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AD1 INST DIREIRO PUBLICO E PRIVADO

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UFF – Universidade Federal Fluminense 
Professor: Marcus Wagner de Seixas 
Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado. 
Aluna: Edvana Santos Gonçalves – Curso Administração Pública 
Matrícula:23113110036 
 
Moral e Direito são dois conceitos que se relacionam, utilizados para regular o 
comportamento humano, mas com características e fins opostos. Na moral encontramos 
conjunto de normas e valores que traduzem a conduta individual na sociedade, ou seja, 
seguindo sua consciência, sua religião, sua cultura. Já o Direito traduz as relações Jurídicas 
entre indivíduos, conforme as leis. 
Podemos destacar que tanto a Moral, quanto o Direito estudam regras de convivência na 
sociedade, quanto ao processo jurídico e ao senso comum, mas a moral vai ter ação na 
consciência de cada indivíduo, levando em consideração seu grupo social. O Direito se baseia 
na lei, no Estado, na sociedade, é externo, possui regras, que são aplicadas em caso de 
divergências. 
Tanto a Moral quanto o Direito possuem pontos iguais, como valores que permeiam a 
integridade humana, como liberdade, igualdade etc. Dando como exemplo a teoria do mínimo 
ético, que discorre sobre o essencial para garantir a integridade humana, de forma pacífica, e 
da melhor maneira de conviver em sociedade. Moral e Direito entram em divergência quando 
um conflito na esfera jurídica viola o princípio da Moral, ou quando a Moral viola um direito 
humano fundamental, neste caso a moral e o direito devem ser tratadas de forma 
independentes, cada uma utilizando os seus fundamentos. 
Concluímos que a Moral e o Direito existem para regular o comportamento humano, possuem 
conceitos diferentes, mas não opostos e não se excluem. Possuem importância de igual valor 
e função na sociedade, trabalhando de maneira complementar ou opostas, cabe ao indivíduo e 
ao jurista saber diferenciar os limites e o uso de cada um, buscando sempre o equilíbrio entre 
a ética e o direito. 
Contextualizando um exemplo de Moral; - o indivíduo pode ser honesto, sem que nenhuma 
lei o obrigue a isso. Cabe a ele decidir de acordo com a sua consciência, sua cultura. 
 
 
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Contextualizando exemplo de Direito; - é respeitar as leis, como lei de trânsito, em não dirigir 
alcoolizado, usar cinto segurança, possuir cadeirinha de transporte para menores, possuir 
carteira de habilitação etc. 
Contextualizando exemplo de divergência entre Moral e Direito, seria se o individuo se 
recusa a pagar impostos, pois eles não estão sendo aplicados de maneira eficaz para as suas 
necessidades e da população, como em escolas públicas suficientes, em hospitais públicos. A 
lei, o obriga a pagar imposto, então ele sofrerá com punições que a lei permite, mas 
moralmente ele sente que está fazendo a coisa certa. 
De acordo com Reale (2002, p. 41): 
A Moral, para realizar-se autenticamente, deve contar com a adesão dos obrigados. 
Quem pratica um ato, consciente da sua moralidade, já aderiu ao mandamento a que obedece. Se respeito meu 
pai, pratico um ato na plena convicção da sua intrínseca valia, coincidindo o ditame de minha consciência como 
conteúdo da regra moral. Acontecerá o mesmo com o Direito? Haverá, sempre, uma adequação entre a minha 
maneira de pensar e agir e o fim que, em abstrato, a regra jurídica prescreve? No plano da Moral, já o dissemos, 
essa coincidência é essencial, mas o mesmo não ocorre no mundo jurídico. 
 
Referências 
REALE, Miguel. Lições preliminares de Direito. 25ª Ed. 22ª Tiragem. 2001. Disponível em 
http://www.isepe.edu.br/images/biblioteca-
online/pdf/direito/REALE_Miguel_Lies_Preliminares_de_Direito.pdf, acesso, em 17 de 
agosto, 2023. 
 
 
http://www.isepe.edu.br/images/biblioteca-online/pdf/direito/REALE_Miguel_Lies_Preliminares_de_Direito.pdf
http://www.isepe.edu.br/images/biblioteca-online/pdf/direito/REALE_Miguel_Lies_Preliminares_de_Direito.pdf

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