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Afogamento: Causas e Prevenção

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Prévia do material em texto

Afogamento
Apresentação
A dificuldade respiratória no afogamento se dá pela entrada de líquido nas vias aéreas do 
acidentado. Todas as pessoas que passam por um acidente dentro da água podem apresentar 
hipotermia, náuseas, vômitos, distensão abdominal, tremores, cefaleia , mal-estar, cansaço, dores 
musculares, dor no tórax, diarreia e outros sintomas inespecíficos. Grande parte desses sintomas é 
decorrente do esforço físico realizado dentro da água sob estresse emocional do medo, durante a 
tentativa de se salvar do afogamento.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você terá a oportunidade de conhecer medidas de prevenção de 
afogamentos, reconhecer as prioridades no atendimento ao afogado e os primeiros socorros 
destinados a este tipo de vítima.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar ações e orientações de prevenção de afogamento.•
Reconhecer as prioridades no atendimento às vítimas de afogamentos.•
Descrever o atendimento às vítimas de afogamentos.•
Infográfico
Seja em piscinas ou praias, está evidente a importância da orientação preventiva no sentido de 
evitar o afogamento. Acidentes com afogamento são muito comuns em nosso país e acontecem, 
em sua maioria, na frente de amigos e familiares que poderiam evitar ou ajudar, mas que, por 
inteiro desconhecimento, não sabem como prevenir ou agir, sendo, muitas vezes, as causas 
principais desses incidentes na água. Dados apontam que mais de 70% dos casos de afogamento 
em praias ocorrem com pessoas que vivem fora da orla, portanto não estão habituadas aos seus 
perigos e peculiaridades.
Acompanhe, no infográfico a seguir, medidas de prevenção em afogamento para praias e piscinas.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/bb14a20b-a394-40aa-be92-73b1affc5ee4/39da0830-013c-410a-9154-db3133445d2f.jpg
Conteúdo do livro
Antigamente, pensava-se que diferentes tipos de água produziam afogamentos diferentes, mas, 
hoje, já se sabe que os afogamentos tanto de água doce como de água salgada não necessitam de 
qualquer tratamento diferenciado entre si e têm os mesmos prognósticos.
No capítulo Afogamento, da obra Primeiros socorros, você verá assuntos que aprofundarão seu 
conhecimento. Faça a leitura do capítulo, base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
PRIMEIROS 
SOCORROS
Márcio Haubert
 
