forma harmônica ao projeto arquitetônico. As canalizações embutidas não devem estar solidárias às peças estruturais do edifício. Deve-se condicionar a escolha dos pontos de descida dos tubos de queda para o mais próximo possível de pilares, ou da projeção dos pilares e paredes do térreo. Com relação às conexões, deve-se utilizá-las de forma racional, evitando, sempre que possível, as mudanças bruscas de direção no traçado das redes. É preferível a utilização de caixas de passagem (inspeção) nas mudanças de 90º, em trechos horizontais. Para a escolha do posicionamentoda caixa sifonada com grelha, devem-se levar em consideração aspectos estéticos, já que o piso deverá apresentar declividade favorável ao escoamento das águas para a caixa. De forma geral, quanto mais próxima a caixa sifonada (ralo) estiver da ligação com o ramal de esgoto, mais simples será a instalação da ventilação. A Figura 4.21 apresenta uma sequência de passos a ser seguida no traçado de uma instalação sanitária. Figura 4.21 Sequência de passos para o traçado de uma instalação de esgoto. (a) Identificação dos e lementos estruturais (previsão de shaft) (c) Ligação do tubo de queda à bacia sanitária Ralo seco i o (e) Ligação da caixa sifonada ao rama l da bacia Ra lo seco (g ) Ligação do tubo ventilador ao rama l de esgoto Tubo de queda Coluna de ventilação (b) Escolha do ponto de descida do tubo de ueda e de subida da coluna de ventila ão Ra lo seco ! • (d) Localização do ra lo seco e da caixa sifonada Ra lo seco (f) Ligação do ralo seco e dos ramais de descarga à caixa sifonada Ra lo seco (h) Colocação dos diâmetros li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 187 188 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES As vazões de água servidas (esgotos) que escoam pelas tubulações são variáveis em função das contribuições (UHC) de cada um dos aparelhos. A Unidade Hunter de Contribuição (UHC) é um numero que representa a contribuição de esgotos dos aparelhos sanitários em função da sua ut ilização habitual. Cada aparelho sanitário pos- sui um valor de UHC específico, conforme pode ser visto na Tabela 4.2, fornecida pela norma NBR 8160. O dimensionamento das canalizações é bastante simples. As tubulações têm diâmetro dependente do número total de UHC associadas aos aparelhos sanitários a que servirem. A NBR 8160 fixa os valores dessas unidades para os aparelhos mais comumente utilizados. A bacia sanitária, por exemplo, possui maior vazão que o lavatório. Dessa maneira, entende-se que, para vazões maiores, teremos maiores diâmetros. Assim, com base na contribuição de cada aparelho e nas decli- vidades preestabelecidas, dimensiona-se todo o sistema. Como o sistema de esgoto funciona por gravidade, as decli- vidades devem ser especificadas em projeto. Em geral, adota-se declividade mínima de 2% para tubulações com diâmetro nomi- nal igual ou inferior 75 mm; 1 % para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100 mm, com exceção dos casos pre - vistos na tabela de coletores e subcoletores da NBR 8160. Isso faz com que, em pavimentos sobrepostos, exista a necessi- dade de prever uma altura adequada de pé-direito para a colocação de forros, para esconder as tubulações sob a laje do andar superior. Tabela 4.2 UHC dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga (NBR 8160/99) Diâmetro nominal Aparelho sanitário Número de UHC mínimo do ramal de descarga Bacia sanitária 6 100 Banheira de residência 2 40 Bebedouro 0,5 40 Bidê 1 40 Chuveiro De residência 2 40 Coletivo 4 40 Lavatório De residência 