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A Importância da Crônica na Literatura

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Para Massaud Moisés, “a crônica é reproduzida por poetas e ficcionistas que, embora possam apoiar-
se em fatos acontecidos, transformam a realidade do dia a dia pela força criadora da fantasia” (MOISÉS, 
1999: 123).
Dentre os autores/as que cultivam esse gênero tem-se: Carlos Drummond de Andrade, Machado de 
Assis, Rubem Braga, Fernando Sabino, entre tantos outros/as.
Narrativa curta, a crônica prima pela recriação da realidade.
No início da era cristã, a crônica era tida como uma listagem de acontecimentos arrumados conforme 
a sequência linear do tempo (registro de eventos). Depois, na Idade Média, Fernão Lopes começou a 
executá-la como forma de relatar fatos históricos.
No Renascimento, o termo crônica começou a ser substituído por “história”. É só no século XIX que o 
caráter literário passa a ser incorporado nesse gênero literário. Nessa época, as crônicas eram publicadas 
nos folhetins (jornais).
Hoje, enquanto ficção moderna, a crônica é “publicada em jornais ou revista e muitas vezes reunida 
em volume, concentra-se num acontecimento diário que tenha chamado à atenção do escritor” (MOISÉS, 
1999:133).
EXERCITANDO
Analise os gêneros discursivos ficcionais estudados neste tópico (conto popular, fábula, lenda, 
mito, crônica) para a realização desta atividade. Agora, procure uma obra infanto-juvenil que 
represente uma das tipologias textuais acima elencadas, estabelecendo características que 
justifiquem sua inserção nessa classificação.
REFERÊNCIAS 
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro:  Paz  e Terra, 1980.
CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. São Paulo: Associação Palas Athenas, 1990.
ELIADE, Mircea. Mitos, sonhos e mistérios. Lisboa: Edições 70, s/d.
JABOUILE, Victor. Do  mythos  ao  mito: uma introdução à problemática da mitologia. Lisboa: Edição 
Cosmos, 1993.
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1999.
PERRAULT, Charles. Contos de Perrault. Belo Horizonte: Itatiaia, 1989.
PROPP,  Vladimir.  As  raízes  históricas  do  conto  maravilhoso.  São  Paulo:   Martins Fontes, 1997.
_______________.  Morfologia   do   conto   maravilhoso.   Rio   de   Janeiro:   Forense Universitária, 
1984.
SILVA, Victor Manuel de Aguiar e. Teoria  da  literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1988.
TAVARES, Jorge Campos. Deuses,  mitos  e  lendas.  Porto:  Lello  &  Irmão  Editores, 1992.
WARNER, Marina. Da  fera  à  loira:  sobre  contos  de  fadas  e  seus  narradores. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1999.
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