Afogamento
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar as ações e orientações de prevenção de afogamento.
 � Reconhecer as prioridades no atendimento às vítimas de afogamento.
 � Descrever o atendimento às vítimas de afogamento.
Introdução
É comum a ocorrência de afogamento durante as temporadas de verão, 
em que a concentração de veranistas aumenta nas praias brasileiras, 
deixando mais evidentes os eventos que envolvem esse tipo de acidente. 
Anualmente, o número de óbitos por afogamento no país supera os 6.000 
casos, além dos incidentes não fatais, que chegam a mais de 100.000. 
Esses dados são evidenciados pelo crescimento do número de pessoas 
que desfrutam das águas de rios, mares, lagoas, piscinas, etc. para banho, 
natação, prática de esportes aquáticos, transporte ou trabalho. 
Neste capítulo, você conhecerá as medidas de prevenção de afo-
gamentos, as prioridades no atendimento ao afogado e os primeiros 
socorros destinados a esse tipo de vítima.
Afogamentos
O afogamento pode ser definido como a aspiração de líquido causada por 
submersão ou imersão por meio da entrada de líquido nas vias aéreas do 
acidentado, acometendo traqueia, brônquios ou pulmões. Durante esse ato, a 
função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido nas vias aéreas, 
impedindo a troca gasosa realizada nos alvéolos dos pulmões, que é essencial 
para a vida humana. Essa obstrução apresenta duas formas principais:
 � obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna 
de líquido, nos casos de submersão súbita;
 � aspiração gradativa de líquido até os alvéolos.
Ambos causam a diminuição ou a abolição da passagem do oxigênio para 
a circulação e do dióxido de carbono para o meio externo, sendo maiores 
ou menores de acordo com a quantidade e a velocidade em que o líquido 
foi aspirado. Se o quadro de afogamento não for interrompido, a redução de 
oxigênio levará à parada respiratória que, consequentemente, em segundos 
ou poucos minutos provocará a cardíaca.
Antigamente, se pensava que cada tipo de água produzia afogamentos 
diferentes, mas, hoje, já se sabe que os afogamentos tanto de água doce como 
salgada não necessitam de qualquer tratamento diferenciado entre si e possuem 
os mesmos prognósticos.
Tipos de acidente na água
Os tipos de acidente na água podem ser classificados de três maneiras: síndrome 
de imersão, hipotermia e afogamento, detalhadas a seguir. 
Síndrome de imersão
Chamada também de hidrocussão, é a denominação popular para o choque 
térmico, desencadeado por uma súbita exposição à água mais fria que a tem-
peratura do corpo, causando arritmia cardíaca que pode levar à síncope ou 
à parada cardiorrespiratória (PCR). Acredita-se que molhar a face, a região 
cervical e os punhos antes de mergulhar pode evitar esta situação, mas isso 
ainda não foi provado cientificamente.
Hipotermia
Ocorre quando há exposição da vítima à água muito fria, reduzindo a tempe-
ratura normal do corpo humano e podendo levar à perda da consciência com 
afogamento secundário ou até a uma arritmia cardíaca com parada cardíaca 
e morte. 
Afogamento2
Afogamento
Envolve algumas classificações. É importante que o tipo de água, conforme 
apresentado a seguir, seja identificado para campanhas de prevenção.
 � Afogamento em água doce: piscinas, rios, lagos ou tanques.
 � Afogamento em água salgada: mar.
 � Afogamento em água salobra: encontro de água doce com o mar.
 � Afogamento em outros líquidos não corporais: tanque de óleo ou outro 
material, etc.
Deve-se definir a causa do afogamento, pois isso ajuda a identificar a 
doença associada a ele. 
 � Afogamento primário: quando não existem indícios da sua causa.
 � Afogamento secundário: quando existe alguma causa que tenha impe-
dido a vítima de se manter na superfície da água e, em consequência, 
precipitado o afogamento. Por exemplo, drogas (36,2%, mais frequente 
o álcool), convulsão, traumatismos, doenças cardíacas e/ou pulmonares, 
acidentes de mergulho, etc.
Por fim, conhecer a gravidade do afogamento permite saber o tratamento. 
Sua gravidade pode ser classificada em uma escala numérica de 1 a 6, variando 
desde o nível de consciência até a ausência de vida, após encontrar vítimas 
afogadas há muito tempo. Dependendo dessa escala, serão implementados 