1 40 De uso geral 2 40 Mictório Válvula de descarga 6 75 Caixa de descarga 5 50 Descarga automática 2 40 De calha 2* 50 Pia de cozinha residencial 3 50 Pia de cozinha industrial Preparação 3 50 Lavagem (panelas) 4 50 Tanque de lavar ro upas 3 40 Máquina de lavar louças 2 50** Máquina de lavar ro upas 3 50** Obs.: * Mictório (por metro de calh a) - conside rar como ramal de esgoto (ver tabela). •• Devem ser conside radas as recomendações dos fabricantes. Tabela 4.3 Aparelhos não relacionados na Tabela 4.2 (NBR 8160/99) Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Número de UHC 40 2 50 3 75 5 100 6 Tabela 4.4 Dimensionamento de ramais de esgoto (NBR 8160/99) Diâmetro nominal mínimo do tubo Número máximo de UHC 40 3 50 6 75 20 100 160 li> o ·;: , ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 189 Tabela 4.5 Diâmetro mínimo dos ramais de esgoto Quantidade de aparelhos Diâmetro (DN) Banheiros com 2 aparelhos sem banheira 40 com 3 aparelhos sem banheira 50 com banheira e mais apare lhos 75 Cozinha (do sifão até a caixa de gordura) com pia de 1 c uba 50 com pia de 2 cubas 50 Lavanderias com 1 tanque 40 com tanque e 2 c ubas 50 com máquina de lava r roupas 75 com máquina de lavar roupas e tanque 75 Tabela 4.6 Dimensionamento de tubos de queda (NBR 8160/99) Número máximo de UHC Diâmetro nominal do tubo Prédio de até três pavimentos Prédio com mais de três pavimentos 40 4 8 50 10 24 75 30 70 100 240 soo 150 960 1 900 200 2200 3 600 250 3 800 5 600 300 6 000 8400 Tabela 4.7 Dimensionamento de subcoletores e coletor redial (NBR 8160/99) Diâmetro nominal Número máximo de UHC em função das declividades mínimas (%) do tubo 0,5 1 2 4 100 - 180 216 250 150 - 700 840 1 000 200 1 400 1 600 1 920 2 300 250 2 soo 2 900 3 soo 4 200 300 3 900 4 600 5 600 6 700 400 7000 8 300 10 000 12000 Tabela 4.8 Dimensionamento de ramais de ventilação (NBR 8160/99) Grupo de aparelhos sem bacias sanitárias Grupo de aparelhos com bacias sanitárias Número de UHC Diâmetro nominal do Número de UHC Diâmetro nominal do ramal de ventilação ramal de ventilação Até 12 40 Até 17 50 13 a 18 50 18 a 60 75 190 19 a 36 75 - - Tabela 4.9 Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação (NBR-8160/99) Diâmetro nominal Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação de tubo de queda Número de UHC 40 50 75 100 150 200 250 ou do ramal de esgoto Comprimento permitido (m) 40 8 46 - - - - - - 40 10 30 - - - - - - 50 12 23 61 - - - - - 50 20 15 46 - - - - - 75 10 13 46 317 - - - - 75 21 10 33 247 - - - - 75 53 8 29 207 - - - - 75 102 8 26 189 - - - - 100 43 - 11 76 299 - - - 100 140 - 8 61 229 - - - 100 320 - 7 52 195 - - - 100 530 - 6 46 177 - - - 150 500 - - 10 40 305 - - 150 1100 - - 8 31 238 - - 150 2 000 - - 7 26 201 - - 150 2 900 - - 6 23 183 - - 200 1 800 - - - 10 73 286 - 200 3 400 - - - 7 57 219 - 200 5 600 - - - 6 49 186 - 200 7600 - - - 5 43 171 - 250 4 000 - - - - 24 94 293 250 7200 - - - - 18 73 225 250 11 000 - - - - 16 60 192 250 15 000 - - - - 14 55 174 300 7 300 - - - - 9 37 116 300 13 000 - - - - 7 29 90 300 20 000 - - - - 6 24 76 300 26 000 - - - - 5 22 70 Tabela 4.10 Distância máxima de um desconector ao tubo ventilador (NBR 8160/99) DN ramal de descarga Diatância máxima (m) 40 1,0 50 1,2 75 1,8 100 2,4 300 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 287 219 186 152 li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 191 192 INSTALAÇÕES DE ESGOTO EM PAVIMENTOS SOBREPOSTOS As instalações prediais de esgotos sanitários em pavimentos sobre- postos se diferenciam das instalações em