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CASOS CLÍNICOS EM NEUROLOGIA 437 e otosclerose, podem ser eliminados por meio de uma história cuidadosa e exame físico com testes feitos com auxílio de um diapasão. No entanto, para saber o tipo e o grau da perda auditiva, é necessária uma audiometria. Embora necessite da cooperação do paciente, a audiometria fornecerá ao mé- dico uma medida muito precisa do nível auditivo do paciente. Às vezes, os pacientes apresentam perda auditiva mista, ou uma combinação de perda condutiva e neuros- sensorial em um ouvido isolado. Além disto, a audiometria pode fornecer uma pista sobre a presença de perda auditiva retrococlear ou perda auditiva causada por doen- ças proximais em relação à cóclea. Os testes que podem indicar uma patologia retro- coclear incluem a discriminação da fala, os reflexos acústicos e a redução do reflexo. Diagnóstico A perda auditiva neurossensorial também pode ser avaliada pela resposta auditiva (audiometria) de tronco cerebral (ABR). Este teste mede a atividade elétrica dentro da via auditiva e, assim, o teste ajuda a avaliar as causas retrococleares da perda au- ditiva. A ABR tem cinco ondas numeradas de I a V que estão correlacionadas às prin- cipais conexões neurais na vida auditiva. Essas ondas apresentam determinadas morfologias e ocorrem em latências previsíveis. Ondas ausentes ou retardadas são indicativas de patologia naquele ponto da via auditiva. As latências entre as ondas (como I a III, III a V ou I a V) podem ser comparadas com o lado oposto ou com normas padronizadas. Anormalidades na ABR devem ser melhor avaliadas por meio de exames de imagem. A RM fornece uma excelente definição das estruturas dentro da fossa posterior. O meio de contraste gadolíneo permite uma diferenciação adicional de várias pato- logias. Além disso, tecnologia mais recente, como a supressão de gordura e a imagem ponderada em difusão, pode ajudar a identificar a patologia (Figura 52.1). Os aspectos da RM dos tumores mais comuns na fossa posterior estão indicados no Quadro 52.1. Embora a RM com gadolíneo forneça uma resolução excelente para o cérebro, nervo e tecidos moles, a TC é necessária para fornecer imagens ósseas. Com fre- quência, ambas as modalidades de imagens são combinadas para a compreensão da completa extensão do processo patológico dentro da base do crânio. Tratamento Uma vez diagnosticado um tumor do ângulo cerebelopontino, deve ser feito um pla- no de tratamento. Muitos fatores devem ser considerados durante a abordagem destes tumores. A idade do paciente, seu estado geral de saúde, tamanho e localização do tu- mor, grau da perda auditiva e outros sinais neurológicos devem ser levados em conta. As diversas opções de tratamento disponíveis devem ser discutidas com o paciente; a decisão final da evolução do tratamento deve ser decidida entre o paciente e o médico. Pelo menos três opções devem ser consideradas no manejo de tumores na fossa posterior: observação e imagens seriadas, radiocirurgia estereotáxica ou cirurgia Toy - Neurologia.indd 437 21/8/2013 15:21:01