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Marketing Religioso

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b)   uma   tendência   oposta   a   diversas   formas   de   desenvolvimento   da   autonomia
individual.
c) um conjunto de princípios morais absolutos, dotados de fundamentação teológica e
cristã.
d)   um  movimento   amplo   de   propagação   da   crítica   racional   a   diversas   formas   de
preconceito.
e)   um  movimento   filosófico   desconectado   dos   princípios   racionais   do   iluminismo
europeu.
 
Resposta:D
De acordo com o texto, a modernidade pode ser entendida como um movimento crítico
de oposição a certa cultura. Não é exatamente um movimento amplo de propagação de
crítica racional a diversas formas de preconceito, pois o autor não determina que tipo de
crítica   a   modernidade   defende   e   nem   contra   o   quê   a   modernidade   se   põe.   A
modernidade é caracterizada simplesmente como uma posição contrária ao estado de
coisas que permite uma abertura através da qual se supera uma tradição. Afinal, o autor
está dizendo que a modernidade não é limitada à história da Europa, então é um tanto
complicado   tentar   entender   a  modernidade   a   partir   de   uma   definição   baseada   no
movimento Iluminista (séc. XVIII). A modernidade é entendida através de uma análise
histórica pela  qual se observa os movimentos  de crítica  às realidades  reificadas  e o
desmanche daquelas coisas supostamente consolidadas.
 
36. (Unesp 2013)
Encontrar explicações convincentes para a origem e a evolução da vida sempre foi
uma obsessão para os cientistas. A competição constante, embora muitas vezes
silenciosa, entre os indivíduos, teria preservado as melhores linhagens, afirmava
Charles Darwin. Assim, um ser vivo com uma mutação favorável para a sobrevivência
da espécie teria mais chances de sobreviver e espalhar essa característica para as
futuras gerações. Ao fim, sobreviveriam os mais fortes, como interpretou o filósofo
Herbert Spencer. Um século e meio depois, um biólogo americano agita a comunidade
científica internacional ao ousar complementar a teoria da seleção darwinista.
Segundo Edward Wilson, da Universidade de Harvard, o processo evolutivo é mais
bem-sucedido em sociedades nas quais os indivíduos colaboram uns com os outros
para um objetivo comum. Assim, grupos de pessoas, empresas e até países que agem
pensando em benefício dos outros e de forma coletiva alcançam mais sucesso, segundo
o americano.
(Rachel Costa. O poder da generosidade. IstoÉ, 11.05.2012. Adaptado.)
Embora divergentes no que se refere aos fatores que explicam a evolução da espécie
humana, ambas as teorias, de Darwin e de Wilson, apresentam como ponto comum a
concepção de que
a)   influências  religiosas  e  metafísicas  são o principal  veículo no processo evolutivo
humano ao longo do tempo.
b)   são   os   condicionamentos   psicológicos   que   influenciam   de   maneira   decisiva   o
progresso na história.
c) a sobrevivência da espécie humana ao longo da história é explicada pela primazia de
fatores de natureza evolutiva.
d)   os   fatores   econômicos   e   materiais   são   os   principais   responsáveis   pelas
transformações históricas.
e) os fatores intelectuais são os principais responsáveis pelo sucesso dos homens em
dominar a natureza.
Resposta:C
Como diz o texto, a diferença entre a teoria evolutiva de Darwin e de Wilson está no
caráter competitivo ou cooperativo dos indivíduos da espécie. Para um, em um ambiente
de   competição   silenciosa,   para   assegurar   a  manutenção  das   suas   características   em
detrimento   das   outras   de   outros   indivíduos,   evoluirá   mais   rapidamente   aquele
individualmente melhor adaptado às regras do jogo. Para outro, em um ambiente de
cooperação,   para   garantir   que   todos  os   indivíduos   atinjam  um objetivo  que   lhes   é
comum, evoluirá mais rapidamente aquele que colabore para favorecer o coletivo, isto
é, o alcance da meta que é comum.
 
37. (Unesp 2013)
O marketing religioso objetiva identificar as necessidades de espírito e de
conhecimento dos adeptos de uma determinada religião, oferecendo uma linha de
produtos e serviços específicos para determinado segmento religioso e linguagem
inerente ao tipo de pregação veiculada. A pessoa que se sente vazia num mundo
capitalista e individualista busca refúgio através de uma religião. Identificar o público
que mais frequenta o templo e o bairro onde o mesmo está situado, o nível de
escolaridade, renda, hábitos, demais dados dos perfis demográficos e psicográficos são
considerados num planejamento de marketing de uma linha de produtos religiosos.
(Fernando   Rebouças.   Marketing   religioso. http://www.infoescola.com,   04.01.2010.
Adaptado.)
O fenômeno descrito pode ser explicado por tendências de
a) instrumentalização e mercantilização da fé religiosa.
b) crítica religiosa à massificação de produtos de consumo.
c) recuperação das práticas religiosas tradicionais.
d) indiferença das igrejas e religiões frente às demandas de mercado.
e) rejeição de ferramentas administrativas no âmbito religioso.
Resposta:A
O fenômeno descrito como a diminuição da importância da religião em si mesma. No
caso, a religião é um recurso utilizável de acordo com as necessidades do sujeito vazio e
perdido num mundo capitalista e individualista. Paradoxalmente, a religião é tanto parte
do mundo capitalista quanto não é para essas pessoas que fazem uso da religião, quer
dizer, a religião é um refúgio do capitalismo cujo funcionamento é exatamente igual ao
do próprio capitalismo. O que faz nós entendermos a falta de importância da religião em
si  mesma,   e   a   relevância   da  produção  de   certos   relacionamentos   e   crenças  para   a
constituição do sujeito.  Não interessa o fato de a religião ser organizada de maneira
capitalista,   o   que   interessa   para   os   consumidores   de   religião   é   o   relacionamento
estabelecido dentro da comunidade religiosa e as crenças que são assumidas em comum
– mesmo que isso tudo seja alienante, mesmo que isso tudo seja falso.
 