pavimentos térreos, pela presença do tubo de queda. Nas residências térreas, por exemplo, o ramal de esgoto do vaso sanitário é ligado diretamente à caixa de inspeção. Em pavimentos sobrepostos, é necessário prever, no projeto arquitetônico, a localização do tubo de queda e da coluna de ventilação, além do forro rebaixado, para esconder os ramais de esgoto. A parede escolhida para o posicionamento dessas pruma- das deverá ter uma largura maior que o diâmetro das tubulações. A ligação do vaso sanitário é feita diretamente ao tubo de queda, e este é ligado à rede subcoletora de esgoto no subsolo do edifício. Nas instalações em pavimentos sobrepostos, o forro de gesso ou similar, eliminando os antigos rebaixos em lajes, é fundamental para a qualidade de um projeto, pois simplifica a execução, diminui a carga da estrutura, reduz custos e facilita a posterior manutenção. De acordo com NBR 8160, deve ser evitada a passagem das tubulações de esgoto em paredes, rebaixos e forros falsos de am- bientes de permanência prolongada. Caso isso não seja possível, devem ser adotadas medidas no sentido de minimizar a t ransmissão de ruído para os referidos ambientes. Figura 4.22 Instalaçãode banheiro (pavimento térreo). c.s .------------ CI ' ' • ________ .J Figura 4.23 Instalação de banheiro (pavimento tipo). RESIDÊNCIAS ASSOBRADADAS Na elaboração do projeto arquitetônico de residências assobradadas ou de pavimentos sobrepostos, é muito comum não se pensar nas instalações de esgoto. Essa falta de previsão acarreta a diminuição do pé-direito dos ambientes localizados sob essas instalações e a consequente colocação de forros rebaixados. Os fluidos de esgoto são escoados por gravidade e necessitam de um tubo de queda para transportá-los para a parte térrea da edificação. Portanto, se um sanitário for projetado sobre uma sala de grandes dimensões, é evidente que a tubulação de esgoto terá um percurso maior sob a laje, até encontrar um pilar ou uma pare- de mais próxima para sua descida. Nesse caso, coloca-se forro na sala inteira, para esconder o ramal dessa tubulação, aumentando, dessa maneira, os custos da obra, além de diminuir o pé-direito previsto em projeto. Por essa razão, deve-se estudar com muito cuidado o posiciona- mento dos compartimentos sanitários localizados nos pavimentos superiores das edificações. Na elaboração do projeto arquitetônico, por ocasião da pre- visão de um forro, deverá haver espaço disponível para a passa- gem de tubulações de hidráulica, ar-condicionado, instalação de luminárias e de outros sistemas. A altura do forro é determinada considerando-se as dimensões de vigas e espaços ocupados pelos sistemas de serviço. De modo geral, os ambientes das habitações deverão apresen- tar altura mínima de pé-direito compatíveis com as necessidades humanas. A altura mínima do pé-direito não pode ser inferior a 2,50 m. Em vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e despensas é permitido que o pé-direito seja reduzido ao mínimo de 2,30m. "' o ·;: '~ .-::: e ~ "' "' o -o g,o I.U 193 194 Figura 4.24 Pé-direito em sala sob banheiro. 