diferentes tratamentos e procedimentos pela equipe médica.
Medidas de orientação e prevenção de afogamentos
Seja em piscinas ou praias, está evidente a importância da orientação preven-
tiva para evitar o afogamento. Esse tipo de acidente é muito comum no país e 
acontece, em sua maioria, na frente de amigos e familiares que poderiam evitar 
ou ajudar, mas não sabem como prevenir ou agir, porque o desconhecimento 
e/ou a imprudência são, muitas vezes, as causas principais desses incidentes 
na água. Dados apontam que mais de 70% dos casos em praias ocorrem com 
pessoas que vivem fora da orla e não estão habituadas aos seus perigos e suas 
peculiaridades. Portanto, deve-se preocupar em aprender e difundir conhe-
cimentos sobre as diversas formas de prevenção ao afogamento em praias, 
3Afogamento
rios, lagos e piscinas por meio de dicas simples e de fácil aprendizado, mas 
que fazem toda a diferença entre a vida e a morte de quem gosta de se banhar. 
Acredita-se que a maior ocorrência de incidentes aquáticos ocorre nas 
praias, devido ao grande número de turistas nos períodos de férias, porém, 
essa informação está equivocada. O local com maior número desalvamentos 
não é na orla, mas, sim, em águas doces, nas quais acontece o maior número 
de afogamentos com morte. Assim, conhecer o perfil das vítimas e as razoes 
que facilitam os afogamentos tem extrema importância, pois pode-se basear 
nesses dados para fazer um planejamento mais adequado e as medidas de 
prevenção necessárias para cada área em particular.
Os dados estatísticos mostram que a maioria dos afogados é jovem, saudável 
e com expectativa de vida de muitos anos, tornando imperativo o atendimento 
rápido, adequado e eficaz, que deve ser prestado pelo socorrista imediatamente 
após ou, quando possível, durante o acidente, ainda dentro da água. Portanto, 
o atendimento pré-hospitalar a esses casos deve ser diferenciado de outros, 
pois necessita que se inicie pelo socorro dentro da água e exige do socorrista 
algum conhecimento do meio aquático para que não se torne mais uma vítima.
No Quadro 1, você pode verificar a estimativa do local de óbitos por 
afogamento no Brasil.
Fonte: Adaptado de Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (2018, documento on-line).
Águas naturais — 90%
 � 25% rios com 
correntezas
 � 20% represa
 � 15% praias oceânicas
 � 13% remanso de rio
 � 5% lagoas
 � 5% inundações
 � 3% baía
 � 2% cachoeiras
 � 2% córregos
Águas não 
naturais — 8,5%
 � 2,5% banheiros, 
caixas d’água, baldes 
e similares
 � 2% galeria de águas 
fluviais
 � 2% piscinas
 � 2% poço
Durante transporte 
com embarcações 
— 1,5%
Quadro 1. Estimativa do local de óbitos por afogamento no Brasil
Afogamento4
Medidas preventivas aos afogamentos
As prevenções aos afogamentos incluem ações baseadas em advertências e 
avisos aos banhistas, a fim de evitar ou ter cuidado com os perigos relacionados 
a lazer, trabalho ou esportes praticados na água. Essas medidas podem evitar 
mais de 85% dos casos e atuam não apenas na redução da mortalidade, como 
também na morbidade (lesões decorrentes da doença) por afogamento. Já em 
termos estatísticos, deve-se diferenciar os atos de prevenção e socorro.
 � Prevenção é qualquer medida com o objetivo de evitar o afogamento, 
sem que haja contato físico entre a vítima e o socorrista, e pode ser 
dividida em dois tipos:
 ■ prevenção ativa: qualquer ação que inclua sinalização de risco ou 
comportamento, como sinalizar uma corrente de retorno, uma área de 
risco, uma profundidade na piscina; colocar uma cerca, um ralo, etc;
 ■ prevenção reativa: qualquer ação direcionada a um indivíduo ou a 
um grupo com a intenção de interromper um afogamento iminente, 
como o uso de apito ou a advertência de um guarda-vidas a um 
banhista em área de risco.
 � Socorro é toda ação de resgate em que houve necessidade de contato 
entre o socorrista e a vítima. 
As seguintes medidas devem ser seguidas para a prevenção de afogamentos:
 � tenha atenção constante nas crianças, qualquer descuido pode ser muito 
desfavorável; 
 � estipule regras rígidas de segurança para as crianças, pois ajuda a 
evitar acidentes; 
 � aprenda natação e técnicas de salvamento aquáticas, pois podem ser 