38. (Unesp 2012) A ciência moderna tem maior poder explicativo,  permite previsões
mais seguras e assegura tecnologias e aplicações mais eficazes. Não há dúvida de que a
explicação   científica   sobre   a   natureza   da   chuva   comporta   usos   que   a   explicação
indígena não comporta, como facilitar prognósticos meteorológicos ou a instalação de
sistemas de irrigação. Para a ciência moderna, a Lua é um satélite que descreve uma
órbita elíptica em torno da Terra, cuja distância mínima do nosso planeta é cerca de 360
mil quilômetros, e que tem raio de 1 736 quilômetros. Para os gregos, era Selene, filha
de  Hyprion,   irmã  de  Hélios,   amante   de  Endymion  e  Pan,   e   percorria   o   céu  numa
carruagem   de   prata.   Tenho  mais   simpatia   pela   explicação   dos   gregos,   mas   devo
reconhecer que a teoria moderna permite prever os eclipses da Lua e até desembarcar na
http://www.infoescola.com/
Lua,   façanha  dificilmente  concebível  para  uma cultura  que  continuasse  aceitando  a
explicação mitológica.  Os astronautas da NASA encontraram na superfície do nosso
satélite as montanhas observadas por Galileu, mas não encontraram nem Selene nem
sua carruagem de prata. Para o bem ou para o mal as teorias científicas modernas são
válidas, o que não ocorre com as teorias alternativas.
(Sérgio Paulo Rouanet, filósofo brasileiro, 1993. Adaptado.)
Cite o nome dos dois diferentes tipos de conhecimento comentados no texto e explique
duas diferenças entre eles.
Resposta:
 Os dois tipos de conhecimento contrastados no texto são o conhecimento científico e o
conhecimento mitológico.  O primeiro é caracterizado pelo rigor metodológico e pela
sua   racionalidade.   Ou   seja,   é   produzido  mediante   um  método   de   experimentação
racional  que  permite  ao  cientista  criar   leis  gerais  que  podem servir  de  base  para  o
desenvolvimento científico. O segundo conhecimento é fantasioso e pouco rigoroso: sua
força   está   nanarrativa   que   produz,   na   forma   como   é   capaz   de   explicar   todos   os
fenômenos e na sua relação com a simbologia religiosa.
 
39. (Unesp 2012)  Aedo e adivinho  têm em comum um mesmo dom de “vidência”,
privilégio que tiveram de pagar pelo preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o
invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação, as realidades
que   escapam  ao  olhar   humano.  Sua  visão  particular   age   sobre   as  partes  do   tempo
inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é.
 (Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.)
O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,
a) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos
mitos e da memória.
b)   a   prática   da   feitiçaria,   estimulada   especialmente   nos   períodos   de   seca   ou   de
infertilidade da terra.
c) o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses da
tradição clássica.
d) a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica.
e) o esforço de diferenciar as cidades-estados e reforçar o isolamento e a autonomia em
que viviam.
Resposta:A
A questão   diz   respeito   ao   papel   dos   poetas   na   cultura   grega   clássica.   Sendo   eles
inspirados pelos deuses, são responsáveis pela transmissão dos mitos e da memória aos
homens. Todas as alternativas, com exceção da [A], fazem referência a características
que não são próprias da atividade dos poetas gregos.
 
40. (Unesp 2012) Leia os textos.
Texto 1
Segundo Descartes,  a   realidade  é  dividida  em duas  vertentes  claramente  distintas  e
irredutíveis uma à outra: a res cogitans (substância pensante) no que se refere ao mundo
espiritual e a res extensa (substância material) no que concerne ao mundo material. Não
existem realidades intermediárias. A força dessa proposição é devastadora, sobretudo
em relação às concepções de matriz animista, segundo as quais tudo era permeado de
espírito e vida e com as quais eram explicadas as conexões entre os fenômenos e sua
natureza  mais   recôndita.  Não  há  graus   intermediários   entre   a   res   cogitans   e   a   res
extensa. A exemplo do mundo físico em geral,   tanto o corpo humano como o reino

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