111, LV Tubu ~ ~ lação H Ra lo -Tubulação r ri lr 1 - Laje do pavimento superior Forro rebaixado H1 H1 < H2 H2 Sala EDIFÍCIOS Geralmente, não ocorrem problemas com relação ao pé-direito dos banheiros e demais compartimentos dos pavimentos de edifícios, porque os compartimentos são sobrepostos, com previsão de forros rebaixados. No último pavimento tipo de um edifício, porém, costumam ser esquecidas as tubulações de esgoto e águas pluviais do terraço e da piscina localizados na cobertura. Nesse caso, deve ser previs- to um pé-direito maior do pavimento, para a colocação de forros necessários para a passagem dessas tubulações. Deve-se prever também um pé-direito maior no pavimento térreo, em função dos desvios dos tubos de queda e subcoletores de esgoto. Em algumas edificações como, por exemplo, edifícios co- merciais, hospitais etc., em função da manutenção periódica das instalações, o arquiteto deve adotar shafts horizontais (ver "Siste- mas de shafts Visitáveis", na Parte 2) ou interpavimentos técnicos Uustificável apenas em alguns locais específicos). Figura 4.25 Previsão de forro (térreo e último pavimento). íl/~ Cobertura o o -M o o -M X li ~ J:__JJ o o -M o o -M X li Piscina! Dreno1 Ralol _,,. 1 Tubulação_J Forro----1 Último pavimento ../' Pav. tipo Forro----1 Térreo Figura 4.26 Pavimentos técnicos de manutenção. / ~ ' o o M- o Lr) ..- l ly V o Lr) ..- o lnterpaviment os técnicos o O bs.: muito caro. Just ificável M- em alguns locais específicos. 1 o • Lr) ..- ' o o M- o Lr) ..- o o Lr)- 1 li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 195 196 NÍVEIS DO TERRENO E REDES DE ESGOTO Os níveis projetados da edificação devem ser convenientemente estudados pelo arquiteto com relação ao escoamento do esgoto por gravidade. Muitas vezes, com a intenção de aproveitar o perfil natural do terreno, acaba-se comprometendo a ligação da rede de esgoto ao sistema público, sendo necessário, em alguns casos, o bombea- mento do esgoto de pontos localizados abaixo do nível da rua. Esse sistema é bastante complexo e, por esse motivo, deve ser evitado sempre que possível. O arquiteto deve verificar se a cota de nível do coletor predial de esgoto é suficiente para sua ligação ao coletor público, por gravida- de. Deve-se informar, na concessionária local, antes da execução do projeto, o nível em que se encontra o coletor público. Geralmente, a profundidade do coletor varia de 1,5 m a 2 m. Também é importante conhecer o posicionamento do coletor público em relação ao lote. Figura 4.27 Terreno em declive. Figura 4.28 Rede coletora de esgoto em terreno com declividade acentuada para o fundo. Nível Ciô=~:::d:r==========P=e=n=i=l=n=at=u=ra=l=:=~=~=e=r=re=n=o=============='~ [! C.I. Esgoto (decl. mín. = 2%) Figura 4.29 Detalhe de bomba submersível para esgoto. (a) 580 90 65 t Conduíte 02'-'-> ~ -++-~4~90 __ ___ Fo nte: SPV Hidrotécnica Brasilei ra Ltda. 225 / Rede pública (esgoto) li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 197 198 * WENZEL, Marianne. A gota d 'água. Arquitetura & Constru- ção, São Paulo, Ab ril, p. 96-99, jun. 2003. CO STA, Danilo. Com todo o respei to, ap roveite a natureza. Arquitetura & Cons- trução, São Paulo, Abril, p. 74-77, nov. 2004. CI CH INELLI, Gisele. Soluções não potáveis. Téchne, São Paulo, Pini, n . 133, p. 54 -57, abr. 2008. REÚSO DE ÁGUAS CINZAS* Além de a água potável não ser utilizada racionalmente, seu escoa- mento pelos ralos também pode ser considerado uma forma de desperdício. Uma alternativa criativa para evitar isso pode ser o reúso de águas cinzas. O reúso consiste em direcionar a água servida de lavatórios de banheiros, chuveiros, banheiras, tanques, máquinas de lavar roupa e de lavar louças para uma "miniestação de tratamento" (a água, quando utilizada em outras atividades que não o consumo, não precisa apresentar todas as características que a tornam potável). Depois de tratada, a água é reconduzida para outras utilizações que não demandam água potável como: descargas em bacias sanitárias, irrigação