bastante úteis; 
 � nade em local com guarda-vidas e pergunte onde é mais seguro;
 � saiba como reconhecer e evitar as correntes de retorno (repuxo), as 
quais ocorrem em praias oceânicas, com mais de 85% de afogamentos;
 � nade sempre acompanhado;
 � use o colete salva-vidas em pescarias, embarcações ou em áreas de risco;
 � evite ingerir bebidas alcoólicas antes do banho;
 � não superestime sua capacidade de nadar — 50% dos afogados achavam 
que sabiam;
5Afogamento
 � não pratique hiperventilação para aumentar o fôlego;
 � sempre entre em água rasa ou desconhecida primeiro com os pés; 
 � tome conhecimento das condições do ambiente e obedeça às sinalizações;
 � não lute em correnteza, flutue, erga uma das mãos e peça imediatamente 
por socorro;
 � não tente entrar na água para realizar salvamento se você não está 
apto, chame o socorro, jogue algum material flutuante e aguarde os 
profissionais;
 � prefira sempre nadar em águas rasas;
 � tenha atenção em pessoas nos extremos da idade — muito jovens ou 
velhos; 
 � não permita que os mais jovens entrem na água sem a supervisão de 
um adulto; 
 � atente-se às pessoas obesas ou com aparência cansada, pois geralmente 
não têm boas condições físicas;
 � observe com muita atenção as pessoas com objetos flutuantes, pois são 
confiantes e capazes apenas com eles;
 � alerte os turistas, imigrantes ou os estranhos ao ambiente, pois são 
pessoas que não têm noção do perigo no local.
O afogamento é a segunda causa de óbito entre pessoas de um a nove anos; a terceira 
de 10 a 19 anos; e a quarta de 20 a 25 anos.
 � A cada 84 minutos, um brasileiro morre afogado.
 � Os homens morrem seis vezes mais.
 � Os adolescentes têm o maior risco de morte.
 � O norte do Brasil tem a maior mortalidade.
 � 51% de todos os óbitos ocorrem até os 29 anos.
 � 75% dos óbitos acontecem em rios e represas.
 � 51% das mortes na faixa de um a nove anos ocorrem em piscinas e residências.
 � As crianças maiores que 10 anos e os adultos se afogam mais em águas naturais 
(rios, represas e praias).
 � As crianças de 4 a 12 anos que sabem nadar se afogam mais pela sucção da bomba 
em piscina.
 � 44% dos casos ocorrem entre novembro e fevereiro.
 � Cada óbito por afogamento custa R$ 210.000,00 ao Brasil. 
Afogamento6
Prioridades no atendimento às vítimas de 
afogamento
Antes de realizar o atendimento às vítimas de afogamento, o socorrista deve 
seguir algumas orientações, que serão essenciais para garantir sua própria 
segurança:
 � nunca tente salvar uma vítima de afogamento caso você não seja um 
exímio nadador e tenha treinamento adequado para o resgate em águas;
 � lembre-se que a vítima está desesperada e busca todas as maneiras para 
flutuar na água, por isso, você corre um grande risco de ser afogado 
junto à vítima;
 � evite ao máximo entrar sozinho na água e busque alguém que também 
saiba nadar para auxiliá-lo no salvamento;
 � entre na água com o mínimo possível de roupa, assim a vítima terá 
menos chance de usar você como boia;
 � utilize uma boia ou qualquer objeto flutuante que possa ser agarrado 
pela vítima (pedaços de madeira, pneu, prancha de surfe, etc.);
 � não permita a subida da vítima se você estiver em um bote, pois ele 
pode virar, faça a pessoa se segurar nele e reboque-a até à superfície;
 � comece medidas de ressuscitação cardiopulmonar(RCP) imediatamente 
se achar que a pessoa parou de respirar, até mesmo quando estiver 
removendo-a para a superfície;
 � não entre na água se não for absolutamente necessário.
7Afogamento
Na cadeia de sobrevivência do afogamento deve-se estar atento para algumas questões, 
como você verá a seguir.
 � Crianças devem estar a distância de um braço, mesmo que saibam nadar.
 � Nade onde exista a segurança de um guarda-vidas.
 � Restrinja o acesso às piscinas e aos tanques com uso de cercas.
 � Sempre utilize colete salva-vidas em barcos e esportes com pranchas.
 � Aprenda natação, medidas de segurança na água e primeiros socorros.
 � Reconheça o afogamento — banhista incapaz de deslocar-se ou em posição vertical 
na água com natação errática.
 � Peça a alguém que chame por socorro (193 ou 192).
 � Observe ou peça a alguém que vigie a vítima dentro da água enquanto tenta ajudar.
 � Pare o afogamento e forneça um flutuador.
