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Obs2: No que tange ao trabalho entre membros de uma mesma família, essa condição não
afasta, por si só, o vínculo empregatício.
Precedentes Administrativos da Fiscalização do Trabalho
PRECEDENTE ADMINISTRATIVO N. 69: EMPREGADO SEM REGISTRO. PARENTESCO COM O
PROPRIETÁRIO DA EMPRESA. Parentesco entre empregador e empregado não é fato impeditivo
da caracterização da relação laboral, cuja configuração se dá pela presença dos elementos
contidos na lei.
PRECEDENTE ADMINISTRATIVO Nº 85: PARENTESCO. RELAÇÃO DE EMPREGO. POSSIBILIDADE.
A caracterização da relação de emprego pode ser estabelecida entre familiares, não sendo o
parentesco fator impeditivo da configuração do vínculo empregatício.
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Obs3: Trabalho do presidiário
Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/84)
Art. 28 (...)
§ 2º - O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
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JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR AÇÕES QUE VERSAM
SOBRE O LABOR REALIZADO PELO PRESIDIÁRIO NO CUMPRIMENTO DA PENA. RELAÇÃO
JURÍDICA REGIDA PELA LEI Nº 7.214/84 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL). ADI-MC 3684/STF. 1. O
Tribunal Regional reformou a sentença para reconhecer a competência desta Justiça
Especializada para processar e julgar ações que versem acerca do trabalho realizado pelo
presidiário durante o cumprimento da pena. 2. A Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal - LEP), que
trata sobre a execução da pena do condenado e do internado e da sua reintegração à
sociedade, dispõe acerca do trabalho - interno ou externo -, realizado pelo presidiário,
registrando que possui finalidade educativa, produtiva e de integração à sociedade. Prevê,
ainda, que, além de constituir direito e dever do preso, o trabalho integra a própria pena,
estabelecendo, de forma criteriosa, questões relativas à remuneração, indenizações, jornada de
trabalho, segurança e higiene do ambiente laboral, dentre outras, e discorrendo, também, que
ao trabalho do presidiário não se aplica a Consolidação das Leis do Trabalho. 3. De fato, toda
relação estabelecida entre o presidiário e o Estado - estabelecimento prisional ou empresa
privada autorizada pelo Estado - está regida pela Lei de Execução Penal, ainda que decorra da
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prestação laboral, não competindo a esta Justiça Especializada, portanto, processar e julgar
feitos que versem acerca de pedidos relativos aos serviços prestados pelo apenado. 4. Aliás, o
excelso Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 3684 MC, em 01/02/2007, reconheceu
a incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações de natureza penal,
firmando que " O disposto no artigo 114, incs. I, IV e IX, da Constituição da República, acrescidos
pela Emenda Constitucional nº 45, não atribui à Justiça do Trabalho competência para processar
e julgar ações penais " (STF, ADI 3684 MC / DF, Tribunal Pleno, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ
03/08/2007). 5. Refoge, portanto, à competência da Justiça do Trabalho processar e julgar as
ações penais e, por conseguinte, as questões alusivas aos efeitos da pena, dentre elas, os
pedidos decorrentes do trabalho do presidiário, devidamente regulado pela Lei 7.210/84 (Lei de
Execução Penal - LEP). Julgados desta Corte. Recurso de revista conhecido e provido" (RR-1009-
10.2011.5.09.0010, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 09/08/2019).
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TRABALHO DO PRESO - RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO - IMPOSSIBILIDADE
JURÍDICA - ART. 28 DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL. O pedido de reconhecimento de relação
empregatícia, em que o prestador de serviços é réu-preso, encontra óbice intransponível na
normatização legal em vigor. A Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84), ao cuidar do trabalho do
réu-preso e suas consequências jurídicas, deixa explicitado que não se sujeita à CLT e Legislação
Complementar (art. 28, § 2º), mas que objetiva, dentre outros, possibilitar sua recuperação,
através de processo socioeducativo e produtivo, para que possa ser reintegrado à sociedade.
Por isso mesmo, a contraprestação remuneratória pelo trabalho que executa não possui o
significado técnico-jurídico de salário, daí a impossibilidade de se reconhecer, em relação ao
tomador de seus serviços, um contrato de trabalho com suas consequências trabalhistas.
Finalmente, revela ressaltar que seu direito ao trabalho não se altera pelo fato de ter obtido
progressão do regime para semiaberto ou aberto, porque a norma não faz qualquer distinção
quanto a forma em que deve cumprir a pena. Recurso de revista conhecido e não provido.
(RR - 90-94.2010.5.03.0051 , Relator Ministro: Milton de Moura França, Data de Julgamento:
11/05/2011, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/05/2011)
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1.4- Não-eventualidade
a) Habitualidade
b) Continuidade
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Obs: empregado doméstico
LC 150/15
Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no
âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
(...)
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1.5- Subordinação
a) subordinação econômica
b) subordinação técnica
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c) subordinação jurídica
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014
E ANTERIOR À LEI 13.467/2017. 1. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. ATUAÇÃO NAS ATIVIDADES-FIM DA
TOMADORA DE SERVIÇOS. ATIVIDADES FINANCIÁRIAS. FORMAÇÃO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO
DIRETO COM A TOMADORA DE SERVIÇOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. ENQUADRAMENTO
COMO FINANCIÁRIO. SÚMULAS 331, I, E 126/TST. 2. DURAÇÃO DO TRABALHO. HORAS EXTRAS.
FINANCIÁRIO. (...) Destaca-se, por pertinente, que a subordinação jurídica, elemento cardeal da
relação de emprego, pode se manifestar em qualquer das seguintes dimensões: a tradicional, de
natureza subjetiva, por meio da intensidade de ordens do tomador de serviços sobre a pessoa
física que os presta; a objetiva, pela correspondência dos serviços deste aos objetivos
perseguidos pelo tomador (harmonização do trabalho do obreiro aos fins do empreendimento);
a estrutural, mediante a integração do trabalhador à dinâmica organizativa e operacional do
tomador de serviços, incorporando e se submetendo à sua cultura corporativa dominante. (...)
(AIRR - 175-91.2016.5.06.0017 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de
Julgamento: 15/08/2018, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/08/2018)
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