de jardins e lavagem de pisos. É recomendado para as instalações hidrossanitárias privilegia- rem a adoção de soluções, caso a caso, que minimizem o consumo de água e possibilitem o reúso, reduzindo a demanda da água da rede pública de abastecimento e minimizando o volume de esgoto conduzido para o tratamento, sem com isso reduzir a satisfação do usuário ou aumentar a possibilidade de doenças. No caso de reúso de água para destinação não potável, esta deve atender aos parâmetros estabelecidos nas Tabelas 4.11 e 4.12. Para evitar o desperdício, nas edificações, vários modelos de reutilização da água estão sendo estudados. Alguns modelos, ainda em fase de desenvolvimento e aperfeiçoamento, chegam a econo- mizar até 40% do fornecimento de água potável. A configuração esquemática de um projeto para o reúso da água servida nas edificações prevê um sistema de coleta, subsis- tema de condução da água (ramais, tubos de queda e condutores), unidade de tratamento da água (gradeamento, decantação, filtro e desinfecção), reservatório de acumulação, sistema de recalque, reservatório superior e rede de distribuição. É importante lembrar que os custos dos sistemas podem variar de acordo com a finalidade e, consequentemente, com o grau de potabilidade da água a ser usada. A relação é direta: quanto maior a qualidade exigida, maior o investimento. A implantação desses sistemas, no entanto, não é simples e implica acréscimos de custo significativos à obra. Se por um lado o potencial de economia é enorme com o uso dessas águas, por outro lado ainda há obstáculos. Um deles é a falta de norma técnica brasileira. A solução encontrada por alguns pro- jetistas é fazer o dimensionamento do sistema com base na norma técnica alemã ATV 122. Alguns modelos de reúso de águas cinzas ainda estão em fase de estudos e,portanto, não foram liberados. De qualquer maneira, a especificação de componentes como reservatórios, sistemas de tratamento e redes de distribuição exclusivas exige projetos criteriosos que devem ser acompanhados por engenheiros espe- cializados, além de mão de obra capacitada para fazer a correta manutenção dos equipamentos. Separação líquido-sólido Sedimentação Filt ração Tratamento biológico Tratamento aeróbio bio lógico Desinfecção Tratamento avançado Coagulação Floculação química Tratamento co m cal Filtração de membrana Osmose reversa Sedimentação po r gravidade de subs- tância part iculada, flocos químicos e precipitação. Remove partículas por passagem da água por areia ou po r outro meio po roso. Mecanismo bio lógico do esgoto po r micro-organismos em uma bacia de aeração ou processo de biofi lme. lnativação de organismos patogênicos usando químicos ox idan tes, raios ul travio let a, químicos corrosivos, calo r ou processos de separação física (mem branas). Uso de sais de ferro ou alumínio, poliletró lise e/ou ozônio para promover desastabilização das part ículas colo ides do esgoto recuperado e precipitação de fósforo. Precipi ta cátions e metais de solução. M icrofiltração, nanofiltração e ul trafiltração. Sistema de membrana para separar ío ns de solução baseados no diferencial da pressão osmótica reversa. Remove partículas suspensas que são maiores que 30µm. Tipicamente usado como tratamento primário e depois do processo bio lógico secundário. Remove partículas suspensas que são maiores que 3 µm . Tip icamente usado depois da sed imen tação (tratamento convencional) ou seguido de coagula- ção/floculação. Remoção de matéria o rgânica suspensa e dissolvida do esgoto. Proteção da saúde pública por remoção de o rganismos patogênicos. Fo rmação de fósfo ro precip itado e floculação de partículas para remoção po r sedimen tação e fil t ração. Usado para promover precipitação de fósforo e modificação de pH. Remoção de partículas e micro-organis- mos da água. Remoção de sais dissolvidos e minerais de solução; é t ambém eficiente na remoção de part ículas. Fonte: Adaptado do Manual de Conservaçãoe Reúso de Água em Edificações. "' o ·;: ' ~ .