 � Tente ajudar sem entrar na água e mantenha sua segurança.
 � Use uma vara ou corda para retirar o afogado.
 � Entre na água para socorrer somente se for seguro e use algum material flutuante.
 � Não entre em pânico, acene por socorro e flutue se você estiver se afogando, para 
sua própria ajuda.
 � Inicie a RCP com ventilação imediatamente se o afogado não estiver respirando.
 � Permaneça junto ao afogado até a ambulância chegar se houver respiração.
 � Procure por um hospital se houver qualquer sintoma.
Primeiros socorros
Estar diante de uma cena de afogamento pode ser assustador, pede uma ação 
rápida e exige que você faça o resgate. Portanto, nesse momento,ter o mínimo 
de conhecimento dos primeiros socorros é fundamental para salvar a vida da 
vítima. Veja, no Quadro 2, como realizar os primeiros socorros:
Reconheça se a pessoa está se afogando, pois nem sempre ela se apresenta 
agitada e grita por socorro. Tenha, ainda, muita atenção, porque um 
afogamento pode passar despercebido, e alguns indivíduos parecem estar 
brincando na água. Na maioria dos casos, o banhista estará em posição vertical, 
sem se deslocar.
Quadro 2. Como proceder diante de um afogamento
(Continua)
Afogamento8
Quadro 2. Como proceder diante de um afogamento
Chame imediatamente por socorro ao identificar um afogamento e, em seguida, 
tente ajudar, desde que a ação de resgate não ofereça risco para sua integridade 
física.
Use material flutuante, pois é de extrema importância para interromper o 
afogamento.
Faça a remoção do afogado da água se for seguro para você. O ideal é tentar 
ajudar mantendo-se fora da água.
Entre na água somente se tiver absoluta segurança de não correr risco de ser um 
segundo afogado. Se você decidiu fazer isso, leve consigo, sempre que possível, 
algum material de flutuação.
Retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu 
deslocamento. É válida a tentativa de transformar as calças em um flutuador.
Sempre entre na água mantendo a visão na vítima.
Pare a dois metros antes do afogado, lhe entregue o material de flutuação e 
sempre mantenha-o entre você e a vítima.
Deixe que a vítima se acalme, antes de chegar muito perto.
Peça ao afogado que flutue e, então, acene pedindo ajuda se você não estiver 
confiante em sua natação. Não tente rebocá-lo para fora da água, pois poderá 
gastar suas últimas energias.
Mantenha-se calmo durante o socorro e, acima de tudo, não se exponha a riscos 
desnecessários.
Coloque o afogado com a cabeça e o tronco em linha horizontal assim que 
retirá-lo da água e, em seguida, pergunte “você está me ouvindo?” para 
confirmar se ele está consciente.
Coloque a vítima em posição lateral de segurança e aguarde o socorro chegar 
se houver resposta (fala, movimento ou qualquer outra resposta) ou se você 
verificar que ela está viva (respirando e com coração batendo).
Inicie imediatamente a abertura das vias aéreas se não identificar resposta da 
vítima ou sinais de vida, levante o queixo dela com a mão direita, coloque a 
esquerda na testa e estenda o pescoço para abrir as vias aéreas.
Faça a respiração boca a boca se não houver sinais de vida, inclinando a cabeça 
para trás a fim de que a língua não bloqueie o fluxo de ar e, em seguida, sopre 
na boca obstruindo o nariz com a mão. Faça em torno de cinco insuflações com 
intervalo entre cada uma para permitir que o tórax se eleve.
(Continua)
(Continuação)
9Afogamento
Quadro 2. Como proceder diante de um afogamento
Utilize a barreira de proteção (máscara) se possível, mas a sua ausência não é um 
impedimento, pois o risco, quando não há sangue na boca, torna-se desprezível 
para o socorrista.
Encare que o coração está parado se não houver resposta da vítima por meio de 
movimentos ou reação à ventilação.
Inicie, então, as manobras de RPC, retire os dois dedos do queixo e passe-os pelo 
abdome, localizando o encontro das duas últimas costelas, marque dois dedos, 
retire a mão da testa e coloque-a no tórax, com a outra mão sobre a primeira, 
e inicie 30 compressões cardíacas externa. Cada compressão deve garantir o 
afundamento de no mínimo cinco centímetros do tórax, garantindo seu retorno 
completo antes de se iniciar uma nova compressão. Já sua velocidade deve ser 
de, no mínimo, 100 movimentos em 60 segundos.
Utilize apenas uma mão para a realização das compressões se a vítima for 
criança.
Mantenha alternando duas ventilações e 30 compressões e não pare até que 
haja resposta e a respiração e os batimentos cardíacos retornem. Depois, 
coloque a vítima de lado e aguarde o socorro médico solicitado.
Entregue o afogado a uma equipe médica, ou até você ficar exausto.
Reavalie a ventilação e os sinais de circulação após os primeiros quatro ciclos 
completos de compressão e ventilação. Se for ausente, prossiga com a RCP e 
interrompa-a para uma nova reavaliação a cada dois minutos ou quatro ciclos.
Fique atento e verifique periodicamente se o afogado está ou não respondendo 
durante a RCP, o que será importante na decisão de parar ou prosseguir nas 
manobras.
Realize a RCP com outro socorrista sempre que possível, alternado quem realiza 
as compressões torácicas a cada dois minutos.
Realize a RCP de preferência no local do afogamento, pois é onde a vítima 
terá maior chance de sucesso. Nos casos de retorno das funções cardíaca e 
respiratória, acompanhe o afogado com muita atenção, durante os primeiros 
30 minutos, até a chegada da equipe médica, porque ele ainda não está fora de 
risco de uma nova PCR.
Refaça a hiperextensão do pescoço e tente novamente nos casos em que não 
houver efetividade da manobra de ventilação boca a boca.
Retire as próteses dentárias somente se estiverem dificultando a ventilação boca 
a boca.
(Continua)
(Continuação)
Afogamento10
SOCIEDADE BRASILEIRA DE SALVAMENTO AQUÁTICO. [2018]. Disponível em: <http://
www.sobrasa.org/>. Acesso em: 25 jun. 2018.
Quadro 2. Como proceder diante de um afogamento
Lembre-se que o ar atmosférico é uma mistura gasosa que apresenta cerca 
de 21% de oxigênio em sua composição e, em cada movimento respiratório, 
gasta-se em torno de 4% desse total, restando 17% de oxigênio no ar expirado 
pelo socorrista. Essa quantidade é suficiente para a ventilação boca a boca ser 
considerada o método mais eficiente em ventilação artificial de emergência.
(Continuação)
Você deve ter em mente que o tempo é um fator fundamental para o bom 
resultado na RCP, e os casos de afogamento apresentam uma grande tolerância 
à falta de oxigênio, o que estimula sua realização além do limite estabelecido 
para outras patologias. Portanto, inicie a RCP em:
 � todos os afogados em PCR com um tempo de submersão inferior a 
uma hora;
 � todos os casos de PCR que não apresentem um ou mais dos seguintes 
sinais — rigidez cadavérica, decomposição corporal e presença de 
livres mortis.
Todo atendimento realizado pela ambulância e, em sequência, pelo hospital 
somente será possível se o socorrista fizer os primeiros socorros, portanto, ele 
pode ser a parte mais importante na sobrevivência do afogado.
Conheça a Sociedade Brasileira da Salvamento Aquático no link a seguir.
https://goo.gl/of1Ttq
11Afogamento
SZPILMAN, D. et al. Creating a drowning chain of survival. Resuscitation, v. 85, n. 9, p. 
1149-1152, Sept. 2014. Disponível em: <https://www.resuscitationjournal.com/article/
S0300-9572(14)00575-9/fulltext>. Acesso em: 25 jun. 2018.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Biossegurança. 
Manual de primeiros socorros. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2003.
SILVA, D. B. Manual de primeiros socorros. Alfena: UNIFENAS, 2007.
SZPILMAN, D. Considerações sobre afogamentos e a ressuscitação cardio pulmonar 
preconizada pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – Sobrasa e ILS. 
Revista FLAMMAE – Revista Científica do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, v. 
1, n. 2, jul./dez. 2015.
SZPILMAN, D. Perfil epidemiológico de afogamento – Brasil – Ano 2014. Disponível em: 
<http://www.sobrasa.org/perfil-epidemiologico-de-afogamento-brasil-ano-2014/>. 
Acesso em: 25 jun. 2018.
SZPILMAN, D. Primeiros socorros e afogamento. In: SOUZA, P. H. et al. Manual técnico: 
salvamento aquático do corpo de bombeiros da Policia Militar do Paraná. Curitiba: 
Associação da Vila Militar, 2014. p. 182-201.
Afogamento12
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
A maior parte dos acidentes que envolvem afogamentos poderia ser evitada se todas as medidas de 
segurança fossem tomadas adequadamente. Confira, no vídeo a seguir,alguns dados sobre 