-::: e ~ "' "' o -o g,o I.U 199 200 Tabela 4.12 Classificação e destinação das águas Tipo de água Aplicação Exigências mínimas da água não potável de reúso Classe 1 Descarga de bacias • Não deve deterio rar • Não deve ser • Não deve os metais sanitários abrasiva apresentar mau • Não deve manchar cheiro Lavagem de veículos • Não deve con ter superfícies • Não deve propiciar Lavagem de pisos sais ou substâncias infecções ou remanescentes após contaminações por secagem víru s ou bactérias Fins ornamentais • Deve ser incolor prejudiciais à saúde • Não deve ser turva humana Lavagem de roupas • Deve ser liv re de nem deteriorar os algas, de partículas metais sanitários e sólidas e de metais equipamentos Classe 2 Lavagem de • Não deve alterar as características de agregados, resistência dos materiais nem favorecer o preparação aparecimento de eflorecências de sais de concreto, compactação de so lo, controle de poeira Classe 3 Irrigação de áreas • Não deve conter compo nentes agressores verdes e rega de às plantas ou que estimule o c rescimento de jardins pragas Classe 4 Resfriamento de • Não deve: apresentar mau cheiro, ser equipamentos de ab rasiva, manchar superfícies, deteriorar ar co ndicionado máquinas, fo rm ar incrustações Fonte: Manual de Conservação de Água do SindusCon-SP. Tabela 4.13 Parâmetros de qualidade da água para usos restritivos não potáveis Parâmetro Valor Coliform es totais Ausência em 100 ml Coliform es termoto lerantes Ausência em 100 ml Cloro residual livreª 05, mg/L a 3,0 mg/L Turbidez < 2,0 uTb, para usos menos restrit ivos< 5,0 uT Cor aparente (caso não seja utilizado nenhum < 15 uHc corante, o u antes da sua util ização) Deve prever ajuste de pH para proteção das pH de 6,0 a 8,0, no caso de tubulação de aço redes de distribuição, caso necessário carbono ou galvanizado Nota: Podem ser utilizados o ut ros processos de desin fecção além do cloro, tal como a ap licação de raio ultravio leta e aplicação de ozôn io. ª No caso de serem ut ilizados compostos de cloro para desinfecção. b uT é unidade de turb idez. e uH é unidade Hazem. Figura 4.30 Reúso de águas cinzas. Coleta de águas cinzas (chuveiro e lavatório) 1 fobo de queda t - Reservatório exclusivo para reúso e desinfecção t--------,-,------,~=======~======-=====;;c=;jt ' t - t - t - ETE Torneiras de uso geral (acesso restrito) i -t Uso para rega de jardim e lavagem de piso Figura 4.31 Esquema de reúso de água do banho para descarga do vaso sanitário. { Água do banho passa -------- por um filtro com cloro Fo nte: Planeta Verde. Disponível em:<www.planetaverde.org.br>. { Fil~rada e clorada, a ~~ua vai para um reservatono Quando a desca rga é acionada, a água chega até o vaso impulsionada po r uma motobomba que não faz barulho li> o ·;: ,ra .-::: e ra li> li> o -o O() li> I.U 201 p_164 p_165 p_166 p_167 p_168 p_169 p_170 p_171 p_172 p_173 p_174 p_175 p_176 p_177 p_178 p_179 p_180 p_181 p_182 p_183 p_184 p_185 p_186 p_187 p_188 p_189 p_190 p_191 p_192 p_193 p_194 p_195 p_196 p_197 p_198 p_199 p_200 p_201 p_202
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