afogamentos e dicas de medidas de prevenção destes. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2c235c2e34b637a645e5ec18a92bf5d7
Exercícios
1) Durante o ato do afogamento, a função respiratória fica prejudicada pela entrada de líquido 
nas vias aéreas, impedindo, com isso, a troca gasosa realizada nos alvéolos dos pulmões, 
essencial para a garantia da vida humana. A obstrução causada pelo afogamento apresenta 
duas formas principais. Quais são elas?
A) Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido, nos 
casos de submersão súbita; pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos.
B) Obstrução total ou incompleta das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido, nos 
casos de submersão súbita; pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos.
C) Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido, nos 
casos de submersão súbita; pela aspiração inesperada de líquido até os alvéolos.
D) Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido, nos 
casos de submersão súbita; pela aspiração gradativa de líquido até a traqueia.
E) Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de ar, nos casos de 
submersão súbita; pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos.
2) Acredita-se que a maior ocorrência de incidentes aquáticos se dá nas praias por causa do 
grande número de turistas que frequentam esses locais nos períodos de férias. Acerca dessa 
afirmativa, marque a alternativa correta.
A) Essa informação está equivocada. O local onde ocorre o maior número de salvamentos não é 
na orla, mas, sim, em águas salobas, onde ocorre o maior número de afogamentos com morte.
B) Essa informação está equivocada. O local onde ocorre o maior número de salvamentos não é 
na orla, mas, sim, em águas salgadas, onde ocorre o maior número de afogamentos com 
morte.
C) Essa informação está correta. O local onde ocorre o maior número de salvamentos é na orla 
marítima.
D) Essa informação está equivocada. O local onde ocorre o maior número de salvamentos não é 
na orla, mas, sim, em transpotes fluviais.
E) Essa informação está equivocada. O local onde ocorre o maior número de salvamentos não é 
na orla, mas, sim, em águas doces, onde ocorre o maior número de afogamentos com morte.
3) As prevenções aos afogamentos incluem ações baseadas em advertências e avisos a 
banhistas no sentido de evitar ou ter cuidado com os perigos relacionados ao lazer, trabalho, 
ou esportes praticados na água. Em termos estatísticos, é importante diferenciar entre ato 
de prevenção e socorro. Qual das alternativas a seguir define corretamente prevenção e 
socorro?
A) Prevenção é qualquer medida com o objetivo estimular o afogamento sem que haja contato 
físico entre a vítima e o socorrista e pode ser dividia em 2 tipos: prevenção ativa e prevenção 
reativa. Socorro é toda ação de resgate em que não houve necessidade de contato entre o 
socorrista e a vítima.
B) Prevenção é qualquer medida com o objetivo de evitar o afogamento sem que haja contato 
físico entre a vítima e o socorrista e pode ser dividia em 2 tipos: prevenção ativa e prevenção 
reativa. Socorro é toda ação de resgate em que houve necessidade de contato entre o 
socorrista e a vítima.
C) Prevenção é qualquer medida com o objetivo de evitar o afogamento sem que haja contato 
físico entre a vítima e o socorrista e pode ser dividia em 2 tipos: prevenção passiva e 
prevenção reativa. Socorro é toda ação de resgate em que houve necessidade de contato 
entre o socorrista e a vítima.
D) Prevenção é qualquer medida com o objetivo de evitar o afogamento onde há necessidade de 
contato físico entre a vítima e o socorrista e pode ser dividia em 2 tipos: prevenção ativa e 
prevenção reativa. Socorro é toda ação de resgate em que houve necessidade de contato 
entre o socorrista e a vítima.
E) Prevenção é qualquer medida com o objetivo de evitar o afogamento sem que haja contato 
físico entre a vítima e o socorrista e pode ser dividia em 3 tipos: prevenção passiva, 
prevenção ativa e prevenção reativa. Socorro é toda ação de resgate em que houve 
necessidade de contato entre o socorrista e a vítima.
4) Identifique quais são os anéis da cadeia de sobrevivência no afogamento:
Orientação;
 
Reconheça o afogado e peça ajuda;
A) 
 
Forneça flutuação e evite a submersão;
 
Remova a vítima da água, se for seguro para você;
 
Suporte de vida, hospital, se necessário.
 
B) Prevenção;
 
Reconheça o afogado antes de chamar por ajuda;
 
Forneça flutuação e evite a submersão;
 
Remova a vítima da água, se for seguro para você;
 
Suporte de vida, hospital, se necessário.
C) Prevenção;
 
Reconheça o afogado e peça ajuda;
 
Forneça flutuação e evite a submersão;
 
Remova a vítima da água se for seguro para você;
 
Suporte de vida, hospital, se necessário.
D) Prevenção;
 
Reconheça o afogado e peça ajuda;
 
Forneça flutuação e evite a submersão;
 
Remova a vítima da água de qualquer maneira;
 
Suporte de vida, hospital, se necessário.
E) Prevenção;
 
Reconheça o afogado e peça ajuda;
 
Entre imediatamente na água e evite a submersão;
 
Remova a vítima da água, se for seguro para você;
 
Suporte de vida, hospital, se necessário.
5) Em qual a posição que você deverá colocar o afogado grave ao chegar na superfície após a 
retidada do água?
A) Com o peito para baixo, para que a água possa sair.
B) Inclinado, com a cabeça mais baixa.
C) Inclinado, com a cabeça mais elevada.
D) Em posição horizontal, com a cabeça no mesmo nível do tronco.
E) Em posição horizontal, com as pernas e a cabeça elevadas.
Na prática
O afogamento compreende o processo de insuficiência respiratória causada por 
imersão/submersão em meio líquido. Existe o afogamento não fatal, onde ele é interrompido, e a 
pessoa é resgatada; e o afogamento fatal, onde há morte em qualquer momento, como resultado 
do ocorrido.
Veja, a seguir, um caso clínico sobre afogamento.
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f9de5511-4038-4d32-b3bd-7236c77ecbab/42161864-9a82-428d-8281-f2378993c986.jpg
Agora, veja os mecanismos da lesão neurológica.
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Águas mais seguras
Saiba mais sobre a campanha águas + seguras, promovida pela SOBRASA (Sociedade Brasileira de 
Salvamento Aquático) e o INATI (Instituto de Natação Infantil).
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Afogamento
Confira, neste artigo, um estudo detalhado sobre afogamento ao redor do mundo.
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As mortes por afogamento no Brasil, entre 1996 e 2015
Acompanhe, neste site, o índice de mortes por afogamento no Brasil, entre 1996 e 2015.
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https://www.youtube.com/embed/1Jy11aFlzG4
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n4/a05v6n4.pdf
https://www.nexojornal.com.br/grafico/2017/10/30/As-mortes-por-afogamento-no-Brasil-entre-1996-e-2015

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